Você está na página 1de 34

Bem-vindos à

Farmacologia

Prof. Dr. Marcos Raniel Straliotto


Bibliografia
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PELOTAS
CURSO DE MEDICINA
PFIC - FARMACOLOGIA

INTRODUÇÃO À
FARMACOLOGIA

Prof. Dr. Marcos Raniel Straliotto


O QUE É FARMACOLOGIA ?

• HISTÓRICO
• CONCEITOS BÁSICOS
FARMACOLOGIA

Origem grega
Pharmakos: fármaco
logos: estudo

“A Farmacologia pode ser definida como o estudo


dos efeitos dos fármacos no funcionamento dos
sistemas vivos.”
Rang &Dale, 2011.
História da farmacologia

Os vegetais provavelmente foram às primeiras fontes utilizadas


no tratamento terapêutico de doenças desde a pré-história (até
4.000 a.c);

Os rituais tinham também um


fundo religioso
Farmacologia através dos tempos

PAPIRO DE EBERS:
➢ Tratado médico mais antigo e
importante que se conhece (Antigo
Egito, 1550 a.C., século XVI a.C.);
➢ Descoberto e publicado por Georg
Ebers (1873);
➢ Enumera mais ou menos 100
doenças e descreve um grande
número de drogas de natureza
animal e vegetal;
➢ 20 metros;
➢ Ex.: funcho, alho, sene.
Farmacologia através dos tempos
Farmacologia através dos tempos

Morfina
• 1803: isolada por Setürner a partir da Papaver
somniferum, planta utilizada para acalmar a dor
visceral;
• Ópio: suco das flores imaturas da papoula

•1925: Robinson propôs sua fórmula estrutural;

• 1932: Robiquet isolou a codeína (Tylex®);

• 1948: Merck isolou a papaverina (relaxante da


musculatura lisa).
Farmacologia no século XX
SÉCULO XX:
Química sintética revolucionou a indústria farmacêutica e surgiram
conceitos fundamentais em farmacologia (receptores).

1903: barbital (hipnótico)


1904: epinefrina (broncodilatador e descongestionante nasal)
1904-1905: amilocaína e procaína (anestésicos locais)
1912: fenobarbital (anticonvulsivante)
1909: Paul Ehrlich – quimioterapia antimicrobiana (arsênio-sifilis)
1928: Fleming – penicilina (testada em humanos em 1940)
1935: Gerard Domagk – sulfonamida (Prontosil)
1938: FDA – EUA
1948: Duggar – Tetraciclina
1950: Cade – Litio

Alexandre Fleming (1881-1955)


Farmacologia no século XX
1980 - atual:
A partir dos anos 80: métodos novos de screening, técnicas de
isolamento e elucidação estrutural.

Avanços importantes:

➢ High throughput screening (HTS) – método de avaliação de um


número elevado de amostras sobre um alvo específico;
➢ RMN e espectrometria de massas – acelerar a obtenção de
protótipos;
➢ Técnicas cromatográficas combinadas (novas possibilidades
analíticas);
➢ Bioensaios simplificados (direcionamento da seleção de extratos,
frações e substâncias isoladas);
➢ Biotecnologia e Nanotecnologia.
Farmacologia através dos tempos
“Todo medicamento é um remédio, mas um
remédio nem sempre é um medicamento.”
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES Remédio??

Medicamento:
produto farmacêutico, tecnicamente obtido
ou elaborado, com finalidade profilática,
curativa, paliativa ou para fins de
diagnóstico (Ex.: Tylenol®)
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES

Fármaco:
substância química de estrutura conhecida,
que não seja um nutriente ou ingrediente
essencial da dieta, que quando administrado
a um organismo vivo, produz um efeito
biológico.
(Ex.: Paracetamol)
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES

Nome químico:
diz respeito a constituição do fármaco
(Ex.: N-(4-hidroxifenil)etanamida - Fármaco
Paracetamol
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES
Forma farmacêutica:
Forma de apresentação do medicamento:
- comprimido, drágea, pílula, xarope,
colírio, injetável, pomada, creme, etc ....
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES
Posologia:
Como devem ser administradas as doses.
Ex.: Tylenol® 500mg - um a dois
comprimidos via oral a cada 6 horas.
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES
Dose:
quantidade a ser administrada de uma vez a
fim de produzir efeitos terapêuticos
Ex.: 750 mg paracetamol
Dose tóxica

Dose subterapêutica
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES
Placebo:
“placeo = agradar” (latim)
Em farmacologia significa uma substância
inativa administrada para satisfazer a
necessidade psicológica do paciente
Não apresenta princípio ativo
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES

Reação Adversa:
qualquer resposta prejudicial ou indesejável
e não intencional que ocorre com
medicamentos para profilaxia, diagnóstico,
tratamento de doença ou modificação de
funções fisiológicas.
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES

Efeito Colateral:
➢ efeito diferente daquele considerado como
principal por um fármaco. Esse termo deve ser
distinguido de efeito adverso, pois um fármaco
pode causar outros efeitos benéficos além do
principal
NO BRASIL ..... Lei nº 9.787/99 – Lei dos Genéricos
FARMACOLOGIA

DEFINIÇÕES

Medicamentos de referência:
➢ também conhecidos como “de marca”.
Medicamento inovador registrado no
órgão federal responsável pela vigilância
sanitária e comercializado no País, cuja
eficácia, segurança e qualidade foram
comprovadas cientificamente junto ao
órgão federal competente, por ocasião do
registro. A eficácia e a segurança do
medicamento de referência são
comprovadas por estudos clínicos.
FARMACOLOGIA É aquele que contém o mesmo princípio ativo, na
mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela
mesma via e com a mesma posologia e indicação
terapêutica do medicamento de referência.
DEFINIÇÕES
Medicamentos Genéricos:
➢ São medicamentos que apresentam o
mesmo princípio ativo que um
medicamento de referência.
➢ Na embalagem do remédio genérico há
uma tarja amarela, contendo a letra
“G”, e aparece escrito:
“Medicamento Genérico”.
➢ Podem substituir os medicamentos de
referência, quando prescritos pelo
médico ou dentista.
É similar a produto de referência, pretendendo ser com este intercambiável, geralmente
produzido após expiração da proteção da patente. Bioequivalência.
FARMACOLOGIA Desde 2003 passou a comprovar testes de
biodisponibilidade relativa a equivalência
farmacêutica com o medicamento de referência
DEFINIÇÕES registrado na Anvisa.

Medicamentos similares:
➢ É aquele que contém o mesmo ou os mesmos
princípios ativos, apresenta mesma
concentração, forma farmacêutica, via de
administração, posologia e indicação terapêutica,
e que é equivalente ao medicamento registrado
no órgão federal responsável pela vigilância
sanitária, podendo diferir somente em
características relativas ao tamanho e forma do
produto, prazo de validade, embalagem,
rotulagem, excipientes e veículo, devendo
sempre ser identificado por nome comercial ou
marca.
FARMACOLOGIA

• Em 2014, a Anvisa publicou a RDC 58/14 que normatizou os requisitos


necessários para o similar possa substituir o medicamento de referência,
desde que seja comprovada a equivalência terapêutica.
• Por lei a intercambialidade de medicamentos só ocorre entre os remédios
que possuem a mesma equivalência farmacêutica, percentual de
aproveitamento pelo organismo (biodisponibilidade relativa) e
bioequivalência.
Bulas
• Uma bula contém várias informações técnicas de um determinado
medicamento, e é parte obrigatória da embalagem do produto.

• Tanto pacientes como médicos, muitas vezes negligenciam sua


importância.

• Nela encontramos informações valiosas sobre a ação da droga:


posologia, reações adversas, interações medicamentosas,
contra-indicações, etc…

O acesso à bula de
medicamentos é um direito
reconhecido pela
Constituição Federal de
1988 e ratificado pelo
Código de Defesa do
Consumidor.
Bulas
Existem dois tipos de bulas:
• as que são direcionadas aos profissionais da saúde;
• as direcionadas aos pacientes que farão uso do medicamento.

A leitura da bula por ambos os públicos é indispensável, e pode


garantir um tratamento mais eficiente e seguro.
O que deve constar na Bula de um medicamento?
Referências:

BRUTON, Laurence. Goodman & Gilman - as bases da farmacologia.


Disponível em:
http://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580551174?q=goodman.
12 ed. Rio de Janeiro: MCGRAW-HILL, 2012.

RANG; DALE, M.M.. Rang & Dale - farmacologia. 7 ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2011.

FUCHS, Flávio. Farmacologia Clínica e Terapêutica. 5ª ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2017.

http://portal.anvisa.gov.br/rss/-
/asset_publisher/Zk4q6UQCj9Pn/content/id/3521152

Você também pode gostar