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TIREOIDITES E CÂNCER
HIPOTIREOIDISMO
FISIOLOGIA:
CLÍNICA:
- Metabolismo: Intolerância ao frio, sonolência, ganho de peso (redução do metabolismo basal)
- SNC: Bradipsiquismo, depressão, lentificação da fala
- CV: Bradicardia, dislipidemia
- Unha quebradiça, queda de cabelo, pele seca
TIREOIDITES:
- AGUDA: Rara; gerada por infecções bacterianas
- CRÔNICA:
- Tireoidite de Hashimoto
- “vem de forma mais lenta e não vai embora”
- Glândula cronicamente inflamada e, cronicamente, ela não consegue produzir hormônio
HISTÓRICO TÍPICO:
- Deriva de uma outra infecção viral, geralmente vias aéreas superiores → 1 a 3 semanas após
- Tireotoxicose + dor na tireoide (devido a resposta granulomatosa intensa) + 3 fases
Fase 1. Tireotoxicose
Fase 2. Hipotireoidismo
Fase 3. Eutireoidismo (recuperação)
PATOGÊNESE:
- Desconhecida → infecção viral?
EPIDEMIOLOGIA:
- Bócio e DOR na tireoide + evolução em 3 fases ( → → --)
LABORATÓRIO:
-VHS e PCR aumentados
TRATAMENTO:
- AINE
- Glicocorticoides (refratários)
- Beta bloqueadores (tireotoxicose)
- DAT NÃO
PATOGÊNESE:
- Ataque imuno mediato (caráter genético/ autoimune)
- Dano direto (linfócitos T)
- Autoanticorpos (linfócitos B) → Anti-TPO
- Não chega hormônio na hipófise e no hipotálamo → Vai ter estímulo, mas chega na glândula e não consegue
produzir
EPIDEMIOLOGIA:
- Mulheres, > 40 anos
CLÍNICA:
- Hipotireoidismo + Bócio (80% dos casos)
- Tireotoxicose no início (5% dos casos)
→ mixedema difuso não depressível (não é pré-tibial ≠ da doença de Graves) e sem cacifo, aumento da
prolactina (devido aumento da estimulação da hipófise), dislipidemia (nome: Hashi tireotoxicose)
→ OBS.: Opioide piora o hipotireoidismo ou só o mixedema??
LABORATÓRIO:
- Anti-TPO aumentado
- TSH aumentado
- T4 livre diminuído
- TRAb inibitório (20% dos casos → redução do aumento da tireoide)
TRATAMENTO:
- Levotiroxina 1,6mcg/kg/dia (em JEJUM pela manhã) → Puran T4
HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO:
- Aumento de TSH
- T4 livre e T3 normais
É uma tireoide preguiçosa, porém, está tendo tanto estímulo, que a glândula consegue manter níveis basais de
hormônios
ABORDAGEM:
- PASSO 1: Repetir T4 livre e TSH em 3 a 6 meses
- PASSO 2: Definir a etiologia e excluir causas transitórias
- PASSO 3: Estabelecer significado clínico e avaliar tratamento
TRATA SE: (Hipotireoidismo manifesto catastrófico OU eminencia de evoluir com hipotireoidismo clínico)
- TSH ≥ 10 um/L
- Anti-TPO positivo
- USG com tireoidite (glândula com aspecto heterogêneo)
OU, SITUAÇÕES CATASTRÓFICAS:
- Gestação ou intenção de engravidar
- < 65 anos + Alto risco CV + TSH ≥ 7 um/L
- Sintomas → Teste terapêutico por 3 meses (antes, afastar outras condições)
- Dislipidêmicos, obesos, DM (indicação não formal)
CÂNCER DE TIREOIDE
BEM DIFERENCIADOS:
- Prognóstico tende a ser melhor
- 80% dos casos
- Tipos:
Carcinoma papilífero
Carcinoma folicular
POUCO DIFERENCIADOS:
- Raros, pior prognóstico
- Tipos:
Carcinoma medular
Carcinoma anaplásico (menor sobrevida)
EPIDEMIOLOGIA:
- Mulheres, 20 a 40 anos
- Histórico de linfoma + irradiação de cabeça e pescoço (favorece translocação RET/PTC)
PATOGÊNESE:
- Crescimento lento e disseminação LINFÁTICA
- Mutações: B-RAF, RAS, Translocação RET/PTC
- Célula folicular “sofre” com as mutações → Passa a apresentar corpos psamomatosos (papilas)
DIAGNÓSTICO:
- Citológico: PAAF → citologia
TRATAMENTO:
CIRURGIA:
- < 1 cm → Tireoidectomia parcial
- ≥ 1 cm, metástase, irradiação cervical, < 15 anos → Tireoidectomia total
SEGUIMENTO:
- Suprimir TSH → Levotiroxina
- Acompanhar tireoglobulina sérica (produzida exclusivamente pela célula folicular da tireoide – apenas para
seguimento) + USG seriada
- Pesquisa de corpo inteiro (PCI) (para ver se tem algum remanescente tireoidiano em algum lugar / metástase) → Se
necessário
- Ablação com radioiodo → Se alto risco
- Tg / USG/ PCI (+) → Ressecção e/ou ablação I-131
EPIDEMIOLOGIA:
- Mulheres, 40 a 60 anos
- Disseminação hematogênica
- Prognóstico bom
PATOGÊNESE:
- Carcinoma que se desenvolve na célula folicular (“célula da tireoide normal”)
- Para essa célula ser CA, ela deve ter um comportamento maligno
- É necessário retirar um pedaço de tecido e ver se a célula folicular invade alguma estrutura
- Células foliculares → Invasão / vascular (tira todo o nódulo)
DIAGNÓSTICO:
- PAAF não fecha o diagnóstico
- Fazer análise histopatológica (confirmar invasão de capsula e invasão vascular)
TRATAMENTO:
CIRURGIA:
- Nódulo suspeito ≤ 2 cm → Tireoidectomia parcial
→ < 2cm ainda pode ser adenoma (benigno)
→ Faz a cirurgia e manda para análise histopatológica
Adenoma: ok
Carcinoma: Termina → Tireoidectomia total
- Nódulo suspeito > 2 cm → Tireoidectomia total
SEGUIMENTO:
- Suprimir TSH → Levotiroxina
- Acompanhar tireoglobulina sérica (produzida exclusivamente pela célula folicular da tireoide – apenas para
seguimento) + USG seriada
- Pesquisa de corpo inteiro (PCI) (para ver se tem algum remanescente tireoidiano em algum lugar / metástase) → Se
necessário
- Ablação com radioiodo → Se alto risco
- Tg / USG/ PCI (+) → Ressecção e/ou ablação I-131
PATOGÊNESE:
- Mutação no protoncogene RET
**Neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (NEM 2): Presença de medular da tireoide e outros tumores, de maneira
associada.
DIAGNÓSTICO:
- PAAF
- Calcitonina (tanto para diagnóstico, quanto para seguimento)
TRATAMENTO:
CIRURGIA: Tireoidectomia + linfadenectomia
SEGUIMENTO:
- Dosagem de calcitonina
- Pesquisar em parentes de primeiro grau
PATOGÊNESE:
- Mutação do p53 (gene supressor tumoral)
DIAGNÓSTICO:
- PAAF
- Imuno-histoquímica
TRATAMENTO:
1º) Traqueostomia
2º) QT + RT (Se necessário e se possível para o pct)
NÓDULO DE TIREOIDE
- Duas preocupações:
Funcionalidade
Malignidade
o Sugere malignidade:
Sexo masculino
Idade <20 anos ou > 65 anos
Histórico de irradiação
Rápido crescimento
Histórico familiar
Nódulo fixo, endurecido e aderido
Sintomas obstrutivos
DIAGNÓSTICO:
Passo 1. Dosar TSH
OBS.: Se tem hipertireoidismo, e ele produz hormônio, não é maligno
TSH baixo → CINTILOGRAFIA
o Quente (hiper captante) → Adenoma
o Frio (hipocaptante) → Investigar malignidade
Passo 2. USG
< 1cm → Acompanhar (não precisa de PAAF)
≥ 1cm + alguma característica suspeita → PAAF
o Características suspeita no USG:
Nódulo hipoecoico
Nódulo mais alto do que largo
Margens irregulares
Microcalcificações
Extensão extratireoidiana
Extra: Vascularização central (Chammas IV e V) – Alto fluxo intranodular
Nódulo grande, sem características suspeitas → PAAF ≥ 1,5 a 2 cm