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Fisiologia A polifagia pode causar perda ou ganho de peso:

Hipotálamo libera TRH → estimula a hipófise a libera Ganho - se a polifagia for maior que o aumento do
TSH → ativa a TPO → tireoglobulina se funde com metabolismo
iodo formando T3 e T4 Perda - se a polifagia for menor que o aumento do
T3 e T4 fazem feedback negativo ou positivo na metabolismo
hipófise e hipotálamo
T4 está circulante, ele entra no citoplasma da célula PA divergente:
e se encontra com a Desiodase 1 (tira 1 iodo) e se beta1 = coração = ↑ FC ↑ FC ↑ PAS
torna em T3 que tem ação biológica. beta 2 = vasos = relaxa/dilata = diminui a resistência
O T3 hiperestimula o SNC, metabolismo e beta vascular periférica = ↓ PAD
receptores.
Ectoscopia:
Hiperfunção: O problema pode estar na tireoide, - Bócio (80-90%)
hipófise ou hipotálamo. - Oftalmopatia (20-40%) - exoftalmia, hiperemia
dos olhos, edema periorbitário
Hipertireoidismo primário - tireoide - Mixedema pré-tibial (5%)
T4L Alto - Baqueteamento digital
TSH Baixo
Outros sinais: tremores, pele quente e úmida, sopro
Hipertireoidismo secundário - hipófise ou na tireoide, eritema palmar; unhas de plummer;
hipotálamo Lid lag: quando a pálpebra não acompanha o
T4L Alto movimento (atraso do movimento)
TSH Alto
No idoso podemos ter o hipertireoidismo apatético
com sintomas como emagrecimento, apatia,
Doença de Graves depressão, fraqueza muscular intensa, indisposição.

Fácies Basedowiana Diagnóstico


Clínica + Laboratório + Imagem
Patogênese: Autoimune → auto anticorpo TRAb,
ataca o receptor de TSH, ele estimula o receptor de Clínica
TSH → hiperestímulo de SNC, aumento do Tireotoxicose + Bócio + Oftalmopatia
metabolismo e aumento de receptores adrenérgicos - Clássica
(especialmente beta receptores) - Dúvida → dosar TRAb

Clínica: Laboratório
TSH + T4L + T3
Tireotoxicose: ↓ TSH ↑ T4L → Hipertireoidismo clássico
Insônia, agitação, polifagia, pele quente, sudorese, ↓ TSH T4L normal ↑T3 → T3 toxicose
PA divergente, taquicardia, fibrilação atrial ↓ TSH T4L normal T3 normal → Hiper subclínico

Outros sintomas: nervosismo, intolerância ao calor, Imagem: USG Tireoide


fadiga, perda de peso, dispneia, aumento do apetite, Sem nódulos: fecha como Graves
edema MMII, hiperdefecação ou diarreia Com nódulos: fazer RAIU/ Cintilografia
Entre USG e cintilografia: US mostra melhor a
morfologia
RAIU Contraindicações: gravidez e amamentação;
Normal: 5 - 20% de captação do iodo marcado pela oftalmopatia moderada a grave; Bócio volumoso;
tireoide
< 5% → tireoidite Cirurgia:
> 20% → Hipertireoidismo Indicações:
- Contraindicações a radioablação;
Cintilografia - Opção do paciente
Difuso: Doença de Graves
Adenoma de Plummer: Tumor tem hipercaptação em Preparo:
um foco, nódulo único - PTU ou MMZ: 6 semanas (diminui o risco de
Bócio multinodular tóxico: várias hipercaptações crise tireotóxica)
- Lugol (Iodo): 10 dias (diminui o sangramento)
Tratamento Medicamentoso Efeito Wolff-Chaikoff

Drogas antitireoidianas Monitoramento:


- Metimazol (MMZ) O monitoramento da função tireoidiana deve ser feito
Inibe a TPO → primeira escolha com medida de T4L e T3 total após
15-60 mg VO 1x ao dia aproximadamente quatro a seis semanas do início do
A dose diária inicial é de 15 mg para o tratamento e, depois, em intervalos de quatro a oito
hipertireoidismo leve, 30 a 40 mg para o semanas até que o eutireoidismo seja alcançado.
hipertireoidismo moderadamente grave e 60 mg para Nesse momento, a avaliação clínica e laboratorial
o hipertireoidismo grave. pode ser realizada a cada dois a três meses. O TSH
Efeito colateral: rash cutâneo; Erupção cutânea, pode permanecer suprimido por meses após o início
urticária; do tratamento e não deve ser utilizado para
monitorização na fase inicial.
- Propiltiouracil (PTU)
Inibe TPO + Desiodase 1
Primeira escolha para gestante no 1º tri
100-200mg VO - pode usar 100mg de 8/8h até 1200
Crise Tireotóxica
mg por dia
Cerca de 100 mg de PTU equivalem a 5-6 mg de Mortalidade 30% dos casos com tratamento por
TPZ (15-20:1) falência múltipla de órgãos
Usar quando o MMZ causa efeitos colaterais Paciente já tem doença de hiperfunção + fator
precipitante
Após 12 a 24 meses de tratamento, a DAT deve ser Fatores precipitantes: Infecções, cirurgias, trauma,
descontinuada. A taxa de remissão da doença de radioablação, tratamento inadequado do hiper,
Graves varia de 30% a 50%. Pacientes com doença amiodarona e factícia
de longa duração, bócio volumoso e níveis elevados
de T3 (> 500 nanogramas/dL) têm maior Clínica: Delirium, agitação, psicose, coma, febre alta
probabilidade de recidiva. (41ºC), ICC de alto débito, PA divergente, FA e
ictericia
Meta terapêutica: Eutireoidismo
Diagnóstico: Febre + DIsfunção do SNC + Cardíaca
Betabloqueadores + Gastrointestinal
Propranolol: bloqueio de beta-receptores +
desiodase Tratamento:
10-40 mg VO de 8/8 horas a 6/6 horas 1. Internação em UTI
2. Tratar o fator precipitante
Duração do tratamento: 1 a 2 anos 3. PTU VO em altas doses
4. Lugol (iodo) VO após 1 hora de PTU (Efeito
Outros tratamentos: Wolff-Chaikoff)
5. Propranolol IV
Radioablação: 6. Dexametasona
Insucesso terapêutico
Dificuldade no controle ou recidivas
Efeitos colaterais ou alergias as drogas
Outros Diagnósticos

Hipertireoidismo Subclínico
Tratar se: > 65 anos + TSH < 0,1
Com MMZ/PTU

Bócio Multinodular Tóxico (BMT)


Tireoidectomia subtotal ou total

Plummer
USG com presença de nódulo, volume tireoidiano
não estará aumentado.
Cintilografia apresenta hipercaptação no nódulo
Tratamento: Tireoidectomia parcial ou ablação

Tireoidite
RAIU < 5% + VHS alto + Aumento Tireoglobulina

Factícia
RAIU < 5% + VHS baixo + Baixa Tireoglobulina

Hipertireoidismo Secundário
Aumento TSH + Aumento T4L
RM Sela Turca (para encontrar adenoma)

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