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4- Os tipos de respiração estão diretamente relacionados com o local onde cada animal vive. As
brânquias, por exemplo, são encontradas em animais que necessitam retirar o oxigênio da água,
enquanto as respirações cutânea, traqueal e pulmonar são observadas, geralmente, em animais
terrestres.
5- A ventilação pulmonar dos vertebrados pode ser obtida de duas formas diferentes. O enchimento
pulmonar pode se dar com a utilização de uma bomba de pressão, como nos anfíbios, ou por meio
de uma bomba de sucção, como na maioria dos répteis, pássaros e mamíferos.
6- O sistema circulatório dos insetos não tem função respiratória, mas sim, para troca de nutrientes
entre os tecidos. O sangue circulante ocorre principalmente pela atividade de contração do vaso
dorsal que possui paredes formadas por camadas de células musculares em arranjo espiral ou
circular.
7- Na respiração cutânea direta, o oxigênio é captado por células presentes abaixo da pele. O gás é
difundido e atinge todas as outras células. Isso ocorre sem a necessidade de um sistema circulatório.
A respiração cutânea é basicamente um auxílio, pois o anfíbio não dá conta de obter todo o oxigênio
com a respiração pulmonar, porque possui circulação dupla e incompleta, ou seja, o sangue que vai
para seu corpo não está totalmente purificado.
7. A relação entre a área superficial e o volume dos pulmões é que quanto maior a área superficial
dos pulmões, maior é a capacidade de troca gasosa e, portanto, maior é a eficiência respiratória. Por
outro lado, quanto maior o volume dos pulmões, maior é a quantidade total de ar que eles podem
conter.
Os mamíferos apresentam melhor êxito nessa relação, uma vez que eles possuem pulmões
altamente ramificados e uma grande área superficial em comparação com o tamanho do corpo.
Além disso, a maioria dos mamíferos é capaz de regular a velocidade e a profundidade da
respiração, permitindo que eles ajustem a troca gasosa de acordo com as necessidades do corpo.
Uma das principais adaptações dos mamíferos aquáticos é o tamanho e a capacidade pulmonar. Eles
têm pulmões muito grandes em relação ao seu tamanho corporal, permitindo que eles armazenem
grandes quantidades de ar e, assim, prolonguem o tempo de mergulho. Além disso, esses animais
têm maior vascularização nos pulmões, o que significa que uma maior quantidade de sangue é
direcionada para esses órgãos durante o mergulho, aumentando a eficiência da troca gasosa.
10. Os animais adaptados à respiração aérea e aquática são aqueles que conseguem respirar de
forma eficiente tanto nos ambientes terrestres quanto aquáticos. Essas adaptações respiratórias são
essenciais para que esses animais possam sobreviver em diferentes ecossistemas e atender às suas
necessidades metabólicas.
Em resumo, os animais adaptados à respiração aérea e aquática têm várias modificações fisiológicas
para permitir que eles respirem tanto na terra quanto na água. Essas modificações incluem
adaptações nos pulmões, coração, músculos e outros tecidos que lhes permitem armazenar
oxigênio, controlar a frequência cardíaca e prolongar os tempos de mergulho. Cada espécie tem suas
próprias adaptações
11. Os ovos amnióticos foram um marco evolutivo crucial na história dos vertebrados, pois a
capacidade de reproduzir-se independentemente da água permitiu que os animais colonizassem
novos ambientes terrestres. A respiração em ovos amnióticos oferece várias vantagens adaptativas,
como:
1) Maior proteção: Os ovos amnióticos possuem uma série de membranas que circundam o embrião
e o líquido amniótico, que o protege contra desidratação, variações de temperatura e impactos
externos. Por não dependerem da água, os ovos amnióticos não precisam ficar expostos a riscos
como a predação, a competição e a variação de temperatura na água.
2) As trocas gasosas ocorrem de forma mais eficiente: O ar é mais rico em oxigênio do que a água, o
que permite que os ovos amnióticos obtenham uma quantidade maior de oxigênio para o
desenvolvimento do embrião. Além disso, eles possuem uma bolsa de ar chamada alantoide, que
funciona como um pulmão interno e absorve os gases liberados pelo embrião, ajudando a controlar
o nível de dióxido de carbono e garantindo uma respiração adequada.
4) Menor competição: Com a capacidade de colocar ovos em ambientes terrestres, os animais que
utilizavam a água para a reprodução ficaram em desvantagem e os ovos amnióticos puderam se
desenvolver em novos locais sem ter que competir com outros animais que dependiam da água para
a reprodução.
12. Mamíferos e aves apresentam um sistema respiratório avançado, que facilita a endotermia, ou
seja, a manutenção da temperatura corporal constante. Em mamíferos, o sistema respiratório é
constituído pelos pulmões, que fornecem ar rico em oxigênio para todo o corpo, e pelo diafragma,
um músculo que promove a inspiração e expiração. Já nas aves, o sistema respiratório é muito mais
complexo, com múltiplos sacos aéreos em sequência que permitem um fluxo mais constante de ar
para os pulmões, tornando a respiração mais eficiente. A vantagem disso é que esses animais podem
viver em ambientes diversos, variando de altitude, temperatura e outras condições ambientais,
mantendo sempre a temperatura constante. Essa capacidade está diretamente relacionada ao alto
metabolismo desses animais, que consomem muita energia, gerando assim o calor mantido pela
endotermia.
13. O sistema circulatório é responsável por transportar nutrientes, gases, hormônios e outras
substâncias para todas as células do corpo. As principais funções do transporte sanguíneo nos
animais são:
- Transporte de oxigênio: O sangue transporta oxigênio dos pulmões para as células do corpo, e o
dióxido de carbono das células para os pulmões, onde é eliminado através da respiração.
- Transporte de nutrientes: O sangue carrega nutrientes, como glicose, aminoácidos e gorduras, que
são obtidos pelo trato digestório após a alimentação, para as células do corpo.
14. Pigmentos respiratórios são moléculas responsáveis pelo transporte e armazenamento de gases
respiratórios como o oxigênio e o dióxido de carbono em diversos animais. Existem várias classes de
pigmentos respiratórios, sendo as mais conhecidas a hemoglobina e a hemocianina.
A hemoglobina é uma proteína presente no sangue de muitos animais vertebrados, incluindo
humanos, que se liga ao oxigênio e o transporta dos pulmões para as células do corpo. A
hemoglobina é composta por quatro subunidades, cada uma contendo um grupo heme que se liga
ao oxigênio, proporcionando a cor vermelha característica do sangue.
Alguns exemplos de animais que possuem hemoglobina são os seres humanos, cães, gatos e
praticamente todos os animais vertebrados. Já a hemocianina é encontrada em alguns moluscos
como cefalópodes (lulas e polvos), caranguejos e aranhas.
15) Circulação: Os cefalópodes (polvo e lula) têm circulações fechadas, apesar de as outras classes
de moluscos terem sistemas abertos. Os cefalópodes (polvo e lula) têm sistemas circulatórios
fechados altamente desenvolvidos, com artérias, veias e redes capilares distintas. Isso está
relacionado à alta organização e atividade destes animais e à importância do sangue nas trocas
respiratórias nas brânquias assim como na função renal. O fato de que os cefalópodes têm um
sistema circulatório fechado significa que o sangue continua confinado dentro dos vasos sanguíneos.
Portanto, o sangue permanece distintamente separado do fluido intersticial. O sangue constitui
aproximadamente 6% do peso corpóreo e o líquido intersticial, em torno de 15%. Essas ordens de
grandeza são surpreendentemente semelhantes àquelas dos volumes de fluido correspondentes nos
vertebrados.
Respiração: Igualmente para a lula e o polvo, existe uma estreita correlação entre a locomoção e o
fluxo de água sobre as brânquias. A lula ou o polvo ventilam suas brânquias levando água para o
interior da cavidade do manto e, ao ejetá-la pelo sifão, o animal é impulsionado na água por
propulsão a jato. Neste caso, o sistema ventilatório é modificado para a locomoção, mas, como
acontece com os peixes, um aumento da natação leva a um aumento da demanda por oxigênio, que
é automaticamente provido em grande quantidade.
Digestão: Os cefalópodes são carnívoros predadores. As lulas estão entre as criaturas mais vorazes
do oceano e competem eficazmente com os peixes. Os polvos também são carnívoros ativos e suas
presas principais são caranguejos, bivalves e gastrópodes. Algumas espécies de Octopus perfuram as
conchas dos moluscos de um modo similar ao das brocas. Alguns chegam a perfurar e apreender
seus parentes próximos – os náutilos compartimentalizados. Os polvos não usam rádulas para
perfurar, mas utilizam uma projeção semelhante a uma lima formada pelas papilas salivares. Em
qualquer evento, uma vez que a presa é capturada e imobilizada pelos braços, o cefalópode morde-a
com seu bico córneo (mandíbulas modificadas) e injeta uma neurotoxina liberada pelas glândulas
salivares modificadas. Essa capacidade de imobilizar rapidamente as presas também ajuda a evitar
que o cefalópode com corpo mole se envolva em uma luta potencialmente perigosa.
16) Quanto maior a massa corporal do animal, menor os batimentos cardíacos. O metabolismo
energético varia em função da massa corporal, sendo mais intenso nos animais de porte menor do
que animais de porte maior
a) Aberta e fechada: circulação aberta: vasos interrompidos, com sangue fluindo livremente entre os
tecidos antes de retornar ao coração ex: crustáceos, insetos, urocordados (tunicados) e moluscos
não cefalópodes
Circulação fechada: retorna ao coração sem deixar o sistema de tubos ex: todos os vertebrados,
anelídeos, cefalópodes, equinodermos
b) Simples: o sangue passa uma vez pelo coração ex: moluscos não cefalópodes, crustáceos e os
insetos
Dupla: o sangue passa duas vezes pelo coração ex: todos os vertebrados
c) Completa: não há mistura entre sangue venoso e arterial ex: aves e mamíferos
18) A compartimentação do coração em câmaras cardíacas traz diversas vantagens evolutivas para
os diferentes grupos animais:
- Eficiência na oxigenação do sangue: A separação das câmaras cardíacas permite uma oxigenação
mais eficiente do sangue, garantindo que todo o corpo receba sangue rico em oxigênio. Isso permite
que os animais sejam mais ativos e desenvolvam um metabolismo mais elevado.
- Controle do fluxo sanguíneo: A separação das câmaras cardíacas permite que o fluxo sanguíneo
seja controlado com mais precisão, direcionando o sangue para os órgãos que mais precisam dele.
Exemplos de grupos animais com coração compartimentado incluem peixes, anfíbios, répteis, aves e
mamíferos.
Fluidos ou tecidos moles: sucção da seiva de plantas, ingestão de sangue. Exemplos: abelhas,
borboletas e sanguessugas
20) A) digestão intracelular: digestão limitadas a partículas pequenas o suficiente para serem
captadas dentro de células individuais do organismo. Na digestão intracelular a partícula é
englobada por pinocitose ou fagocitose, e é digerida no interior de vacúolos através das enzimas
lisossômicas. Exemplos: bactérias, protozoários, fungos, esponjas (alguns cnidários, ctenóforos e
turbelários)
Trato digestório completo: há duas aberturas, boca e ânus. Exemplos: Nematelmintos, anelídeos,
moluscos, artrópodes, equinoderma (com exceção dos ofiuroides), cordados;
Trato digestório incompleto: apenas uma abertura, a boca. Exemplos: cnidários, platelmintos,
ofiuroides.
21) Na digestão enzimática os alimentos devem passar para a forma solúvel e ser degradados em
unidades menores, para depois serem absorvidos. Altas temperaturas acima de 50 graus celsius,
substâncias químicas fortes, metais pesados que se ligam as proteínas podem influenciar e inibir as
atividades enzimáticas. cada enzima possui um pH ótimo para sua atividade máxima. Por exemplo,
as enzimas presentes no estômago de animais, como o a pepsina, funciona melhor em um ambiente
ácido com pH em torno de 1.5 e 1.6. Já as enzimas pancreáticas como a lipase funcionam melhor em
um ambiente com pH em torno de 8. Assim, o pH e a temperatura adequados são importantes para
garantir que as enzimas digestivas funcionem de forma eficiente e a digestão dos alimentos seja
completa. Qualquer alteração no pH ou na temperatura do trato digestivo pode afetar a atividade
das enzimas e, consequentemente, a digestão dos alimentos.
23- Coprofagia se dá quando um animal seja adulto ou jovem tem o hábito de comer fezes, seja para
tentar novamente reter nutrientes que acabam passando despercebido ou até mesmo no caso de
indivíduos mais jovens para ajudar a ter uma microbiota intestinal que é indivíduos podem vir a ser
ausente.
24- Animais que se alimentam de plantas que possuem toxinas acabam sendo imunes a toxina da
planta em questão e com isso eles armazenam a toxina e quando se faz necessário usam as
substâncias guardadas em seu corpo, temos como um bom exemplo a mariposa monarca na qual ela
se alimenta de plantas altamente tóxicas e após a metamorfose a mariposa acaba por ter em seu
corpo a toxina.
25- Euritérmicos: suportam grandes variações de temperatura, sejam elas de frio ou calor.
Extremófilos: são organismos que sobrevivem em condições geoquímicas que se configuram como
inóspitas para a maior parte dos organismos do planeta. (Krill antártico Euphausia superba).
26- o glicerol é uma substância presente principalmente nos insetos de regiões mais frias, essa
substância é responsável por impedir que a hemolinfa dos insetos forme cristais de gelo e venha
congelar, isso porque essa substância apenas vem a congelar em temperaturas inferiores a -100°C,
dessa forma garantindo a sobrevivência do animal em meio aos períodos de Neve e frio extremo.
27- No caso do torpor diário vem a estar mais relacionado com a redução do metabolismo para fins
de descanso como os beija-flores e morcegos, no caso da hibernação ou estivação pode estar
relacionado à mudança de temperatura ou em alguns casos até mesmo a disponibilidade de
alimento e de recursos, e para garantir a sobrevivência esses animais reduzem o metabolismo a
ponto de usar o mínimo de energia possível para sobrevivência do organismo até que melhores
condições venham a aparecer.
Questão 28
A taxa metabólica pode ser vista pelo oxigênio consumido (ou dióxido de carbono produzido) por
unidade de tempo. O oxigênio é usado na respiração celular e o dióxido de carbono é produzido
como um subproduto, assim ambas medidas indicam quanto combustível está sendo queimado. A
razão pela qual o consumo de oxigênio pode ser usado como uma medida prática da taxa metabólica
decorre do fato de que a quantidade de calor produzido para cada litro de oxigênio usado no
metabolismo permanece quase constante, independente de gordura, carboidrato ou proteína serem
oxidados.
Q10
O aumento de uma taxa causado pela elevação de lO"C na temperatura é denominado Q10 • Se a
velocidade, duplicar, o Q10 será 2; se triplicar, o Q10 será 3, e assim por diante. Este termo é usado
não somente para o consumo de oxigênio, mas para todos os processos que envolvam taxa, e que
sejam influenciados pela temperatura.
TL50
A temperatura letal é comumente definida como aquela na qual 50% dos animais morrem e 50%
sobrevivem, frequentemente denominada TL50.Para a determinação dessa temperatura por
tentativa e erro, seriam necessários muitos experimentos antes de um deles resultar em exatamente
metade dos animais mortos. Ao invés disso, para determinar a temperatura que é letal para 50% de
um grupo de organismos (a TL50), experimentos são realizados a várias temperaturas e, depois que
os dados são colocados em um gráfico, é feita a leitura da temperatura na qual há sobrevida de 50%.
Vários grupos (por exemplo, quatro) são expostos durante o mesmo período (por exemplo, 2 horas)
a uma série de temperaturas e a porcentagem de sobrevivência a cada temperatura é colocada em
um gráfico. A TL50 pode ser, então, prontamente extraída do gráfico.
Aclimatação e aclimatização
Com frequência, o intervalo de tolerância térmica é diferente para a mesma espécie no verão e no
inverno. Um animal invernal geralmente tolera e permanece até mesmo ativo a temperaturas tão
baixas que seriam letais para um animal estival; inversamente, o animal invernal é menos tolerante
que um animal estival a temperaturas elevadas. Essas modificações na tolerância à temperatura com
as mudanças climáticas são chamadas de aclimatização.
A condutância é uma medida do fluxo de calor do animal para o meio. O termo compreende o fluxo
de calor das partes profundas do corpo em direção à superfície da pele, e da superfície da pele,
através da pelagem, em direção ao meio. Quando a condutância é baixa, o valor de isolamento é
alto. O valor de isolamento aumenta com a espessura da pelagem e atinge um máximo para alguns
dos maiores animais que possuem pelagem espessa, tal como a raposa branca.