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1. Introdução...................................................................... 3
2. Fisiologia Endócrina................................................... 3
3. Quadro Clínico.............................................................. 4
4. Etiologias........................................................................ 7
5. Diagnóstico................................................................... 9
Referências Bibliográficas..........................................16
HIPOTIREOIDISMO 3
Porém, quem é que vai regular o o hipotálamo e a hipófise vão ser ini-
eixo hipotalâmico-hipofisário dizen- bidos e não vai haver estímulos para
do quando que precisa ou não libe- produção de hormônios tireoidianos.
rar T3 e T4? Os próprios T3 e T4! Por outro lado, quando os níveis de
Mas vamos com calma… T3 e T4 estiverem baixos, é como se
A ideia é a seguinte: T3 e T4 atuam essa inibição cessasse e aí vai haver
como inibidores de TRH e TSH. As- mais produção de TRH e TSH para
sim, toda vez que eles estiverem altos, regular a liberação de T3 e T4.
FISIOLOGIA ENDÓCRINA
TRH TSH
HIPOTÁLAMO HIPÓFISE TIREOIDE
T3
e
T4
nos vasos, reduzindo o seu diâmetro, e T4, o TSH vai estar aumentado e
o que leva a um aumento da resistên- estimulando a glândula, o que leva a
cia periférica. Nessa mesma linha de uma hipertrofia das células na tenta-
raciocínio entra o mixedema gene- tiva de controlar o quadro.
ralizado, que ocorre justamente pelo
depósito de mucopolissacarídeo na
pele, formando edema sem cacifo!
Já o bócio, por sua vez, é o cresci-
mento da glândula tireoide como
mecanismo compensatório para ten-
tar produzir mais hormônios. Basica- Figura 2: Ilustração de um bócio tireoidiano. Disponível
em: https://bit.ly/2S1IQon.
mente, como haverá uma baixa de T3
SAIBA MAIS!
No Brasil desde 1974 é obrigatório a comercializaçao de sal refinado somente com enrique-
cimento com iodo, na prevenção do bócio. Embora o texto original da legislação traga quan-
tidade de 10 miligramas, a lei foi modificada 20 anos depois e traz que as normas devem
seguir a recomendação de portarias do Ministério da Saúde. A atual portaria (RDC nº 23, de
24 de abril de 2013) traz a quantidade entre 15 e 45 miligramas por quilo de sal.
QUADRO CLÍNICO
Fadiga e fraqueza
Letargia Humor
deprimido
Hipoatividade
generalizada
HAS
SAIBA MAIS!
A tireoidite tem esse nome em homenagem ao japonês Hakaru Hashimoto, que descreu pri-
meiro a doença em 1912, dando o nome de “Tireoidite linfocitica crônica”. Apesar de sua
origem, o artigo foi escrito em alemão, visto a notoriedade da importância da língua nas publi-
cações científica na época. Para saber mais, a Sociedade Brasileira de Pediatria publicou um
mini-biografia sobre esse grande médico: Link: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_uplo-
ad/Mini-Biografia-Hakaru_Hashimoto-DC.Endocrinologia.pdf
DIAGNÓSTICO
Hipotálamo-hipófise -
Hipotálamo-hipófise - OK Hipotálamo-hipófise - OK
não funcionantes
Tireoide - não funcionante Tireoide - respondente
Tireoide – Precisa avaliar
Hipotálamo-hipófise -
Hipotálamo-hipófise - OK Hipotálamo-hipófise - OK
não funcionantes
Tireoide - não funcionante Tireoide - respondente
Tireoide – Precisa avaliar
Anti-TPO
Outros exames
Anti-TG
HIPOTIREOIDISMO 12
1
pacientes idosos (especialmente do
do comparada aos 7 dias da
sexo feminino).
Levotiroxina;
Fornecendo T4, a gente per-
SE LIGA! O rastreio em mulheres se mite que o organismo tenha
deve principalmente a condições au-
toimunes associadas, como à tireoidite
um certo controle sobre os
de Hashimoto. Já em idosos se deve, níveis de hormônio tireoidia-
além da prevalência própria da idade, no pois, como já vimos, ele
de diagnósticos diferencias como qua- consegue transformar T4
2
dros demenciais, depressão e doenças
sistêmicas como as cardiovasculares em T3 nos tecidos. Daí, se
e renais. Em outros públicos o rastreio optássemos por administrar
varia de acordo com o protocolo, sendo o T3 direto, precisaríamos ter
indicado sempre na suspeita da doença
ou fatores de risco importantes, como a
um controle muito bom das
presença de doença tireoidiana em pa- doses para evitar concentra-
rentes de grau próximo. ções mais altas ou mais bai-
xas do que o indicado.
Uma tendo feito o diagnóstico de Hi-
potireoidismo, a gente pode, então,
seguir para o tratamento dessa con-
HIPOTIREOIDISMO 13
MAPA RESUMO
Dose variável
Ganho de peso Constipação
e ajustável
individualmente
Letargia Mialgia/Artralgia
Interrupção da
Disfunção da glândula
síntese e secreção de
tireoide
T3 e T4
Secundário
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
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GARBER, Jeffrey; et al. Clinical Practice Guidelines for Hypothyroidism in Adults: Cos-
ponsored by the American Association of Clinical Endocrinologists and the American
Thyroid Association. Thyroid. Vol. 22. Nº 12. 2012.
KUMAR, Vinay; et al. Robbins e Contran: Patologia, Bases Patológicas das Doenças. 8ª
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MARTINS, Milton A.; et al. Clínica Médica. 2ª ed. Vol. 5. Barueri – SP: Manole, 2016.
Carlos Pinto Dias, J., Novaes Ramos, A., Dias Gontijo, E., et al.. (2019). II Consenso Brasilei-
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Torquati A, Lutfi R, Khaitan L, Sharp KW, Richards WO. Heller myotomy vs Heller myo-
tomy plus Dor fundoplication: cost-utility analysis of a randomized trial. Surg Endosc
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