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DISCIPLINA: FISIOLOGIA ANIMAL COMPARADA

ESTUDO DIRIGIDO: PRIMEIRA UNIDADE PEDAGÓGICA


PROFA. DRA. DANISE ALVES
1. Defina o Princípio de Krogh.
2. Defina homeostase e sua relação com os mecanismos de retroalimentação ou feedback positivo e negativo.
3. Quais as principais áreas da ciência relacionadas à Fisiologia Animal?
4. Diferencie as principais adaptações dos organismos com respiração na água e na terra quanto aos órgãos respiratórios
e tipos de ventilação.
5. Na ventilação pulmonar, quais e como funcionam os sistemas de bombas existentes?
6. Qual a relação dos sistemas respiratório e circulatório em insetos?
7. Como funciona a respiração cutânea e porque é necessária?
8. Qual a relação da área superficial versus o volume dos pulmões? E qual grupo animal apresenta melhor êxito nesta
relação?
9. Disserte sobre a fisiologia do mergulho para mamíferos aquáticos, comparando suas principais adaptações em relação
aos mamíferos terrestres.
10.Disserte sobre os animais adaptados à respiração aérea e aquática.
11.Quais vantagens adaptativas são apresentadas para a respiração em ovos amnióticos?
12. Mamíferos e aves apresentam vantagens no sistema respiratório, facilitando a endotermia. Disserte sobre.
13.Quais as principais funções do transporte sanguíneo nos animais?
14.O que são pigmentos respiratórios? Diferencie-os e cite exemplos animais.
15.Os moluscos cefalópodes são animais modelos dentre os invertebrados devido às particularidades fisiológicas.
Descreva exemplos quanto à respiração, circulação e digestão.
16.Qual a relação da frequência cardíaca e da massa corpórea dos animais?
17.Diferencie e cite exemplos de animais com circulação:
a) Aberta e fechada
b) Simples e dupla
c) Completa e incompleta
18.A compartimentação do coração em câmaras cardíacas nos diferentes grupos animais traz quais vantagens evolutivas?
Cite exemplos.
19.No processo alimentar, como ocorre a captura de alimentos em diferentes grupos animais?
20.Quanto ao sistema digestório, diferencie e cite exemplos de:
a) Digestão intracelular e extracelular
b) Trato digestório completo e incompleto
21.Disserte sobre como ocorre a digestão enzimática dos animais, e a influência do pH e da temperatura.
22.Quais as adaptações dos animais à digestão da celulose e do amido?
23.O que é coprofagia e qual seu objetivo?
24.Como a relação animal versus vegetal promove defesas químicas?
25.Defina animais extremófilos, euritérmicos e estenotérmicos.
26.Qual a relação do glicerol com os animais de clima frio?
27.Pequenos animais endotérmicos tendem a realizar torpor diário, hibernação ou estivação. Por quê?
28.Qual a relação da taxa de consumo de oxigênio com a variação de temperatura e a massa corpórea?
29.O que são TL50 e Q10?
30.Diferencie aclimatação de aclimatização.
31.Animais de zonas entre marés são bastante estudados quanto à tolerância às temperaturas elevadas. Por qual motivo?
32.Qual a relação da condução térmica, isolamento e espessura da pelagem em mamíferos?
33.Como os animais toleram ao frio e ao congelamento?
1- O princípio de Krogh afirma que "para cada problema fisiológico existe um animal-modelo
adequado ao seu estudo". Este conceito é central para aquelas disciplinas da biologia que se
amparam no método comparativo tais como a neuroetologia, a fisiologia comparativa e mais
recentemente a genômica funcional.

2- Homeostase é a tendência a resistir a mudanças a fim de manter um ambiente interno estável,


relativamente constante. Homeostase normalmente envolve ciclos de retroalimentação negativa
que neutralizam mudanças de várias propriedades de seus valores-alvo, conhecidos como pontos de
ajuste.

3- Na Fisiologia se estuda o funcionamento dos sistemas celulares e orgânicos (nervoso, muscular,


endócrino, cardiovascular, respiratório, digestório e urinário), bem como suas interações entre si e
com o meio ambiente.

4- Os tipos de respiração estão diretamente relacionados com o local onde cada animal vive. As
brânquias, por exemplo, são encontradas em animais que necessitam retirar o oxigênio da água,
enquanto as respirações cutânea, traqueal e pulmonar são observadas, geralmente, em animais
terrestres.

5- A ventilação pulmonar dos vertebrados pode ser obtida de duas formas diferentes. O enchimento
pulmonar pode se dar com a utilização de uma bomba de pressão, como nos anfíbios, ou por meio
de uma bomba de sucção, como na maioria dos répteis, pássaros e mamíferos.

6- O sistema circulatório dos insetos não tem função respiratória, mas sim, para troca de nutrientes
entre os tecidos. O sangue circulante ocorre principalmente pela atividade de contração do vaso
dorsal que possui paredes formadas por camadas de células musculares em arranjo espiral ou
circular.

7- Na respiração cutânea direta, o oxigênio é captado por células presentes abaixo da pele. O gás é
difundido e atinge todas as outras células. Isso ocorre sem a necessidade de um sistema circulatório.
A respiração cutânea é basicamente um auxílio, pois o anfíbio não dá conta de obter todo o oxigênio
com a respiração pulmonar, porque possui circulação dupla e incompleta, ou seja, o sangue que vai
para seu corpo não está totalmente purificado.

7. A relação entre a área superficial e o volume dos pulmões é que quanto maior a área superficial
dos pulmões, maior é a capacidade de troca gasosa e, portanto, maior é a eficiência respiratória. Por
outro lado, quanto maior o volume dos pulmões, maior é a quantidade total de ar que eles podem
conter.
Os mamíferos apresentam melhor êxito nessa relação, uma vez que eles possuem pulmões
altamente ramificados e uma grande área superficial em comparação com o tamanho do corpo.
Além disso, a maioria dos mamíferos é capaz de regular a velocidade e a profundidade da
respiração, permitindo que eles ajustem a troca gasosa de acordo com as necessidades do corpo.

8. Os mamíferos aquáticos, como as baleias, os golfinhos e as focas, apresentam várias adaptações


fisiológicas para suportar as pressões e as condições do mergulho em água profunda. Em
comparação com os mamíferos terrestres, essas adaptações são essenciais para permitir que eles
respirem de forma eficiente e realizem atividades subaquáticas prolongadas.

Uma das principais adaptações dos mamíferos aquáticos é o tamanho e a capacidade pulmonar. Eles
têm pulmões muito grandes em relação ao seu tamanho corporal, permitindo que eles armazenem
grandes quantidades de ar e, assim, prolonguem o tempo de mergulho. Além disso, esses animais
têm maior vascularização nos pulmões, o que significa que uma maior quantidade de sangue é
direcionada para esses órgãos durante o mergulho, aumentando a eficiência da troca gasosa.

Outra adaptação importante é o controle da frequência cardíaca. Os mamíferos aquáticos podem


reduzir drasticamente sua frequência cardíaca durante o mergulho, permitindo que o sangue seja
direcionado principalmente para o cérebro e para outros órgãos vitais. Isso ajuda a preservar o
oxigênio no corpo e prolongar o tempo de mergulho.

Os mamíferos aquáticos também têm a capacidade de armazenar grandes quantidades de oxigênio


em seus músculos e outras partes do corpo. Isso é possível graças a proteínas especiais chamadas
mioglobina, que têm uma alta afinidade pelo oxigênio e permitem que eles mantenham um
suprimento de oxigênio no tecido muscular por mais tempo.

Além dessas adaptações fisiológicas, os mamíferos aquáticos também apresentam modificações


anatômicas, como o formato hidrodinâmico do corpo, cauda horizontal e membros modificados
para nadar. Em comparação com os mamíferos terrestres, os mamíferos aquáticos também têm
uma pelagem mais densa, que ajuda a reter o calor corporal na água fria.

Em resumo, os mamíferos aquáticos apresentam várias adaptações fisiológicas e anatômicas para


tornar o mergulho e as atividades subaquáticas possíveis e bem-sucedidas. Essas adaptações
permitem que eles respirem de forma eficiente, armazenem oxigênio, reduzam a frequência
cardíaca e maximizem a eficiência da natação sob a água. Comparados aos mamíferos terrestres, os
mamíferos aquáticos têm uma série de características únicas que lhes permitem prosperar em
ambientes aquáticos.

10. Os animais adaptados à respiração aérea e aquática são aqueles que conseguem respirar de
forma eficiente tanto nos ambientes terrestres quanto aquáticos. Essas adaptações respiratórias são
essenciais para que esses animais possam sobreviver em diferentes ecossistemas e atender às suas
necessidades metabólicas.

Entre os animais adaptados à respiração aérea e aquática, podemos destacar as tartarugas, as


lontras, os crocodilos, as baleias, os golfinhos, as focas e as aves aquáticas, como patos e pinguins.
Cada um desses animais tem adaptações específicas para respirar tanto na água quanto na terra.
As tartarugas, por exemplo, podem reter o ar nos pulmões e na boca, permitindo que elas realizem
mergulhos prolongados. Além disso, algumas espécies de tartarugas marinhas têm a capacidade de
extrair oxigênio da água através da região cloacal - uma abertura localizada entre a base da cauda e
a extremidade posterior do tronco.

Em resumo, os animais adaptados à respiração aérea e aquática têm várias modificações fisiológicas
para permitir que eles respirem tanto na terra quanto na água. Essas modificações incluem
adaptações nos pulmões, coração, músculos e outros tecidos que lhes permitem armazenar
oxigênio, controlar a frequência cardíaca e prolongar os tempos de mergulho. Cada espécie tem suas
próprias adaptações

específicas que os tornam altamente adaptados ao seu ambiente.

11. Os ovos amnióticos foram um marco evolutivo crucial na história dos vertebrados, pois a
capacidade de reproduzir-se independentemente da água permitiu que os animais colonizassem
novos ambientes terrestres. A respiração em ovos amnióticos oferece várias vantagens adaptativas,
como:

1) Maior proteção: Os ovos amnióticos possuem uma série de membranas que circundam o embrião
e o líquido amniótico, que o protege contra desidratação, variações de temperatura e impactos
externos. Por não dependerem da água, os ovos amnióticos não precisam ficar expostos a riscos
como a predação, a competição e a variação de temperatura na água.

2) As trocas gasosas ocorrem de forma mais eficiente: O ar é mais rico em oxigênio do que a água, o
que permite que os ovos amnióticos obtenham uma quantidade maior de oxigênio para o
desenvolvimento do embrião. Além disso, eles possuem uma bolsa de ar chamada alantoide, que
funciona como um pulmão interno e absorve os gases liberados pelo embrião, ajudando a controlar
o nível de dióxido de carbono e garantindo uma respiração adequada.

3) Maior independência: A capacidade de se reproduzir em ambiente terrestre permitiu que os


animais não dependessem mais da água para o desenvolvimento de seus ovos, aumentando sua
independência e diversidade de habitats. Isso também possibilitou que os ovos amnióticos se
desenvolvessem em ambientes mais secos.

4) Menor competição: Com a capacidade de colocar ovos em ambientes terrestres, os animais que
utilizavam a água para a reprodução ficaram em desvantagem e os ovos amnióticos puderam se
desenvolver em novos locais sem ter que competir com outros animais que dependiam da água para
a reprodução.

5) Maior sucesso reprodutivo: Com a possibilidade de depositar ovos em diferentes ambientes, os


animais que utilizam ovos amnióticos têm uma maior chance de sucesso reprodutivo. Eles podem
escolher locais que ofereçam melhores condições de sobrevivência para o desenvolvimento do
embrião, garantindo uma maior taxa de sobrevivência e sucesso reprodutivo. Em resumo, a
respiração em ovos amnióticos oferece inúmeras vantagens adaptativas, permitindo a diversificação
de habitats e assegurando uma maior taxa de sobrevivência e sucesso reprodutivo para os animais
que a utilizam.

12. Mamíferos e aves apresentam um sistema respiratório avançado, que facilita a endotermia, ou
seja, a manutenção da temperatura corporal constante. Em mamíferos, o sistema respiratório é
constituído pelos pulmões, que fornecem ar rico em oxigênio para todo o corpo, e pelo diafragma,
um músculo que promove a inspiração e expiração. Já nas aves, o sistema respiratório é muito mais
complexo, com múltiplos sacos aéreos em sequência que permitem um fluxo mais constante de ar
para os pulmões, tornando a respiração mais eficiente. A vantagem disso é que esses animais podem
viver em ambientes diversos, variando de altitude, temperatura e outras condições ambientais,
mantendo sempre a temperatura constante. Essa capacidade está diretamente relacionada ao alto
metabolismo desses animais, que consomem muita energia, gerando assim o calor mantido pela
endotermia.

13. O sistema circulatório é responsável por transportar nutrientes, gases, hormônios e outras
substâncias para todas as células do corpo. As principais funções do transporte sanguíneo nos
animais são:

- Transporte de oxigênio: O sangue transporta oxigênio dos pulmões para as células do corpo, e o
dióxido de carbono das células para os pulmões, onde é eliminado através da respiração.

- Transporte de nutrientes: O sangue carrega nutrientes, como glicose, aminoácidos e gorduras, que
são obtidos pelo trato digestório após a alimentação, para as células do corpo.

- Transporte de hormônios: O sangue transporta hormônios produzidos por glândulas endócrinas e


os distribui para as células-alvo em todo o corpo.

- Transporte de substâncias de defesa: O sangue também transporta células de defesa, como


glóbulos brancos e anticorpos, que combatem invasores como bactérias, vírus e outros
microorganismos.

- Regulação da temperatura corporal: O sangue ajuda a regular a temperatura do corpo,


transportando o calor das áreas mais quentes para as mais frias.

14. Pigmentos respiratórios são moléculas responsáveis pelo transporte e armazenamento de gases
respiratórios como o oxigênio e o dióxido de carbono em diversos animais. Existem várias classes de
pigmentos respiratórios, sendo as mais conhecidas a hemoglobina e a hemocianina.
A hemoglobina é uma proteína presente no sangue de muitos animais vertebrados, incluindo
humanos, que se liga ao oxigênio e o transporta dos pulmões para as células do corpo. A
hemoglobina é composta por quatro subunidades, cada uma contendo um grupo heme que se liga
ao oxigênio, proporcionando a cor vermelha característica do sangue.

Já a hemocianina é um pigmento respiratório presente no sangue de alguns invertebrados, como


moluscos e artrópodes, que contém cobre em sua composição. A hemocianina é responsável pelo
transporte de oxigênio, mas ao contrário da hemoglobina, não tem uma estrutura proteica
complexa, sendo frequentemente encontrada em solução extracelular.

Alguns exemplos de animais que possuem hemoglobina são os seres humanos, cães, gatos e
praticamente todos os animais vertebrados. Já a hemocianina é encontrada em alguns moluscos
como cefalópodes (lulas e polvos), caranguejos e aranhas.

15) Circulação: Os cefalópodes (polvo e lula) têm circulações fechadas, apesar de as outras classes
de moluscos terem sistemas abertos. Os cefalópodes (polvo e lula) têm sistemas circulatórios
fechados altamente desenvolvidos, com artérias, veias e redes capilares distintas. Isso está
relacionado à alta organização e atividade destes animais e à importância do sangue nas trocas
respiratórias nas brânquias assim como na função renal. O fato de que os cefalópodes têm um
sistema circulatório fechado significa que o sangue continua confinado dentro dos vasos sanguíneos.
Portanto, o sangue permanece distintamente separado do fluido intersticial. O sangue constitui
aproximadamente 6% do peso corpóreo e o líquido intersticial, em torno de 15%. Essas ordens de
grandeza são surpreendentemente semelhantes àquelas dos volumes de fluido correspondentes nos
vertebrados.

Respiração: Igualmente para a lula e o polvo, existe uma estreita correlação entre a locomoção e o
fluxo de água sobre as brânquias. A lula ou o polvo ventilam suas brânquias levando água para o
interior da cavidade do manto e, ao ejetá-la pelo sifão, o animal é impulsionado na água por
propulsão a jato. Neste caso, o sistema ventilatório é modificado para a locomoção, mas, como
acontece com os peixes, um aumento da natação leva a um aumento da demanda por oxigênio, que
é automaticamente provido em grande quantidade.

Digestão: Os cefalópodes são carnívoros predadores. As lulas estão entre as criaturas mais vorazes
do oceano e competem eficazmente com os peixes. Os polvos também são carnívoros ativos e suas
presas principais são caranguejos, bivalves e gastrópodes. Algumas espécies de Octopus perfuram as
conchas dos moluscos de um modo similar ao das brocas. Alguns chegam a perfurar e apreender
seus parentes próximos – os náutilos compartimentalizados. Os polvos não usam rádulas para
perfurar, mas utilizam uma projeção semelhante a uma lima formada pelas papilas salivares. Em
qualquer evento, uma vez que a presa é capturada e imobilizada pelos braços, o cefalópode morde-a
com seu bico córneo (mandíbulas modificadas) e injeta uma neurotoxina liberada pelas glândulas
salivares modificadas. Essa capacidade de imobilizar rapidamente as presas também ajuda a evitar
que o cefalópode com corpo mole se envolva em uma luta potencialmente perigosa.
16) Quanto maior a massa corporal do animal, menor os batimentos cardíacos. O metabolismo
energético varia em função da massa corporal, sendo mais intenso nos animais de porte menor do
que animais de porte maior

17) Diferencie e cite exemplos de animais com circulação:

a) Aberta e fechada: circulação aberta: vasos interrompidos, com sangue fluindo livremente entre os
tecidos antes de retornar ao coração ex: crustáceos, insetos, urocordados (tunicados) e moluscos
não cefalópodes

Circulação fechada: retorna ao coração sem deixar o sistema de tubos ex: todos os vertebrados,
anelídeos, cefalópodes, equinodermos

b) Simples: o sangue passa uma vez pelo coração ex: moluscos não cefalópodes, crustáceos e os
insetos

Dupla: o sangue passa duas vezes pelo coração ex: todos os vertebrados

c) Completa: não há mistura entre sangue venoso e arterial ex: aves e mamíferos

Incompleta: há mistura entre sangue venoso e arterial ex: anfíbios e repteis

18) A compartimentação do coração em câmaras cardíacas traz diversas vantagens evolutivas para
os diferentes grupos animais:

- Eficiência na oxigenação do sangue: A separação das câmaras cardíacas permite uma oxigenação
mais eficiente do sangue, garantindo que todo o corpo receba sangue rico em oxigênio. Isso permite
que os animais sejam mais ativos e desenvolvam um metabolismo mais elevado.

- Controle do fluxo sanguíneo: A separação das câmaras cardíacas permite que o fluxo sanguíneo
seja controlado com mais precisão, direcionando o sangue para os órgãos que mais precisam dele.

- Maior resistência e adaptação a diferentes ambientes: A compartimentação do coração permitiu


que diferentes grupos animais se adaptassem a diferentes ambientes e modos de vida. Por exemplo,
peixes possuem um coração com duas câmaras, que lhes permite viver em ambientes aquáticos e
fazer trocas gasosas eficientes com a água. Já os mamíferos possuem um coração com quatro
câmaras, que lhes permite viver em ambientes terrestres e ter um metabolismo mais elevado.

Exemplos de grupos animais com coração compartimentado incluem peixes, anfíbios, répteis, aves e
mamíferos.

19) Depende bastante do tipo de alimento e dos métodos de alimentação usados

Pequenas partículas: formação de vacúolo digestivos, uso de cílios, formação de armadilhas


mucosas, uso de tentáculos, uso de cerdas, filtração. Exemplo: baleias se alimentando de krill,
anêmonas e corais também se alimentam de pequenas partículas

Grandes partículas ou massas: ingestão de massas inativas (detritos), raspagem, mastigação e


perfuração, captura e deglutição da presa. Exemplo: carnívoros

Fluidos ou tecidos moles: sucção da seiva de plantas, ingestão de sangue. Exemplos: abelhas,
borboletas e sanguessugas

Matéria orgânica dissolvida; suprimento simbiôntico de nutrientes: sucção de leite ou similar,


digestão externa, tomada através da superfície corpórea, tomada de solutos diluídos, ação de algas
simbiônticas intracelulares. Exemplo: mamíferos

20) A) digestão intracelular: digestão limitadas a partículas pequenas o suficiente para serem
captadas dentro de células individuais do organismo. Na digestão intracelular a partícula é
englobada por pinocitose ou fagocitose, e é digerida no interior de vacúolos através das enzimas
lisossômicas. Exemplos: bactérias, protozoários, fungos, esponjas (alguns cnidários, ctenóforos e
turbelários)

Digestão extracelular: permite a ingestão de grandes pedaços de alimentos, a digestão extracelular


está normalmente associada a um trato digestivo bem desenvolvido que permite que as enzimas
secretadas ajam sobre o alimento. exemplo: cordados

Trato digestório completo: há duas aberturas, boca e ânus. Exemplos: Nematelmintos, anelídeos,
moluscos, artrópodes, equinoderma (com exceção dos ofiuroides), cordados;

Trato digestório incompleto: apenas uma abertura, a boca. Exemplos: cnidários, platelmintos,
ofiuroides.
21) Na digestão enzimática os alimentos devem passar para a forma solúvel e ser degradados em
unidades menores, para depois serem absorvidos. Altas temperaturas acima de 50 graus celsius,
substâncias químicas fortes, metais pesados que se ligam as proteínas podem influenciar e inibir as
atividades enzimáticas. cada enzima possui um pH ótimo para sua atividade máxima. Por exemplo,
as enzimas presentes no estômago de animais, como o a pepsina, funciona melhor em um ambiente
ácido com pH em torno de 1.5 e 1.6. Já as enzimas pancreáticas como a lipase funcionam melhor em
um ambiente com pH em torno de 8. Assim, o pH e a temperatura adequados são importantes para
garantir que as enzimas digestivas funcionem de forma eficiente e a digestão dos alimentos seja
completa. Qualquer alteração no pH ou na temperatura do trato digestivo pode afetar a atividade
das enzimas e, consequentemente, a digestão dos alimentos.

22- O simbionte presente na flora intestinal dos ruminantes e fermentativos convertem os


monossacarídeos, aminoácidos e gorduras em ácidos graxos voláteis, metano e hidrogênio, além de
fornecer energia ao animal.

23- Coprofagia se dá quando um animal seja adulto ou jovem tem o hábito de comer fezes, seja para
tentar novamente reter nutrientes que acabam passando despercebido ou até mesmo no caso de
indivíduos mais jovens para ajudar a ter uma microbiota intestinal que é indivíduos podem vir a ser
ausente.

24- Animais que se alimentam de plantas que possuem toxinas acabam sendo imunes a toxina da
planta em questão e com isso eles armazenam a toxina e quando se faz necessário usam as
substâncias guardadas em seu corpo, temos como um bom exemplo a mariposa monarca na qual ela
se alimenta de plantas altamente tóxicas e após a metamorfose a mariposa acaba por ter em seu
corpo a toxina.

25- Euritérmicos: suportam grandes variações de temperatura, sejam elas de frio ou calor.

Esternotérmicos: suportam pequenas variações de temperatura.

Extremófilos: são organismos que sobrevivem em condições geoquímicas que se configuram como
inóspitas para a maior parte dos organismos do planeta. (Krill antártico Euphausia superba).

26- o glicerol é uma substância presente principalmente nos insetos de regiões mais frias, essa
substância é responsável por impedir que a hemolinfa dos insetos forme cristais de gelo e venha
congelar, isso porque essa substância apenas vem a congelar em temperaturas inferiores a -100°C,
dessa forma garantindo a sobrevivência do animal em meio aos períodos de Neve e frio extremo.

27- No caso do torpor diário vem a estar mais relacionado com a redução do metabolismo para fins
de descanso como os beija-flores e morcegos, no caso da hibernação ou estivação pode estar
relacionado à mudança de temperatura ou em alguns casos até mesmo a disponibilidade de
alimento e de recursos, e para garantir a sobrevivência esses animais reduzem o metabolismo a
ponto de usar o mínimo de energia possível para sobrevivência do organismo até que melhores
condições venham a aparecer.

Questão 28

A taxa metabólica pode ser vista pelo oxigênio consumido (ou dióxido de carbono produzido) por
unidade de tempo. O oxigênio é usado na respiração celular e o dióxido de carbono é produzido
como um subproduto, assim ambas medidas indicam quanto combustível está sendo queimado. A
razão pela qual o consumo de oxigênio pode ser usado como uma medida prática da taxa metabólica
decorre do fato de que a quantidade de calor produzido para cada litro de oxigênio usado no
metabolismo permanece quase constante, independente de gordura, carboidrato ou proteína serem
oxidados.

Questão 29 Schmidt-Nielsen 2013, pg 222 ( TL50 ), pg 220 (Q10 )

Q10

O aumento de uma taxa causado pela elevação de lO"C na temperatura é denominado Q10 • Se a
velocidade, duplicar, o Q10 será 2; se triplicar, o Q10 será 3, e assim por diante. Este termo é usado
não somente para o consumo de oxigênio, mas para todos os processos que envolvam taxa, e que
sejam influenciados pela temperatura.

TL50

A temperatura letal é comumente definida como aquela na qual 50% dos animais morrem e 50%
sobrevivem, frequentemente denominada TL50.Para a determinação dessa temperatura por
tentativa e erro, seriam necessários muitos experimentos antes de um deles resultar em exatamente
metade dos animais mortos. Ao invés disso, para determinar a temperatura que é letal para 50% de
um grupo de organismos (a TL50), experimentos são realizados a várias temperaturas e, depois que
os dados são colocados em um gráfico, é feita a leitura da temperatura na qual há sobrevida de 50%.
Vários grupos (por exemplo, quatro) são expostos durante o mesmo período (por exemplo, 2 horas)
a uma série de temperaturas e a porcentagem de sobrevivência a cada temperatura é colocada em
um gráfico. A TL50 pode ser, então, prontamente extraída do gráfico.

Questão 30 (Schmidt-Nielsen 2013, pg 232)

Aclimatação e aclimatização

Com frequência, o intervalo de tolerância térmica é diferente para a mesma espécie no verão e no
inverno. Um animal invernal geralmente tolera e permanece até mesmo ativo a temperaturas tão
baixas que seriam letais para um animal estival; inversamente, o animal invernal é menos tolerante
que um animal estival a temperaturas elevadas. Essas modificações na tolerância à temperatura com
as mudanças climáticas são chamadas de aclimatização.

Efeitos semelhantes podem ser simulados em experimentos de laboratório, mantendo-se animais


por algum tempo a determinadas temperaturas. Para distinguir a adaptação ou ajustes, que ocorrem
em experimentos de laboratório da aclimatização natural, a resposta às condições experimentais é
geralmente designada pelo termo aclimatação.

Questão 31 (Schmidt-Nielsen 2013,

A tolerância térmica extremamente baixa desses animais é importante para a compreensão do


mecanismo de morte por calor. Alguns fatores sugeridos, que contribuem para a morte por calor,
são os seguintes:

1. Desnaturação de proteínas, coagulação térmica;

2. Inativação térmica de enzimas a um ritmo que supera o de formação;

3. Suprimento inadequado de oxigênio;

4. Efeitos de temperaturas diferentes (Q10) em reações metabólicas interdependentes;

5. Efeitos da temperatura na estrutura de membranas.

Questão 32 (Schmidt-Nielsen 2013, pg 257)

A condutância é uma medida do fluxo de calor do animal para o meio. O termo compreende o fluxo
de calor das partes profundas do corpo em direção à superfície da pele, e da superfície da pele,
através da pelagem, em direção ao meio. Quando a condutância é baixa, o valor de isolamento é
alto. O valor de isolamento aumenta com a espessura da pelagem e atinge um máximo para alguns
dos maiores animais que possuem pelagem espessa, tal como a raposa branca.

Questão 33 (Schmidt-Nielsen 2013, pg 225)

A sobrevivência dos animais de sangue frio a temperaturas abaixo de zero depende de


características fisiológicas e bioquímicas que podem ser descritas como resistência ao frio. São
possíveis duas estratégias gerais para a resistência ao frio: um animal pode ser tolerante ao
congelamento, o que significa que sobrevive ao congelamento prolongado e formação de gelo no
seu corpo; por outro lado, um animal pode ser tolerante ao congelamento e morrer se houver
formação interna de gelo.

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