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Faculdade de Medicina
Disciplina de Semiologia Médica
ICTERÍCIA
Patrícia Vogel e Sofia Junges Lago
ATM 24 – Módulo 124
CONCEITO
NORMAL
• Produção diária: 250 a 300 mg/dia.
1,0 mg/dl
HIPERBILIRRUBINEMIA
2,0 mg/dl
• Hiperbilirrubinemia: concentração acima de 1,0
mg/dL.
ICTERÍCIA
• Icterícia: concentração acima de 2,0 mg/dL.
METABOLISMO DA BILIRRUBINA
• O heme deriva da hemoglobina, do citocromo
hepático e da mioglobina.
• A biliverdina é formada com a oxidação do anel
tetrapirrólico.
• A bilirrubina não conjugada resulta da redução da
biliverdina pelos macrófagos.
• A bilirrubina conjugada é gerada na conjugação com
o ácido glicurônico, principalmente.
• O urobilinogênio surge da ação de bactérias no
intestino.
• Na urina, o urobilinogênio exposto ao ar é oxidado à
urobilina e, nas fezes, forma a estercobilina.
BILIRRUBINA DIRETA E INDIRETA
NÃO-CONJUGADA/INDIRETA CONJUGADA/DIRETA
Lipofílica Hidrofílica
• A bilirrubina indireta circula ligada à albumina no plasma, difunde-se pela maioria das
membranas biológicas, como a barreira hematoencefálica, e pode se depositar nos
neurônios.
• É importante a conversão da bilirrubina para uma forma hidrossolúvel que facilite a excreção
pela bile, e em seguida, a captação pelos rins e intestino para ser eliminada na urina e fezes.
CAUSAS
MAIOR PRODUÇÃO DE MENOR METABOLIZAÇÃO FALHAS DE EXCREÇÃO DA
BILIRRUBINAS HEPÁTICA BILE
PRINCIPAL Indireta Direta Direta
BILIRRUBINA
ACUMULADA
CAUSAS MAIS Hemólise por trauma ou anemia Hepatite viral Litíase biliar
COMUNS hemolítica Hepatite alcoólica Neoplasia (pâncreas, trato
Sepse biliar, fígado)
Cirrose hepática
CAUSAS DE Malária Leptospirose Colecistite
FREQUÊNCIA Hemoglobinopatias Febre amarela Constrição cirúrgica
VARIÁVEL
Intoxicação por paracetamol CMV
EBV Tireotoxicose
Dengue
ANAMNESE
• Uso de medicações. • Gestação (Síndrome HELLP).
• Uso de álcool. • Dor abdominal.
• História familiar de icterícia. • Suspeita de neoplasias.
• Antecedentes de doença hepática e vias • Presença de acolia fecal e colúria.
biliares. • Calendário vacinal atualizado.
• História de doenças hemolíticas. • Viagens recentes para áreas endêmicas
• Transfusão de sangue recente. de febre amarela, dengue ou malária.
• Cirurgia prévia. • Epidemiologia positiva para leptospirose.
• Trauma recente. • Fatores de risco para hepatites virais e
• Exposição a produtos químicos. HIV.
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL
• Época de início.
• Duração.
• Intensidade.
• Evolução.
• Modo de instalação.
• Sintomas associados: perda de peso, mal-estar,
febre, astenia e prurido.
• Cor da urina e fezes.
EXAME FÍSICO
• Sinal de Torres-Homem
• Método de Mathieu ou método
de mãos em garra e Método de
Lemos-Torres
• Sinal de Murphy
• Sinal de Courvoisier-Terrier
• Semicírculo de Skoda
• Pesquisa de macicez móvel
• Sinal de Piparote
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• Ultra-sonografia de abdome.
• Tomografia computadorizada de abdome.
• Colangiografia por ressonância magnética.
• Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica.
• Colangiografia trans-hepática percutânea.
• Biópsia hepática.
CASO CLÍNICO
Mulher de 45 anos de idade, queixa-se de dor abdominal intensa, tipo cólica, localizada
no hipocôndrio direito há dois dias, associada a febre, náuseas, icterícia, fezes
esbranquiçadas e urina escura. Queixa-se de intolerância aos alimentos gordurosos há
dois anos, muitas vezes, associada a náuseas e cólicas no andar superior do abdome.
Ao exame clínico observa-se paciente obesa, ictérica e corada. Abdome tenso, muito
doloroso à palpação de hipocôndrio direito, com diminuição de sons hidroaéreos e
descompressão brusca presente.
DISCUSSÃO
5. Quais os principais exames de imagem vão fornecer dados sobre a vesícula biliar e
a localização da obstrução?