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CONDUTA NUTRICIONAL NO

HIPOTIREOIDISMO

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Hipotireoidismo

• Hipotireoidismo Síndrome clínica resultante da redução da produção dos


hormônios tireoidiano

Valores padrões de TSH

0 a 3 dias: 1,100 a 15,700 µUI/mL 6 a 15 anos: 0,300 a 4,200 µUI/mL


3 dias a 2 meses e 14 dias: 0,600 a 9,200 µUI/mL 15 a 60 anos: 0,400 a 4,300 µUI/mL
2meses 14 dias a 1ano 3meses: 0,400 a 6,000 µUI/mL 60 a 80 anos: 0,400 a 5,800 µUI/mL
1 ano e 3 meses a 6 anos: 0,400 a 5,200 µUI/mL Superior a 80 anos: 0,400 a 6,700 µUI/mL

Gestantes 1° Trimestre: 0,100 a 3,600 µUI/mL


Gestantes 2° Trimestre: 0,400 a 4,300 µUI/mL 2
Gestantes 3°Trimestre: 0,400 a 4,300 µUI/mL
Eixo hipotálamo-
hipófise regula a Hormônio liberador
liberação de TSH da tireoide –
tireotropina

Hormônio
estimulador da
tireoide

TSH estimula as
Triiodotironina - T3 células foliculares da
Tetraiodotironina – tireoide a liberar
T4 ou tiroxina hormônios da
tireoide na forma de
T3 ou T4

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Os hormônios tireoidianos
também ativam o
metabolismo, com aumento
Possuem efeito na absorção de glicose,
permissivo sobre a glicogenólise,
expressão de gliconeogênese, lipólise e
receptores beta no síntese e degradação de
coração para proteínas
aumentar a
frequência
cardíaca, volume
sistólico, débito T3 e T4 atuam em
cardíaco e quase todas as
contratilidade células do corpo
para aumentar a
taxa metabólica
basal

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Hipotireoidismo

E QUAIS SÃO OS MECANISMOS?

Quando a função hipotálamo-hipofisária está intacta,


Tornando este marcador o melhor indicador de
pequenas alterações nas concentrações dos hormônios
alterações discretas da produção tireoidiana
tireoidianos livres resultam em grandes alterações nas
concentrações séricas de TSH
TSH ↑ normalmente é visto no hipotireoidismo,
associado a T4livre baixo

Se TSH acima do limite de referência em combinação


com tiroxina livre normal (T4), trata-se de
hipotireoidismo subclínico
ATENÇÃO: o contrário ocorre no hipertireoidismo, que cursa com
TSH suprimido e T4 livre elevado. E, se T4 livre ainda está em
níveis normais e TSH claramente suprimido ou na faixa entre 0,1 e
0,4 µUI/mL, trata-se de hipertireoidismo subclínico 5
Hipotireoidismo

Apenas 0,02% do T4 circula como T4 livre (T4L) que é o


• TIROXINA LIVRE – T4L metabolicamente ativo. É o método de escolha seguindo
o TSH na confirmação de disfunção tireoidiana

T3L÷T4L = 0,70 a 1,80 ng/dL


ou ~ ao TSH

• TRIIODOTIRONINA LIVRE – T3L Cerca de 0,3% do T3 circula sob a forma livre, sendo
considerada a fração metabolicamente ativa

Crianças: 0 a 6 dias: 1,73 a 6,30 pg/mL


Homens: 2,66 a 4,33 pg/mL
7 dias a 3 meses: 1,95 a 6,04 pg/mL
Mulheres: 2,42 a 4,36 pg/mL
4 a 12 meses: 2,15 a 5,83 pg/mL
Gravidez: 1º trimestre: 2,46 a 3,89 pg/mL
1 a 6 anos: 2,41 a 5,50 pg/mL
Gravidez: 2º trimestre: 2,09 a 3,55 pg/mL
7 a 11 anos: 2,53 a 5,22 pg/mL 6
Gravidez: 3º trimestre: 2,01 a 3,27 pg/mL
12 a 20 anos: 2,56 a 5,01 pg/mL
Hipotireoidismo

Em áreas com suficiência de iodo a causa mais comum de hipotireoidismo é


a tireoidite autoimune crônica (tireoidite de Hashimoto) - AITDs

Estima-se que as doenças autoimunes da


tireoide (AITDs)

Sejam 5 a 10X mais comuns em mulheres do


que em homens

Esta forma de AITD aumenta em frequência


com a idade

Bócio pode E é mais comum em mulheres, pessoas com


estar presente
outras doenças autoimunes e suas famílias
ou não!
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Hipotireoidismo

Fatores importantes no impacto do desenvolvimento do hipotireoidismo

Deficiência de iodo
Ablação do tecido tireoidiano
Autoimune – Hashimoto
Insuficiência suprarrenal
Dieta pobre em frutas e vegetais
Dieta monótona e não diversificada
Déficit de vitaminas e minerais Iodo, lítio, tionamidas,
Alterações no status nutricional amiodarona...
Uso de medicamentos que podem interferir com
dosagem do TSH
Genética 8
Hipotireoidismo

• ENZIMA PEROXIDASE TIREOIDIANA (TPO)

✓ Fosforilada e ativada pela proteína quinase A .


✓ A TPO tem 3 funções: oxidação, organificação e reação
de acoplamento.

✓ Oxidação: TPO usa peróxido de hidrogênio ✓ Organificação: TPO liga resíduos de tirosina
para oxidar iodeto (I-) a iodo (I2). NADPH- da proteína tireoglobulina com I2. Ele gera
oxidase, gera peróxido de hidrogênio para monoiodotirosina (MIT) e diiodotirosina
TPO. (DIT).

Reação de acoplamento: TPO combina resíduos de tirosina iodada


para fazer triiodotironina (T3) e tetraiodotironina (T4). MIT e DIT
unem-se para formar T3, e duas moléculas DIT formam T4. 9
Hipotireoidismo

TIREOIDITE DE HASHIMOTO

Causada pela destruição autoimune da glândula Células T CD8 + causam a morte das células foliculares
tireoide da tireoide

A liberação de IFN-gama pelas células TH1 causa


recrutamento e ativação de macrófagos

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Hipotireoidismo
• TIREOIDITE DE HASHIMOTO

Durante o estágio inicial da doença, o paciente pode desenvolver um


bócio não sensível, simétrico e indolor. Conforme a inflamação continua,
os folículos da tireoide são danificados e podem se romper

Quando os folículos da tireoide se rompem, o paciente pode ficar


assintomático ou pode apresentar Hashitoxicose causando sintomas de
hipertireoidismo

Conforme a doença progride, a glândula tireoide pode se tornar de


tamanho normal ou pequena, dependendo da extensão da fibrose

Como resultado, o paciente pode desenvolver os sintomas de


hipotireoidismo
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Hipotireoidismo
• TIREOIDITE DE HASHIMOTO

Além da destruição mediada por células, autoanticorpos antitireoidianos (antitireoglobulina e anti-TPO)


também são produzidos, levando a citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos

ANTICORPOS ANTI-TPO >35,0 UI/mL


ANTI-TIREOGLOBULINA >115 UI/mL
A tireoidite de Hashimoto é diagnosticada por
ultrassom, detecção de anticorpos e teste de
função tireoidiana

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Hipotireoidismo
• ESTROGÊNIO E HIPOTIREOIDISMO

A globulina de ligação à tiroxina (TBG) se liga à maioria dos T3/T4 no sangue

Uma pequena porção dos hormônios tireoidianos circula livremente no sangue e constitui a
forma fisiologicamente ativa

O estrogênio aumenta a síntese e diminui a depuração da globulina ligadora de tiroxina (TBG)

Portanto, estados de estrogênio em excesso, como gravidez ou o uso de anticoncepcionais


orais, fazem com que os níveis de TBG aumentem
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SINAIS E A ↓ generalizada da TMB pode se O hipotireoidismo pode ↓ a atividade
SINTOMAS NA manifestar como apatia, diminuição da simpática levando à diminuição da
PRÁTICA! velocidade da cognição, ressecamento da sudorese, bradicardia e constipação
pele, alopecia, ↑ das lipoproteínas de
baixa densidade e dos triglicerídeos

Miopatia e diminuição do débito cardíaco Hiperprolactinemia pode ser causada por


hipotireoidismo
Mixedema causado por ↓ da depuração Sintomas relacionados à ↓ da TMB:
de glicosaminoglicanos complexos e bradicardia, fadiga, intolerância ao frio
ácidos hialurônicos da camada reticular da ganho de peso, pouco apetite
derme perda de cabelo, pele fria e seca,
constipação, miopatia, rigidez, cólicas,
síndromes de aprisionamento

Sintomas de mixedema generalizado: Sintomas de hiperprolactinemia:


Aparência inchada com textura de pele amenorreia ou menorragia, galactorreia
pastosa, voz rouca com dificuldade em disfunção erétil, infertilidade em homens,
articular palavras, edema pré-tibial e libido diminuída
periorbital

Outros sintomas: depressão, concentração Outros sintomas: bócio, hipertensão 14


e memória prejudicadas
Hipotireoidismo

DISRUPTORES ENDÓCRINOS

“Substância química exógena, ou mistura de substâncias químicas,


que pode interferir em qualquer aspecto da ação hormonal. Esses
produtos químicos podem se ligar aos receptores endócrinos do corpo
para ativar, bloquear ou alterar a síntese e degradação de hormônios
naturais por uma infinidade de mecanismos que resultam em sinais
hormonais “falsos” ou anormais que podem aumentar ou inibir o
funcionamento endócrino normal”.

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Hipotireoidismo
• DISRUPTORES TIREOIDIANOS

“Compostos desreguladores endócrinos são agentes exógenos capazes de interferir com a função da
glândula, exercendo sua ação em diferentes passagens funcionais - desde a síntese até o metabolismo e
ligação aos receptores do hormônio produzido”

Existem vários produtos químicos industriais que interferem


com o eixo hipotálamo-hipofisário da tireoide (HPT).

Bifenilpoliclorado (PCBs), éteres difenílicos polibromados


(PBDEs), Perclorato, Bisfenol-A e ftalatos são amplamente
estudados
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Hipotireoidismo
• BIFENILPOLICLORADOS - PCBs

Vários estudos com animais a exposição ao PCB demonstrou reduzir os


níveis de hormônio da tireoide, particularmente tiroxina (T4)

Alguns estudos encontraram uma ↓ dos hormônios da tireoide ou ↑


dos níveis de TSH após a exposição aos PCBs

1 estudo sobre exposição tóxica, o PCB foi medido no leite materno... PROVÁVEL HIPÓTESE:
PCBs alteram o estado da
tireóide, impactando na
... A ↑ concentração de PCB no leite materno foi associada a níveis ↓ função de deiodinase
de triiodotironina materna total (TT3) e T4 total (TT4) e maiores valores
de hormônio estimulador da tireoide (TSH) em recém-nascidos
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Hipotireoidismo
• ÉTERES DIFENÍLICOS POLIBROMADOS- PBDEs

PBDEs possuem uma estrutura química semelhante ao T4, lidando com


uma potencial interferência na função normal da tireoide

Nível de T3 foi reduzido enquanto o valor de TSH foi aumentado em


uma população de ratos machos expostos à PBDE

Níveis ↑ de T3 e T4 foram associados aos níveis séricos maternos de


PBEs no 2° trimestre da gravidez; e uma tendência significativa foi
encontrada entre os níveis maternos de TT4 no 3° trimestre da gravidez “PBDEs posusi efeito
inibidor nas células da
tireóide”
Relação entre os níveis maternos de PBDE e os níveis de hormônio
tireoidiano em soro materno e do cordão umbilical
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Hipotireoidismo

• PERCLORATO

✓ Também aprovada para contato com alimentos e pode


migrar para alimentos, água e leite.
✓ Atua como um inibidor do simportador de sódio-iodo
(NIS), localizado na membrana das células foliculares da
tireoide e das células da mama.

✓ A ligação do perclorato ao NIS prejudica a


✓ Estudo com 3.151 indivíduos (12 a 80 anos,
captação de iodo pela tireoide, impactando
NHANES 2009 a 2012)
na funcionalidade normal da glândula.

Mostrou que a população adolescente é a mais sensível à ação


dos inibidores NIS. CONCLUSÃO: Perclorato reduz a produção da
hormona da tireoide na glândula tireoide 19
BISFENOL-A E FTALATOS
✓ Compostos amplamente usados; como brinquedos, cosméticos, tubos,
embalagens de alimentos e eletrodomésticos.

✓ 1.346 adultos e 329 adolescentes (NHANES 2007–2008) foram


analisados ​para avaliar possíveis associações entre a exposição a ftalato e
BP-A e os níveis séricos de hormônio tireoidiano.
Concentração urinária de BPA foi
✓ Os resultados mostraram que as concentrações urinárias de metabólitos
maior nos grupos de doenças em
de ftalato foram associadas a menores valores de T4 e T3 ou maiores de
TSH, com algumas diferenças entre homens e mulheres.
comparação com o controle saudável
(p = 0,00 p/ NG e p <0,04 p/ grupo
✓ Além disso, o bisfenol-A urinário mostrou uma relação negativa com os PTC). Os níveis de iodo urinário foram
níveis séricos de TSH. maiores no grupo NG e PTC; foi
encontrada uma correlação
✓ Estudo de caso-controle com mulheres adultas, as concentrações urinárias significativa entre a concentração
de BPA e os valores de TSH sérico foram significativamente associados. urinária de BPA e a concentração de
iodo na urina, sugerindo que esses
✓ Relação entre BPA sérico e urinário, e os níveis de iodo em indivíduos com
bócio nodular (NG) e carcinoma papilar de tireoide (PTC) foi avaliado
dois achados estão associados às
recentemente. patologias da tireoide 20
CARBARIL
Causador de Hipotireoidismo

CÁDMIO CHUMBO Produção e queima


de pesticidas;
Concentra-se na tireoide, acumula- Hipotireoidismo decorrente de queima de carvão;
Fungicidas se no leite materno alterações funcionais da hipófise fundição de
alumínio; produção
de PVC; emissões de
diesel

DIBENZO-P-DIOXINAS
Organoclorados: CLORETO DE CÁDMIO,
POLICORADAS E
Associado à ↑ TSH, alterações
nos níveis de T4 e T3
METIRAM, MANCOZEB,
DIBENZOFURANOS CHUMBO
MANEB, ZINEB
(Int. J. Mol. Sci. 2017, 18, 2583). POLICLORADOS
Acumula-se na tireoide, neoplasia Acumula-se na tireoide. Passa pela
Hipotireoidismo da tireoide, acumulam-se no leite placenta entre a 12 e 14° semana,
materno atinge o cérebro do feto 21
Hipotireoidismo

• SUBSTÂNCIAS PERFLUORALQUÍLICAS (PFAs)

✓ Amplamente utilizadas como revestimento de superfície, como


embalagens alimentícias e até cosméticos.

✓ Estudo contendo 152 gestantes: associação positiva entre TSH e


PFASs foi encontrada em mulheres com números positivos de
TPOAb, juntamente com uma associação fraca com T4 livre
reduzido.

✓ A exposição a PFASs pode exacerbar a alteração do hormônio


tireoidiano observada durante a gravidez, impactando na saúde do
desenvolvimento fetal.

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FLÚOR E HIPOTIREODISMO

Os efeitos da alta ingestão de flúor através da água


Os efeitos adversos do flúor na saúde animal e humana potável, chá verde e poluição do ar sobre os hormônios
estão bem documentados na literatura da tireoide (T3, T4, TH e TSH)...
...Foram investigados em humanos e animais. Alguns
estudos relataram ↓ dos níveis de T4 e T3, bem como
↑ anormal dos níveis de TSH

Mesmo com 1 mg/L de flúor na água, os níveis de T3


diminuíram em adolescentes que vivem no norte do
México
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FLÚOR E HIPOTIREODISMO

Estudo de caso-controle. OBJETIVO: determinar a correlação entre os hormônios da


tireoide e a presença de flúor na água potável de vários poços na região do Irã, com
diferentes concentrações de flúor.

213 participantes saudáveis (controles) e 198 participantes com hipotireoidismo


(casos). Níveis de TSH, T3 e T4 foram avaliados.

Valores de TSH foram mais altos com uma concentração mais alta de flúor na água
potável, mesmo para concentrações geralmente baixas de flúor. Isso é visto tanto em
casos de hipotireoidismo não tratado quanto em controles.

Os casos tendem a ter ↑ valores de TSH com maiores concentrações de flúor na água. Flúor impacta os
hormônios
Os controles, com função tireoidiana normal, também apresentam maiores valores tireoidianos humanos,
de TSH com maiores concentrações de flúor, embora seus valores de TSH ainda especialmente TSH e
estejam dentro da faixa normal. Os valores de TSH são mais elevados (em ambos os T3, mesmo na
casos e controles) com níveis mais elevados de consumo de água. concentração padrão
inferior a 0,5 mg / L

A aplicação de purificação de água doméstica padrão (como osmose reversa,


eletrodiálise, filtro de carvão ativado e outros métodos de troca iônica) é 24
recomendada para pacientes com hipotireoidismo.
DISRUPTORES TIREOIDIANOS NA PRÁTICA COM O PACIENTE!

1) Identifique exposição aos disruptores tireoidianos.


2) Sintomas comuns de intoxicação: dores de cabeça/enxaqueca, depressão, fadiga
generalizada, disfunção cognitiva, perda de memória, dificuldade na escrita.
3) Oriente paciente para evitar contato habitual aos disruptores tireoidianos.
4) Oriente paciente quanto ao consumo de peixes menores.
5) Descarte adequado de lixo.
6) Alimentação sustentável e orgânica.
7) Substituição do consumo habitual leite animal por leites vegetais de coco, Utilize a
oleaginosas ou sementes - ↓ perclorato, gado que consome pastagem ou grãos orientação
com agrotóxicos? nutricional a seu
8) Oriente sobre rotatividade entre alimentos de origem animal e vegetal. favor e do seu
9) Água de boa procedência (filtros especializados, filtro de barro). paciente!
10) Oriente sobre embalagens plásticas.
11) Avalie processo detox do paciente (fígado 60-75%, rins e intestino ~20%). 25
Priorize alimentos
fonte em nutrientes
que atuam na
detoxificação

Avalie Avalie
individualidade individualidade
bioquímica! bioquímica!

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Manejo Dietético no Hipotireoidismo

• Chlorella Pyrenoidosa 2 a 5 gramas/dia.

Uso: 30 minutos antes das principais refeições.

• Natural Cellular Defense

Uso: 15 gotas ou 3 comprimidos, duas vezes ao


dia.
Aumentos significativos na
excreção urinária de alumínio,
antimônio, arsênico, bismuto,
cádmio, chumbo, mercúrio,
níquel e estanho
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CONDUTA NUTRICIONAL NA PRÁTICA!

SMOOTHIE PARA QUELAR METAIS PESADOS

1 xícara (chá) de folhas de coentro


1 xícara (chá) de hortelã
200 ml de água de coco
200ml de iogurte 100% natural ou iogurte vegano natural
½ maçã sem sementes
1 uma pitada de sal integral
06 tabletes de chlorella

Preparo: Bater todos os ingredientes no liquidificador. Pode ser


usado no desjejum, ceia ou em algum lanche intermediário.

“Além das propriedades imuno-estimulantes da Chlorella, essa preparação consta com


compostos que auxiliam no processo de eliminação de metais pesados no organismo” 28
Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• ACETIL-L-CARNITINA

✓ 60 pacientes coreanos com hipotireoidismo substituíram


adequadamente o hormônio tireoidiano (50,0 ± 9,2
anos, 57 M) e continuaram a se queixar de fadiga.
✓ As pacientes receberam L-carnitina (990 mg 2X/D; n = 30)
ou placebo (n = 30) por 12 semanas.

✓ Em subgrupos, os escores de fadiga física e


✓ Após 12 semanas, a pontuação de fadiga
mental melhoraram significativamente em
mental foi significativamente melhorada
pacientes com < 50 anos e aqueles com T3-L ≥
pelo tratamento com L- carnitina em
4,0 pg/mL por tratamento com L- carnitina em
comparação com placebo ( p<0,01).
comparação com placebo.

“Outros estudos baseados em casos indicaram um benefício


da L-carnitina nos sintomas de hipotireoidismo, mas todos eles
foram baseados em casos” 29
SUPLEMENTAÇÃO DE L-CARNITINA NA PRÁTICA

• FONTES ALIMENTARES
• Acetil L Carnitina, 500 a 2000mg/dia.
As principais fontes são carnes vermelhas e
Exemplo: Acetil L Carnitina 250 mg. laticínios.
Uso: Consumir 1 dose duas vezes ao dia.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose


e corantes artificiais.

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Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• MIO-INOSITOL

✓ Na tireoide, desequilíbrios no metabolismo do inositol


podem prejudicar a biossíntese, armazenamento e
secreção do hormônio tireoidiano.
✓ A sinalização de TSH é bastante complexa, envolvendo 2
cascatas de sinal diferentes.

✓ Em um ensaio clínico controlado, 48


✓ Um ramo da cascata de sinal envolve como
mulheres com hipotireoidismo subclínico
2° mensageiro AMP cíclico (cAMP),
autoimune foram randomizadas para
enquanto outro ramo é dependente de
tratamento com selenometionina isolada
inositol.
ou selenometionina mais mio-inositol.

“Pacientes com tireoidite autoimune e hipotireoidismo subclínico,


tratados com mio-inositol e selenometionina, tiveram ↓ do TSH
aumentado, o que a suplementação de selenometionina isolada não foi
capaz de promover. No entanto, a concentração de TPOAb e TgAb 31
diminuiu em ambos os grupos”.
Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• MIO-INOSITOL

Estudo clínico com 86 pacientes (8 H e 79 M, 42.30 ± 0.06 anos) com tireoidite de Hashimoto e
hipotireoidismo subclínico, a administração 2 horas antes ou após a refeição de 600 mg de mio-inositol e
83 μg de selenometionina por seis meses diminuiu significativamente as concentrações de TSH (4,32 ±
0,06 para 3,12 ± 0,09 mIU/L; p ≤ 0,001); TPOAb (720,67 ± 52,39 para 620,38 ± 50,90 IU/ml, p ≤ 0,001) e
TgAb (344,96 ± 23,77 para 288,84 ± 23,35 IU/ml, p ≤ 0,001).

Além disso, ao mesmo tempo aumentaram os


hormônios tireoidianos e bem-estar, restaurando
o eutireoidismo em pacientes com diagnóstico de
tireoidite autoimune. Tal efeito foi confirmado em
um estudo posterior maior com 168 pacientes
com tireoidite de Hashimoto e hipotireoidismo
subclínico.
32
Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• MIO-INOSITOL

O mecanismo desse efeito pode ser por meio da modulação


imunológica ao invés da função da tireoide em si.
Além disso, o suspeito efeito imunomodulador foi
confirmado pela descoberta de que a concentração da
quimiocina CXCL10 também diminuiu.

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SUPLEMENTAÇÃO DE MIO-INOSITOL NA PRÁTICA

• MyoQurion™ 1025 mg
• FONTES ALIMENTARES
Hygrocaps qsp 1 dose
Frutas, feijão, carnes, nozes e grãos (CUIDAR: FITATO!!!)
Uso: Administrar 1 dose via oral 2 vezes ao dia,
associado às refeições.

Contraindicação: Pacientes em tratamento com DHEA, inibidores


de aromatase pois podem aumentar os níveis de testosterona e
reduzir os efeitos benéficos do inositol.

Suplemento
cientificamente
formulado que contêm
uma associação de
isômeros de inositol em
concentrações
fisiológicas 34
Manejo Dietético no Hipotireoidismo

RESVERATROL E HIPOTIREOIDISMO

O resveratrol é capaz de inibir a diferenciação de células T,


Polifenol natural encontrado na casca da uva, vinho
especialmente inibindo citocinas inflamatórias-chave, como
tinto, frutas vermelhas, amendoim e plantas medicinais, TNF-α, IL-17, IL-6 e IL-1β
como o knotweed japonês (Polygonum cuspidatum))
Também é fundamental na inibição de fatores de transcrição
inflamatória, como NF-κB e SIRT1

Sendo estes o principais reguladores da resposta inflamatória


em algumas doenças autoimunes

Em camundongos, o resveratrol aumentou a resposta da


imunidade além de evitar a imunossupressão. Estimulou
linfócitos, células NK e produção de citocinas 35
Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• RESVERATROL

O resveratrol pode interromper a proliferação de células Resveratrol medeia a regulação do TSH, possui efeitos
cancerosas da tireoide, aumentando a abundância e a sobre a captura de iodo mostrando-se promissor como
fosforilação da p53 um medicamento antitireoidiano em potencial

Suplementação de resveratrol em animais expostos ao flúor


Todas as evidências disponíveis são baseadas em estudos em
preveniu a toxicidade metabólica causada pelo flúor e restaurou o
animais e em células in vitro
estado funcional e a organização ultra-estrutural da tireóide

O resveratrol também tem uma ação na captura de iodo. Dados in vitro e in vivo indicam
que o resveratrol pode atuar como um desregulador da tireoide, o que deve ser levado
em consideração para o uso terapêutico potencial do resveratrol ou como suplemento
36
Manejo Dietético no Hipotireoidismo

• Sugestão de Suplementação de Resveratrol para CA na tireoide ou


tireoidite de Hashimoto sem hipotireoidismo

Resveratrol 99% trans 20 mg


Quercetina 150 mg

Excipiente qsp, 1 unidade.


Uso: Consumir 1 dose 1 a 2 vezes ao dia, longe das refeições.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.


**Não prescrever para gestantes, lactantes, pacientes em uso de anti coagulantes e
pacientes com CA de mama induzido por estrógeno.

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NA PRÁTICA COM O PACIENTE!

SMOOTHIE DE FRUTAS VERMELHAS COM FARINHA DE SEMENTE DE UVA

Ingredientes:
1 copo de leite vegetal caseiro de amêndoas ou coco
1 xícara de frutas vermelhas (morango, amoras e/ou mirtilos congelados)
1 colheres (sopa) de cacau em pó
1 colheres (sopa) de farinha de semente de uva

Preparo: Bater todos os ingredientes no liquidificador.

38
Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• SELÊNIO

SELÊNIO E HIPOTIREOIDISMO

✓ Os sais de selênio são tóxicos em grandes quantidades, mas traços são necessários para a função
celular.
✓ É um componente das enzimas antioxidantes glutationa peroxidase e tiorredoxina redutase.
✓ Também é encontrada em 3 enzimas deiodinase, que convertem um hormônio da tireoide em outro.
✓ Em sistemas vivos, o selênio é encontrado nos aminoácidos selenometionina, selenocisteína e
metilselenocisteína.

39
Manejo Dietético no Hipotireoidismo

• Entre todos os tecidos, a glândula tireóide tem a maior concentração de selênio, muito do qual é
armazenado nos tireócitos como as selenoproteínas: desiodinases, glutationa peroxidase (GPx1, GPx3,
GPx4) e tioredoxina redutases (TR1, TR2).
• A ingestão adequada de selênio é necessária para a função normal dos tireócitos e das unidades
angiofoliculares na biossíntese e armazenamento do hormônio tireoidiano.

1) A ingestão inadequada de selênio foi associada ao aumento do volume da tireoide em mulheres,


mas não em homens.

2) Em um estudo dinamarquês, esta correlação negativa entre o nível de selênio e o volume da


tireoide foi confirmada, e houve, além disso, uma tendência em direção ao ↑ do número de
nódulos da tireoide com status de selênio inadequado

40
Manejo Dietético no Hipotireoidismo

• Status do selênio afeta as funções imunológicas, por exemplo: a diferenciação de células T, e a deficiência
de selênio foi associada a células/marcadores Th2, enquanto concentrações mais altas de selênio parecem
favorecer uma resposta Th1 e Treg aumentada.

• Vários estudos controlados por placebo e duplo-cegos, observacionais e prospectivos, foram


realizados para demonstrar a melhoria da qualidade de vida, bem-estar, status do hormônio da
tireoide e TPOAb sem hipotireoidismo. PORÉM, metanálises recentes encontraram evidências
insuficientes para a eficácia clínica da suplementação de selênio em pacientes com tireoidite
autoimunes crônicos.

Em um estudo prospectivo de prevenção duplo-cego controlado por placebo, houve ↓ casos


de tireoidite pós-parto em mulheres com risco de tireoidite pós-parto. 200 mcg de selênio/dia
(selenometionina) a 151 mulheres grávidas com TPO Ab: suplementação de selenometionina
nessa população é uma estratégia promissora para reduzir tireoidite pós-parto.
41
SUPLEMENTAÇÃO DE SELÊNIO NA PRÁTICA

• RDAs, 2000 - Dosagem Diária


• FONTES ALIMENTARES
Bebês 0 a 6 meses: 15 mcg Castanha do Pará/do Brasil, castanha de caju, carnes, peixes e
Bebês 7 a 12 meses: 10 mcg ovos.
Crianças 1 a 3 anos: 20 mcg
• ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Crianças 4 a 8 anos: 30 mcg
Lactentes: 320,20 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 40 mcg
6 meses: 30 mcg
Adolescentes 14 a 18 anos: 55 mcg 7 a 11 meses: 40 mcg
Adultos 19 a 50 anos: 55 mcg 1 a 3 anos: 70 mcg
Maiores de 51 anos: 55 mcg 4 a 8 anos: 130 mcg

Grávidas 14 a 50 anos: 60 mcg 9 a 18 anos: 202,46 mcg


Adultos: 319,75 mcg
Lactantes 14 a 50 anos: 70 mcg
Gestantes: 309,65 mcg 42
Manejo Dietético no Hipotireoidismo

• Sugestão de Suplementação de Selênio na Prática

Exselen® 50 mg
Excipiente qsp, 1 unidade.

Uso: Consumir 1 dose 1 vez ao dia.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes Selênio 100% natural e
artificiais. na forma orgânica, o que
proporciona máxima
biodisponibilidade!

43
NA PRÁTICA COM O PACIENTE!
MIX DE OLEAGINOSAS

Ingredientes:
50 gramas de noz pecã
100 gramas de castanha do Pará/do Brasil
50 gramas de castanha de caju crua sem sal
50 gramas de amêndoas
50 gramas de macadâmias sem sal
50 gramas de semente de girassol
50 gramas de uva passa

Preparo: Misturar todos os ingredientes e guardar em um pote


escuro. Se comprar as oleaginosas em casas de produtos naturais, 44
verificar se elas não estão envelhecidas.
Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• VITAMINA A

Estudos em animais mostram que a deficiência de vitamina A


está associada à ↓ da captação de iodo pela tireoide, síntese e
TSH normalmente é
secreção limitadas de hormônios, bem como ↑ da tireoide regulada pelo receptor
ativado do hormônio da
tireoide e pelo receptor
do retinóide X

As concentrações séricas totais de A taxa de conversão hepática da tiroxina


triiodotironina e tiroxina aumentam em triiodotironina também diminui
45
Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• VITAMINA A

Após se ligar ao ligante (vitamina A), liga-se à sua região promotora do DNA que codifica a
subunidade beta do TSH, limitando sua expressão. A deficiência de vitamina A está, portanto,
associada ao ↑ da secreção de TSH.

Monoterapia com vitamina A


Áreas de deficiência endêmica de iodo:
(200.000 UI como palmitato
crianças com bócio e deficiência de vitamina
de retinil) por 6 meses levou à
A concomitante corriam menos risco de ↓ das concentrações de TSH
desenvolver hipotireoidismo. Eles também e do tamanho do bócio, com
tinham níveis mais ↑ de TSH e tiroxina em concentrações séricas
comparação com crianças sem deficiência inalteradas de hormônios
de vitamina A. Uma forte correlação foi tireoidianos em 404 crianças
encontrada entre o tamanho do bócio e a (5-14 anos) na África
gravidade da deficiência de vitamina A.
46
SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO RETINÓICO (VIT A)

• RDAs, 2001 - Dosagem Diária


• FONTES ALIMENTARES
Bebês 0 a 6 meses: 400 mcg
Bebês 7 a 12 meses: 500 mcg
Fígado bovino, salmão.
Crianças 1 a 3 anos: 300 mcg
Crianças 4 a 8 anos: 400 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 600 mcg
Meninos adolescentes 14 a 18 anos: 900 mcg
Meninas adolescentes 14 a 18 anos: 700 mcg
Homens adultos 19 a 50 anos: 900 mcg • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Mulheres adultas 19 a 50 anos: 700 mcg
Homens maiores de 51 anos: 900 mcg Lactentes: 500 UI/kg de peso corporal até o limite
Mulheres maiores de 51 anos: 700 mcg de 5.000 mcg
Gestantes 14 a 18 anos: 750 mcg Crianças: 500 UI/kg de peso corporal até o limite
Gestantes 19 a 50 anos: 770 mcg de 10.000 mcg
Lactantes 14 a 18 anos: 1.200 mcg Adultos: 10.000 mcg
Lactantes 19 a 50 anos: 1.300 mcg 47
Manejo Dietético no Hipotireoidismo

SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO RETINÓICO NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:

• Vitamina A (Ácido Retinóico) 1000 mcg.


Aviar em gotas ou cápsulas lipofílicas.

Uso: Consumir 1 dose ao dia, podendo associado com outras vitaminas


lipossolúveis.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.


AVALIAR INDIVIDUALIDADE!

48
Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• VITAMINA B6

Experimentos bem conduzidos mostraram que a


Em ratos, a reversão da deficiência de vitamina B6
deficiência de vitamina B6 leva ao hipotireoidismo
levou à normalização dos níveis do hormônio
resultante da ↓ da síntese de tireotropina (TRH) no
tireoidiano
hipotálamo

Os neurônios dopaminérgicos exercem um efeito inibitório Vitamina B6 pode prevenir a leucopenia - um efeito adverso
na secreção de TSH bastante comum dos agentes antitireoidianos

RELAÇÃO
HIPOTALAMO- A necessidade diária de vitamina B6 é de 2 mg, um nível mais do que suficiente
PITUITÁRIA- fornecido pela dieta típica. Doses não superiores a 200 mg/d são consideradas seguras
TIREOIDE
49
ALÉM DISSO...
PIRIDOXINA PIRIDOXINA

A deficiência em humanos é
Interfere na função imune acompanhada pela supressão
através do seu envolvimento da resposta Th1 e diminuição
na biossíntese de ácidos do crescimento e proliferação
nucleicos e proteínas em de linfócitos, diminuição da
conjunto com vit. B12 e folato atividade da NK e das citocinas
pró-inflamatórias

Altas doses intravenosas de


piridoxal fosfato podem ser
A ingestão adequada mantém
benéficas no tratamento de
uma resposta imune Th1
pacientes com autoimunidade
e HIV
50
SUPLEMENTAÇÃO DE VIT B6 NA PRÁTICA

• RDAs, 1998 - Dosagem Diária


• FONTES ALIMENTARES
Bebês 0 a 6 meses: 0,1 mg
Bebês 7 a 12 meses: 0,3 mg
Banana, semente de girassol, nozes, abacate, batata,
Crianças 1 a 3 anos: 0,5 mg trigo integral, frango, carnes
Crianças 4 a 8 anos: 0,6 mg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 1,0 mg • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Adolescentes 14 a 18 anos sexo masculino: 1,3 mg Lactentes: 78,68 mg
Adolescentes 14 a 18 anos sexo feminino: 1,2 mg 6 meses: Não Determinado

Homens e mulheres 19 a 50 anos: 1,3 mg 7 a 11 meses: Não Determinado


1 a 3 anos: 29,5 mg
Homens maiores de 51 anos: 1,7 mg
4 a 8 anos: 39,4 mg
Mulheres maiores de 51 anos: 1,5 mg
9 a 18 anos: 58,63 mg
Grávidas 14 a 50 anos: 1,9 mg Adultos: 98,60 mg
Lactantes 14 a 50 anos anos: 2,0 mg Gestantes: 78,59 mg
51
NA PRÁTICA COM O PACIENTE!

• Milk Shake de banana com abacate

2 bananas picadas
4 colheres (sopa) de abacate
500 ml de leite de amêndoas ou de coco caseiro
1 colher (sopa) de néctar de coco
1 colher (sopa) de essência natural de baunilha
1 colher (chá) de noz moscada

Preparo: Bater todos os 5 primeiros ingredientes no


liquidificador até ficar cremoso. Sirva gelado, com uma
pitada de noz moscada.

“Fonte de vitamina B6, nutriente que auxilia na normalização dos níveis do


hormônio tireoidiano ”

52
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA B6 NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos: A suplementação é


feita pela reposição
Piridoxal-5-fosfato 10 mg. do hidrocloreto de
piridoxina (Piridoxina
Aviar em cápsulas qsp. HCL) ou piridoxal-5-
fosfato (5 a 50 mg/d)

Uso: Consumir 1 dose uma ou duas vezes ao dia, podendo ser associado em
conjunto à outras formulações que contenham nutrientes, especialmente as
vitaminas do complexo B.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.

Interação Medicamentosa: Algumas drogas antiepilépticas aumentam a taxa de catabolismo das


vitaminas da vitamina B6, resultando em concentrações de vitamina B6 plasmática baixa e hiper-
homocisteinemia. Altos níveis de homocisteína em usuários de drogas antiepilépticas podem aumentar o
risco de convulsões epilépticas e eventos vasculares sistêmicos. 53
Manejo Dietético no Hipotireoidismo
• VITAMINA B12

Existem evidências convincentes do ↑ da


prevalência de deficiência de vitamina B12 em
pacientes com doenças da tireoide

62 pacientes com doença autoimune da


tireoide (DAIT) e gastrina sérica aumentada...

8 de 26 pacientes apresentaram gastrina


...Foram submetidos a testes endoscópicos, sérica em jejum ↑, e 8 de 27 pacientes
patológicos e imunológico: Gastrite atrófica apresentaram anticorpos das células
foi confirmada em 22 casos (35%) parietais positivo (AP).
Pacientes com DAIT apresentam alta
prevalência de deficiência de B12,
Os níveis séricos de B12 também foram principalmente de anemia perniciosa.
medidos em 115 pacientes com DAIT (7 H e
108 M, Id Med 47 ±15 anos): 32 pacientes 54
(28%) apresentaram baixos níveis de B12
ALÉM DISSO... VITAMINA B12

Pode atuar como um


↓ de vit. B12 em humanos:
imunomodulador da imunidade
atividade celular NK suprimida,
celular, especialmente com
que pode ser restaurada por
efeitos nas células NK e linfócitos
injeção de metilcobalamina
T CD8+)

Interfere na função imune


através do seu envolvimento na
biossíntese de ácIdos nucleicos e
proteínas em conjunto com vit.
B6 e folato
55
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA B12

• FONTES ALIMENTARES

• RDAs, 1998 - Dosagem Diária Fígado de boi, mexilhões, ostras cozidas, salmão, carne bovina,
carne suína, frango, ovos, leite e derivados, levedura nutricional
Bebês 0 a 6 meses: 0,4 mcg enriquecida com 100% dos valores diários para vitamina B12.

Bebês 7 a 12 meses: 0,5 mcg • ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança


Crianças 1 a 3 anos: 0,9 mcg
Lactentes: 10,07 mcg
Crianças 4 a 8 anos: 1,2 mcg 6 meses: 0,6 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 1,8 mcg 7 a 11 meses: 0,75
Acima de 14 anos: 2,4 mcg 1 a 3 anos: 1,35 mcg
Grávidas acima de 14 anos: 2,6 mcg 4 a 8 anos: 1,8 mcg
Lactantes acima de 14 anos: 2,8 mcg 9 a 18 anos: 9,64 mcg
Adultos: 9,94 mcg
Gestantes: 10,46 mcg 56
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA B12 NA PRÁTICA!

AVALIE
Exemplo de suplementação para adultos: INDIVIDUALIDADE
BIOQUÍMICA!
Spray sublingual de L-Metilcobalamina, até 1.000 mcg ao dia.
Uso: Consumir 1 dose ao dia, em jejum.

57
VITAMINA D, HIPOTIREOIDISMO E TIREOIDITE DE HASHIMOTO – QUAL RELAÇÃO?

58
Manejo Dietético no Hipotireoidismo

• VITAMINA D

Células imunes também expressam CYP27B1 e são


Os níveis circulantes de calcitriol são determinados
capazes de converter a forma inativa e circulante
principalmente pela atividade renal codificada pelo
25 (OH) D no hormônio ativo de maneira autócrina
gene CYP27B1
ou parácrina

A falta de mecanismos de retroalimentação comparados às


Especialmente nas células imunes, como macrófagos e
células renais permite a produção de altas concentrações
células dendríticas
locais de calcitriol necessárias para imunomodulação

“CALCITRIOL: Efeitos diretos na homeostase dos linfócitos B. O controle sobre a


ativação e proliferação dos linfócitos B pode ser clinicamente importante em doenças
autoimunes, pois as células B produtoras de anticorpos auto-reativos desempenham
um papel importante na fisiopatologia da autoimunidade”
59
Manejo Dietético no Hipotireoidismo

• VITAMINA D

30 pacientes com hipotireoidismo e 30 indivíduos saudáveis, foram examinados


com o objetivo de identificar a relação entre hipotireoidismo e deficiência de
vitamina D

E esclarecer a relação entre os níveis de cálcio sérico com doença hipotireoidiana

A deficiência de vitamina D foi designada em níveis inferiores a 20 ng/ ml. Os Os níveis séricos de Ca
hormônios tireoidianos (TSH, T3 e T4) e os níveis de cálcio foram avaliados em registraram ↓ significativa
todos os participantes em pacientes com
hipotireoidismo quando
comparados aos controles
A 25 (OH) vit D sérica foi significativamente menor em pacientes com (7,92 ± 1,77 vs. 10,37 ± 1,55
hipotireoidismo do que em controles (14,79 ± 2,11 respectivamente; P = 0,000)
vs. 44,53 ± 14,91 respectivamente; P = 0,000)
60
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D (CALCIFEROL)

• FONTES ALIMENTARES
ORIENTAR PACIENTE QUANTO EXPOSIÇÕ AO
SOL, não apenas a suplementação Peixes gordurosos (salmão, cavala, sardinha) e
óleo de fígado de bacalhau

• UL (limite de tolerância máxima) para


• RDAs, 2010 - Dosagem Diária
Vitamina D (calciferol). IOM, 2011
Bebês 0 a 12 meses: 400 UI
Bebês 0 a 6 meses: 1.000 UI
Crianças e adolescentes 1 a 13 anos: 600 UI
Bebês 7 a 12 meses: 1.500 UI
Adolescentes 14 a 18 anos: 600 UI
Crianças 1 a 3 anos: 2.500 UI
Adultos 19 a 50 anos: 600 UI
Crianças 4 a 8 anos: 3.000 UI
Adultos e idosos 51 a 70 anos: 600 UI
Crianças e adolescentes 9 a 18 anos: 4.000 UI
Maior de 70 anos: 800 UI
Maior de 18 anos: 4.000 UI
61
Conduta Nutricional na Endometriose

• VITAMINA D - ATENÇÃO!!!

Uma exposição de corpo inteiro ao sol de verão durante


21 minutos resulta em pôr, em média, 20.000 UI no
corpo durante 48 horas

Flutuação sazonal de vit. D: latitude, estação do ano e


redução da exposição solar

Recente metanálise, totalizando mais de 42.000


pacientes adultos: cada aumento de 10% no IMC leva a
uma diminuição de 4% nas concentrações de 25 (OH) D
62
Manejo Dietético no Hipotireoidismo

SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:

Colecalciferol 4.000 UI.


Aviar em gotas ou cápsulas lipofílicas.
Uso: Consumir 1 dose pela manhã ou a noite, podendo ser associado com outras
vitaminas lipossolúveis.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes artificiais.

63
Eixo Tireoide-Intestino

Antibióticos, dieta inadequada, corticoides, anticoncepcionais,


laxantes, antiácidos, xenobióticos, estresse

↓Firmicutes/Bacteroides, ↑Bacteroides, ↑Clostridium cluster XIVa,


↑ Candida, ↓Lactobacillus, ↓Bifidobacterium, ↓Prevotella

Disbiose intestinal

Aumento da permeabilidade intestinal

Aumento da produção de anticorpos pelo sistema imune


INFLAMAÇÃO SISTÊMICA, DOENÇAS
AUTOIMUNES
Desequilíbrio do Sistema Imune
64
Eixo Tireoide-Intestino

Doenças da tireoide e intestinais coexistem


...Frequentemente co-ocorrem com a doença
prevalentemente e doenças autoimunes da
celíaca (CD) e a sensibilidade ao trigo não celíaca
tireoide mais comuns (AITD)...

Barreira intestinal danificada e ↑ seguinte da permeabilidade


intestinal permite que os antígenos passem facilmente e
ativem o sistema imunológico ou reajam de forma cruzada
com os tecidos extra-intestinais

A disbiose não foi encontrada apenas em AITDs, mas também foi relatada no
carcinoma da tireoide, no qual um aumento no número de cepas bacterianas
carcinogênicas e inflamatórias foi observado
65
Eixo Tireoide-Intestino e Nutrientes

O iodo é essencial para a síntese dos hormônios da tireoide e


• IODO um corpo adulto médio contém cerca de 15 a 20mg de iodo,
localizado principalmente na glândula tireoide

O iodo é absorvido no estômago, duodeno e jejuno. A


captação é realizada pelo simportador de sódio/iodeto
(NIS)

A síntese do hormônio tireoidiano é afetada


No trato gastrointestinal, a captação de
pelos goitrogênios - que são substâncias
iodo é mediada por concentrações
que inibem a captação de iodo pela tireóide
intracelulares de iodo
ou a síntese de compostos de iodo

Incluindo tiocianato e perclorato, que competem com o iodo


pelo NIS
66
Eixo Tireoide-Intestino e Nutrientes

✓ Além disso, a absorção de iodo é influenciada por


inúmeras substâncias incluindo ácidos húmicos,
fluoretos, nitratos, sulfato ferroso, sucralfato e hidróxido
de alumínio

✓ Soja, fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, Iodo em altas doses pode ter efeitos nocivos sobre a
rifampicina, propranolol, amiodarona e microbiota pela ligação aos aa tirosina e histidina na
glicocorticóides interferem no metabolismo da membrana bacteriana, bem como pela oxidação dos
tireóide e na organificação do iodeto componentes citoplasmáticos e da membrana

A ingestão excessiva de iodo desencadeia o efeito Wolff-Chaikoff,


NA PRÁTICA: uma redução transitória da síntese do hormônio tireoidiano por
REMOVER! cerca de 24 h após a ingestão de uma alta carga de iodo, podendo
induzir ao hipotireoidismo em pacientes suscetíveis
67
SUPLEMENTAÇÃO DE IODO

• FONTES ALIMENTARES
• RDAs, 2001 - Dosagem Diária
Frutos do mar e algas marinhas, especialmente de água
Bebês 0 a 6 meses: 110 mcg salgada.
Bebês 7 a 12 meses: 130 mcg
Crianças 1 a 3 anos: 90 mcg
Crianças 4 a 8 anos: 90 mcg
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 120 mcg • SUGESTÃO DE SUPLEMENTAÇÃO NA PRÁTICA
Adolescentes 14 a 18 anos: 150 mcg
Acima de 19 anos: 150 mcg I-Plus Algea® 150 mg. (obs: ~140 mcg de iodo)
Uso: Consumir 1 dose ao dia.
Grávidas acima de 14 anos: 220 mcg
*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e
Lactantes acima de 14 anos: 290 mcg corantes artificiais.
68
Eixo Tireoide-Intestino e Nutrientes
• FERRO
✓ A absorção dietética de ferro não heme (Fe 3+) é melhorada pelo pH ácido e ocorre principalmente
no duodeno proximal pelo transportador de íon metálico divalente 1 (DMT1), após ser reduzido
pelo citocromo b duodenal a Fe 2+.

✓ O ferro é essencial para a utilização eficiente do iodo e para a síntese do hormônio tireoidiano.

✓ A deficiência de ferro é um achado comum no hipotireoidismo e é diagnosticada em até 60% desses


pacientes.

✓ Não parece estar correlacionado com a gravidade da doença e pode ser causado por doença celíaca,
gastrite autoimune ou outros distúrbios de má absorção.

✓ A deficiência de ferro pode contribuir para o comprometimento da síntese, armazenamento e


secreção do hormônio tireoidiano devido à ↓ do transporte de O2

✓ Ou prejudicando a enzima peroxidase tireoidiana heme-dependente, apesar da ingestão adequada


69
de iodo.
Eixo Tireoide-Intestino e Nutrientes

A atividade dessa enzima dependente de ferro


pode ser afetada negativamente pela deficiência
de ferro, resultando em baixos níveis de
hormônio da tireoide no plasma, assim, aumento
da secreção de TSH e da tireoide

7.463 mulheres grávidas e 2.185 mulheres não A combinação de baixo teor de ferro e baixo
grávidas em idade reprodutiva e com DI: T4-L teor de iodo levou à redução de T3 livre e
sérico ↓ em mulheres com deficiência de ferro aumento de TSH em um estudo contendo 7672
e ↑ em mulheres com sobrecarga de ferro participantes americanos

Prevalência significativamente maior de


mulheres isoladas com TPO-Ab positivos no
Sugerindo que a DI pode ser um fator
grupo DI e a prevalência está aumentando com
patogênico para anticorpos TPO positivos
a gravidade da DI
isolados em mulheres
70
SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO

• RDAs, 2001 - Dosagem Diária • FONTES ALIMENTARES

Bebês 0 a 6 meses: 0,27 mg Fígado de boi, melado de cana, gema de ovo de galinha, frango,
sardinha, ostras, chocolate amargo, agrião, acelga, folhas de beterraba,
Bebês 7 a 12 meses: 11 mg
beterraba, espinafre, acelga, agrião, broto de bambu, soja, tofu, feijão,
Crianças 1 a 3 anos: 7 mg folha de abóbora, lentilha, feijão.
Crianças 4 a 8 anos: 10 mg
• ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Crianças e adolescentes 9 a 13 anos: 8 mg
Crianças e adolescentes meninos 14 a 18 anos: 11 mg Lactentes: 34,96 mg

Crianças e adolescentes meninas 14 a 18 anos: 15 mg 6 meses: 39,73 mg


7 a 11 meses: 29 mg
Adultos homens 19 a 50 anos: 8 mg
1 a 3 anos: 33 mg
Adultos mulheres 19 a 50 anos: 18 mg
4 a 8 anos: 30 mg
Adultos homens e mulheres acima de 50 anos: 8 mg
9 a 18 anos: 29 mg
Gestantes 14 a 18 anos: 10 mg
Adultos: 34,31 mg
Lactantes 18 a 50 anos: 9 mg Gestantes: 34,71 mg 71
SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:

• Bisglicinato de Ferro, 150 mg de ferro elementar.

Uso: Consumir 1 dose uma a duas vezes ao dia, longe de


refeições contendo cálcio e 5 horas após a administração de
levotiroxina.

*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes


artificiais. INDIVIDUALIDADE
Contraindicações/precauções: Ingestão elevada de zinco, cobre, manganês e
BIOQUÍMICA!
cádmio pode diminuir a absorção de ferro. Pacientes que possam desenvolver
sobrecarga de ferro. Não utilizar no 1° trimestre de gestação.

72
NA PRÁTICA COM O PACIENTE!
CREME DE ESPINAFRE
1 maço de espinafre
2 copos (requeijão) de leite vegetal
1 colher (sopa) de farinha de arroz integral
½ cebola picada
1 dente de alho picado
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 pitada de noz-moscada
Sal marinho integral a gosto

Preparo: Higienize o espinafre em água corrente, retire as folhas e pique-as.


Deixe de molho por 30 minutos para eliminar os antinutrientes. Em uma
panela adicione o azeite, o alho, a cebola e frite. Acrescente as folhas de
espinafre e refogue, cubrindo a panela com a tampa até que as folhas
murchem. Acresecente a farinha de arroz e deixe dourar. Adicione o leite
vegetal e mexa bem para não empelotar. Finalize com o sal e a noz-moscada.
Opcional bater levemente a mistura no liquidificador. 73
Eixo Tireoide-Intestino e Nutrientes
• ZINCO

✓ A deficiência de zinco afeta a glândula tireóide em vários níveis: a


deficiência de zinco prejudica a síntese de TRH, mas também de
TSH, T3 e T4.
✓ Influencia a ligação do T3 aos receptores nucleares e a ligação desse
receptor ao DNA

3) Estudo de caso-controle de oligoelementos em


1) Possíveis mecanismos para deficiência de zinco
pacientes com hipotireoidismo: correlação positiva e
incluem absorção gastrointestinal prejudicada.
significativa de zinco e T3, mas não com TSH ou T4.

4) A relação entre zinco e distúrbios da tireoide


2) Em humanos com deficiência de zinco, TSH, T3 e
parece ser recíproca, considerando que o
T4 também diminuem e os pacientes com
hipotireoidismo leva à deficiência de zinco e a
hipotireoidismo costumam apresentar níveis
suplementação insuficiente com zinco causa
reduzidos de zinco e cobre. 74
hipotireoidismo.
SUPLEMENTAÇÃO DE ZINCO

• RDAs, 2001 - Dosagem Diária • FONTES ALIMENTARES

Bebês 0 a 6 meses: 4 mg Castanha do Pará/do Brasil, castanha de caju, nozes, amêndoas,


Bebês 7 a 12 meses: 5 mg semente de girassol, leguminosas (feijão, grão de bico, ervilhas
Crianças de 1 a 3 anos: 7 mg
e lentilhas), carnes vermelhas, ovos.

Crianças 4 a 8 anos: 12 mg
• ANVISA, 2018 – Nível máximo de segurança
Crianças 9 a 13 anos: 23 mg
Lactentes: 24,45 mg
Mulheres 14 a 18 anos: 34 mg
6 meses: 2 mg
Homens 14 a 18 anos: 34 mg
7 a 11 meses: 2 mg
Mulheres a partir de 19 anos: 40 mg
1 a 3 anos: 4 mg
Homens a partir de 19 anos: 40 mg 4 a 8 anos: 7 mg
Grávidas 14 a 18 anos: 34 mg 9 a 18 anos: 12,77 mg
Grávidas maiores de 19 anos: 40 mg Adultos: 29,54 mg

Lactantes 14 a 18 anos: 34 mg Gestantes: 23,50 mg


75
SUPLEMENTAÇÃO DE ZINCO NA PRÁTICA!

Exemplo de suplementação para adultos:

Zinco quelato 10 mg.


Aviar em cápsulas qsp.

Uso: Consumir 1 dose uma a duas vezes ao dia, podendo ser


associado com outros minerais e/ou vitaminas.
INDIVIDUALIDADE
*Manipular em cáps. vegetais, transparentes, isentas de lactose e corantes BIOQUÍMICA!
artificiais.

76
SUPLEMENTAÇÃO NO HIPOTIREOIDISMO NA PRÁTICA!

1) Acetil-L-carnitina 150 mg (se fadiga mental)


3) WELLMUNE® 250 mg
MyoQurion™ 1025 mg Excipiente qsp. 1 unidade
Exselen® 25 mg Uso: Consumir 1 dose ao dia.
INDIVIDUALIDADE
Piridoxal 5 Fosfato 10 mg BIOQUÍMICA!
Zinco quelato 10 mg 4) Intense #112,5® 112,5 BI UFC
L-Metilcobalamina 500 mcg Inulina 5 mg
I-Plus Algea® 75 mg Excipiente qsp 1 unidade
Vitamina C revestida 150 mg Uso: Ingerir 1 dose, com água em temperatura ambiente,
Bisglicinato de Ferro 75 mg de ferro elementar uma a dua vezes ao dia por 6 meses.
L-theanina 200 mg
Hygrocaps qsp 1 unidade
Uso: Consumir 1 dose duas vezes ao dia, longe de refeições contendo
cálcio.

2) Retinol 1000 mcg + Colecalciferol 4000 UI + Vitamina K2 50 mcg +


Tocoferol 15 mg.
Uso: 1 dose ao dia, pela manhã ou a noite. Manipular em solução
lipofílica. 77
RESUMO INTERVENÇÃO DIETÉTICA E DE ESTILO DE VIDA NO HIPOTIREOIDISMO!

• Conhecimento sobre o processo fisiopatológico


• Analise e oriente sobre contaminação dos disruptores
tireoidianos
• Oriente sobre maquiagens e tintas de cabelo (↑ chumbo)
• Oriente sobre Perfluoralquil, Bisfenol A e Ftalatos
• Oriente sobre alimentação e sistema imunológico
• Oriente sobre estresse
• Chá verde: consumo moderado
• Crucíferas: ~350 gramas por semana
• Alimentação natural e orgânica
• 3 a 4 porções de frutas ao dia (ajustado conforme VET)
• 100 gramas de vegetais cozidos
• 150 a 200 gramas de vegetais crus
• Consumo de fibras 25 a 30 gramas por dia
• Nutrientes adequados à função tireoidiana
• Fitoquímicos
• Sal grosso iodado moído (ler ingredientes) ou sal marinho integral
78
iodado
“A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria, emprega tudo o
que possues na aquisição de entendimento”.

Provérbios 4:7

Danielle Rocha

79
.

Referências
1) Thyroid Gland. Fundamentals of Toxicologic Pathology (Second Edition), 2010.
2) Shahid MA, Ashraf MA, Sharma S. Physiology, Thyroid Hormone. [Updated 2020 May 18].
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Endocrinologists and the American Thyroid Association [published correction appears in Endocr Pract. 2013 Jan-Feb;19(1):175]. Endocr Pract.
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Manganese, Molybdenum, Nickel, Silicon, Vanadium, and Zinc. Washington, DC: National Academy Press, 2001. Disponível em: https://ods.od.nih.gov/
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Biotin, and Choline. Washington, DC: National Academy Press; 1998. Disponível em: https://ods.od.nih.gov/
25) Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D. Washington, DC: National Academy Press, 2010.
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27) MyoQuiron. Informe técnico Fagron. Disponível em: https://br.fagron.com/sites/default/files/myoquiron_mt_dez_18.pdf
28) L-Carnitina. Informe técnico PuriFarma. Disponível em: http://www.purifarma.com.br/Arquivos/Produto/L-%20Carnitina%20_Nova%20Literatura.pdf

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