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Os hormônios secretados pelo hipotálamo e pela hipófise são todos peptídeos ou proteínas de baixo peso molecular
que atuam ligando a locais específicos nos seus tecidos-alvo.
Os dois principais hormônios tireóideos são: tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4), além da triiodotironina reversa (rT3).
HIPOTIREOIDISMO: secreção inadequada de hormônio tireoidiano resulta em bradicardia, baixa resistência ao frio e
retardo mental e físico.
HIPERTIREOIDISMO: excesso de secreção de hormônios tireoidianos pode causar taquicardia e arritmias cardíacas,
debilitação corporal, nervosismo, tremores e produção excessiva de calor.
A glândula tireoide é composta por múltiplos folículos que consistem em uma simples camada de células epiteliais
circundando um lúmem preenchido com tireoglobulina (espaço coloide), sendo essa a forma de armazenamento dos
hormônios tireoideanos.
Alanis Belmonte Bergmann – ATM 26
O PRINCIPAL HORMÔNIO PRODUZIDO PELA TIREOIDE É TIROXINA (T4) (80 A 100 G/DIA), MAS O HORMÔNIO
METABOLICAMENTE ATIVO É TRI-IODOTIRONINA (T3).
Apenas 20% da produção de T3 (30 a 40 g/dia) são provenientes da tireoide, sendo os outros 80% produzidos em
tecidos periféricos por desiodação de T4.
A presença de iodeto elevado torna a glândula menos vascularizada e permite tratamento do hipertireoidismo, sendo
geralmente usada para preparar o paciente para cirurgias, mas a presença de iodo baixo também é alvo terapêutico.
IMPORTANTE FUNÇÃO: em crescimento, desenvolvimento e controle metabólico, efeitos sobre os sistemas nervoso,
cardiovascular e ósseo, além de inibirem a secreção hipofisária de TSH.
Sua ação é mediada por receptores nucleares, modulando a transcrição gênica e, portanto, a síntese proteica.
TRANSPORTE SANGUÍNEO:
FARMACOCINÉTICA:
O tratamento dessas duas condições é importante, uma vez que ambas causam sintomas limitantes aos pacientes,
podem levar a complicações em outros órgãos e sistemas (doença cardiovascular, osteoporose...) ou descompensar
doenças preexistentes.
TIREOIDITE DE HASHIMOTO: a destruição autoimune da tireoide é a causa mais frequente de hipotireoidismo nas
áreas não endêmicas, onde o iodo está presente em quantidades suficientes.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: por terapia de reposição hormonal – preparações sintéticas com sais sódicos dos
isômeros naturais dos hormônios tireoidianos, que são amplamente usados na terapia com hormônios tireoidianos.
DOSE PARA IDOSOS: recomendado que se inicie com dose de 25 a 50mcg/dia, e esperar em torno de 3 a 4 semanas
para reavaliar novamente o paciente.
DESVANTAGENS DO USO:
Apesar de ser 3 a 5 vezes mais potente, não é indicada para terapia de reposição de rotina:
o Maior dificuldade em monitorar sua reposição adequada por meios de exames laboratoriais
convencionais.
o Maior atividade hormonal, e consequente risco aumentado de cardiotoxicidade.
Evitar em pacientes com cardiopatias.
LIOTRIX:
MISTURA DE T3 E T4.
O aumento da produção de hormônio tireoidiano constitui a causa mais comum, com uma associação comum de
estimulação dos receptores de TSH e aumento da captação de iodo pela tireoide.
HIPERTIREOIDISMO SUBCLÍNICO: indivíduos com níveis séricos subnormais de TSH e concentrações normais de T4 e
T3.
SINAIS E SINTOMAS:
OBJETIVO DO TRATAMENTO: reestabelecer os níveis normais de hormônios tireoidianos, podendo ser feito com
diminuição da síntese usando MEDICAMENTOS ANTITIREOIDIANOS, DESTRUIÇÃO DE TECIDO TIREOIDIANO COM IODO
RADIOATIVO 131 OU TIREOIDECTOMIA TOTAL.
AGENTES ANTITIREOIDIANOS:
Inibem a síntese de hormônios da tireoide por meio de interferência na organificação do iodeto e na reação de
acoplamento, reações catalisadas pela peroxidase tireoidiana, também conhecida como tireoperoxidase.
PTU apresenta ação inibitória sobre a enzima iodotironina 5’-desiodinase, conversora intratireoidiana e periférica do
T4 para T3 – essa conversão fica inibida.
Alanis Belmonte Bergmann – ATM 26
Ambos reduzem as concentrações séricas de anticorpos antirreceptores de TSH e aumentam a atividade de linfócitos
T supressores, sugerindo ação imunodepressora.
PROPILTIOURACILA (PTU):
CARBIMAZOL.
Alanis Belmonte Bergmann – ATM 26
REAÇÕES ADVERSAS:
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
BETABLOQUEADORES:
São empregados paliativamente no tratamento de hipertireoidismo, visando melhorar mais rapidamente sintomas
adrenérgicos, como taquicardia, tremor e sudorese.
ESMOLOL: por ter início de ação rápido e meia vida de eliminação curta (9 minutos), é preferido para o tratamento da
tempestade tireoidiana.
Betabloqueadores não apresentam efeito sobre secreção de hormônios tireoidianos, tamanho do bócio ou atividade
imunológica, não devem ser usados como única escolha, a não ser por curtos períodos até emprego de iodo radioativo
ou cirurgia.
Em crise tireotóxica, algum betabloqueador pode coadjuvar o tratamento feito com fluidos intravenosos e metimazol,
com a finalidade de melhorar taquicardia e acidose láctica.
IODETO:
É o remédio mais antigo para distúrbios da tireoide, sendo que em altas concentrações, pode influenciar várias funções
importantes da glândula.
Iodeto limita seu próprio transporte e inibe, de forma aguda e transitória, a síntese de iodotirosinas e de iodotironinas
(efeito de Wolff-Chaikoff).
Iodeto pode ser utilizado previamente à tireoidectomia (reduz a vascularização e torna a glândula menos friável) e no
tratamento de crise tireotóxica (em associação com tionaminas e betabloqueadores).
IODETO RADIOATIVO:
O isótopo radioativo do iodeto é usado para destruir parcial ou totalmente a glândula, reduzindo sua função ou seu
tamanho, para tratamento de hipertireoidismo ou ablação de restos e metástases de carcinoma diferenciado de
tireoide após tireoidectomia.
Embora o iodo tenha diversos isótopos radioativos, o de maior uso é 131I, que tem meia vida de 8 dias (e dois meses
para desaparecimento) e emissões radioativas que incluem partículas beta tóxicas.
CONSIDERAÇÕES TERAPÊUTICAS:
INDICAÇÃO CLÍNICAS:
INIBIDORES DA CAPTAÇÃO DE IODETOS OU INIBIDORES ANIÔNICOS: competem com o iodeto pela captação nas
células foliculares da tireoide, pelo simportador de sódio-iodeto, diminuindo o suprimento intratireoideo de iodeto
disponível para síntese dos HT.
INIBIDORES DE TIROSINOQUINASE:
Sua inibição representa novo enfoque para a terapia contra o câncer e apresenta nova opção terapêutica no
manejo do câncer diferenciado de tireoide avançado, principalmente em casos refratários a iodo.
o Demonstraram eficácia em aumentar a sobrevida livre de progressão da doença, mas não a sobrevida
total.
Fármacos: vandetanibe (indicado para câncer medular da tireoide), sorafenibe, cabozantinib e lenvatinib.