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* Fisiologia
. A tireoide produz 20 vezes mais T4 do que T3
. Hormônios
● TSH
- eStimula tireóide a produzir seus hormônios
- 3 ações:
○ Hipertrofia
○ Aumenta captação de iodo
○ Aumenta TGO (tireoperoxidase)
■ Junta TG (tireoglobulina) com iodeto
■ OBS: TG é produzida apenas
● T4
- Forma não ativa
- Produzido em maior quantidade
○ Dá tempo de cair na corrente sg, correr pelo corpo e ao entrar
na célula , aí sim, se converter em T3 (forma ativa)
● T4 —desiodase tipo 1-------> T3 (periferia)
● T4 —desiodase tipo 2-------> T3 (SNC. Causa feedback - )
● T3 —desiodase tipo 3-------> T3r (inativa)
● T3/T4 Armazenado
- Espaço colóide do folículo tireoidiano
● T3/T4 Receptor
- Intracitoplasmático
T4 ↑ T4 ↑
TSH ↓ TSH ↑
→ Patogênese
∙ Autoimune
∙ Anticorpo: TRAb (estimula receptor TSH, hiperativado tireoide)
→ Clínica
∙ Tireotoxicose
o É como se fosse uma crise adrenérgica com níveis de adrenalina normal (“luta e fuga”). Ocorre devido ao aumento
dos receptores beta-adrenérgicos
o Insônia
o Agitação
o Polifagia
o Pele quente
o Sudorese
o Taquicardia
o FA
o PA divergente
▪ Receptores ß1: presentes no coração: ↑ FC, ↑ DC, ↑ PAS
▪ Receptores ß2: presentes nos vasos periféricos e brônquios: M. liso relaxa, dilata, ↓ PAD
∙ Bócio
o Presente em 80 a 90% dos casos
o Aumento homogêneo da tireoide
∙ Oftalmopatia de Graves
o Presente em 20 a 40% dos casos
o Sinais inflamatórios periorbitários, se manifesta por exoftalmia ou proptose bilateral, olhar fixo, retração palpebral
levando à exposição da esclera acima da margem superior do limbo, edema periorbitário, edema e hiperemia conjuntival
e, eventualmente, oftalmoplegia (fibroblastos consomem osso - irreversível)
o Anticorpo TRAb tem efeito nos linfócitos da região periorbitária, que depositam substâncias inflamatórias na órbita,
destruindo órbita e globo ocular
→ Diagnóstico
∙ Clínica + laboratório + imagem
∙ Clínica
o Tireotoxicose + Bócio +/- Oftalmopatia
o Tríade clássica = confirma diagnóstico
o Se dúvida clínica = solicitar TRAb
▪ TRAB +: Doença de Graves
▪ TRAB -: Plummer, BMT (bócio multinodular tóxico), tireoidite
∙ Laboratório
o TSH + T4 livre +/- T3 (se dúvida)
o TSH ↓, T4 livre ↑ = Hipertireoidismo Clássico
o TSH ↓, T4 livre normal, T3 ↑ = T3 Toxicose (estágio inicial da Doença de Graves)
o TSH ↓, T4 livre normal, T3 normal = Hipertireoidismo subclínico (estágio muito inicial da Doença de
Graves) → não tratar a princípio!
∙ Imagem
o USG de tireoide
o Aumento difuso + HIPER = Dç de Graves
o Nódulo + HIPER = solicitar RAIU / Cintilografia (pode ser BMT, Plummer)
Cintilografia
→ Tratamento
- Radioablação
∙ Indicações
o Insucesso da terapia medicamentosa (tratamento por 1 a 2 anos e não melhora)
o Efeitos colaterais (rash cutâneo) ou alergias às drogas
∙ Contraindicações
o Gestação e amamentação
o Oftalmopatia moderada a grave (?)
o Bócio volumoso (> 50 ml)
▪ Para reduzir por completo, apenas cirurgia
○ CARÊNCIA DE IODO
* Cirurgias
∙ Nodulectomia: não é mais realizada
∙ Tireoidectomia parcial: lobectomia + istmectomia. Indicada para nódulos unilaterais
∙ Tireoidectomia total: menor recorrência, mas maior chance de complicações (principalmente
nervosas)
∙ Tireoidectomia subtotal: mantidos 1 a 2 gramas bilateral
∙ Tireoidectomia quase total: mantidos 1 a 2 gramas contralateral (de um lado só)
→ Complicações
∙ Mais temida:
● Hematoma cervical → insuficiência respiratória (edema de cordas vocais.
● CD: 1º abrir imediatamente incisão cirúrgica.
○ Após, tentar remover hematoma, tentar IOT por 1 vez, se não conseguir, fazer traqueo)
∙ Mais grave:
● Lesão do nervo laríngeo recorrente → insuficiência respiratória
● Prova:
○ Pista: Rouquidão ou laringoscopia com paralisia
○ Pegadinha: Controle de tons agudos (N. laríngeo Superior)
∙ Mais comum:
● hipoparatireoidismo primário → hipocalcemia transitória (lesão acidental transitória das paratireoides)
■ Parestesia
■ Cãibra
■ Sinal de Chvostek-Trousseau
● (tek.. tek.. tek..): percutir o nervo facial → contrações da musculatura labial o
Sinal de de Trousseau: 20 mmHg acima da PAs por 3 min → mão em garra
o Sempre investigar sinais de hipocalcemia no pós operatório
o Tratamento: Gluconato de cálcio IV (ou carbonato de cálcio VO)
IMPORTANTE PARA PROVA:
* Crise Tireotóxica
∙ 10% mortalidade devido a falência múltipla de órgãos
∙ “Tempestade tireoidiana”
. Precipitações: Infecções, trauma, radioablação, tratamento irregular.
→ Diagnóstico
∙ Tireotoxicose + disfunção orgânica
∙ Escala de Burch-Wartofsky (para diagnóstico rápido na prática, não precisa decorar)
o Febre
o Alterações SNC: delirium, agitação
o Alterações TGI: diarreia, icterícia
o Alterações CV: taquicardia, FA
→ Tratamento
∙ Monitorização UTI
∙ PTU + iodo + corticoide (↓ produção adrenalina) + Beta-bloqueador
1. Internação em UTI
2. Tratar os precipitantes
3. PTU ou MMZ IV
4. Iodeto IV (após 1h)
5. Propranolol IV
6. Metilprednisolona ou hidrocortisona IV
* Hipertireoidismo subclínico
∙ Tratar somente em pacientes que tem muita supressão do TSH e alto risco de desenvolvimento de complicações
fatais: > 65 anos + TSH < 0,1 → MMZ/PTU
* Plummer
∙ Apenas 1 nódulo isolado funcionante
∙ Tratamento: tireoidectomia parcial* ou ablação
* Tireoidite
∙ RAIU < 5% + ↑ VHS + ↑ tireoglobulina
* Tireoidite factícia
∙ Ingestão hormônios tireoidianos exógenos (medicamentos para emagrecer)
∙ RAIU < 5% + ↓ VHS + ↓ tireoglobulina
● TSH diminuído
● T3 ou T4 diminuídos (1 aumentado + clínica tireotoxicose)
T4 ↓ T4 ↓
TSH ↑ TSH ↓
→ Causa
. Devido ao uso de sal iodado, em nosso meio, a principal causa é Tireoidite de Hashimoto - Inflamação da tireoide
∙ Dentro dos folículos tireoidianos há colóide, substância rica em T3 e T4. Durante a fase inicial da tireoidite, há escape desse
colóide para circulação, aumentando de forma transitória os níveis séricos de T3 e T4, o que pode levar a clínica de tireotoxicose
(1º). No entanto, a tireoidite inflamação não produz hormônios, por isso, quando se esgotam os estoques de T3 e T4, há carência
hormonal, o que causa o quadro de hipotireoidismo (2º).
→ Formas de Tireoidite
- Aguda
∙ Extremamente rara
∙ Causa infecciosa: infecção bacteriana por S.aureus, S. pyogenes
∙ Na maioria das vezes é autolimitada, mas pode cursar com dor + febre + flogose + supuração
∙ Tratamento: drenagem + atb
- Subaguda
∙ 1° fase: tireotoxicose (perde muito T3 e T4 pela inflamação)
∙ 2° fase: hipotireoidismo
∙ 3° fase: eutireoidismo (inflamação se resolve)
∙ O diagnóstico diferencial é com Doença de Graves, porque é a 1° fase que causa sintomas
∙ Linfocítica indolor
o Indolor e transitória (tireotoxicose).
o Não há tratamento específico.
∙ Granulomatosa Dolorosa de Quervain (“dor que vem” depois de 1-3m de doença viral)
o Dor cervical (tireoide), 1 – 3 semanas após infecção viral.
o Há quadro de tireotoxicose associado em 50% dos casos.
o VHS ↑ (> 50 mm/h).
o Tratamento: AINES. Se não melhorar em 24/48 horas iniciar corticóide.
- Crônica
∙ Fibrosante de Riedel
o Fibrose crônica e idiopática da tireoide
∙ Tireoidite de Hashimoto
Tireoidite de Hashimoto
∙ Causa crônica: causa mais comum de hipotireoidismo (> 90%)
→ Fisiopatologia
→ Clínica
∙ Bócio: presente em 80% dos casos
o Obs.: se TRAb bloqueador +, o que ocorre em 10 – 20% dos casos, não há bócio, mas atrofia da tireoide
∙ Lentificação do metabolismo
o Bradipsi
o quismo
o Depressão
o Aumento de peso
o Intolerância ao frio
o Bradicardia
o Constipação
∙ Hash tireotoxicose (5%)
∙ Hiperprolactinemia (hipo primário): galactorreia, amenorreia
∙ Dislipidemia: ↓ degradação de lipídios
∙ Mixedema generalizado, duro e sem cacifo (ocorre devido ao acúmulo de glicosaminoglicana). Raro nos dias
de hoje. É a manifestação máxima de hipotireoidismo
● Estado mixedematoso
○ Sinais e Sintomas de hipotireoidismo grave
○ Rebaixamento nível de consciência
○ Hipotermia
→ Diagnóstico
∙ Clínica
∙ TSH ↑, T4 ↓
∙ Anti-TPO +
∙ Anti-Tg +
∙ PAAF: Células de Askanazy
→ Tratamento
∙ Levotiroxina (T4): 1 – 2 ucg/kg/dia durante a manhã
● Em jejum (acidez gástrica é importante)
→ Para prova
∙ Hashimoto aumenta risco de linfoma de tireóide
∙ Atenção para aumento súbito do bócio
* Hipotireoidismo subclínico
→ Definição
∙ Achado laboratorial (sem clínica)
∙ TSH ↑ ↑
∙ T4 livre normal
∙ Taxa de conversão para hipotireoidismo: 5% / ano
. OBS: dx laboratorial transitório em 50% dos casos, repetir avaliação em 3-6m
→ Tratamento: controverso
● Tratar!!
∙ TSH > 10 ucg/ml
∙ Gestante
∙ Depressão
∙ Dislipidemia
∙ Anti-TPO alto
Nódulo de tireoide
∙ 1° conduta: anamnese + exame físico (avaliar presença de fatores de risco)
∙ 2° conduta: avaliar a função TSH
Ti-RADS
PAAF Seguimento
1. Benigna
Sem PAAF
2. Não Suspeito
⚠️Papilífero Folicular
→ Pouco diferenciado
∙ Pior prognóstico
∙ Tipos: Medular e Anaplásico
Características Se desenvolve nas células C ou parafoliculares: que Mais raro e agressivo, com pior
produzem calcitonina prognóstico, idoso, deficiência de
iodo
Marcador Calcitonina
Seguimento Calcitonina
Obs.: PAAF que mostra aumento de células foliculares: adenoma folicular da tireoide ou CA folicular. Tem que fazer
diagnóstico histopatológico
● Levotiroxina
● Supressão do TSH
● Ablação com radioiodo
● Tireoglobulina + USG seriada
● Cintilografia de corpo inteiro
Aulas Bonûs
Sd Eutireoideo Doente
● Tireóide normal
● Dç sistêmica
○ Aumenta citocinas e cortisol (gera catabolismo)
○ Organismo gera alteração tireoidiana para evitar catabolismo excessivo
■ Estimula desiodase tipo 2 (apenas formação T3r)
■ Pacientes graves - tem inibição da desiodase tipo 1 (diminuição TSH e T4 total)
● T4 total é marcado prognóstico, quanto menor, pior
*Laboratório
*Tratamento
● Não precisa tratar!!
○ É um mecanismo adapatativo do organismo)
○ Obs: Não adianta pedir função tireoidiana em paciente com doença sistêmica - vai vir alterada (e pode não
dizer nada)
Anatomia da Tireóide
Artérias
Nervos
Laríngeo Superior Função TENSIONAMENTO das cordas vocais (alteração do timbre da voz)
Laríngeo Inferior (recorrente) Função ADUÇÃO/ABDUÇÃO das cordas vocais ( rouquidão + insuf. resp)
● Camadas Anteriores
○ Pele
○ M. Platisma
○ M. Esterno-hióideo: Superficial (+ omo-hióideo)
○ M. Esternotireoideo: Profundo (+ tireo-hióideo)
● Artérias
○ A. Tireóidea superior (ramo da carótida externa)
○ A. Tireóidea inferior (ramo do tronco tireocervical)
○ A. Tireoidea Ima (ramo da artéria braquiocefálica) - é uma alteração anatômica, nem todos tem
● Veias
○ V. tireóidea superior (drena para jugular interna)
○ V. tireóidea média (drena para jugular interna)
○ V. tireóidea inferior (drena para braquiocefálica)
● Marcos Anatômicos
○ Lobo direito e esquerdo
○ Istmo
○ Lobo piramidal (alteração anatômica bem comum - fica no lobo Esquerdo)
○ Ligamento de Berry (suspensor da tireoide . Fica muito próximo do N. laríngeo recorrente)
○ Cadeia linfática nível VI e VII (central)
ENDÓCRINO 2 (sem. 33)
Doenças da Suprarrenal
* A suprarrenal
Hiperaldosteronismo
Primário ↓ Renina
Adenoma
Hiperplasia Bilateral
Secundário ↑ Renina
Situações fisiológicas
Estenose artéria renal
* Hiperaldosteronismo primário
→ Causa
∙ Adenoma (doença de Conn)
∙ Hiperplasia bilateral: causa mais comum
→ Clínica
∙ ⚠️Hipertensão arterial grave e refratária * (Em uso de 3 drogas anti hipertensivas, dose máxima, incluindo tiazídico, sem melhora)
→ Tratamento
∙ Espironolactona: hiperplasia
∙ Adrenalectomia: adenoma (necessidade de cirurgia, devido a risco de malignização)
Síndrome de Cushing
→ Causa
∙ Primário: Adenoma
∙ Secundário: Doença de Cushing (principal causa endógena)
∙ Causas exógenas: uso farmacológico de corticoide (principal causa)
→ Clínica
∙ Obesidade central (redistribuição da gordura corporal)
∙ Fácies cushingóide (“lua cheia”)
∙ Giba
∙ Estrias violáceas
∙ Hiperglicemia
∙ Eosinopenia, linfopenia (suscetibilidade a infecções de pele)
∙ HAS
. Osteoporose
→ ⚠️Diagnóstico
∙ Dosagem cortisol (pico manhã, nadir noite)
o Cortisol salivar noite (23 h): ↑
o Cortisol urinário 24 h (média 24 h): ↑
o Teste da dexametasona (administra dexa 1 mg a noite (para suprimir o eixo) e dosar cortisol de manhã): ↑
∙ Dosagem ACTH
o Baixo: primário
o Alto: secundário
∙ Imagem
o TC de abdome (primário, ACTH baixo)
o RM sela túrcica (secundário, ACTH alto)
→ Tratamento
∙ Adrenalectomia: primário
∙ Ressecção transesfenoidal: secundário
Insuficiência adrenal
→ Causa
∙ Primário (Addison): auto imune, infecção
∙ Secundário: suspensão abrupta de corticoide (mais comum)
→ Clínica
∙ HipoNa
∙ HperK
∙ Acidose
∙ Hipotensão
∙ Diminuição glicose
∙ Eosinofilia, Linfopenia
∙ Hiperpigmentação (ocorre na insuficiência adrenal primária, por aumento ACTH)
∙ Diminuição pelos
∙ Diminuição libido
→ Diagnóstico
∙ Dosagem de cortisol
o Dosar de manhã: ↓
∙ Dúvida
o Teste da cortrosina (ACTH): administra ACTH e dosar cortisol
→ Tratamento
∙ 1º Estabilização hemodinâmica (repor eletrólitos, hidratação)
∙ Aguda: Hidrocortisona IV (repor cortisol e aldosterona)
∙ Crônica:
● 1º Prednisona + Fludrocortisona
● 2º Prednisona
Feocromocitoma
→ Causa
∙ Esporádico (mais comum) x Hereditário (cai mais em prova)
∙ NEM 1 (gene MEN): paratireóide + pâncreas + pituitária (Macete: PPP)
∙ NEM 2 (gene RET): CMT (carcinoma medular tireoide – 100%) + Feocromocitoma (50%)
o NEM 2 A: + Hiperparatireoidismo primário
o NEM 2 B: Neuromas + Marfan
→ Clínica
∙ HAS
∙ Paroxismos: cefaleia + palpitação + sudorese (sintomas adrenérgicos)
→ Diagnóstico
∙ Catecolaminas aumentadas / Metanefrinas urinárias (Padrão ouro: Urina 24h)
∙ Imagem: TC de abdome / Cintilografia MIBG (quando feocromocitoma não visualizado na TC)
→ Tratamento
∙ Adrenalectomia
∙ Preparo pré operatório: alfa-bloqueador (14 dias antes da cirurgia). Se mesmo assim, paciente se manter
taquicárdico, fazer beta-bloqueador
∙ Receptores alfa → vasoconstrição → ↑ PA
∙ Receptores beta1 (coração) → taquicardia → ↑ PA
∙ Receptores beta 2 (vasos + brônquios) → vasodilatação → ↓ PA
Hiperplasia Adrenal Congênita
∙ Deficiência de 21-hidroxilase
∙ O colesterol é usado como matéria prima para a produção de aldosterona, cortisol e androgênios; a produção de
aldosterona e cortisol depende de 21-OH, a de androgênios não. Com a deficiência de 21-OH, tem-se diminuição na
produção de aldosterona, e cortisol, com consequente aumento da produção de androgênios.
→ Clínica
∙ Grave: forma perdedora de sal
o Insuficiência adrenal + virilização
o RN com vômitos e desidratação
o Hiponatremia + hipercalemia
o Livedo reticular
o Genitália atípica
∙ Moderada: forma virilizante simples
o Virilização
o Genitália atípica
∙ Leve: forma não clássica
o Pode ser assintomático
→ Diagnóstico
∙ ↑ 17-OH-progesterona
→ Tratamento
∙ Insuficiência adrenal: estabilização hemodinâmica + hidrocortisona
∙ Genitália atípica: cirurgia plástica
* Incidentaloma adrenal
→ Tem que operar?
∙ Metanefrinas urinárias
∙ Cortisol livre urinário
∙ Razão aldo/renina plasmática
∙ Tamanho > 4 cm
Doenças das Paratireoides
∙ Metabolismo do cálcio e do fosfato
∙ Hiperpara primário: ↑ Ca ↓ PO4
∙ Hipopara primário: ↓ Ca ↑ PO4
∙ Intoxicação vit D: ↑ Ca ↑ PO4
∙ Deficiência vit D: ↓ Ca ↓ PO4
* Hiperparatireoidismo primário
→ Causa
∙ Adenoma solitário (80%)
∙ Hiperplasia multiglandular (15%) – NEM 1 e 2ª
→ Clínica
∙ Assintomático, fraqueza, mialgia, artralgia, poliúria
→ Diagnóstico
∙ Confirmação: ↑ PTH ↓ Cálcio (pode ser normal. Nesses casos, descartar outras causas: dosar vit D, função renal)
∙ Imagem: cintilografia com sestaMIB (USG convencional)
∙ Disfunção orgânica
o Densitometria óssea
o Radiografias: crânio em sal de pimenta, coluna em Rugger Jersey, tumor marrom
o TC de abdome (pesquisa de cálculo renal - rim limite de absorção de cálcio)
o Urina 24 horas
→ Tratamento
∙ Paratireoidectomia
o Pacientes sintomáticos
o Assintomáticos ⚠️
▪ C: cálcio > 1 mg/dl do limite superior normalidade, calciúria > 400 mg/dia
▪ I: idade < 50 anos
▪ R: rim – nefrolitíase, Cl Cr < 60 ml/min
▪ U: osso – osteoporose, fratura prévia
OBS:
adenoma solitário - retira apenas 1 glândula
3 glândulas - retira todas
4 glândulas - retira todas, corta 1 em 4, reimplanta no músculo
* Hipoparatireoidismo primário
→ Causa
∙ Lesão cirúrgica pós tireoidectomia total
→ Clínica
∙ Hiperexcitabilidade
∙ Parestesia perioral, cãibras, tetania, espasmo, convulsão, “cabeça aérea” e coma
∙ Sinal de ChvosTEK e TrouSSSeau
→ Diagnóstico
∙ ↓ cálcio
∙ ↑ PO4
∙ ↓ PTH
∙ Extra: ↓ PO4 = deficiência de vitamina D
→ Tratamento
∙ Reposição cálcio (carbonato de cálcio VO (casos leves) x glucoCa IV (casos graves))
∙ Vitamina D
Aula Bônus
Hipófise e Hipotálamo
Eixo Hipotálamo-Hipófise
Hipotálamo Adeno-Hipófise
GHRH GH
GnRH FSH/LH
TRH TSH
CRH ACTH
Neuro-Hipófise
○ Apenas armazena hormônios produzidos nos núcleos hipotalâmicos
● ADH
● Ocitocina
→ Hipopituitarismo
Etiologia
● Adenoma hipofisário 🥇
● Outras:
○ Dç infiltrativa,
○ Sd. de sheehan (choque hipovolêmico no parto - infarto hipófise),
○ Apoplexia hipofisária (sangramento do tumor de hipófise - necrose)
● Causas hipotalâmicas - mais raro
○ Obs: Hiperprolactinemia (dopamina efeito inibitório - mostra defeito de hipotálamo)
Clínica
● Ordem - GH > FSH/LH > TSH > ACTH > PRL
● GH - Criança: baixa estatura / Adulto: redução massa óssea e massa muscular.
● FSH/LH - Criança: atraso puberal / Adulto: hipogonadismo
● TSH - Hipotireoidismo
● ACTH - Insuf. adrenal secundária
● Prolactina - Incapacidade de amamentar
● Se tumor, efeito de massa (Alteração visual e cefaléia - trigeminal (dor excruciante, sintomas somáticos -
lacrimejamento, rinorréia)
Diagnóstico
● Bioquímico + Imagem (RM sela túrcica)
● Tratamento - Reposição hormonal
○ GH - controverso em adultos
○ Hipotireoidismo central - avaliar insuf. adrenal antes de repor
→ Hiperprolactinemia
Etiologia
● 🥇 Farmacológica
● 🥈 Prolactinoma
● Fisiológica: Gravidez, lactação, estresse
● Drogas: Antipsicóticos (risperidona), antidepressivos, metoclopramida, antagonistas H2
● Patológicas: adenoma hipofisário (prolactinoma. Se > 1 cm: Macroprolactinoma), ACNF, hipotireoidismo (TRH
quando muito alto, pode estimular prolactina)
Armadilhas
● Efeito haste - compressão da HH por tumor
● Efeito Gancho - Macroadenoma + aumento discreto da PRL (diluir sangue do paciente melhora a leitura pelo lab)
● Macroprolactinemia - PRL + IgG (pode ser um falso positivo, primeiro fazer tratamento com soro
polietilenoglicol. Depois testar novamente. Suspeitar de macroprolactinemia quando paciente tem prolactina
muito alta, mas não tem nenhum sintoma)
Diagnóstico
● Dosagem PRL + RM sela túrcica
Clínica
● Galactorreia
● Hipogonadismo hipogonadotrófico (PRL alta diminui GNRH, diminuindo FSH e LH)
● Osteoporose
Tratamento
● Tratar causa base
- Prolactinoma: Agonista dopaminérgico (cabergolina)
- CTE: Refratários ou macroprolactinoma (> 3 cm) + desejo de gestação (na gestação hipófise aumenta
de tamanho, pode causar compressão. Ideal é não usar agonista dopa na gestação)
- RT: último recurso
→ Acromegalia
- Adenoma hipofisário produtor de GH
Clínica
● GH
○ Crescimento e síntese proteica (IGF-1)
○ Mudança metabolismo energético (⬆ RI e lipólise)
● Antes do fechamento das epífises - Gigantismo
● Adultos - ⬆ extremidades, alt. craniofaciais, artralgia, HVE, diabetes, apnéia do sono…
● Risco ⬆ de eventos cardiovasc., ca colorretal e nódulos tireóide
PTH (⬆ Ca+2)
- ⬆ Reabsorção óssea
- ⬆ Reabsorção renal de cálcio
- Ativa 1-a-hidroxilase
- ⬆ Excreção renal de fosfato
- Refratário: Paratireoidectomia
. Níveis persistentemente ⬆ de PTH
. Hipercalcemia (secreção autônoma)
Incidentaloma Adrenal
Definição
. Nódulos ou massas suprarrenais (> 1 cm) identificado em exame de img feito por qualquer outro motivo
Epidemiologia
. Princ. causa: adenoma
. Prevalência aumenta com idade
Abordagem
1. Funcionante x Não funcionante
. SEMPRE investigar
- Feocromocitoma: metanefrinas e frações
- Hipercortisolismo: cortisol após 1 mg dexa
. Se HAS ou HipoK+
Ponto 2: Contorno
- Adenomas: Regulares
- Carcinomas: Irregulares
Ponto 3: Densidade
- Adenomas < 10 HU
- Carcinomas e FEO 25-30 HU
Ponto 4: Wash-out
- Adenomas > 60% clareamento em 10 min
- Carcinomas e FEO < 60%
Cirurgia se:
- Lesão > 4cm
- Lesão funcionante
- Sinais de malignidade
Feocromocitoma
Hiperplasia Adrenal Congênita
Definição
. Distúrbio autossômico recessivo
caracterizado por falta de alguma
enzima fundamental para a síntese do
cortisol
. 90-95%: 21-Hidroxilase
Tratamento
. Insuf. adrenal
- Repor glicocorticóide (hidrocortisona, prednisona)
. Glicocorticóide ➡ ⬇️ ACTH
. ⬇️ Estímulo para hiperplasia e síntese de andrógenos
. Hipoaldosteronismo
- Repor mineralocorticóide (fludrocortisona)
- RN desidratado➡ infundir cristalóide
. Virilização
- Clitoroplastia e vulvoplastia
Neoplasia Endócrina Múltipla
Tipos
. NEM 1: Hiperparatireoidismo 1º, hipófise ant e pâncreas
. NEM 2A: CMT, feocromocitoma e hiperparatireoidismo 1º
. NEM 2B: CMT, feocromocitoma e neuromas mucosos e/ou marfan
NEM 1
- Gene MEN 1 (supressor tumoral)
. Hiperparatireoidismo (95-100%)
- Acomete pacientes mais jovens
- Hiperplasia > adenoma solitário
NEM 2
- Mutação no proto-oncogene RET
- Nem 2A é mais comum (95% dos casos de NEM 2)
Causa
. Cirúrgica
Clínica
. Tetania, sinais de Chvostek e Trousseau
. Calcificações (nefrocalcinose, sd. de Fabr)
. Alterações intervalo QT, convulsões
Tratamento
. Agudo: gluconato de cálcio 1-2g EV
. Crônico: Carbonato de cálcio (1-3g/dia Ca+ elementar)
+ vit. D 25 0000 - 100 000 UI/dia VO e/ou Calcitriol 0,25 a 1 ug/dia
∙ A insulina é sintetizada e secretada pelas células beta das ilhotas pancreáticas quando há aumento dos níveis séricos
de glicose. A glicose é percebida ao adentrar o citoplasma através dos canais GLUT 1 e 2, que são expressos de forma
constitutiva na membrana da célula beta. Ocorre então glicólise e formação de ATP, que promove o fechamento dos canais
de potássio ATP-sensíveis, resultando na despolarização celular e consequente influxo de cálcio, principal estímulo à
degradação.
∙ O glucagon é sintetizado e liberado pelas células alfa das ilhotas, basicamente em resposta à redução dos níveis séricos
de glicose.
∙ Durante o estado pós prandial, a resposta insulínica promove dois efeitos básicos:
o 1) Utilização da glicose como principal substrato energético
o 2) Anabolismo
▪ Anabolismo dos carboidratos: Glicose → glicogênio (Gliconeogênese)
▪ Anabolismo dos lipídios: Ácidos graxos → triglicerídeos (Lipogênese)
▪ Anabolismo de proteínas: Aminoácidos → proteínas (Síntese Proteica)
∙ Terminada a absorção intestinal de nutrientes, os níveis séricos de glicose, aminoácidos e lipoproteínas tendem a se
reduzir... Assim, visando à manutenção da glicemia, ocorre inibição da liberação de insulina, com estímulo à secreção de
contrarreguladores, particularmente o glucagon.
∙ Durante o estado de Jejum / interprandial, a liberação dos hormônios contrarreguladores propicia dois fenômenos
básicos:
o 1) Utilização de ácidos graxos como principal substrato energético.
o 2) Catabolismo
▪ Catabolismo dos carboidratos: Glicogênio → glicose (Glicogenólise)
▪ Produção hepática de glicose: Moléculas não glicídicas → glicose (Gliconeogênese) (acontece à medida
em que o glicogênio hepático se esgota)
▪ Catabolismo dos lipídios: Triglicerídeos → ácidos graxos livres (Lipólise)
▪ Catabolismo das proteínas: Proteínas → aminoácidos (Proteólise) (ocorre em pequena quantidade e
em curto prazo)
* Diabetes tipo 1
∙ Hipoinsulinismo absoluto (peptídeo C indetectável ou < 0,1)
∙ Doença auto-imune (anti-ICA, anti-GAD, anti-IA2) (autoanticorpos contra as ilhotas pancreáticas)
∙ Paciente típico: < 30 anos, magro
∙ LADA: diabetes autoimune latente no adulto (quando a DM tipo 1 se desenvolve em idade mais tardia)
* Diabetes tipo 2
∙ Resistência periférica à insulina + “fadiga pancreática secretória”
∙ Genética – ambiental
∙ Paciente típico: > 45 anos, obeso
∙ Tem aumentado incidência em crianças e adolescentes
∙ Quadro clínico
o Assintomático durante anos..
o Abre quadro com complicações:
● macrovasculares (IAM, doença arterial periférica, AVE)
● microvasculares (retinopatia, neuropatia, nefropatia)
* Diagnóstico
Glicemia de jejum 100 - 125 mg/dl > 126 mg/dl > 92 -125
(jejum > 8h)
TOTG 75g 140 – 199 mg/dl > 200 mg/dl (2h) > 180 (1h)
> 153-199 (2h)
Alvo
HbA1C ⚠️ < 7%
→ Insulinoterapia
∙ 0,5 a 1 UI/kg/dia (soma de todas as insulinas)
∙ Dose inicial: 0,3 a 0,5 UI/kg/dia
∙ Fisiologicamente, a secreção de insulina acontece em duas etapas. Na primeira
fase (pico precoce), a insulina é liberada a partir de grânulos pré-formados,
aumentando seus níveis séricos em cerca de dois a dez minutos. Na segunda fase
(tardia), a insulina é secretada de forma sustentada, em decorrência de um
aumento na sua síntese.
∙ Basal
o Glargina, Detemir, Degludeca: 1 vez ao dia (duração ~ 18 - 42 h)
o NPH: 2 vezes ao dia (duração ~ 12 horas) – SUS
● OBS: SUS
○ Regular
○ NPH
- Esquemas de aplicação
∙ Esquema 1: duas aplicações (Em desuso na prática, mas ainda cai na prova)
o Não é fisiológico, o paciente não pode flexibilizar seus horários de refeições, pode ocorrer hiperglicemia
matinal e pós almoço
o Pode-se aplicar as duas insulinas misturadas na mesma seringa
o 2/3 da dose diária na primeira tomada (manhã): 70% de NPH e 30% de regular
o 1/3 na segunda tomada (noite): 50% de NPH e 50% de regular
● Exemplo: paciente de 60 kg ( 1 UI/kg)
○ Manhã: 40 UI (28 UI de NPH e 12 UI de regular)
○ Noite: 20 UI (10 UI de NPH e 10 UI de regular)
o Este esquema deve ser ajustado pelas três glicemias capilares pré-prandiais e uma antes de dormir:
▪ Glicemia matinal, pré-café da manhã – depende da NPH noite
▪ Glicemia pré-almoço – depende da regular da manhã;
▪ Glicemia pré-jantar – depende da NPH da manhã;
▪ Glicemia antes de dormir – depende da regular da noite.
o Hiperglicemia matinal
▪ Fenômeno do alvorecer (manhã desprotegida): durante o período final do sono e início do amanhecer,
tem-se pico circadiano de GH, que é um hormônio hiperglicemiante. Este fato pode explicar a
hiperglicemia matinal no paciente que tomou a NPH antes do jantar, pois o seu efeito já está diminuído
no momento em que o paciente acorda pela manhã.
● Aumentar a dose de NPH noturna
▪ Efeito Somogyi (hipoglicemia da madrugada): altas doses de insulina NPH antes do jantar podem
ocasionar quadros de hipoglicemia durante a madrugada e consequente hiperglicemia matinal de rebote
(provocada pelo pico dos hormônios contra reguladores, que foram liberados durante o período de
hipoglicemia na madrugada).
● Reduzir NPH noturna ou lanche à noite
▪ Conduta
∙ ⚠️ Aplicar NPH mais tarde!! (Macete para não errar na prova!!)
∙ Reduzir NPH ou fazer lanche a noite (Somogy)
∙ Esquema 2: múltiplas doses de insulina (esquema basal – bolus)
o Reproduz resposta fisiológica
o 50% dose : insulina de ação intermediária ou prolongada - substitui a liberação basal de insulina o
50% dose: insulina de ação rápida ou ultrarrápida - simula o pico pós prandial
● Exemplo
○ Total 100U (NPH 50 + Regular 50)
■ Manhã: NPH 25 + Regular 17
■ Almoço: Regular 17
■ Jantar: Regular 17
■ Ao deitar: NPH 25
→ Drogas que aumentam liberação de insulina (insulina é um hormônio anabolizante, por isso, drogas que aumentam insulina causam
aumento de peso, além do risco de hipoglicemia)
∙ Sulfonilureias (Gliclazida, Glipizida, Glimepirida) - medicação muito usada
o Ganho peso
o Risco de hipoglicemia
o Aumentam secreção basal de insulina (funcionam como insulina de ação lenta – tomar de 1 a 2 vezes
ao dia)
o Eliminação renal (prova.: pacientes em uso de sulfoniureias, que passam a apresentar muitos
episódios de hipoglicemia, desconfiar de insuficiência renal)
∙ Glinidas (Repaglinida, Nateglinida) - não usada
o Ganho peso
o Risco de hipoglicemia
o Aumentam pico pós prandial de insulina (funcionam como insulina de ação rápida – tomar antes de
cada refeição)
→ Incretinomiméticos (aumentam insulina dependente da glicemia. Só aumenta insulina, quando tem aumento de
glicemia, por isso, não causa episódios de hipoglicemia)
∙ Inibidores da DPP-4 (Gliptinas)
o Evitam a degradação da incretina
∙ Análogos da GLP-1 (Exenatida, liraglutida...)
o Estimulação do receptor da incretina
o Reduz peso
o Aumenta benefício cardiovascular
o Administração subcutâneo
2. Metformina + 2° droga
a. Doença aterosclerótica? Análogo GLP-1 (...tida) (aterosclerótida)
b. IC ou renal? Inibidor SGLT-2 (glifozina) (rim, usa o glifozin)
c. Preocupação com ganho de peso? Análogo GLP-1 ou inibidor SGLT-2
d. Custo da medicação importa? Sulfonilureia / Pioglitazona
● Reavaliar com HbA1c a cada 3 – 6 meses, se > 7:
* Complicações agudas
∙ Fatores desencadeantes
o Estresse Agudo
o Doses baixas de insulinoterapia – 20 a 50 %
o Infecções – 30 a 40% dos casos de cetoacidose
o Medicamentos: ex.: corticoides, inibidores da protease, tiazídicos, betabloqueadores, agentes
simpaticomiméticos, antipsicóticos atípicos.
o Abuso de bebidas alcóolicas
o Gestação
∙ Exame Físico
∙ Desidratação.
∙ Taquicardia.
∙ Hálito cetônico (de “maçã passada”) e alterações do ritmo respiratório (inicialmente taquipnéia, que é seguida
por ritmo de Kussmaul, podendo evoluir para respiração superficial).
∙ Hipotensão arterial.
∙ Devem ser pesquisados sinais e sintomas sugestivos de possíveis condições desencadeantes
∙ Diagnóstico
o Glicose > 250
o Cetonemia / cetonúria (3+/4+)
o pH < 7,30 e HCO3 < 15 (acidose metabólica)
∙ Clínica
o Desidratação, taquicardia
o Dor abdominal, náuseas, vômitos (pode simular abdome agudo – atrito dos folhetos)
o Hiperventilação (Kussmaul)
o Leucocitose
o Aumento creatinina, amilase (diagnóstico diferencial com pancreatite)
o ⚠️Potássio
▪ K > 5,2: não repor potássio (célula fica vazia de potássio, por isso, os níveis séricos podem estar
falsamente positivos)
▪ K entre 3,3 – 5,2: repor K+ 20 a 30 mEq/L (paciente perdeu potássio por via urinária)
▪ K < 3,3: repor K+ e adiar insulina!! (paciente perdeu muito potássio por via urinária)
o E o HCO3?
▪ Se pH < 6,9: repor 100 mEq
∙ Está compensado?
● Glicemia < 200 e > 2 dos seguintes:
o pH > 7,30
o HCO3 > 15
o AG < 12
- Manter insulina venosa e associar insulina subcutânea + controle alimentação
- A insulina venosa é retirada só depois
- (risco do paciente voltar ao quadro de cetoacidose)
∙ Complicações
o Trombose
o Edema cerebral (cuidado. Não fazer muita insulina, de forma rápida, e muito volume)
o Hipocalemia grave
o Mucormicose (Rhizopus sp., Mucor sp.)
▪ Micose destrutiva rinocerebral (DMI + secreção nasal escura)
▪ Tto: Anfotericina B + debridamento
→ Estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetótico (diabetes tipo 2)
∙ Tem-se o aumento da glicose, mas como ainda tem insulina, não ocorre a formação de corpos cetônicos. O que ocorre é
um quadro de hiperosmolaridade (quando o paciente não bebe mais água)
∙ Proporcionalmente é mais grave que cetoacidose, pois é comum em pacientes mais idosos, que já tem lesão de órgão
alvo (não tem acidose metabólica)
∙ Diagnóstico
o Glicemia > 600
o Osmolaridade > 320
● (HIPEROSMOLAR > polaciúria, sede. Bebendo bastante água o quadro se compensa. Problema vem
quando não bebe água - acamado, idoso, pós AVC, pós IAM)
o pH > 7,3
o HCO3 > 18 mEq/L
∙ Tratamento
o Mesmo tratamento que cetoacidose (volume, insulina, potássio)
∙ Diferença entre CAD e EHH (Estado hiperglicêmico hiperosmolar não cetônico do DM)
CAD EHH
Clínica Geralmente crianças e adultos jovens, instalação rápida Pacientes geralmente acima dos 40 anos,
(poucos dias a horas), hálito cetônico, respiração de instalação progressiva (vários dias),
Kussmaul (ocorre quando pH abaixo de 7,2), náusea, rebaixamento do nível de consciência e
vômito, dor abdominal. desidratação.
Fisiopatologia
● Genéticos: Polimorfismo e algumas síndromes
● Ambientais: Má alimentação e sedentarismo
Jejum prolongado
- Diminui Insulina, Aumenta grelina
Após alimentação
- Aumenta insulina, diminui grelina
- Aumenta gasto energético, lipólise
- Diminui apetite
Obesidade
- Diminui grelina
- Resistência à insulina
- Resistência à leptina
- Diminui GLP1, GLP2, PYY
Tratamento
● Passo 1: Mudança no estilo de vida
○ Dieta + exercícios + mudança comportamental
○ Qual a melhor dieta? Não existe
○ Orlistat
■ Absorção de gordura (bloqueia lipase pancreática)
■ Efeitos adversos gastrointestinais
○ Sibutramina
■ Bloqueia recaptação de nora e serotonina no hipotálamo (aumenta POMC)
■ Efeitos adversos: cefaleia, insônia, aumentar FC
○ Agonista GLP-1
■ Aumenta GLP-1, efeito direto no hipotálamo?
■ Liraglutida 3 mg/d
■ Sumaglutida 2,4 mg/sem
■ Efeito adverso: náuseas
○ Combinações:
■ Naltrexona + bupropiona (aumenta POMC)
■ Fentermina + topiramato (Aumento simpático + modulação GABA)
Critérios
● Falha na terapia dietética (tratamento clínico, pelo menos 2 anos)
● Estabilidade psiquiatria e ausência de dependência química
● Conhecimento da cirurgia e de suas sequelas por parte do paciente e familiares
● Motivação individual
● Ausência de problemas clínico que se opunham à sobrevida da cirurgia
● Idade acima de 18 anos
Tipos e Técnicas
● Predominantemente disabsortivas
○ Derivação biliopancreática: SCOPINARO
. Gastrectomia distal + Y a 50cm
○ Switch duodenal
. Sleeve + Y a 100
● Predominantemente restritivas
○ By Pass: FOBI-CAPELLA
. Pequeno reservatório gástrico
. Y com alça a comum a 120 cm da alimentar (Escolha para DM)
. Complicações: Dumping, deficiência de Fe e B12. fístulas nas anastomoses gastrojejunal
● Restritivas
○ Balão intragástrico
. Método endoscópico
. Saciedade precoce e restrição
. Indicações restritivas: risco cirúrgico proibitivo, preparo pré operatório
○ Banda gástrica ajustável
. Bolsa gástrica com o anel
○ Sleeve
. Primeira etapa do duodenal Switch
. Simples, diminui disabsorção
. Estômago acessível e possível nova cirurgia
. Boa perda de peso
. Complicações: fístula no ângulo de Hiss - taquicardia
Sleeve ⬇️⬇️ ⬆️ ⬆️
By-Pass Variável ⬆️⬆️ ⬆️⬆️
🥇 Bypass
- Remissão do DM2 em 80%
- Diminui 46% complicações micro
- Diminui mortalidade
Diabetes Mellitus tipo II
Definição Resistência periférica à insulina, que ao longo do tempo se associa à disfunção progressiva das células beta (“exaustão secretória”).
No início do quadro a secreção de insulina aumenta, porém é insuficiente para controlar a glicemia.
° Adultos obesos
° ! > crianças obesas
° Relacionado a sedentarismo, obesidade.
Diagnóstico * Pré diabetes: (Repetir exames em 1 ano, Iniciar MEV sempre, Considerar Metformina em < 60 anos, IMC > 35, história
gestacional) → Glicemia de jejum: 100 - 125 mg/dl
→ GTT 2° hora: 140 - 199 mg/dl
→ Hemoglobina glicada: 5,7 - 6,4 %
° Necessário apenas 01 destes critérios
* Diabetes:
→ Glicemia de jejum ≥ 126 mg/dl
→ GTT 2° hora ≥ 200 mg/dl
→ Hemoglobina Glicada ≥ 6,5 %
° Necessário alteração em 2 testes, em momentos diferentes. Exceção: pacientes com sintomas clássicos de diabetes
(poliúria, polidipsia, polifagia, perda de peso) com Glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dl, já fecha diagnóstico de DM.
Metas * HAS
associadas • < 140 x 90 mmHg (130x80 mmhg se alto risco)
• Primeira escolha: IECA ou BRA (são neuroprotetores)
• Associação: tiazídico ou BCC (anlodipino)
° Evitar Betabloqueadores (afetam receptores beta do pâncreas e fígado influenciando na produção de insulina e
gliconeogênese) * Controle DLP
* Obesidade: bariátrica quando IMC > 35
* Cessar tabagismo
* AAS se alto risco CV
5) Inibidores da DPP-4 (Linagliptina): elevação dos níveis séricos - Sintomas graves: cetonemia, doença renal ou hepática,
de GLP1 gravidez, infecção, cirurgia, pós IAM.
Complicaç * Estado hiperosmolar: (Glicemia > 600 mg/dl + osmolaridade > 320 mosm/L + Ausência de acidose e cetose importante (ph > 7,3 /
ões HCO3 > 18 / cetonúria < 2)
Agudas
° Clínica: Rebaixamento do nível de consciência (Início com desorientação, evoluindo para letargia, torpor e coma)
° Tto: . Reposição Volêmica (1-1,5 L SF 0,9% na primeira hora (ideal solução salina 0,45%)) + Insulinoterapia (bolus venoso de Insulina
Regular na dose de 0,1 UI/kg (seguido por infusão em bomba)) + Reposição de Potássio
* Hipoglicemia: (Glicemia < 50 – 54 mg/dl + clínica ou < 80 mg/dl para diabéticos). glicose: insulina, glucagon, epinefrina… ↓ ↓ ↑ ↑ °
Causas: omissão ou atraso refeições ou abuso de insulina ou hipoglicemiante oral.
° Clínica: sudorese, tremor, taquicardia, ansiedade, fome, cefaleia, vertigem, mal estar, escurecimento visão, confusão mental.
Convulsão, coma. Tríade de Whipple: glicemia < 50mg% + sinais hipoglicemia + melhora com uso de glicose.
° Tto: → Hipoglicemia leve, sem perda de consciência: consumo de carboidrato de ação rápida (suco, refrigerante, açúcar, sachês...) e
repetir glicemia 15 a 30 minutos após.
→ Hipoglicemia com alteração do nível de consciência: açúcar na bochecha; glucagon IM; solução glicose Hipertônica: - 20 gr EV em
bolus (04 ampolas de glicose a 50%); reposição de tiamina em alcoólatras, desnutridos.
Complicaç * Nefropatia diabética: triagem anual. DM1 após 5 anos, DM2 assim que diagnóstico microalbuminúria 24 hrs ou RAC. →
ões
° Tto: IECA ou BRA + controle glicemia + controle DLP.
Crônicas
* Retinopatia diabética: triagem anual. DM1 após 5 anos, DM2 assim que diagnóstico fundoscopia →
° Obs.: gestantes previamente diabéticas: maior risco, fazer exames a cada 3 meses e 1 ano após o parto.
* Pé diabético: rastreio anual, a cada 6 meses, 3 meses, 1 mês de acordo com risco.