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Hipotireoidismo

Canino
Anormalidade endócrina comum em
cães.

Tratamento responsivo e com


excelente prognóstico a longo prazo.

Anatomia da Glândula:
Em cães a glândula tireoide é dividida em
dois lobos distintos, cada um localizado
lateralmente aos anéis da traqueia proximal.
Em geral desenvolve-se em razão da perda
irreversível de tecido da tireoide – Doença
Primária.

Hipotireoidismo Primário:
Tireoidite Linfocítica

A tireoidite linfocítica é uma doença


autoimune e responde por cerca de 50% dos
casos de hipotireoidismo de inicio em fase
Etiologia: adulta. Os cães acometidos apresentam
presença (multifocal ou difusa) de linfócitos,
O tecido da tireoide é responsável pela macrófagos e plasmócitos, aliados a
produção dos hormônios Tiroxina (T4) e Tri- formação de nódulos linfoides, destruição
iodotironina (T3)-produção controlada pelos irreversível de folículos da tireoide e
hormônios TSH e Tirotropina, da Glândula substituição progressiva de tecido glandular
Pituitária, que, por sua vez é controlado pelo normal por tecido fibroso (os sinais clínicos
Hormônio Liberador de Tirotopina (TRH), do surgem após destruição de 75% do tecido
hipotálamo. glandular).

O HIPOTIREOIDISMO É DECORRÊNCIA Embora seja necessária biopsia da tireoide


DA MENOR PRODUÇÃO DE T4 E T3 para o diagnóstico definitivo da TL, é possível
(decorrente de uma anormalidade em qualquer pressupor sua existência por meio da
parte do eixo tireoide-pituitária-hipotalâmico). detecção de autoanticorpos circulantes
contra antígenos da tireoide. Os testes
disponíveis são os de dosagem de T3 e T4 e
para autoimunoanticorpos para
antitiroglobulina (TgAAA).
O HC também pode ser ocasionado pela
deficiência congênita de TSH ou por
 Estágios: consequência de neoplasia pituitária.
-Tireoidite silenciosa: pesquisa de anticorpos
positiva; paciente eutireoideo (produção Sinais Clínicos:
normal dos hormônios);
Os hormônios da tireoide influenciam na
-Tireoidite Subclínica (compensatória)- função de quase todos os sistemas orgânicos
pesquisa de anticorpos positiva para T3 e T4; e, quando suas concentrações são
eutireoideo para T3 e T4, porém níveis de deficientes, é possível surgir ampla variação
TSH endógeno elevados; de sinais clínicos. Sendo assim, os sinais
clínicos são vastos e em sua maioria
-Doença Clinica: pesquisa de anticorpos inespecíficos.
positiva e sintomas evidentes de
hipotireoidismo.  Sinais Metabólicos:
 Letargia;
OBS: com o tempo o resultado positivo na
 Ganho de peso;
pesquisa de anticorpos tende a se tornar
 Intolerância ao exercício;
negativo. Há suposta melhora do processo
 Intolerância ao frio.
inflamatório à medida que ocorre a
destruição do tecido tireoidiano e, em
 Sinais Dermatológicos:
consequência, os anticorpos desaparecem
da circulação.  Pelos secos e quebradiços;
 Pelos finos;
Atrofia de Tireoide Idiopática  Alopecia endócrina;
 “Rabo de Rato”;
Caracterizada por degeneração das células
foliculares, redução do tamanho folicular,  Mixederma;
substituição do tecido normal do parênquima  Hiperpigmentação;
por tecido conectivo adiposo.  Piodermatite secundária;
 Seborreia seca ou oleosa, com
TgAA negativo na maioria dos casos. ou sem Malassezia.

Hipotireoidismo Central:  Neurológicos:


 Doença Vestibular Cental;
Causado por falha na secreção normal de
 Coma mixedematoso
TSH pelas células tirotrópicas da glândula
 Neuropatias em geral.
pituitária. A ausência de tal estimulação
resulta em degeneração atrófica.
 Cardiovasculares:
A causa mais comum é a supressão da  Bradicardia;
secreção normal de TSH pela administração  Ondas R de baixa voltagem;
de glicocorticoide exógeno ou  Baixa contratilidade do
hiperadrenocorticismo espontâneo. No geral miocárdio.
esta é uma condição temporária e reversível,
para qual o tratamento da causa primária tem  Reprodutivos:
efeito curativo e não se indica a  Galactorreia;
suplementação com hormônio tireoidiano.  Diminuição de fertilidade em
fêmeas;
 Parto prolongado;
 Menor sobrevivência de
filhotes.
 Outros:
 Lipidose corneal;
 Menor produção de lágrima;
 Crescimento excessivo de
bactérias no intestino delgado.

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