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Maria Eduarda G.

Silveira - TXVI 1

 2ª ou 3ª – TSH normal ou diminuído +


DISTÚRBIOS TIREOIDIANOS NA INFÂNCIA
T4L baixo.
 Fisiologia: o Tratamento:
o Iodo captado  tireoide  iodação da  Depende da idade.
tirosina na tireoglobulina  MIT e DIT  Quadro acentuado (TSH > 50) – iniciar
o MIT + DIT = T3. com metade da dose e após 4 semanas
o DIT + DIT = T4 dose total com ajustes por parâmetros
o Liberação hormonal: eixo hipotálamo- laboratoriais.
hipófise-tireoide.
 Hipotálamo (TRH)  Hipófise (TSH) 
Tireoide (T3 e T4).
 T3 e T4 fazem feedback negativo no
hipotálamo e hipófise.
 Hipotireoidismo:
o Classificação:
 Congênito.
 Adquirido: primário (tireoide),
secundário (hipófise), terciário
(hipotálamo).
 Tireoidite de Hashimoto:
o Epidemiologia: sexo feminino, raça branca,
puberdade.
o Fisiopatologia: auto anticorpos alterados –
anti tireoglobulina e anti peroxidase (TPO) –
que destroem a glândula tireoide.
o Patologias propensas a desenvolver:
Síndrome de Down, Síndrome de Turner, DM,
doença celíaca, anemia perniciosa.
o Manifestações clínicas:
 Ajuste da dose: 4-6 semanas do início do
 Diminuição na velocidade de
tratamento – solicitar exames (TSH entre
crescimento.
0,5-3).
 Bócio.
 T4 só é levado em consideração
 Diminuição do rendimento escolar.
quando nível de TSH limítrofe.
 Intolerância ao frio.
 Hipo 2ª ou 3ª – manter T4L entre 1 - 1,8
 Mixedema.
e T4 entre 9-12.
 Pele seca e descamativas.
o Hashitoxicose: liberação de hormônios pré
 Letargia.
formados com sinais e sintomas de
 Constipação intestinal.
hipertireoidismo – transitório – quadro inicial
o Diagnóstico: dosagem de TSH (elevado).
de uma tireoidite de Hashimoto.
 Crianças – TSH > 10 (pode oscilar, não
 Tireoidite Subaguda (Quervain):
tratar isoladamente).
o Raro na infância.
 T4L e total – normal (subclínico) ou
o Etiologia: viral.
reduzido.
o Manifestações clínicas:
 Anticorpos elevados.
 1-2 semanas após IVAS.
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 Febre baixa.  Cirurgia: tireoidectomia total.


 Dor cervical espontânea na região da  Preparação com Lugol 5-10 gotas
tireoide. 3x/dia iniciado 1 semana antes.
 Bócio discreto.  Reposição com Levotiroxina em
o Cada fase dura em torno de 1 semana, pós-operatório imediato.
seguida de retorno a um estado o Seguimento:
eutireoidiano.  T4L e T3 após 4-6 semanas.
o Diagnóstico: TSH suprimido e T3 e T4  Se níveis elevados ajustar Tapazol
elevados. em 0,25mg/kg até normalizar.
o Tratamento: remissão espontânea (10 dias) +  Manter o tratamento por pelo
sintomáticos (febre, dor) + corticoide (ação menos 1 ano.
anti inflamatória + redução nos níveis de  Se normalizar repetir exames em 3-
hormônios tireoidianos). 4 meses.
 Hipertireoidismo (Doença de Graves):  Hipertireoidismo Neonatal:
o Epidemiologia: sexo feminino, puberdade. o Etiologia: passagem transplacentária de
o Causas: produção de anticorpo estimulador anticorpo materno (Trab), estimulando a
da tireoide (Trab) – auto imune. tireoide fetal.
o Manifestações Clínicas:  Risco reduzido em mães tratadas
 Ansiedade, nervosismo, agitação. adequadamente.
 Palpitações. o Manifestações Clínicas: inicia na 2ª semana
 Intolerância ao calor. de gestação.
 Emagrecimento.  Prematuridade e RCIU.
 Dispneia.  Bócio.
 Fadiga.  Agitação, irritabilidade, ansiedade e
 Diarreia. alerta.
 Bócio.  Microcefalia e alargamento ventricular.
 Proptose ocular.  Exoftalmia.
o Diagnóstico:  Taquicardia e Taquipneia.
 TSH suprimido.  Temperatura elevada.
 T3 e T4 elevados.  Perda de peso.
 Trab elevado.  Hepatoesplenomegalia e icterícia.
 Anti-TPO alterado.  Hipertensão grave e descompensação
o Exames Complementares: cardíaca.
 US de tireoide. o Transitório – se resolve até o 3º mês de vida.
 Cintilografia (se nódulo palpável ou o Tratamento:
opção alternativa de tratamento).  Propanolol 1-2 mg/kg/dia de 8/8h –
o Tratamento: manifestações sistêmicas.
 Drogas anti tireoidianas:  Metimazol (Tapazol) 0,5-1mg/kg/dia de
 PTU (propiltiouracil) 5-10 12/12h.
mg/kg/dia dividindo em 2-3 doses.  Solução de Lugol 1 gota de 8/8h –
 Metimazol (Tapazol) 0,25-1 diminuir a produção de hormônios
mg/kg/dia dose única. tireoidianos e minimizar sintomas.
 Propanolol 1-3 mg/kg/dia (3x/dia) –  Nódulos e Carcinoma de Tireoide:
efeitos periféricos (sintomas). o Crianças e adolescentes – sempre suspeitar
 Iodo radioativo: crianças com 5-10 anos de CA de tireoide (4x risco de malignidade).
se dose < 10mCi. o Fatores de risco:
 Se T4L > 5 ou T4 > 10 deve-se iniciar  Sexo feminino.
drogas anti-tireoidianas antes –  Puberdade.
evitar crises tireotóxicas.
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 Doença tireoidiana atual ou pregressa.  Indeterminado: cirurgia ou repetir


 HF de doença tireoidiana. cintilografia + punção com 3-6
o Maior risco de malignidade: meses de seguimento – risco de
 Idade precoce. malignidade superior a 50%.
 Deficiência de iodo. o Carcinoma Diferenciado de Tireoide:
 Radioterapia de cabeça e pescoço.  Terapia supressiva com hormônio
 Tireoidite autoimune. tireoidiano: TSH suprimido (< 0,1 por 6
o Investigação: meses).
 Função tireoidiana.  Repete US ou cintilografia.
 TSH suprimido  cintilografia o Sem sinal da doença  terapia
(hiperfuncionante - S. de Blummer). de supressão com TSH entre
 Dosagem de calcitonina (carcinoma 0,1 e 0,5 + seguimento em 6
medular de tireoide). meses.
 US de tireoide. o Sem sinal de doença
 Características de malignidade  recorrente  localização do
PAAF linfonodo + dissecção + iodo
o PAAF: radioativo.
o Presença de doença
microscópica – localizar
linfonodo.
 Sem sucesso  iodo
radioativo e manter
terapia com supressão do
TSH abaixo de 0,1.

 Nódulo > 1cm ou > 0,5cm com


características suspeitas (hipoecoico,
microcalcificações, irregularidades,
grande vascularização).
 Seguimento a cada 6 meses.
 Benigno: repetir US e avaliar
necessidade de PAAF novamente. TRIAGEM NEONATAL
 Suspeita: tireoidectomia total, com
 Hipotireoidismo Congênito:
dissecção do compartimento
o Desordem da função da tireoide, de diferente
central + iodo radioativo
fisiopatologia do adquirido, com deficiente
dependendo da classificação.
produção de hormônio ou
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comprometimento da atividade receptora (inibição do TSG fetal pelo anticorpo


hormonal. materno).
o Causa mais comum de retardo mental  Transfusão: antes ou 5 dias após (dosa o
evitável – triagem neonatal obrigatória. TSH que não é do bebê).
o Epidemiologia: sexo feminino e síndrome de  Repetir com 1 mês de vida ou alta
Down (35x maior). hospitalar: baixo peso, gemelaridade,
o Desenvolvimento fetal: TTF-1, PAX8, Foxe1 e exposição a iodo, amiodarona,
Hhex (fatores de transcrição). dopamina ou anomalias cardíacas.
 4ª semana – síntese de tireoglobulina. o Classificação origem:
 7ª semana – glândula de formato  Primário (tireoide):
bilobular.  Disgenesia tireoidiana (85%):
 6ª-8ª semana – produção do TRH pelo agenesia, hipoplasia, ectopia.
hipotálamo.  Disormonogênese (15%): síntese
 8-10ª semana – captação de iodo para hormonal (organificação –
formação dos hormônios tireoidianos. peroxidase).
 10ª semana – células foliculares  Secundário (hipófise).
características e formação de coloide.  Terciário (hipotálamo).
 12ª semana – produção dos hormônios o Classificação tempo:
tireoidianos pela tireoide fetal.  Permanente: alterações na disgenesia
 20ª semana gestacional (metade da ou disormonogênese.
gestação) – maturação do eixo.  Transitório: uso materno de drogas
 Fator PIT-1 (específico da hipófise) – antitireoidiana, exposição materna e/ou
diferenciação das células tireoidianas neonatal a agente iodados, passagem
(tireotrofos), células produtoras de dos anticorpos bloqueadores (Trab),
prolactina (lactotrofo) e células deficiência de iodo na ingesta materna.
produtoras de GH (somatotrofos).  Imunoglobulinas inibitórias do
 Alteração – deficiência de GH + receptor de TSH;
hipotireoidismo congênito  Exposição a iodetos ou
secundário. antitireoidianos durante a
o Produção fetal: gestação;
 12ª semana – TSH e T4.  Hipotiroxinemia transitória da
 20ª semana – aumento, pico no prematuridade;
nascimento e depois queda dos níveis de  Síndrome da doença
TSH (normal de 0,4-4,5). eutireoidiana.
 Produção de T3 a partir da 20ª semana o Manifestações Clínicas: depende da
com pico apenas no nascimento. gravidade e idade do diagnóstico.
o Teste do Pezinho:  Icterícia prolongada ou recorrente.
 Feito idealmente entre 2-4 dias de vida.  Atraso na queda do funículo umbilical e
 Paraná coletado em 48h antes da alta. hérnia umbilical.
 TSH > 20 – consulta + exame físico +  Choro rouco.
coletado sangue para dosagem sérica de  Fontanelas amplas.
TSH e T4 total e/ou livre (1ª-2ª semana).  Sucção débil (fraca).
 TSH 10-25 – nova coleta, se >25 fazer  Macroglossia.
coleta sérica, se não exame normal.  Cianose e extremidades frias.
 TSH <10 – dentro da normalidade.  Pele ressecada e descamativas – aspecto
 Falso positivo: antes de 48h de vida. redicular.
 Falso negativo: prematuridade  Bradicardia.
(elevação tardia), Graves materno
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 Atraso no desenvolvimento  Transitório: ingesta de iodo materno,


neuropsicomotor (hipotonia), ingesta maternal de DAT (amiodarona),
crescimento e proporções. passagem placentária de anticorpos
 Anemia. bloqueadores do receptor de TSH.
 Letargia.  Teste de retirada: suspensão da
 Obstipação intestinal. medicação por 30 dias.
 Anormalidades congênitas  Cintilografia + Dosagem de TSH e
relacionadas: cardíacas (estenose T4L.
pulmonar, CIV, CIA), gastrointestinal,
rins, trato urinário, auditivo.  TSH aumentado + T4 diminuído +
tireoglobulina reduzida + US sem a
o Tratamento:
presença de tireoide ou cintilografia sem
 Primeiros 15 dias de vida – 25-30 dias. captação no leito tireoidiano =
 Dose de ataque – Levotiroxina 10- AGENESIA DE TIREOIDE/ATIREOIDE.
15mcg/kg/dia.  TSH aumentado + T4 diminuído + níveis
 Após 2-4 semanas – ajuste inicial. de tireoglobulina mensuráveis +
 Manter T4 livre no limite superior (1,4- cintilografia com captação de contraste
2,3). fora do leito normal = HIPOTIREOIDISMO
POR TIREOIDE ECTÓPICA.
 Se houver outras deficiências hormonais
 TSH aumentado + T4 diminuído +
o tratamento com a Levotiroxina só tireoglobulina mensurável + US
pode ser iniciado quando o outro estiver mostrando a presença da tireoide em
resolvido. volume reduzido ou cintilografia com
captação de HT, mas em concentração
reduzida = HIPOPLASIA.
 TSH aumentado + T4 diminuído + níveis
de tireoglobulina normais ou elevados +
presença de bócio ou tireoide normal +
captação na cintilografia =
DISORMONOGÊNESE.
 TSH aumentado + T4 diminuído ou
normal + tireoglobulina normal + US
normal = HIPOTIREOIDISMO
TRANSITÓRIO (após 3 anos de
tratamento, nessas crianças, o TSH vem
normal, pois o funcionamento da
tireoide já se recuperou).

DIFERENCIAÇÃO SEXUAL E GENITÁLIA


AMBÍGUA

o Consequências do não tratamento:  Diferenciação sexual: inicia-se no momento da


 Retardo mental grave. fertilização, determinando o sexo cromossômico
 Falência do crescimento. (XX ou XY), sendo que a diferenciação das gônadas
 Distúrbios neurológicos (ataxia, e genitálias ocorrem a partir da 7ª semana.
incoordenação, estrabismo, o Estado sexualmente neutro:
movimentos coreiformes), perda  1 gônada bipotencial:
auditiva neurossensorial.  Células germinativas primordiais.
 Cretinismo.  Células epiteliais e
o Diagnóstico etiológico: mesenquimatosas.
 Pode ser feito após o 3 anos de idade.  2 ductos genitais internos:
 Permanente: disgenesia (ectópica,  Ductos de Wolff e Muller.
agenesia), disormonogênese.  3 rudimentos genitais externos:
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 Tubérculo genital.  Tamanho peniano esticado abaixo de 2,5


 Prega uretral. DP da média para a idade (micropênis).
 Saliências labioescrotais.  Gônadas pequenas (maior diâmetro
o Diferenciação gonadal: inferior a 8mm).
 46, XY: o cromossomo Y é vital para a  Hipospádia.
determinação gonadal, pois possui a  Gônadas não palpáveis.
região SRY, a qual modifica o DNA e  Massa(s) inguinal(is) que pode
produz o fator determinante do sexo corresponder a útero e trompas
(TDF). rudimentares.
 7ª semana – células de Sertoli o Critérios de Distúrbios da Diferenciação
produzem o hormônio Sexual (Chicago, 2006): para aspecto
antimulleriano (HAM), fazendo feminino.
com que ocorre a apoptose e  Presença de clitoromegalia.
regressão dos ductos de Muller.  Massa inguinal palpável.
 8ª semana – células de Leydig  Fusão lábio posterior.
passam a produzir testosterona  História familiar de DDS
para desenvolvimento dos ductos  Discordância entre o fenótipo do RN e o
de Wolff (ductos deferentes, genótipo pré-natal.
epidídimo, vesículas seminais e o Critérios de Distúrbios de Diferenciação
ductos ejaculatórios). Sexual (Chicago, 2006): para aspecto
 46, XX: masculino.
 10ª semana – falta do HAM permite  Presença de micropênis.
o desenvolvimento dos ductos de  Criptorquidia bilateral.
Muller (fímbrias, trompas, útero e  Hipospádia grave ou hipospádia peniana
1/3 proximal da vagina). associada a criptorquidia unilateral.
o Diferenciação sexual:  História familiar de DDS.
 46, XY:  Discordância entre o fenótipo do RN e o
 Genitália externa – conversão da genótipo pré-natal.
testosterona (produção estimulada o Classificação dos distúrbios conforme:
pelo beta HCG até a 20ª semana  DDS por anomalias cromossômicas:
quando a hipófise é formada) e síndrome de Turner, Klinefelter,
DHT. disgenesias gonadais mistas,
 46, XX: ovotesticular.
 Genitália externa – sem conversão  DDS pelo sexo cromossômico 46, XY:
da testosterona em DHT. distúrbios da diferenciação gonadal
 Genitália Ambígua: (disgenesia gonadal completa ou parcial,
o Classificação de Danish (1982): para aspecto regressão testicular, DDS ovotesticular),
feminino. distúrbios da síntese ou ação de
 Diâmetro clitoriano superior a 6mm hormônios testiculares (testosterona,
(clitoromegalia). enzima 5 alfa -redutase tipo 2), defeito
 Gônada(s) palpável(is) em bolsa no receptor de andrógenos (resistência
labioescrotal. hormonal completa ou parcial),
 Massa(s) inguinal(is) que possa persistência dos ductos de Muller.
corresponder a testículos.  DDS pelo sexo cromossômico 46, XX:
 Fusão labioescrotal (parcial ou total). distúrbios da diferenciação gonadal
o Critérios de Danish (1982): para aspecto (disgenesia gonadal completa, DDS
masculino. testicular, DDS ovotesticular), excesso
da produção de andrógenos fetais
(hiperplasia adrenal congênita por
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deficiência de 21-hidroxilase),  Doenças virilizantes da mãe.


fotoplacentários ou maternos. o DDS com cariótipo 46, XY (2 testículos
o Avaliação Clínica: normais, GE ambígua):
 Diagnóstico no nascimento ou tardia  Hipogonadismo Hipogonadotrófico –
(massas inguinais em fenótipo feminino, deficiência de estímulo (micropênis +
atraso puberal, sinais de criptorquidia).
masculinização/virilização progressiva  Hipoplasia das células de Leydig –
em meninas ou infertilidade). mutação do receptor LH (não
 Investigar: mãe em uso de drogas funcionante).
virilizantes ou feminilizantes entre a 8ª-  Defeito de síntese de testosterona.
12ª semanas, doença virilizante materna  Insensibilidade androgênica – tem
(hiperplasia congênita de suprarrenal, produção, mas os receptores não são
sem adequado tratamento), filho morto adequados.
nos primeiros dias de vida,  Deficiência de 5 alfa-redutase – GE não
consanguinidade parental, caso se diferenciará normalmente.
semelhante na família, HF de  Síndrome de persistência dos ductos de
infertilidade. Muller.
 Exame físico: presença ou ausência de  Idiopático.
gônadas palpáveis em prega o Conduta:
labioescrotal ou bolsa escrotal de um RN  Escolha do sexo de criação – determina
de aspecto masculino, presença de mal a função e reposição adequada.
formações associadas, hidratação,  Equipe multidisciplinar.
pilificação aumentada em algum local,  Correção cirúrgica.
PA, dados antropométricos, pesquisa de  Tratamento da doença base.
sinais dismórficos, exame dos genitais
(simetrias, hiperpigmentação, posição  Reposição hormonal para manutenção
das características sexuais secundárias,
do meato uretral, grau de fusão
indução de puberdade e finalização do
labioescrotal, introito vaginal). desenvolvimento da criança.
o Avaliação Diagnóstica:
 Exames hormonais: testosterona, DHT,
HIPERPLASIA CONGÊNITA DE SUPRA RENAL
17-OH-progesterona.
 Gonadotrofinas hipofisárias (FSH e LH),  Definição: distúrbio autossômico recessivo que
hormônio antimulleriano. leva a deficiência na atividade de uma das enzimas
 Exame de imagem: US ou RNM, porém o necessárias para a síntese de cortisol e
padrão outro é a citoscopia e mineralocorticoides pelo córtex da adrenal.
laparoscopia exploratória. o 21-hidroxilase.
 Estudos genéticos: cariótipos, o 11-beta-hidroxilase.
hibridação in situ por fluorescência o 3-beta-hidroxiesteroide desidrogenase.
(FISH) com sodas de X e Y ou análise o 17-alfa-hidroxilase.
cromossômica por microarrays. o 17-20-liase.
o Risco de malignização: o Decolesterol desmolase.
 Pacientes 46, XY com gônadas intra  Deficiência na enzima 21-hidroxilase:
abdominais – maior risco de TU de o Forma mais comum.
células germinativas. o Formas clínicas:
o DDS com cariótipo 46, XX (ovários normais,  Clássica perdedora de sal (genitália
GI feminina e GE ambígua): ambígua): bloqueio total da função
 Hiperplasia de adrenal congênita – enzimática.
principal causa.  Desidratação e hiponatremia.
 Uso de medicamentos virilizantes.
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 Hiperpotassemia.
 Aumento de renina e angiotensina.
 Clássica virilizante simples (genitália
ambígua): bloqueio na produção de
cortisol, sem bloqueio na produção de
mineralocorticoides.
 Atenuada-tardia: desvio da ação
enzimática para a produção de
esteroides sexuais.
o Quadro clínico:
 RN: genitália ambígua,
macrogenitossomia, hiponatremia,
vômitos acompanhados de desnutrição
e episódios frequentes de desidratação.
 Lactentes: macrogenitossomia,
hiponatremia, vômitos acompanhados
de desnutrição e episódios frequentes
de desidratação.  ≤P99 – normal.
 Meninos com pubarca precoce e  >P99 e < que 2x P99 – moderado.
aumento do pênis com testículos pré-  ≥ 2x o P99 – altamente suspeito.
puberais. o Tratamento:
 Meninas com pubarca precoce.  Hidrocortisona/Prednisolona: dose –
 Crise de perda de sal (10º-20º dia de superfície corporal X 10-15mg/m².
vida): anorexia, vômito, desidratação.
 8/8h.
o Avaliação laboratorial:
 9-alfa-fludrocortisona: 0,05-0,2 mg/dia
 Aumento: 17-hidroxiprogesterona
VO.
sérica, androstenediona sérica,
 Reposição de sal: 17 mEg de sódio a cada
testosterona sérica, ACTH, 17-
10kg de peso - entre as mamadas.
cetoesteroides urinário.
 Monitorar para evitar sub ou
 Redução: cortisol sérico.
supertratamento.
 Hiponatremia, hiperpotassemia e
 Sub: prejuízo na estatura final por
hipoglicemia.
avanço na idade óssea.
 Gasometria arterial: acidose metabólica.
 Super: diminuição do ritmo de
 Teste de estímulo com ACTH –
crescimento, síndrome de Cushing
cortrosina  forma tardia.
iatrogênica.
 Renina plasmática elevada.
o Manutenção:
o Diagnóstico:
 Idealmente com medicação VO
 Objetivos: detectar a perda de sal nos
(importar).
meninos e prevenir a determinação
 Estresse: ofertar maior quantidade de
incorreta do sexo nas meninas.
corticoide.
 Papel filtro por sangue capilar para
dosagem da 17-hidroxiprogesterona –
3º-5º dia de vida.
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 Dose após atingir estatura final: troca CRIPTORQUIDIA


por outro corticoide – evita-se
Dexametasona (Cushing iatrogênico).  Definição: ausência do testículo na bolsa escrotal.
 Doença febril, desidratação, o Incidência do criptorquidismo em RN está
gastroenterite, traumas maiores – 2-3x a relacionado à duração da gestação (peso no
dose e manter 2-3 dias para voltar a dose nascimento e prematuridade).
habitual.  Fisiologia:
 Extrações dentárias ou pequenas o 10-23ª semanas – descida até o canal inguinal
cirurgias com anestesia local: 50mg de sob influência hormonal e mecânica.
Hidrocortisona IM 1h antes e continuar o 24-34ª semanas – testosterona dependente.
com dosagem dobrada por 48h.  Pode estar associada com outras anormalidades
 Cirurgias com anestesia geral: 25-50mg genitais (hipospádia, micropênis).
de Hidrocortisona IM 2h antes da  Exame físico:
cirurgia + 25mg EV em gotejamento o Inspeção – hipoplasia escrotal, assimetrias.
contínuo durante a cirurgia e continuar o Palpação dos testículos – manobras de
com 50-100mg IM a cada 6h no primeiro inibição do reflexo cremastérico.
dia de pós operatório, diminuindo o Classificação do criptorquidismo:
gradativamente até dose habitual.  Palpável – trajeto normal ou anormal
 Crise adrenal: (ectópico).
o Quadro clínico: apatia, náusea, vômito,  Não – cavidade intra abdominal
anorexia com perda de peso, hipotensão, (criptorquidia verdadeira ou
desidratação, choque, colapso anorquismo).
cardiovascular, morte.  Diferenciar de testículo retrátil – retrátil
o Laboratório: hiponatremia, hiperpotassemia, ou retido (intra-canalicular ou pré-
hipoglicemia, hipocloremia, acidose escrotal).
metabólica.  Retrátil – reflexo da musculatura
o Tratamento: correção dos distúrbios e cremastérica que puxa o testículo
reposição hormonal. em direção ao canal inguinal.
 Hipovolemia: SF 25-50mL/kg EV.  Retido no trajeto normal – descida
 Hiponatremia grave < 125mEq. espontânea até o 3 meses.
 Hiperpotassemia > 8mEq/L ou  Investigação:
alterações eletrocardiográficas – resinas o Teste de estímulo com gonadotrofina
de troca. coriônica humana (HCG).
 Hipoglicemia: SG 10% 2mL/kg EV em  Dose de 100 UI/kg/dia (máximo de 2000
bôlus, manter TIG de 8mg/kg/min. UI/dia) IM, durante 5 dias consecutivos.
 Reposição hormonal:  Dosagem de testosterona antes e 24h
 Succinato de Hidrocortisona após a 5ª dose do HCG  20mU/mL.
Sódica.  Incremento superior a 30ng/dL –
 9-alfa-Fludrocortisona. presença de tecido testicular
o Acompanhamento: funcionante em pelo menos um dos
 1º ano – 3/3 meses. lados.
 2º ano – 6/6 meses. o US.
 Peso, altura, PA, estadiamento puberal,  Complicações:
sinais de virilização, IO após os 2 anos de o Agudas: torção, maior propensão ao trauma.
idade. o Crônicas: esterilidade, maior risco
 17-OHP, androstenediona, testosterona neoplásico, insuficiente produção
– glicorticoides. androgênica.
 Sódio, potássio, PA e renina –  Tratamento:
mineralcorticoides. o Iniciado a partir do 6º mês de vida.
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o Correção cirúrgica – antes de 18 meses o Expressão do gênero: manifestações


(aumenta a chance de fertilidade). externas (roupa, apelido, comportamento).
 Seguimento: o Identidade do gênero: sentimento interno.
o Reavaliação anualmente até o fim da o Cisgênero: identifica-se com o sexo
puberdade. cromossômico.
o 1 ano após atingir o estágio V de Tanner – o Transgênero: não se identifica com o sexo
contagem de espermatozoides e avaliação cromossômico.
quantitativa de sêmen.  Sexualidade:
o Risco de neoplasia testicular – 22-40x maior. o Orientação e gênero são descobertos na
o Risco de tumor em um testículo intra- infância e adolescência.
abdominal – 6x maior.  Homossexualidade no começo da
o Vacinação contra a caxumba. adolescência.
 Testículos Retráteis: posicionado dentro do o Início da vida sexual:
escroto esporadicamente, deixando o escroto  Cisgêneros do sexo masculino – 13-15
transitoriamente – avaliar se ele é predominante anos.
dentro ou fora do escroto.  Cisgêneros do sexo feminino – 15-17
anos.
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA o Falta de informação e vergonha podem levar
a falta do uso de métodos contraceptivos e
 Puberdade: mudanças biológicas relacionadas ao
ISTs.
amadurecimento físico e a maturação sexual,
o Abordagem da sexualidade:
regulado pelos mecanismos neuroendócrinos,
 Individualmente ou em grupo.
influenciado, também, por fatores genéticos,
 Objetivo é parecer neutro.
físicos, ambientais e individuais.
 Sigilo médico.
o Estadiamento de TANNER:
 Adolescente LGBTQ+
 Sexo feminino: mamas (1-5) e pelos (1-
 Incentivar a contar aos pais.
5)
 Instabilidade emocional –
 8-13 anos.
psicólogo.
 Sexo masculino: testículos (1-5) e pelos
 Caso o paciente tenha contado aos
(1-5).
pais, a partir daqui podemos
 9-14 anos.
conversar com os pais a respeito.
o Puberdade precoce:
o Violência sexual:
 Central: LH e FSH.
 Estupro – constranger alguém,
 Sexo feminino: caracteres
mediante violência ou grave ameaça, a
secundários precoces, pubarca,
ter conjunção carnal ou praticar ou a
telarca.
permitir que com ele se pratique outro
 Sexo masculino: pubarca sem
ato libidinoso.
aumento testicular.
 Estupro de vulnerável: menores que 14
 Periférica: testosterona, DHEA-S, 17-OH
anos, doença ou deficiência mental sem
progesterona.
discernimento ou não consiga oferecer
 Sinais de hiperandrogenia.
resistência.
 Causas: TU de suprarrenal,  Boletim de ocorrência + IML ou centro
hiperplasia suprarrenal congênita.
de referência (exame de corpo de
 Diferenciação de Termos: delito).
o Sexo: determinado pelos cromossomos (XX,  Ficha de notificação compulsória +
XY). comunicação ao conselho tutelar ou
o Orientação sexual: atração (hetero, homo, vara da infância e juventude.
bi).  Profilaxias: ISTs não virais
imediatamente (Penicilina G Benzatina
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 11

IM, Ceftriaxona IM, Azitromicina VO),  Vias de contaminação: aérea (gotículas e


Hepatite B nas primeiras 48h (vacina e espirros), hematogênica, linfática e contiguidade.
imunoglobulina humana anti-hepatite  Fatores de risco:
B), HIV (3ARV – se penetração anal ou o < 9 meses.
vaginal). o Maior número de pessoas no domicílio,
 Anticoncepção de emergência e o Idade materna < 20 anos.
abortamento: todas as adolescentes o Berçários e creches.
expostas a possível gestação, o < 2500g.
independente do período do ciclo, o Desnutrição.
exceto nas que usam método o Falta de aleitamento materno.
regularmente. o História prévia.
 Levonorgestrel – 1ª escolha o Doenças pulmonares pré-existentes.
(máximo 5 dias depois). o Alterações anatômicas.
 Abortamento: violência sexual + até o Extremos de idade – idosos e criança.
22 semana  termo assinado pela o Refluxo gastroesofágico.
paciente ou responsável (se não o Doenças neurológicas.
houver risco iminente de vida). o Imunodeficiências congênitas ou adquiridas.
 Adolescente quer manter a  Classificação:
gestação e os pais não – respeita a o Broncopneumonia: multiformes, únicas ou
decisão da adolescente. múltiplas, unilaterais ou bilaterais, dispersas
 Se os pais querem manter a ou confluentes, não respeitam segmentação,
gestação e a adolescente não – via limites irregulares.
judicial.  S. aureus.
 Grave e rapidamente progressiva.
PNEUMONIA  Prolongada morbidade e alta
mortalidade.
 Processo inflamatório das vias aéreas terminais e
 Todas as idades.
alvéolos do parênquima pulmonar com
 Associada a história de furunculose,
preenchimento do espaço alveolar com infiltrado
afecção dermatológica, internação
necro-inflamatório.
recente, trauma, osteomielite.
 Epidemiologia: crianças < 4 anos, países em
 Transmissão: contato direto.
desenvolvimento, 50% dos óbitos em crianças < 1
ano, elevadas taxas de hospitalização e óbito em  Qx: IVAS precedendo uma semana
crianças < 5 anos. os sintomas de PNM.
 Etiologias:  Dx: broncopneumonia confluente +
o Causas infecciosas: bactérias, vírus, fungos, extensas áreas de necrose
parasitas. hemorrágica com cavitações
o Causas não infecciosas: aspiração, corpos irregulares + rápida progressão
estranhos, pneumonite induzidas por drogas, para DP ou piopneumotórax ou
pneumonite induzidas por radiação. abscesso, anemia, leucócitos
o Crianças < 2 meses: Streptococcus beta normais ou aumentados.
(canal vaginal).  Complicações: choque séptico,
o Crianças > 1 ano: vírus e Streptococcus SARA, falência de múltiplos órgãos.
pneumoniae.  Streptococcus do grupo A
o Principais: Pneumococo, H. influenzae,  IVAS.
bacilos gram, S. aureus.  Complicações de influenza e
o Hospitalização e morte: Pneumococo, H. doenças exantemáticas viróticas
influenzae, S. aureus. (sarampo e varicela).
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 12

 Qx: semelhante a pneumocócica, o Ausculta rica ou abolida, estertores, ronco e


porém mais brando. sibilos, abolição de MV e macicez.
 Dx: lesões ulcerosas na mucosa  Raio X: confirma, avalia extensão e identifica
traqueobrônquica, pode haver complicações.
derrames pleurais e pneumatocele, o PA.
elevação do ASLO, isolamento o Perfil
bacteriano, sangue ou aspirado o Laurel – lateral para derrame pleural.
pulmonar.  Diagnóstico:
o Pneumonia Lobar/Segmentar: o Anamnese e exame físico.
 Pneumococo. o Exames complementares são de pouca valia.
 Mais comum em todas as idades.  Tratamento:
 FR: anemia falciforme, asplenia, o De acordo com a idade, quadro, hipótese
HIV, implantes cocleares, cardio- provável.
pneumo, nefropatias crônicas, DM, o Manejo geral: alimentação leve em pequenas
doença do SNC. quantidades, hidratação, mobilizar
 Qx: IVAS leve e anterior, febre alta secreções, higiene nasal, fisioterapia
e repentina, calafrios, dor torácica, respiratória, Oxigenoterapia.
tosse, desconforto respiratório, o ATB:
sinais de consolidação.  < 2 meses: hospitalar EV com cobertura
 Dx: RX com broncogramas aéreos, para Streptococcus B, enterobactérias,
comprometimento de um lobo listéria, pneumococo, estafilo.
inteiro, leucócitos elevados, pode  Ampicilina + Aminoglicosídeos
evoluir com derrame pleural. (Gentamicina).
o Pneumonia Intersticial (pneumonite ou  Ampicilina + Cefalosporina de 3ª
pneumonia viral): Geração.
 Vírus.  Suspeita de Chlamydia trachomatis
 Qx: IVAS anterior, cianose, – Eritromicina.
dificuldade respiratória.  > 2 meses com taquipneia:
 Dx: rx com aumento da trama  Ambulatorial: Pneumococo e
broncovascular, hiperinsuflação Haemophilus.
(retificação dos arcos costais), o Penicilina procaína.
septo intralveolar espessado. o Amoxicilina.
 Tx: medidas de apoio, antivirais se  Sem melhora: Haemophilus e
alto risco e nas 36-48h iniciais. Moraxela.
 Pode evoluir com uma pneumonia o Amoxicilina + Clavulanato.
bacteriana. o Cefalosporina de 2ª Geração.
 Manifestações Clínicas:  Não melhorou: nosocomial.
o História de IVAS anterior. o Penicilina Cristalina.
o Taquipneia. o Ampicilina.
o Dispneia.  Não melhorou: PNM grave.
o Dor torácica. o Oxacilina + Clorafenicol.
o Cianose. o Oxacilina + Ceftriaxona.
o Sibilância.  Sem melhora: UTI (complicação,
o Comprometimentos do estado geral. imunodepressão, resistente).
o Desidratação. o Vancomicina + Ceftriaxone.
o Taquicardia + hipoperfusão + hipotensão. o Internamento se:
o Taquidispneia + hipoxemia sat. < 92% +  < 2 meses.
esforço respiratório.  Tiragem subcostal.
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 13

 Convulsões.  Evolução: espirros, obstrução nasal,


 Sonolência. coriza (hialina  purulenta), tosse
 Estridor de repouso. noturna, febre alta.
 Desnutrição grave.  Lactentes: anorexia, inquietação,
 Ausência de ingestão de líquidos. amolecimento de fezes, vômitos.
 Sinais de hipoxemia. o Exame físico:
 Doença de base debilitante.  Hiperemia de orofaringe.
 Derrame pleural, abcesso pulmonar, o Diagnóstico: clínico.
pneumatocele. o Complicações: OMA, sinusite, pneumonia,
 Falha terapêutica ambulatorial. piora da asma brônquica.
 Problema social. o Tratamento:
 Controle Ambulatorial:  Sintomáticos: antitérmicos
o Boa resposta em 2 semanas. (Paracetamol, Dipirona), solução nasal,
o PNM com derrame, pneumotórax, abcessos anti-histamínicos (rinite).
pulmonares, atelectasia – revistos em 1  Orientações gerais: evitar fumaça de
semana com radiografia entre 6-8 semanas cigarro, explicar a evolução da doença,
após tratamento. sinais de alarme (gemência e
o Sem complicações – sem controle taquipneia).
radiográfico. o Prevenção: imunização (influenza), lavar as
 Profilaxia: vacinação, educação em saúde, mãos.
otimização da atenção básica.  Faringoamigdalites:
 Complicações: IRA, empiema, pneumotórax, o Virais:
pneumatocele, abcessos pulmonares,  Clínica: dor de garganta moderada,
atelectasias, derrame pleural. coriza nasal, tosse, mal estar, anorexia,
febre.
IVAS  Exame físico: faringe eritematosa e
edemaciada, poliadenopatia.
 Causas infecciosas: nasofaringite,
 Adenovírus: dor de garganta + sintomas
faringoamidalites virais e bacterianas, otites,
sistêmicos (febre alta), exsudato
sinusite.
amigdaliano + eritema de orofaringe +
 Fatores de risco: atopia, 6-24 meses, sexo
conjuntivite.
masculino, deficiência imunológica, anomalias
 Coxsackie A – Herpangina: febre, dor de
craniofaciais e de palato, creches, irmãos mais
garganta, disfagia, dor abdominal,
velhos, fumantes passivos, aleitamento materno,
anorexia + lesões ulcerosas no palato.
chupeta.
 EBV – Mononucleose infecciosa: dor de
 Nasofaringite: garganta, febre alta constante,
o Definição: inflamação da mucosa do nariz,
linfadenopatia cervical, esplenomegalia
faringe e seios paranasais.
– tratar com ATB, sem melhora após 3
o Etiologia: rinovírus (principal).
dias dx de mono.
o Fatores de risco:
 Tratamento: sintomáticos.
 Pais fumantes. o Bacterianas:
 Irmão mais velho (escola).
 Etiologia: Streptococcus pyogenis.
 Convivência em creche.
 Epidemiologia: 5-15 anos.
o Transmissão: gotículas e partículas maiores
 Fonte de contágio: secreção nasal e
(mãos e fômites).
saliva.
 Incubação de 2-5 dias.  Clínica: começa com queixas pouco
o Manifestações clínicas: 1 semana de
específicas, depois dor de garganta
duração.
intensa e febre alta.
 Início: garganta “arranhando”.
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 14

 Exame físico: faringe avermelhada,  Otalgia, febre, hipoacusia, astenia,


amigdalas com exsudato, edema de inapetência.
úvula, petéquias no palato mole,  Sinais indiretos: irritabilidade, choro
linfonodos cervicais aumentados e intenso, dificuldade para dormir, leva a
dolorosos. mão ao ouvido.
 Sinais de Escarlatina: sinal de Filatov o Exame físico:
(palidez perioral), língua de framboesa,
linhas de pastia na face antecubital.
 Diagnóstico: swab de orofaringe +
cultura.
 Tratamento: ATB Penicilina Benzatina,
Amoxicilina ou Azitromicina (alérgicos a
penicilina).
o Repetição: checar aderência ao tratamento +
amigdalectomia.
 7 infecções bacterianas no último ano.
 5 infecções bacteriana/ano nos últimos
2 anos. o Diagnóstico: otorreia não provocada por
 3 infecções bacterianas/ano nos últimos otite externa OU sinais de efusão na OM (cor
3 anos. da MT, opacificação, mobilidade reduzida ou
o Complicações: ausente) + inflamação (abaulamento da MT,
 Não supurativas: febre reumática, otalgia aguda, eritema intenso da MT).
glomerulonefrite difusa aguda pós- o Tratamento: resolução espontânea,
estreptocócica. analgésicos + vacinação.
 Supurativas: abcesso retrofaringeo e  < 6 meses – sempre ATB.
periamigdaliano.  6 meses – 2 anos: avaliar.
 Otite Média Aguda:  > 2 anos – monitorar.
o Definição: inflamação do ouvido médio.
o Etiologia:
 Bacteriana: Streptococcus pneumoniae,
Haemophilus influenzae, Moraxella
catarrhalis.
 Lactentes hospitalizados e neonatos:
Streptococcus do grupo A,
Staphylococcus aureus.
 Viral: rinovírus e VSR.
o Patogênese: disfunção da tuba auditiva por
anatomia
o Fatores de risco:
 Idade < 2 anos.
 Sexo masculino.
 Raça branca.
 Baixo perfil socioeconômico.
 Aleitamento materno.
 Tabagismo passivo.
 Exposição a outras crianças.
 Anomalias congênitas.
 Ausência de vacinação.
o Clínica:
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 15

o Complicações:  Crônica: > 12 semanas + sem resolução


 Perfuração timpânica. completa.
 OM secretora.  Aguda recorrente: episódios frequentes
 OMC. com total resolução.
 Mastoidite. o Clínica:
 Infecção do SNC.  Aguda viral: início súbito de secreção
o OMA recorrente: nasal, congestão nasal e tosse que piora
 3 episódios em 6 meses ou 4 episódios à noite (gotejamento pós nasal).
em 1 ano com 1 dos episódio nos últimos  Aguda bacteriana: secreção nasal e
6 meses. secreção purulenta posterior, dor local
 OMC (secretora, supurativa, intensa, febre, estado geral
colesteatomatosa) 3 meses. comprometido, PCR/VHS elevados,
 Rinossinusite: piora após recuperação inicial.
o Definição: inflamação da mucosa  Crianças: febre, rinorreia, tosse, dor
nasossinusal. facial.
o Etiologia: viral ou bacteriana. o Exame físico:
 Bacteriana aguda: Streptococcus  Mucosa eritematosa e/ou edemaciada.
pneumoniae, Haemophilus influenzae,  Secreção mucopurulenta em
Moraxella catarrhalis. nasofaringe posterior.
 Crônica: Haemophilus influenzae,  Dor a palpação dos seios paranasais.
Streptococcus alfa e beta hemolíticos, o Diagnóstico:
Moraxella catarrhalis, Streptococcus  Clínico.
pneumoniae, Staphylococcus coagulase-  Sinusite crônica: > 90 dias.
negativos.  Tomografia computadorizada.
 Virais: rinovírus, coronavírus, vírus  Cultura do aspirado dos seios.
sincicial respiratório, Metapneumovírus.  Endoscopia nasal.
o Epidemiologia:  Radiografia simples.
 Bacteriana aguda: qualquer idade. o Tratamento:
o Cavidades paranasais:  50% remissão espontânea.
 RN: etmoidal (pneumatizado) e maxilar.  ATB – Amoxicilina + Clavulanato.
 Maxilar: pneumatiza aos 4 anos.  Tratamento adjuvante.
 Esfenoidal: 5 anos. o Complicações: celulite periorbital, abcesso,
 Frontais: 7-8 anos. meningite, trombose do seio cavernoso.
o Fatores predisponentes (aguda): IVAS, rinite o Prevenção: vacinação (influenza), lavagem
alérgica, exposição a fumaça de cigarros, das mãos, evitar contato com pessoas
imunodeficiência. resfriadas.
o Fatores predisponentes (crônica):
imunodeficiências, fibrose cística, disfunção BRONQUIOLITE
ciliar, anormalidade da função fagocitária,
 Definição: infecção respiratória aguda viral, que
refluxo gastroesofágico, defeitos anatômicos
compromete as vias aéreas de pequeno calibre,
e pólipos nasais.
por processo inflamatório agudo, levando a um
o Patogênese: IVAS.
quadro obstrutivo com graus variados de
 Cofatores: desvio de septo, hipertrofia
intensidade.
de conchas nasais, hipertrofia de
 Epidemiologia:
amigdalas, hipertrofia de adenoides.
o Principal causa de internação nos 12
o Classificação:
primeiros meses de vida.
 Aguda: < 12 semanas + resolução
o Maior frequência de gravidade em < 1 ano.
completa.
 Etiologia:
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 16

o Vírus sincicial respiratório (VSR). o Domiciliar: sintomáticos + descongestionante


o Metapneumovírus humano. nasal.
o Parainfluenza.  Sinais de piora: gemência, sofrimento
o Adenovírus. respiratório significativo, dificuldade na
o Influenza. alimentação, hipoxemia progressiva,
o Rinovírus. possibilidade de fadiga respiratória,
o Mycoplasma pneumoniae. cuidados inadequados no lar, doenças
 Transmissão: contato direto, gotículas ou associadas.
conjuntivas. o Hospitalar: desobstrução das vias aéreas,
 Incubação: 4-5 dias. hidratação, nutrição, evitar broncoaspiração,
 Fatores de risco: tratar febre, Oxigenoterapia.
o Prematuridade.  Prevenção: diminuir exposição, incentivar
o Displasia broncopulmonar. ambiente saudável, anticorpo monoclonal anti-
o Doença pulmonar crônica. VSR (quando indicado).
o Cardiopatia cianótica. o Hospitalar: isolamento respiratório e
o Hipertensão pulmonar. lavagem das mãos.
o Imunodeficiência.  Complicações:
o HIV. o Apneia, otite média, atelectasia, insuficiência
o Ausência de aleitamento materno. respiratória, infecção bacteriana secundária,
o Aglomerações. hiperreatividade pós-viral e bronquiolite
o Sexo masculino. obliterante.
o Tabagismo passivo.  Bronquiolite obliterante: obstrução crônica de
 Clínica: bronquíolos e pequenas vias aéreas.
o Início de um resfriado comum. o Adenovírus.
o Piora em 48-72h. o Rara.
o Taquipneia, tiragem costal, esforço o Infância: fibrose de bronquíolos após um
respiratório prolongado, batimento da asa insulto infeccioso agudo.
nasal, cianose, sibilos, crepitações. o Clínica: dispneia, tosse crônica, produção de
o Desidratação, apneia. escarro, sibilos, estertores e hipoxemia.
o Casos graves: evolução para insuficiência  Quadro inicial pode ser grave (VM +
respiratória. pneumonia).
 Diagnóstico: o Diagnóstico: biopsia pulmonar, TC de tórax
o Clínico. (atelectasia, bronquiectasia, padrão em
o Primeiro episódio de sibilância em lactentes mosaico e áreas localizadas, hiperinsuflação).
com pródromos de infecção viral – o Tratamento:
diagnóstico.  Oxigenoterapia prolongada.
o Diferencial: asma, gripe, pneumonias  Fisioterapia.
atípicas, coqueluche, insuficiência cardíaca,  Broncodilatadores.
tuberculose, fibrose cística, displasia  Corticosteroides.
broncopulmonar, malformações congênitas.  Suporte nutricional.
o Exames complementares: RX tórax,  Imunomoduladores.
oximetria de pulso, hemograma, dosagem de
eletrólitos, aspirado nasofaríngeo. ASMA
 RX – aumento do diâmetro antero-
 Asma no Pronto Socorro:
posterior, hiperinsuflação pulmonar,
o Definição: distúrbio inflamatório crônico das
espessamento peribrônquico,
vias aéreas, devido a uma resposta da árvore
atelectasias, retificação dos arcos
traqueobrônquica.
costais.
 Tratamento:
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 17

o Epidemiologia: alta prevalência, morbidade e  Radiografia: hiperinsuflação, aumento


mortalidade. do espaço intercostal, espessamento
o Etiologia: estímulos ambientais, idade (idade peribrônquico.
nova), risco genético (marcha atópica – asma,  Espirometria: aumento de 12% VEF1 ou
rinite, dermatite). 200mL pós broncodilatador, VEF1 baixo,
o Fisiopatologia: relação VEF1/CVF diminuída.
 Obstrução do fluxo. o Tratamento:
 Hipersensibilidade ou suscetibilidade a  O2: > saturação entre 94-98%.
substâncias irritantes.  Beta 2 agonistas de curta duração:
 Broncoconstrição do músculo liso –  Fenoterol (BEROTEC).
sibilo.  Salbutamol (AEROLIN).
 Infiltrado celular e exsudato.  Terbutalina (BRICANYL).
o Classificação:  Anticolinérgicos:
 Leve ou moderada: pronuncia frases  Ipratrópio (ATROVENT).
completas, preferência por ficar  Tiotrópio.
sentado, FC aumentada, pulso < 100  Corticoides: Prednisolona,
bpm, saturação de O2 > 95%, PEE > 50% Metilprednisolona.
do valor previsto ou melhor valor.  Sulfato de magnésio.
 Grave: dificuldade para falar, senta-se o Asma leve e moderada:
inclinado para frente, agitado, FR > 30,  2 puffs do Aerolin de 20/20 min.
uso da musculatura acessória, FC > 170  Oxigênio + 2-3 puffs de Aerolin/h +
bpm, Sat. O2 < 92%, PEE < 50% do corticoide.
previsto ou melhor valor.  6 puffs de Aerolin de 20/20 min.
 Corticoide + inalação Berotec e
Atrovent.
o Asma grave:
 6 puffs de Aerolin de 20/20min.
 Corticoide VO ou EV.
 Atrovent.
 Sulfato de magnésio 150mcg de 20/20
min.
 Asma no Ambulatório:
o Sibilância recorrente do lactente e pré-
escolar (SRLP): > 3 episódios de sibilância em
crianças < 5 anos e maiores que 1 mês.
 Precoces: < 3 anos.
o Apresentação clínica:  Tardios: > 3 anos.
 Tríade: dispneia, tosse e sibilância.  Persistentes: antes e após os 3 anos de
 Piora à noite e no início da manhã. vida.
 Aperto no peito ou desconforto torácico. o Fatores de risco (SRLP): atopia, fatores
 Limitação das atividades físicas. ambientais, infecções virais.
 História de rinite e dermatite. o Fatores de risco:
o Exame físico:  Infecções respiratórias virais (VSR, HRV).
 Sibilância expiratória, com fase  Teoria da higiene.
expiratória prolongada e taquipneia.  Exposição ao tabagismo (desencadeador
 Diminuição do murmúrio vesicular. de asma e bronquite).
 Estertores crepitantes e roncos.  Sexo masculino.
o Diagnóstico:  Prematuridade e baixo peso ao nascer.
 DRGE.
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 18

o Diagnóstico: critérios de gravidade (quantidade de


 Achados principais: sibilância, tosse medicamento para controle).
noturna, desconforto respiratório,  Cuidados com a asma: parceria médico-
despertares noturnos. paciente-família, adesão ao tratamento
 Auxiliam: resposta a broncodilatadores e (80% da dose prescrita), identificação e
corticosteroides inalados, antecedentes controle dos fatores de risco.
pessoais e familiares de atopia.  Tratamento:
o < 5 anos:  Etapa 1: resgate para o alívio dos
 Diagnóstico: 1 critério maior e/ou 2 sintomas – Salbutamol/Fenoterol.
menores.  Etapa 2: alívio + 1 único
 Critérios maiores: asma nos pais e medicamento de controle –
dermatite atópica na criança. corticoide inalatório
 Critérios menores: rinite alérgica, (Beclometasona) em baixas doses.
sibilância na ausência de resfriado,  Etapa 3: alívio + 1 ou 2
eosinofilia sanguínea ≥ 4. medicamentos de controle –
 Testes alérgicos, raio x de tórax. corticoide inalatório em baixa
 Tratamento: doses + beta 2 agonista de ação
 Sibilantes intermitentes: curta prolongada (LABA).
duração inalatório – crises.  Etapa 4: alívio + 2 ou mais
 Pré-escolares sibilantes medicamentos de controle –
persistentes: curta duração e corticoide inalatório em doses
antagonistas de leucotrienos ou médias e altas + LABA.
corticosteroides inalatórios  Etapa 5: alívio + controle adicional –
contínuos. corticoide oral a etapa 4
 Fármaco poupador de (Prednisolona/Prednisona/Metilpr
corticosteroide: antagonista de ednisona).
leucotrienos.  Prevenção e controle: acompanhar
 Salbutamol (AEROLIN) 3 puffs de etapas até alcançar o controle.
20/20 min ou 2,5mg a cada 20 min
por 1h. RINITES
o > 5 anos:
 Definição: um ou mais dos seguintes fatores:
 Diagnóstico:
congestão nasal, rinorreia, espirros e prurido,
 Clínica: 1 ou mais sintomas
durante dois ou mais dias consecutivos por mais
(dispneia, tosse crônica, sibilância,
de 1h.
opressão ou desconforto torácico).
 Fatores de risco:
 Sintomas desencadeados por
o HF positiva para atopia.
infecções virais, exercício,
o Animais dentro de casa.
exposição a alérgenos, mudanças
o Fumo passivo.
climáticas, riso, irritantes.
o Poluição.
 Exame físico: sibilos. o Casa com mofo.
 Confirmação por espirometria,  Fisiopatologia:
teste de o Antígenos (desencadeantes) dão início a
broncoprovocação/hiperresponsivi processo inflamatório, com vasodilatação e
dade, medidas seriadas de PFE. edema local.
 Checar níveis de controle
 Rinites não alérgicas:
(manifestações suprimidas,
o Inflamatória (ocupacional, medicamentos,
espontaneamente ou pelo tratamento),
infecciosa, alergia a AINH, eosinofilica,
temperatura).
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 19

o Não inflamatória (emocional, idiopática,  Anti-histamínicos tópicos ou


atrófica, gustatória, vasomotora, sistêmicos: 2º geração (não dão sono).
medicamentosa, hormonal,  Corticoide: potente ação anti-
hipotireoidismo). inflamatória local, oral em casos graves
o Condicionante (dermatite atópica, – Budesonida.
conjuntivite alérgina, rinossinusite, asma).  Antileucotrienos: Montelucaste (não
 Classificação: tem no SUS).
o Intermitente: sintomas < 4 dias por semanas  Descongestionantes tópicos ou
ou < 4 semanas por ano. sistêmicos: adultos – sintomas
o Persistente: sintomas > 4 dias por semana ou obstrutivos.
> 4 semanas por ano.  Anticolinérgicos.
o Leve.  Abordagem cirúrgica: casos graves.
o Moderada/grave: distúrbio do sono,
diminuição das atividades diárias, sintomas IMUNIZAÇÕES
debilitantes.
 Coordenadas pelo Programa Nacional de
 Anamnese:
Imunizações (PNI) – objetivo de erradicas,
o Principais sintomas (coriza, obstrução nasal,
eliminar e controlar as doenças imunopreviníveis
prurido, espirros, redução do olfato).
no Brasil.
o Idade de início, duração, frequência.
 Imunobiológicos:
o Fatores desencadeantes.
o Preparados a partir de bioagentes ou de seus
o Sintomas associados.
produtos para estimular o sistema
o História pessoal e familiar.
imunológico a produzir e/ou ativa o sistema
o Exposição a aeroalérgenos (domiciliar,
imune.
ocupacional, hobbies).
 Imunidade Passiva Natural:
o Medicamentos.
o Transmissão de anticorpos prontos para a
 Exame físico:
proteção imediata contra microrganismos ou
o Fácies atópicas (sulco nasal transverso,
toxinas que passam da mãe para a criança.
respiração bucal, palato ogivóide, congestão
 Imunidade temporária.
ocular, olheiras, dupla prega palpebral).
 Imunidade Passiva Artificial:
o Secreção no ouvido médio.
o Adulto imune passa a produzir
o Disfunção de trompa de Eustáquio
imunoglobulina que ajuda outra pessoa com
o Sibilos ou tosse persistente.
um problema imunológico temporário pela
o Exame da cavidade nasal.
aplicação do plasma.
o Edema dos cornetos.
 Imunidade Ativa Natural:
 Diagnóstico:
o Entramos em contato com o agente
o Teste alérgicos.
infeccioso e acontece uma imunidade
o Videolaparoscopia.
duradoura da doença.
o Esfregaço nasal (citologia/bacteriologia).
 Imunidade Ativa Artificial:
o Radiografia (hipertrofia de adenoide).
o Administração de vacina de microrganismos
o Tomografia.
ou toxinas, induzindo uma resposta imune
 Tratamento:
produzindo memória imunológica
o Leve intermitente: controle ambiental,
duradoura.
descongestionante intranasal (< 10 dias) ou
 Tipos de vacinas:
oral, anti-histamínico oral ou intranasal.
o Atenuadas: sarampo, caxumba, rubéola,
o Moderada-grave intermitente, leve
tríplice viral, BCG, febre amarela.
persistente e moderada-grave persistente:
o Inativadas: VIP, influenza, DTP.
corticosteroides intranasal, Cromoglicato
o Conjugadas: polissacarídeos conjugados a
intranasal, imunoterapia alérgeno-específica.
proteínas (pneumo 10, meningo C).
o Medicamentoso:
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 20

o Recombinantes: engenharia genética o > 7 anos sem comprovação vacinal – 3 doses


(hepatite B). com intervalo 0-30-180 dias.
o Combinadas: várias vacinas em uma (DTP, o Esquema incompleta - apenas
pentavalente, tríplice viral). complementar.
 BCG:  Pentavalente:
o Formas graves de tuberculose – miliar e o 2, 4 e 6 meses.
meníngea. o Previne: difteria tétano, coqueluche, hepatite
o Aplicada ao nascer (> 2kg). B, meningite, infecções por Haemophilus
o DU. influenzae B.
o Intradérmica – inserção inferior do deltoide o IM – no vasto lateral da coxa esquerda
direito. (0,5mL).
o Comprovação: registro, cicatriz ou palpação o Efeitos adversos: febre baixa a moderada,
de nódulo no deltoide. sonolência.
 1ª-2ª semana: mácula avermelhada com o Precauções: doenças agudas febris
endurecimento de 5-15mm de moderadas ou graves, risco de hemorragia
diâmetro. (via SC de preferência), avaliar substituição
 3ª-4ª semana: pústula com pela DTPa.
amolecimento central, seguida de o Substituição para a DTPa: convulsão em 72h,
crosta. hipotonia nas primeiras 48h, doenças
 4ª=5ª semana: úlcera com 4-10mm. neurológicas crônicas, cardiopatas,
 6ª-12ª semana: cicatriz com 4-7 mm. pneumomatas graves, RN prematuro
o Reação cruzada com Hanseníase: extremo.
 < 1 ano – vacinar com 1 dose se não o Contraindicação: >7 anos ou após eventos
vacinado e vacinar com 1 dose 6 meses adversos em dose anterior.
após a última dose se  Vacina Inativa da Poliomielite (VIP):
comprovadamente vacinado sem o 2, 4 e 6 meses com intervalo de 60 dias entre
cicatriz. elas.
 > 1 ano – sem cicatriz, administrar 1 o IM – vasto lateral da coxa direita.
dose, se vacinado com 1 dose, o Dose de 0,5mL.
administrar outra dose após 6 meses da o Crianças < 4 anos sem comprovação vacinal –
última, se vacinado com 2 doses, não administrar 3 doses da VIP com intervalo de
administrar outra dose. 60 dias.
 Hepatite B:  Pneumocócica 10 Valente:
o 1ª dose: ao nascer – primeiras 12h, até 30 o Previne: pneumonia, otite, sinusite,
dias após o nascimento. meningite e outras doenças.
o IM – 0,5mL até 19 anos e 1mL se maior que o 2 e 4 meses com reforço aos 12 meses.
20 anos. o IM – 0,5mL.
o RN de mulher com HBSAG reagente – avaliar o Crianças que iniciaram o esquema > 4 meses
soro conversão. de idade – completa-lo até 12 meses, com
 Imunoglobulina anti hepatite B + intervalo mínimo de 30 dias.
primeira dose da vacina. o Crianças sem comprovação vacinal, entre 12
 Soro conversão – via anti-HBS entre 3- e meses e 4 anos – DU.
60 dias após a última dose da vacina.  Rotavírus:
o Continuidade com a pentavalente (2, 4, 6 o 2 e 4 meses.
meses). o VO.
o < 6 anos sem comprovação vacinal ou o Vacina atenuada.
esquema incompleto  iniciar ou o Quadro de gastroenterite – adiar a vacinação.
complementar o esquema com PENTA, o Contraindicação absoluta: imunodeprimidos
intervalo de 60 dias entre as doses. e doenças do aparelho gastrointestinal.
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 21

 Meningocócica C:  Infectados por HIV com alteração


o 3 e 5 meses, com reforço as 12 meses e 11 a imunológica.
14 anos (DU).  Tratamento com Imunobiológicos.
o IM – vasto lateral da coxa D.  Neoplasia maligna.
o Crianças que iniciaram o esquema > 5 meses  Lactantes que estão amamentando
– completar até 12 meses. crianças < 6 meses.
o Crianças entre 12 meses e 4 anos sem  Não aplicar simultaneamente com
comprovação vacinal – DU. tríplice viral ou tetra viral.
 Influenza:  Mulheres não vacinadas e que estejam
o Anual – cepa mais prevalente. amamentando.
o IM.  Doença do imo.
o Crianças de 6 meses a 2 anos – 2 doses com  Doença falciforme.
intervalo de 30 dias.  Histórico de reação anafilática
 2021: se você já tomou no ano passado relacionada a substâncias presentes na
recebe 1 dose, se é a primeira vez, vacina.
recebe 2 doses.  Tríplice viral:
o Crianças de 3-8 anos – 2 doses com intervalo o Protege: sarampo, caxumba e rubéola.
de 30 dias. o 12 meses e completa com a tetra viral aos 15
o >9 anos – DU. meses.
o Indígenas > 6 meses o Subcutânea – região posterior do deltoide
o Precauções: adiar em doenças febris, esquerdo.
alérgicos a ovo. o Dose 0,5mL.
 Febre amarela: o 5-29 anos não vacinadas – esquema para
o Recomendada para residentes de áreas com completar 2 doses da tríplice.
recomendação e viajantes para áreas o 30-49 anos não vacinadas – DU.
endêmicas (10 dias antes). o Efeitos adversos:
o 9 meses – DU.  Febre: 5º-12º dia, em gral de 1-2 dias.
o Subcutânea – vasto lateral da coxa D.  Meningite: 11º-32º dia, mais frequente
o Dose de 0,5mL. entre o 15º-21º dia.
o Indígenas > 9 meses.  Encefalite ou encefalopatia: 15-30 dias.
o Suspender amamentação durante 10 dias o Contraindicações:
após a vacinação.  Imunodeficiência, uso de corticoide,
o Adiar a vacina em caso de: quimioterapia, transplantados.
 < 13 anos infectadas com HIV,  Vacina Oral da Poliomielite (VOP):
assintomáticas e com alterações o Reforço para a injetável: 15 meses e 4 anos.
imunológicas. o 2 gotas.
 < 13 anos infectadas com HIV, o Contraindicações:
assintomáticas e com alteração  Imunodeprimidos.
imunológica moderada.  HIV.
 Adolescentes infectados pelo HIV com  Histórico de paralisia flácida.
CD4 > 350mm³. o Efeitos adversos:
 Adolescentes infectado pelo HIV com  Poliomielite.
CD4 200-350mm³.  Meningite asséptica e encefalite.
 LES.  Hepatite A:
 Doenças desmielinizantes. o 15 meses - DU.
 Pacientes transplantados (MO). o IM – 0,5mL no vasto lateral da coxa direita.
o Contraindicações:  Tetra Viral ou Tríplice Viral + Varicela:
 < 6 meses. o Previne: sarampo, rubéola, caxumba,
 Imunossupressão. varicela/catapora.
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o 15 meses – DU.
2 meses Pneumocócica 10
o Subcutânea – região posterior do deltoide Valente
esquerdo.
2 meses Rotavírus
o Dose 0,5mL.
o Perdeu a dose – vacinar até os 4 anos de 3 meses Meningocócica
idade. 4 meses Penta (2ª dose)
o HIV: tríplice viral + varicela atenuada. 4 meses VIP (2ª dose)
 Varicela Atenuada: 4 meses Pneumocócica 10
o Segunda dose – 4 anos. Valente (2ª dose)
o Subcutânea 0,5mL.
4 meses Rotavírus (2ª dose)
o Surto de varicela:
5 meses Meningocócica (2ª
 < 9 meses e imunodeprimidos:
dose)
imunoglobulina humana antivaricela até
96h após o contato. 6 meses Penta (3ª dose)
 9-11 meses: 1 dose a vacina varicela 6 meses VIP (3ª dose)
atenuada. 6 meses Influenza
 12-14 meses: antecipar dose de tetra
9 meses Febre Amarela
viral.
12 meses Tríplice Viral
 15 meses a 7 anos: conforme calendário.
o Contraindicação: 12 meses Pneumocócica 10
 Imunodeprimidos. Valente (reforço)
 HPV: 12 meses Meningocócica
o Quadrivalente: sorotipos 6, 11, 16 e 18. (reforço)
o Meninas de 9-14 anos. 15 meses DTP (1º reforço)
o Meninos de 11-14 anos. 15 meses VOP (1ª reforço)
o 2 doses com intervalo de 6 meses.
15 meses Hepatite A
o IM 0,5mL.
o Qualquer indivíduo de 9-26 anos com 15 meses Tetra Viral ou Tríplice
Viral (2ª dose) +
AIDS/HIV, transplantados, pacientes
Varicela (1ª dose)
oncológicos – 3 doses com intervalo de 2
meses entre a primeira e segunda e 6 meses 4 anos DTP (2º reforço)
entre a primeira e terceira. 4 anos VOP (2º reforço)
 Vacina ACWY: 4 anos Varicela Atenuada (2ª
o Previne: meningites e doenças dose)
meningocócicas causadas pela bactéria
meningococo dos sorogrupos A, C, W, Y.
o Crianças: 3 meses – 2-3 doses no primeiro DOENÇAS PSIQUIÁTRICAS NO ADOLESCENTE
ano de vida e reforço aos 12 meses, 5 e 11
anos.  TDAH: desatenção, hiperatividade, impulsividade.
o Adolescentes não vacinados anteriormente: o Associado a baixo desempenho acadêmico,
2 doses (intervalo de 5 anos). pobre relacionamento com colegas,
o Adultos: DU. dificuldade na vida adulta.
o Diagnóstico: obrigatório desde a infância.
DATA VACINA  Questionário SNAP-IV
 Início dos sintomas na infância (< 7
Ao nascer BCG
anos).
Ao nascer Hepatite B  Problemas em 2 contextos diferentes.
2 meses Penta  Problemas evidentes na escola, vida
2 meses VIP social ou família.
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 23

o Tratamento:  Preocupação com germes, sujeira,


 Multimodal (medicações, orientações doenças, eventos catastróficos e
aos pais e portador, psicoterapia). simetria/ordem/exatidão das coisas.
 Terapia cognitivo-comportamental.  Comportamentos conscientes,
 1ª opção: estimulantes (Ritalina, padronizados e repetitivos, para aliviar
Venvase). um desconforto.
 2ª opção: trocar uma medicação por  Primeiro pico com 7-12 anos e segundo
outra e avaliar. pico na adolescência tardia e vida adulta.
 3ª opção: Strattera (não tem no Brasil).  Início precoce: prevalência de tiques,
 Posteriormente, antidepressivos sexo masculino, curso crônico, pior
(amitriptilina, imipramina). resposta ao tratamento.
 Transtorno de Ansiedade: o Fobia específica: medo excessivo e irracional,
o Definição: estado de humor desagradável, que provoca evitações conscientes.
apreensão negativa em relação ao futuro e  3 tipos de respostas: cognitiva,
inquietação, com manifestações somáticas e fisiológica, comportamental.
psiquiátricas.  Sexo feminino.
 Resposta a algo ou ameaça o Fobia social: medo significativo, real e
desconhecida. persistente de situações sociais ou
 Comum em meninas. performance.
 HF de depressão ou ansiedade.  Necessidade de socialização.
o Generalizada: preocupação excessiva, com  Sexo masculino.
prejuízo funcional, difícil de ser controlada.  Início após a puberdade e comum a
 Infância. manutenção na vida adulta.
 Cefaleia, náuseas, vômitos, sudorese, o Tratamento:
taquicardia, parestesia.  1º Psicoterapia.
o Estresse Pós-Traumático (TEPT): reação a  Antidepressivos e ansiolíticos –
uma experiência, com medo e impotência, adolescentes (fobias).
revivendo-a.  Atingir dose máxima antes de
 Vulnerabilidade: traumas antigos, trocar.
traumas na infância, traços de  Inibidores Seletivos da Recaptação
transtorno de personalidade Borderline, da Serotonina.
rede social de pouco suporte/frágil, sexo  Inibidores da Recaptação de
feminino e mudanças estressantes Serotonina e Noradrenalina.
muito recentes.  Antidepressivos tricíclicos (TOC).
o Pânico: presença recorrente das implicações  Ansiolíticos – melhora rápida e
divididos em componente somático e transitória até o início da ação dos
cognitivo. antidepressivos.
 Sensação de sufoco e falta de ar,  MANTER POR PELO MENOS 1 ANO APÓS
tonturas e sensação de desmaio, suores, A MELHORA TOTAL DOS SINTOMAS.
medo de morrer, enlouquecer, perder o  SEMPRE associar a exercícios físicos.
controle, palpitação e taquicardia, dor  Depressão maior:
no peito, tremores, calafrios, mal estar o Fatore de risco para ideação suicida.
abdominal, fuga ou evitamento de o Etiologia: fatores hereditários, sociais,
situações. ambientais e biológicos.
o TOC: obsessões são pensamentos, o Diagnóstico: 2 critérios + sintomas
sentimentos, ideias ou sensações recorrentes associados.
ou intrusivas, que causam desconforto e  Questionário PHQ2 – repetido a cada 2
ansiedade. semanas.
 Caráter incontrolável.  Critérios maiores:
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 24

 Humor deprimido na maior parte  Psicoestimulantes – Ritalina.


do dia, em quase todos os dias.  Suicídio e Automutilação:
 Perda do interesse ou prazer nas o Entre as maiores causas de morte em
atividades. adolescentes e jovens adultos em países
 Perda de energia ou maior subdesenvolvidos.
suscetibilidade e fadiga. o Epidemiologia:
 Sintomas associados:  15-29 anos.
 Baixa autoestima ou perda de  Tentativas comuns no sexo feminino
confiança. (efetivas).
 Pensamentos negativos sobre si ou  Tentativas efetivas no sexo masculino.
culpa excessiva inapropriada. o Progressão:
 Pensamentos recorrentes sobre  Ideação suicida – início da adolescência.
morte e suicídio.  Tentativa – final da adolescência.
 Falta de concentração ou  Mortes – início da vida adulta.
diminuição na habilidade de o Fatores de risco:
pensar.  Tentativa prévia.
 Mudança na atividade psicomotora.  Sexo feminino.
 Distúrbios de sono.  Exposição a qualquer tipo de violência.
 Mudança no apetite levando a  Usa de bebida alcoólica em excesso ou
mudança no peso. uso de drogas.
 4 sintomas – leve.  Psicopatologia.
 6 sintomas – moderado.  Abuso físico e sexual.
 8 sintomas – grave.  Suporte familiar inadequado.
o Tratamento:  Poucas relações interpessoais.
 1ª opção: Fluoxetina.  Acesso a armas letais.
 2ª opção: Escitalopram.  Jovens homossexuais, bissexuais,
 Sempre associar um psicólogo. transexuais – sem suporte.
 Reavaliar em 2 semanas. o Automutilação: comportamento intencional,
sem intenção suicida consciente.
 Transtorno Opositor-Desafiador (TOD):
 13-15 anos.
o Comportamento não cooperativo, desafiador
 Cortes, beliscões, mordidas, arranhar,
e hostil diante de autoridades.
ingesta inadequada.
o Comum a evolução para um transtorno de
 Fatores precipitantes: isolamento e
conduta na vida adulta.
planejamento prévio.
o Diagnóstico: pelo menos 4 dos 8 critérios, por
 Avaliar o meio social e familiar, possíveis
6 meses.
rupturas, traumas.
 Perde a calma com frequência.
 Frequência e intensidade dos eventos.
 Discute com adultos com frequência.
 Constantemente desafia ou recusa  Manejo: encaminhamento para
seguir pedido ou ordens de adultos. psicólogo e psiquiatra, pais orientados a
 Incomoda pessoas, sem motivo, com possíveis instrumentos, procurar a causa
frequência. base, aumentar as atividades extra
 Se incomoda facilmente. curriculares (serotonina).
 Está bravo ou rancoroso com
frequência. ANEMIAS CARENCIAIS
 Costuma ser vingativo.  Anemia Ferropriva:
o Tratamento: o Etiologia: falta de ferro na alimentação,
 Intervenções psicossociais por pelo diminuição na absorção de ferro pela mucosa
menos 3 meses.
Maria Eduarda G. Silveira - TXVI 25

intestinal, perda de sangue recorrente por o Prevenção: clampeamento do cordão


menstruação e sangramentos crônicos. umbilical após o parto, aleitamento materno
o Classificação: exclusivo e prolongado, educação alimentar e
 Morfológica: micro, normo ou nutricional, suplementação profilática.
macrocítica. o Tratamento:
 Cinética: hipo ou hiperproliferativa.  Reposição de Ferro:
 RDW: aumentado (anisocitose).  Dose terapêutica: 3-5 mg/kg/dia de
 HCM: hipocromia. ferro elementar por 3-6 meses.
 VCM: microcítica.  Antes das refeições.
o Metabolismo do ferro:  Monitorização do quadro –
 Absorção: meio ácido (antes de comer). hemograma completo a cada 30-60
 Ferro heme: origem animal, elevada dias.
biodisponibilidade.  Anemia Megaloblástica:
 Ferro não heme: origem vegetal, baixa o Definição: diminuição da concentração de
biodisponibilidade. hemoglobina e hemácias do sangue.
o Laboratório: o Etiologia:
 Ferritina: 20-200ng/mL.  Vitamina B12/Cobalamina:
 Armazenamento – primeiro a se  Origem animal.
alterar (proporcional as reservas de  Necessidade diária: 2,5ug/dia.
ferro).  Deficiência: ingesta inadequada,
 Transferrina: 200-400ng/mL. má absorção, anemia perniciosa
 Transporte do ferro – aumentada. (autoanticorpos que atacam as
 TIBC: 250-360mcg/dL. células do corpo e fundo gástrico)
 Capacidade de ligação do ferro total  Ácido Fólico:
pela transferrina – aumenta  Vegetais verdes, fígado, aveia.
quando a transferrina aumenta.  Necessidade diária: 50-200ug.
 Índice de Saturação da Transferrina:  Gravidez/Lactação: 200-600ug.
 30-40%  Deficiência: ingesta inadequada,
 Sítio de transferrina ligada ao aumento das necessidades, má
ferro/sítio total da transferrina. absorção, prejuízo no metabolismo.
 Diminui, uma vez que não temos o Manifestações Clínicas:
ferro a ser transportado.  Vitamina B12: palpitações, fraqueza,
o Sinais e sintomas: cefaleia, irritabilidade, diarreia, perda
 Efeitos no crescimento e ponderal, parestesia em extremidades,
desenvolvimento. diminuição da sensibilidade profunda,
 Desfechos obstétricos desfavoráveis – desequilíbrio, marcha ataxica.
principalmente primeiro e segundo  Hematológicas: VCM > 100,
trimestre. neutrófilos plurissegmentados,
 Pós-parto - redução da qualidade de vida reticulócitos normal-baixo,
e aumento dos níveis de depressão pós- homocisteína alta, ácido
parto. metilmalônico elevado.
o Diagnóstico:  Ácido Fólico: manifestações
 Clínico e laboratorial. gastrointestinais (diarreia crônica,
 Hemograma – leucopenia e plaquetose, dificuldade de ganho ponderal, úlcera
contagem de reticulócitos. orais, déficit de imunidade).
 Hemossiderina de MO. o Laboratório:
o Diagnóstico diferencial: talassemia alfa e  Hemograma:
beta, doença crônica, infecção.  VCM > 100FL (aumentado).
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 CHCM: normal. o Palidez centro facial e escurecimento


 RDW: aumentado. periocular.
 Sangue periférico: o Prega de Dennie Morgan.
hipersegmentação dos neutrófilos. o Sinal de Hertogue (diminuição de cílios).
 Medula óssea: hipercelular. o Tubérculo de Kaminsky.
 Dosagem de vitamina B12 < o Dermatite das mãos.
200pg/mL (200-900 pg/mL). o Infecções cutâneas.
 Folato sérico < 2ng/mL (2,5- o Alterações oculares (ceratocone).
20ng/mL).  Tratamento:
 Ácido metilmalônico > 270nmol/L o Gerais: ambientais (banhos, vestuário,
(70-270nmol/L)  DEFICIÊNCIA DE cortinas, brinquedos, almofadas, animais
B12. domésticos, cama, travesseiro), alimentares,
 Homocisteína > 14nmol/L (5- apoio psicológico aos pais.
14nmol/L) -> DEFICIÊNCIA DE B12 E o Medicamentoso:
FOLATO.  Corticosteroides:
o Tratamento: reposição.  Tópico: baixa ou média potência.
 B12: via parenteral/oral, dieta rica em  Sistêmico: graves ou refratários.
B12, vida toda.  ATB: formas extensas.
 Folato: via oral/parenteral, dieta rica em  Anti-histamínicos: grave.
folato, 4-6 semanas ou até resolução.  Imunomoduladores: Talidomida,
Pimecrolimus, Tracolimus, Fototerapia.
DERMATITE ATÓPICA  Imunossupressores: Azatioprina,
Ciclosporina.
 Definição: processo inflamatório cutâneo,  Hidratantes específicos.
crônico, pruriginoso e recorrente.  Banho de aveia: aveia + água morna.
o Marcha atópica: asma, rinite e dermatite.
 Patogênese:
o Fatores genéticos: história familiar.
o Fatores fisiológicos: hiperatividade.
o Fatores imunológicos: aumento de IgE,
deficiência de IGA, depressão imune celular.
 Critérios maiores:
o Prurido.
o Morfotopografia: lesões variam com a idade.
 Infantil (3 meses): lesões úmidas,
eritematovesicoexsudativas crostosas
na face, poupando região central, nariz e
sulco nasogeniano.
 Puberal/adultos: lesões xerodérmicas,
liquenificadas, nas dobres cutâneas.
o Cronicidade e recidivas.
 Critérios menores:
o História pessoal ou familiar positiva.
o Dermatografismo branco.
o Xerose.
o Hiperlinearidade palmar.
o Pitiríase alba.
o Queratose pilar.

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