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O T4 é o principal hormônio circulante, com uma

ENDOCRINOLOG IA concentração cerca de vinte vezes maior que o T3, esse


último hormônio possui uma importância funcional maior no
TIREO IDE – INTRO DUÇÃ O
tecido periférico. O T4 ao entrar na célula sofre os seguintes
É preciso conhecer duas referências anatômicas: artéria e eventos a seguir:
nervo. Além do completo entendimento da fisiologia da
glândula tireóidea.
T4
A NA TO MIA

• Artéria tireóidea superior Ação da


o Ramo da carótida externa Desiodase 1 T3
o Entra na tireóidea pelo polo superior,
perpendicularmente ↑SNC ↑Metabolismo ↑B receptores

• Artéria tireóidea inferior


o Sai do tronco tireocervical, sobe pelo sulco
traqueoesfofágico HIPERTIDEO IDISMO
o Entra na tireóidea lateralmente A hiperfunção da glândula da tireoide pode ser dividida pela
localização da causa:
• Nervo laríngeo superior
o Íntimo contato com a artéria tireóidea • Hipertireoidismo Primário
superior o Hiperfunção da glândula
o Estiramento cordas vocais o TSH com valores normais ou baixo
o Lesão: altera o timbre da voz o T4 livre alto
o Doença de Graves
• Nervo laríngeo recorrente
o Ramo do nervo vago • Hipertireoidismo Secundário
o Íntimo contato com a artéria tireóidea o Hipersecreção de hormônios
inferior estimuladores da tireoide
o Cordas vocais o TSH com valores acima dos normais
o Controle de adução e abdução das cordas o T4 livre alto
vocais o Adenoma de hipófise
o Lesão: rouquidão + insuficiência
respiratória DO ENÇA DE GRA VES

Causa mais comum de hipertireoidismo primário, com


• Glândulas Paratireoides
algumas características clássicas, são elas:
o Geralmente em número de 4
o Supranumerárias > 4 • Comum em mulheres
• Hiperestimulação do metabolismo
FISIO L O GIA • Fácies Basedowiana
o Bócio tireodiano
A tireoide é a principal glândula do metabolismo corpóreo.
o Exoftalmia
Um balanço fino do controle dos hormônios é feito
o Fisionomia ansiosa
juntamente ao sistema nervoso central, com o eixo
denominado de eixo hipotalâmico hipofisário.
PA TO GÊNESE
Hipotálamo O conhecimento a respeito dessa doença ainda é limitado,
Feedback (-)

acredita-se que se trata de uma doença autoimune,


TRH
presença do autoanticorpo (TRAb). Esse anticorpo ataca o
Hipófise receptor TSH, atua estimulando o receptor. Existem outros
tipos de TRAb que podem tanto destruir o receptor como
TSH T4 e também inibi-lo. No entanto, dentro da doença de Graves
T3 nos referindo a um TRAb estimulante.
Tireoide Organismo
CL ÍNICA TRA TA MENTO

Sintomas do hipertireoidismo: Tireotoxicose O início é sempre com tratamento medicamento, seguido


por segunda opção com radioablação e por último a via
• Insônia cirúrgica. Em Plummer e BMT o tratamento é diretamente
• Agitação por via cirúrgica.
• Polifagia
• Pele quente Medicamentos que atual na inibição tireoidiana:
• Sudorese
• Metimazol (MMZ): inibe TPO – 1ª escolha
• PA divergente
• Propiltiouracil (PTU): inibe TPO + desiodase 1
o ß1: coração = ↑FC ↑DC ↑PAS
o Gestante 1º tri
o ß2: periferia = ↑vasodilatação ↓PAD
o Crise tireotóxica (tempestade tireodiana)
• Taquicardia
• FA
• Bócio (80 a 90% dos pacientes irão apresentar) Medicamentos que atuam na inibição dos receptores ß (ß-
• Oftalmopatia (20 a 40%) bloqueadores), para atuar nos sintomas e morbidades:
o Acredita-se que na região orbitária
existam receptores TSH. Ocorre • Propanolol
inflamação periorbitária com infiltrado o Bloqueia ß receptores
linfocítico, pela presença do TRAb. o Bloqueia desiodase 1
• Mixedema pré-tibial (5%)
O tratamento leva em torno de um a dois anos. Esse é o
• Hipocratismo digital
tempo que ocorre, geralmente, a destruição da glândula
pelos auto anticorpos. Após isso o tratamento se torna de
DIA NGÓ STICO um quadro de hipotireoidismo.
O diagnóstico é clínico laboratorial, a imagem pode ou não
estar presente sem a necessidade da mesma para fechar TRA TA MENTO RA DIO A BL A ÇÃ O
diagnóstico e sim excluir outras hipóteses. Indicação para radioablação:

Clínica (Tireotoxicose + bócio +/- oftalmopatia) • Insucesso terapêutico


• Efeitos colaterais ou alergia às drogas
• Se clínica clássica = partir para laboratório
• Se dúvida na clínica = dosar TRAb As seguintes contraindicações estão presentes:
o + = doença de Graves
o - = Plummer, BMT ou tireoidite • Gravidez e amamentação
• Oftalmopatia moderna a grave
Laboratório (TSH + T4L =/- T3) • Bócio volumoso (>50 ml)

• Se TSH ↓ T4L↑ = Hipertireoidismo clássico


CIRURGIA
• Se TSH ↓ T4L n T3 ↑ = T3 Toxicose
• Se TSH ↓ T4Ln T3n = Hipertireoidismo subclínico • Opção do paciente
o Não tratar! • Contraidicação à radioablaçào

Imagem (USG de tireoide) O preparo para cirurgia no paciente com doença de Graves
(e também no feocromocitoma):
• Sem nódulo com clínica = Doença de graves
• Com nódulo com clínica = RAIU / CINTILOGRAFIA • 4 a 6 semanas de PTU ou MMZ
o Diminuir crise tireotóxica
RA IU / CINTIL O GRA FIA – INTERPRETA ÇÃ O
• Após 4 a 6 semanas = Lugol (iodo): 10 dias
RAIU (normal: 5-20% de captação de iodo radioativo
o Diminuir sangramento
• < 5%: tireoidite o Efeito Wolff-Chaikoff
• > 20%: hipertireoidismo  Inativação total da glândula por
excesso de iodo e inativação de
Cintilografia (imagem) – observar nódulos células tireoidianas

• Difuso: Graves / único: Plummer / multi: BMT

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