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10/05/2017

MÉTODOS DE EXECUÇÃO DOS ATERROS SANITÁRIOS


Aterro em valas: escavação com profundidade limitada e
largura variável, confinada em todos os lados,
oportunizando operação não mecanizada.

CRITÉRIOS PARA PROJETOS DE ATERROS


SANITÁRIOS

Saneamento Ambiental
Engenharia Civil
Professora: Vera Christina Vaz Lanza
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DEFINIÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO


ATERRO EM VALAS

Aterro Sanitário: técnica de disposição de resíduos sólidos


urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua
segurança, minimizando os impactos ambientais, método este
que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos
sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume
permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na
conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos
menores, se necessário (ABNT, 1992).

Aterro em valas: indicados para municípios menores e em


terrenos planos.
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MÉTODOS DE EXECUÇÃO DOS ATERROS SANITÁRIOS

Aterro em trincheiras: escavação sem limitação de


profundidade e largura, que se caracteriza por confinamento
em três lados e operação mecanizada.

ATERRO SANITÁRIO DE UBERLÂNDIA


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MÉTODOS DE EXECUÇÃO DOS ATERROS SANITÁRIOS CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA


Aterro em encosta: caracterizado pelo uso de taludes pré- • Ensaios de sondagens de reconhecimento para investigação
existentes, usualmente implantado em áreas de ondulações das diferentes camadas que compõem o subsolo;
ou depressões naturais e encostas de morros.
• Caracterização do solo a ser utilizado para a base do aterro,
recobrimento diário e cobertura final das plataformas (ensaios
in situ e laboratoriais): índices de consistência (limites de
liquidez e plasticidade); granulometria; permeabilidade
natural; permeabilidade do solo a carga variável em amostra
moldada em laboratório com compactação na energia do
Proctor Nomal e Proctor Modificado; além de parâmetros de
resistência (coesão e ângulo de atrito).

MÉTODOS DE EXECUÇÃO DOS ATERROS SANITÁRIOS


Aterro em área: caracterizado pelo disposição em áreas
planas, acima da cota do terreno natural.

ASPECTOS PRELIMINARES DE PROJETO

• Levantamento planialtimétrico;
• Caracterização geológica e
geotécnica;
• Caracterização ambiental da área
e do entorno (meio físico, biótico
e antrópico).

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CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA
CURVA GRANULOMÉTRICA

CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA ESTRUTURAS COMPONENTES DO ATERRO SANITÁRIO


ENSAIO DE PERMEABILIDADE IN SITU (ASSOCIADO AO SPT)

GUARITA

PROJETO GEOMÉTRICO DO ATERRO SANITÁRIO ESTRUTURAS COMPONENTES DO ATERRO SANITÁRIO


O projeto geométrico consiste na definição da geometria do
Aterro Sanitário.
Deve ser concebido de modo a maximizar o volume a ser
disposto na área disponível e atender aos requisitos mínimos
exigidos para a estabilidade de sua fundação e de seus
taludes, garantindo a segurança necessária ao
empreendimento.
É apresentado em plantas e perfis, com indicação das alturas
dos alteamentos, larguras das bermas de equilíbrio e
inclinação dos taludes.
BALANÇA

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ESTRUTURAS COMPONENTES DO ATERRO SANITÁRIO ESTRUTURAS COMPONENTES DO ATERRO SANITÁRIO

ISOLAMENTO E CORTINA ARBÓREA SISTEMA DE TRATAMENTO DE LIXIVIADOS

ESTRUTURAS COMPONENTES DO ATERRO SANITÁRIO ESTRUTURAS COMPONENTES DO ATERRO SANITÁRIO

SINALIZAÇÃO E VIAS DE ACESSO INTERNAS


ESTRUTURAS DE MONITORAMENTO

ESTRUTURAS COMPONENTES DO ATERRO SANITÁRIO ELEMENTOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

INSTALAÇÕES DE APOIO OPERACIONAL


ÁREA DE DISPOSIÇÃO DE RSU NO ATERRO SANITÁRIO

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IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E LATERAIS IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E LATERAIS

Compactação da camada de argila: grau de compactação e


umidade devem ser controlados durante a execução.

IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E LATERAIS IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E LATERAIS


A camada de impermeabilização da base e dos taludes de
corte do terreno deve garantir a segura separação da Para atingir o grau de permeabilidade as camadas
disposição de resíduos do subsolo, impedindo a impermeabilizantes de argila devem ser executadas com
contaminação do lençol freático e do meio natural pela controle tecnológico de compactação:
infiltração de lixiviados e/ou substâncias tóxicas. • Camadas compactadas de, no máximo, 20 cm de espessura;
Características necessárias: • Umidade em torno da ótima obtida no ensaio de
• Estanqueidade compactação com energia de Proctor Normal;
• Durabilidade • Densidade de, no mínimo, 95% da densidade máxima
obtida no ensaio de compactação com energia de Proctor
• Resistência mecânica
Normal.
• Resistência a intempéries
• Compatibilidade com os resíduos a serem dispostos

IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E LATERAIS IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E LATERAIS


Materiais utilizados na impermeabilização:

• Camada de argila compactada


Coeficiente de permeabilidade mínimo = k≤ 10-7 cm/s

• Geomembrana de Polietileno de Alta Densidade – PEAD


Espessura mínima de 1,5 mm Instalação da geomembrana: controle das soldas e certificado
de garantia da geomembrana.

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IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E LATERAIS ELEMENTOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL


PLATAFORMAS SUPERPOSTAS E/OU ESCALONADAS

Altura máxima das plataformas: 5m


Inclinação máxima dos taludes: 1:2 (V:H)

GEOMEMBRANA DE PEAD

IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE E LATERAIS ELEMENTOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

BERMAS DE EQUILÍBRIO ENTRE AS PLATAFORMAS

ANCORAGEM DA GEOMEMBRANA DE PEAD ELEMENTOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

DRENAGEM DE LIXIVIADOS EM TODAS AS PLATAFORMAS

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DRENAGEM DE LIXIVIADOS
• Conduzir os líquidos para o sistema de tratamento;
• Reduzir as pressões sobre a camada de resíduos;
• Impedir que o lixiviado ataque as estruturas do aterro.

DRENAGEM DE LIXIVIADOS DRENAGEM DE LIXIVIADOS


Os drenos em espinha de peixe podem ter várias
configurações em planta, dependendo da topografia e da
geometria do projeto.

O lixiviado flui por gravidade (preferível à utilização de bombas) para as


áreas de acúmulo ou pontos de saída, onde algum sistema de remoção é
instalado.

ELEMENTOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

DRENAGEM E QUEIMA DO BIOGÁS

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DRENAGEM DO BIOGÁS
Os gases gerados no aterro sanitário são, basicamente, o metano (CH4) e
o dióxido de carbono (CO2). Estima-se uma geração de 370 a 400 Nm3
de biogás, por tonelada de resíduos sólidos.

DRENAGEM DO BIOGÁS DRENAGEM E QUEIMA DO BIOGÁS

ELEMENTOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

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DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS


O sistema de drenagem de águas pluviais tem como função minimizar a
entrada de águas de chuva para o interior do aterro, reduzindo, dessa
forma, a geração de líquidos lixiviados e o escoamento superficial, que
pode provocar erosão nos taludes do aterro e comprometer o
funcionamento das camadas de cobertura final.

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS DESCARGA E ESPALHAMENTO DOS RESÍDUOS


A cada duas ou três viagens descarregadas, os resíduos devem ser
O adequado desempenho do sistema de drenagem superficial está empurrados, de baixo para cima, e espalhados no talude da frente de
diretamente ligado a um correto plano de manutenção. disposição, com tratores de esteira. Esse espalhamento visa constituir
camada de espessura aproximadamente uniforme, dentro dos padrões
ideais de eficiência de compactação dos equipamentos, e promover uma
homogeneização dos resíduos.

A inclinação
do talude é
da ordem de
1:3 (V:H).

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS


A compactação dos resíduos é feita na forma de rampa até que todo o
• Como o aterro sanitário apresenta grandes deformações ao longo do
material disposto esteja adequadamente adensado, ou seja, até que se
tempo, devem ser utilizados dispositivos flexíveis.
verifique que o incremento do número de passadas não reduz o volume
aparente da mesma.
Densidade aproximada de 700 Kg/m3

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COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS RECOBRIMENTO FINAL DOS RESÍDUOS


O trator trabalha de baixo para cima e realiza de três a cinco passadas A camada de argila deve ser compactada até uma permeabilidade inferior
sobre a camada de resíduos. Essa compactação deve ocorrer na inclinação a 1 x 10-5 cm/s.
1:3 (V:H) no sentido ascendente, proporcionando uma concentração de Para evitar o ressecamento e danos à camada de argila e ainda, permitir o
peso do equipamento na parte traseira do sistema de esteiras e reduzindo plantio de gramíneas, deve ser prevista também uma cobertura com solo
o volume dos resíduos de forma mais eficiente do que se o material fosse vegetal (20cm).
empurrado de cima para baixo.

RECOBRIMENTO DIÁRIO DOS RESÍDUOS REVEGETAÇÃO DE TALUDES ENCERRADOS


A cobertura diária deve ser feita com uma camada de 10 a 15 cm de terra
ou material inerte. A vegetação a ser colocada deve ser resistente e densa o suficiente para
Em grandes aterros, face à disposição ininterrupta de resíduos, as frentes minimizar a erosão, e possuir raízes que não penetrem a camada de baixa
são seladas em intervalos menores do que 24h. permeabilidade (camada de argila).

RECOBRIMENTO FINAL DOS RESÍDUOS REVEGETAÇÃO DE TALUDES ENCERRADOS


Para revegetação dos taludes sugerem-se gramíneas de raízes radiais;
devendo ser evitado o plantio ou o crescimento natural de espécies com
raízes pivotantes e profundas (ipê, aroeira etc).
O recobrimento final da
plataforma deve ser feito com
uma camada de argila
compactada com espessura
mínima de 60 cm.

A cobertura final tem como funções: minimizar a infiltração de água no


maciço, reduzindo o volume de lixiviados; minimizar o escape
descontrolado dos gases; permitir a recuperação ambiental da área a
Raízes radiais Raízes pivotantes
partir do plantio de vegetação.

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