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GUIA BIOQUÍMICO

PATOLOGIA CLÍNICA
VETERINÁRIA

nard
eo
o.
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mv

Avaliações bioquímicas
M. V. Leonardo Perdigão Soares
Caro Leitor,

É com grande prazer que apresento a você este ebook sobre


bioquímica veterinária. Como médico(a) veterinário(a), sei o
quão importante é entender os processos bioquímicos que
ocorrem no organismo dos animais para um diagnóstico
preciso e um tratamento eficaz.

Neste ebook, você encontrará uma abordagem clara e didática


sobre as principais enzimas de bioquímica aplicadas à
medicina veterinária, incluindo função hepática e renal. Lesão
hepática e função pancreática, além de avaliação da glicemia.

Espero que este material seja útil para aprimorar seus


conhecimentos sobre bioquímica veterinária e contribuir para o
bem-estar dos animais sob seus cuidados.

Aproveite a leitura!

Atenciosamente,
Mv. Leonardo Perdigão Soares

@leonardo.mv
AUTOR

Quem sou eu
Olá marujos, me chamo Leonardo, e sou
o comandante da página @leonardo.mv

Com o intuito de passar o meu


conhecimento e acelerar o aprendizado
de vocês eu desenvolvi este guia.

Sou médico veterinário formado em dezembro de 2021 (jovem né?),


porém com a determinação e coragem de um marinheiro em mar aberto.

O @leonardo.mv foi criado no inicio de 2022, com a intenção de publicar


um pouco da minha rotina laboratorial sabendo ser esta uma área com
poucos incentivos desde à faculdade.

Enfim, tenho 25 anos, adoro animais, adoro empreender e amo


desenvolver ideias mesmo que elas não deem certas. Tenho um
propósito claro em mente de que posso contribuir muito com vocês com
este material e com os futuros que virão.

Tudo o que você verá aqui não foi ideia da minha cabeça, e sim um
compilado da literatura acadêmica. Apenas uni os fatos para que faça
sentido para você.

Pera, as ideias e esquemas são coisas da minha cabeça ein

Apertem os cintos que daqui pra


frente guiarei um pouco dos seus
estudos.
M. V. Leonardo Perdigão Soares
CRMV - MG 25411
Sumário
Clicável
Avaliação da função renal................ 7
Avaliação da função hepática.......... 15
Avaliação da lesão hepática............. 20
Avaliação da função pancreática..... 27
Glicemia.............................................. 29
Perfis interessantes.......................... 32
Alterações no resultado................... 36
Referências bibliográficas................ 37

@leonardo.mv

Este guia vai cair como uma luva na sua


rotina clínica/ laboratorial/ e estudos.

CUIDADO !

BONS
VOCÊ
ESTÁ
COM UMA
FERRAMENTA

ESTU
MUUUUITO
PODEROSA

DOS
@leonardo.mv
6
LEGENDA E NOTAS

Pode ser realizado no tubo roxo (EDTA)

Deve ser realizado no tubo tampa vermelha

Deve ser realizado no tubo tampa cinza

Deve ser realizado no tubo tampa azul

É importante lembrar que a interpretação dos resultados dos


exames laboratoriais deve ser feita em conjunto com o
histórico clínico do animal. Um único exame não é suficiente
para diagnosticar uma patologia e é necessário analisar o
caso como um todo.
A prática da medicina veterinária requer um constante
aprimoramento técnico e científico, por isso, é importante
estar atualizado
7
função renal

Os testes bioquímicos da função renal são realizados para o


diagnóstico e monitoramento de doenças renais. Esses testes
devem ser realizados após um exame clínico rigoroso e devem
ser avaliados em conjunto com a análise da urina.

BIOQUÍMICAS
Já veio na sua cabeça uréia e
creatinina? Se sim, são elas as
mais importantes para uma
avaliação da função renal, porém
temos outras provas bioquímicas
como: sódio, fósforo, potássio e
cloretos devido serem elementos
liberados normalmente pela
urina.

UREIA
Em casos onde acontece a diminuição da filtração glomerular,
é visto uma maior retenção da ureia, já que 60% da ureia é
eliminada pela urina. Isso causa um aumento da concentração
sanguínea, porém só será classificada como azotemia renal,
quando 75% dos nefróns dos dois lados dos rins estão
afuncionais. A concentração de ureia poderá ser influenciada
por fatores extra-renais como jejum prolongado ou também
consumo excessivo de protéinas.
A dosagem de uréia no sangue deve ser interpretada em
conjunto com outras análises laboratoriais, como a creatinina.
8
Níveis elevados de ureia no sangue podem indicar
problemas na função renal, como insuficiência renal
aguda ou crônica, glomerulonefrite, pielonefrite,
entre outras condições. Além disso, outras condições,
como desidratação, doenças hepáticas e uso de alguns
medicamentos, podem aumentar os níveis de ureia no
sangue, mesmo quando a função renal está normal.

Já níveis diminuídos de ureia no sangue podem indicar


problemas na síntese hepática de ureia, como na
insuficiência hepática grave. No entanto, é um achado
incomum em cães e gatos, sendo mais comumente
observada em animais com desnutrição proteico-
calórica ou com dietas deficientes em proteína.

Insuficiência renal aguda ou crônica: a principal causa de


elevação da ureia no sangue em cães e gatos é a disfunção
renal, que pode ser aguda ou crônica.

Desidratação: a desidratação pode levar a uma concentração


maior de ureia no sangue.

Doenças hepáticas: a função hepática está relacionada com a


síntese de ureia, portanto, doenças hepáticas podem levar a
um aumento da ureia no sangue.

Obstrução do trato urinário: a obstrução do trato urinário pode


impedir a eliminação de uréia pelos rins, levando a um
aumento da sua concentração no sangue.
9
Hemorragias gastrointestinais: as hemorragias
gastrointestinais podem levar a uma absorção maior de
proteínas, o que aumenta a produção de ureia no fígado.

Uso de medicamentos: alguns medicamentos, como


corticoides e diuréticos, podem afetar a função renal e levar a
um aumento da ureia no sangue.

Valores de referência
Cães 21 – 59,9 mg/dl
Gatos 42,8 – 64,2 mg/dl

Os valores de referência para a ureia em cães e gatos podem


variar de acordo com o laboratório que realiza a análise e a
idade e raça do animal.

CREATININA
Em cães e gatos, a dosagem de creatinina é um dos principais
testes laboratoriais para avaliar a função renal. Composta pelo
metabolismo da creatina e fosfocreatina muscular. O nível
sanguíneo não será influenciado pelo sexo, idade e dieta, mas
como ela é uma substância produzida pelos músculos e
eliminada pelos rins, o alto metabolismo muscular pode
aumentar os níveis de creatina na circulação
Totalmente excretada pelos glomérulos, não tendo uma
reabsorção tubular, por este motivo pode ser utilizada como
parâmetro da filtração glomerular.
10
Valores elevados de creatinina em cães e gatos estão
frequentemente associados a problemas renais, como
diminuição da filtração glomerular e pós- renais como
a ruptura e/ou obstrução do trato urinário.
Insuficiência renal aguda ou crônica, obstrução
urinária, pielonefrite, glomerulonefrite,

Valores diminuídos de creatinina não são comuns em


cães e gatos e geralmente estão relacionados a uma
diminuição da massa muscular ou a problemas
metabólicos raros.
Amostras ictéricas tendem a ter resultados falso
negativos

Insuficiência renal aguda ou crônica: a disfunção renal pode


levar a um aumento significativo nos níveis de creatinina no
sangue. A insuficiência renal aguda pode ser causada por
lesão renal isquêmica, obstrução urinária, toxicidade por
medicamentos ou infecções. Já a insuficiência renal crônica
pode ser causada por doenças renais primárias ou
secundárias, como doenças glomerulares, pielonefrite, nefrite
intersticial ou doença policística renal.

Obstrução urinária: quando o fluxo urinário é obstruído, os


rins não conseguem eliminar adequadamente os resíduos
metabólicos, incluindo a creatinina, levando a um aumento nos
níveis sanguíneos.

Pielonefrite: a inflamação renal causada por uma infecção


bacteriana pode levar a um aumento na creatinina sérica.
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Glomerulonefrite: a inflamação dos glomérulos renais pode
afetar a função renal e aumentar os níveis de creatinina.

Desidratação e hipotensão: a falta de hidratação adequada


pode levar a uma diminuição na produção de urina e
acúmulo de creatinina. A hipotensão, por sua vez, pode
levar à diminuição do fluxo sanguíneo renal e consequente
aumento dos níveis de creatinina.

Uso de medicamentos: certos medicamentos, como


aminoglicosídeos, podem afetar a função renal e levar ao
aumento da creatinina temporariamente.

Miopatias e rabdomiólise: a destruição muscular pode levar


a um aumento na creatinina sérica.

Hipertireoidismo: a disfunção tireoidiana pode afetar a


função renal e aumentar a creatinina sérica.

Doenças hepáticas avançadas: a diminuição da função


hepática pode afetar a eliminação da creatinina e levar ao
aumento dos níveis sanguíneos.

Piometra: O aumento da creatinina sérica pode ser um sinal


de que a infecção se espalhou para os rins e está afetando a
função renal.
Valores de referência
Cães 0,5 – 1,5 mg/dl
Gatos 0,8 – 1,8 mg/dl
12
POTÁSSIO
O potássio é um eletrólito importante que é frequentemente
avaliado em cães e gatos para avaliação renal. A concentração
sérica de potássio é controlada principalmente pelos rins, que
ajudam a manter um equilíbrio adequado do potássio no corpo.

Pacientes com insuficiência renal aguda ou por obstrução,


tendem a ter o potássio elevados. Pacientes com lesão renal ou
doenças renais crônicas tendem a ter o potássio diminuído.

Níveis elevados de potássio (hipercalemia) podem


ocorrer em casos de insuficiência renal aguda ou
crônica, pois os rins são responsáveis pela excreção
desse íon. Além disso, outras causas de hipercalemia
incluem acidose metabólica, lesão muscular,
intoxicação por potássio, entre outras.

Por outro lado, a diminuição dos níveis de potássio


(hipocalemia) também pode ocorrer em casos de
insuficiência renal, porém é menos comum. Outras
causas de hipocalemia incluem perda excessiva de
potássio pela urina ou fezes, alcalose metabólica,
tratamento com diuréticos, entre outras.

Valores de referência
Caninos: 3,7 a 5,8 mEq/L
Felinos: 3,8 a 4,5 mEq/L
Equinos: 2,4 a 4,7 mEq/L
Bovinos: 3,9 a 5,8 mEq/L
13
SÓDIO
O sódio é um íon importante na regulação da pressão osmótica
e do equilíbrio ácido-base do organismo. Na avaliação renal
em cães e gatos, o sódio é um parâmetro importante para
avaliar a função renal.

O sódio também é um parâmetro importante na avaliação da


síndrome nefrótica, uma condição na qual há perda excessiva
de proteínas na urina. Nesses casos, o sódio pode estar
diminuído devido à perda excessiva de sódio pela urina.

Normalmente, o sódio é filtrado e reabsorvido, dependendo da


quantidade presente na dieta. Em casos de nefropatias
crônicas generalizadas, ocorre perda de sódio, pois ele está
presente juntamente com a água na depleção hídrica para
manter a isotonicidade.

Na insuficiência renal aguda, o sódio pode estar


elevado ou diminuído, dependendo da causa
subjacente. Em casos de lesão renal ou doença renal
crônica, pode haver diminuição do sódio no sangue.

Pode ocorrer em algumas doenças renais, como a


síndrome de Addison, em que há uma diminuição na
produção de aldosterona, um hormônio que ajuda a
regular o sódio no organismo.

Valores de referência
Caninos: 141 a 153 mEq/L
Felinos: 147 a 156 mEq/L
Equinos: 132 a 146 mEq/L
Bovinos: 132 a 152 mEq/L
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FÓSFORO
O fósforo é excretado pela função renal, portanto, em casos de
lesão renal, a eliminação do fósforo pode ser comprometida.
Além disso, em altas quantidades, o fósforo pode diminuir a
sobrevida dos pacientes.

Insuficiência renal, hipoparatireoidismo,


hipervitaminose D, osteoporose, mieloma,
diabetes descompensada e desidratação.

Hiperparatireoidismo, hipotireoidismo, ostemalácia,


hipovitaminose D, raquitismo e hemodiálise.

Valores de referência
Caninos: 2,5 a 5,5 mg/dL
Felinos: 1,8 a 6,4 mg/dL
Equinos: 3,1 a 5,6 mg/dL
Bovinos: 5,6 a 6,5 mg/dL
15
função hepática
A avaliação da função hepática é extremamente importante para o
diagnóstico de diversas doenças em cães e gatos. O fígado é um
órgão vital que realiza diversas funções, incluindo o metabolismo de
nutrientes, a produção de proteínas e a eliminação de toxinas.

As provas de síntese e metabolismo hepático incluem ureia, amônia,


albumina, globulinas, colesterol, glicose e fatores de coagulação.

UREIA
A ureia é produzida no fígado a partir da amônia, sendo que uma
grande parte dessa amônia provém do catabolismo de proteínas. A
dosagem de ureia é usada para avaliar a função renal. A diminuição
dos níveis de ureia pode ser seguida pelo aumento dos níveis de
amônia na circulação.

AMÔNIA
A amônia é um importante marcador na avaliação da função
hepática em cães e gatos. Ela é produzida durante o processo de
metabolismo das proteínas pelo fígado e, quando não é
adequadamente metabolizada, pode se acumular no sangue

O aumento dos níveis de amônia no sangue pode indicar


problemas hepáticos, como insuficiência hepática ou
cirrose. Por isso, a dosagem de amônia é uma das
principais ferramentas na avaliação da função hepática em
cães e gatos, juntamente com outros parâmetros
bioquímicos
É importante lembrar que, além dos problemas hepáticos, outras
condições podem aumentar os níveis de amônia no sangue, como
problemas renais, dietas ricas em proteína, sangramentos
gastrointestinais e distúrbios metabólicos.
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ALBUMINA
A albumina é uma proteína sintetizada no fígado e é a proteína
plasmática mais abundante em cães e gatos. A dosagem da albumina
sérica é um importante parâmetro bioquímico na avaliação da
função hepática em animais.

A albumina tem uma função importante na manutenção da pressão


oncótica plasmática, o que ajuda a prevenir o edema. Além disso, ela
é responsável pelo transporte de diversas substâncias, como
hormônios e fármacos.

A hipoproteinemia, ou diminuição dos níveis de proteínas


plasmáticas, especialmente da albumina, pode ser um indicativo de
doença hepática. Isso ocorre porque o fígado é o principal órgão
responsável pela síntese de proteínas plasmáticas, incluindo a
albumina. Portanto, um animal com insuficiência hepática pode
apresentar hipoproteinemia.

GLOBULINAS
As globulinas também são avaliadas na avaliação da função hepática
em cães e gatos. O fígado é responsável pela síntese das globulinas
alfa e beta, enquanto a gama é produzida pelo sistema imunológico.
A globulina alfa inclui proteínas como antitrombina III, haptoglobina
e proteína C, que estão envolvidas em processos como a cascata de
coagulação, ligação irreversível à hemoglobina após a hemólise e
regulação do processo inflamatório ou infeccioso no corpo,
respectivamente.
Portanto, alterações na concentração de globulinas podem indicar
disfunção hepática ou processos inflamatórios ou infecciosos no
corpo.

@leonardo.mv
17
COLESTEROL
Normalmente o colesterol é solicitado em casos de obesidade,
diabetes ou doenças endócrinas.
O colesterol é um lipídio importante na
avaliação da função hepática em cães e gatos.
O fígado é responsável pela produção do
colesterol, que é um componente importante
da membrana celular e serve como precursor
de hormônios esteroides e ácidos biliares.
O colesterol é transportado no sangue por lipoproteínas, como a
lipoproteína de alta densidade (HDL) e a lipoproteína de baixa
densidade (LDL).
Alterações na concentração de colesterol podem indicar disfunção
hepática, distúrbios metabólicos, doenças endócrinas, inflamação
ou outras condições clínicas. Por exemplo, um aumento nos níveis
de colesterol total pode ser visto em pacientes com doença hepática
crônica, diabetes mellitus, hipotireoidismo, obesidade e síndrome
nefrótica, enquanto uma diminuição pode ocorrer em casos de
desnutrição, insuficiência hepática grave ou deficiência de vitamina
B12.

GLICOSE
A glicose é um açúcar simples que é uma fonte importante de
energia para as células do corpo. No fígado, a glicose é
armazenada na forma de glicogênio e pode ser liberada no
sangue quando necessário para manter a glicemia adequada.

Na avaliação da função hepática em cães e gatos, a


medida dos níveis de glicose no sangue é
importante, pois alterações nesses níveis podem
indicar problemas no metabolismo hepático de
glicose.
18
Uma diminuição na concentração de glicose no sangue pode
ser observada em casos de hipoglicemia, que pode ocorrer em
animais com insuficiência hepática ou com tumores
produtores de insulina.
Por outro lado, um aumento nos níveis de glicose no sangue
pode ser um sinal de diabetes mellitus, uma doença que pode
estar relacionada à disfunção hepática. Portanto, a avaliação
da glicose é uma ferramenta importante na detecção e
monitoramento de doenças hepáticas em cães e gatos.

FATORES DE COAGULAÇÃO
Os fatores de coagulação são proteínas
essenciais para a formação do coágulo
sanguíneo, sendo produzidos no fígado. A
avaliação desses fatores é importante na
avaliação da função hepática, já que o fígado é
responsável pela síntese dessas proteínas.
Qualquer doença hepática que afete a função do fígado pode
levar a alterações nos fatores de coagulação, resultando em
problemas de coagulação sanguínea e risco de hemorragias.
Por isso, a avaliação dos fatores de coagulação é uma
ferramenta importante na detecção precoce de doenças
hepáticas em cães e gatos.
19
BILIRRUBINA
A bilirrubina é um pigmento amarelo produzido pela
degradação da hemoglobina, presente nas células vermelhas
do sangue. A bilirrubina é transportada pelo sangue até o
fígado, onde é processada e excretada na bile.

Na avaliação da função hepática, a


dosagem da bilirrubina é um dos testes
mais importantes. A elevação dos níveis de
bilirrubina no sangue pode indicar uma
disfunção hepática, especialmente
relacionada à sua capacidade de
processar e excretar a bilirrubina.
Existem dois tipos de bilirrubina: a bilirrubina direta
(conjugada) e a bilirrubina indireta (não conjugada).
A bilirrubina direta é excretada pelo fígado na
bile, enquanto a bilirrubina indireta é
transportada pelo sangue até o fígado, onde é
processada para excreção.
Bilirrubina total pode ser utilizada para avaliar a função
hepática como um todo, enquanto a dosagem da bilirrubina
direta e indireta pode fornecer informações adicionais sobre a
origem da elevação da bilirrubina.

Obstruções biliares, hepatites, cirrose, tumores


hepáticos, efeito colateral de medicamentos, entre
outras.
20
lesão hepática
Existem diversas enzimas que podem ser utilizadas para
avaliar a função hepática em cães e gatos. Algumas das mais
comuns incluem:

ALT (alanina aminotransferase): é uma enzima encontrada no


citoplasma dos hepatócitos. Sua elevação pode indicar danos
hepáticos.

A
A ALT (Alanina Aminotransferase) é uma enzima
encontrada em grande quantidade no fígado e é
responsável pela conversão da alanina em piruvato. A sua

L atividade sérica é frequentemente utilizada como


indicador de lesão hepatocelular em cães e gatos, pois
quando há dano às células hepáticas, a ALT é liberada na

T corrente sanguínea, aumentando sua concentração no


sangue.
Enzima hepato-específica encontrada em grandes quantidades
no fígado de cães, gatos e roedores, mas não é específica para
bovinos e equinos, já que está presente em menor quantidade
nesses animais. Quando há valores diminuídos de ALT, pode
indicar neoplasias avançadas ou cirrose. Por outro lado,
valores aumentados podem ser devido à necrose hepática e
vazamento da enzima.
No entanto, a intensidade do aumento da ALT
não está necessariamente relacionada com a
gravidade da doença e pode variar
dependendo da causa
21
DESVANTAGENS DO EXAME Baixa sensibilidade

Uma das principais desvantagens é que a elevação dos níveis


de ALT no sangue pode ocorrer em outras condições além de
lesão hepática, como em doenças musculoesqueléticas,
pancreatite, hipotireoidismo e até mesmo em animais
saudáveis ​que realizaram exercícios físicos intensos. Além
disso, a ALT não é capaz de distinguir entre diferentes causas
de lesão hepática, o que pode levar a diagnósticos imprecisos.
Portanto, é importante avaliar os resultados da ALT
juntamente com outros testes laboratoriais e informações
clínicas para um diagnóstico preciso.

Alta especificidade
VANTAGENS DO EXAME
Especificidade hepática: A ALT é uma enzima encontrada em
grandes quantidades no fígado, o que a torna uma ferramenta
específica para avaliar a saúde hepática desses animais.

Facilidade de interpretação: A interpretação dos resultados do


teste de atividade sérica da ALT é relativamente fácil, pois
valores elevados indicam lesão hepática e valores baixos
indicam um fígado saudável.

A colangite é uma condição caracterizada pela


obstrução e inflamação das vias biliares, que pode
ser causada por alterações autoimunes, genéticas,
cálculos biliares, infecções parasitárias, entre
outras causas.
22
A cirrose, hepatite, neoplasias, hepatotoxinas e
traumatismos, como impactos ou batidas, também
podem levar a danos hepáticos e aumentar os níveis
de enzimas hepáticas, como a ALT, na corrente
sanguínea.

Valores de Referência:
Caninos: 21 a 102 uI/L
Felinos: 6 a 83 uI/L
Equinos: 226 a 366 uI/L

A
A AST (Aspartato Aminotransferase) é uma enzima
presente em muitos tecidos do corpo, incluindo o fígado,
coração, músculos e rim. No entanto, a atividade sérica

s da AST é frequentemente utilizada como um marcador de


lesão hepática em cães e gatos. Assim como a ALT, a AST
é liberada na corrente sanguínea quando há dano às

T células hepáticas, aumentando sua concentração no


sangue.
Entretanto, ao contrário da ALT, a AST é menos específica para
o fígado e pode ser elevada em outras condições além da lesão
hepática, como em doenças cardíacas e musculares. Por isso,
a avaliação conjunta da AST e da ALT pode ser útil na
diferenciação das causas de elevação das enzimas. Em geral,
valores elevados de AST podem ser observados em casos de
hepatite, cirrose, necrose hepática e uso de hepatotoxinas,
como também em outras condições não hepáticas, como
trauma muscular e doenças cardíacas. É usada no lugar da ALT
em grandes animais.
23
3
DESVANTAGENS DO EXAME Baixa especificidade

Enzima presente em diversos tecidos do corpo, incluindo o


fígado

Ótimo aliado
VANTAGENS DO EXAME
Combinação da ASTs com outros marcadores hepáticos pode
fornecer informações mais precisas sobre a saúde hepática do
animal. como a ALT e a bilirrubina, para fornecer uma imagem
mais completa da função hepática do animal.

As doenças hepáticas e do sistema biliar, como


hepatite, cirrose, icterícia e obstrução biliar, podem
levar ao aumento da ASTs, indicando danos às células
hepáticas. Além disso, doenças musculares que
causam necrose ou inflamação, esforço físico intenso,
convulsões e doenças hemolíticas, como anemia
hemolítica autoimune ou intoxicação por chumbo,
também podem causar aumento da ASTs.
É importante ressaltar que a AST também pode ser afetada por
hemólise espontânea.

Alguns fatores que podem causar a diminuição dos


níveis de AST incluem a melhora do estado clínico do
animal, a redução do estresse e a adaptação a uma
dieta adequada. No entanto, é importante lembrar que
a diminuição isolada dos níveis de AST não é um
indicador definitivo de cura ou melhora da doença

Valores de Referência:
Caninos: 10 a 88 uI/L
Felinos: 10 a 80 uI/L
Equinos: 226 a 366 uI/L
24

g
A gama-glutamiltransferase (GGT) é uma enzima
presente em diferentes tecidos do corpo, incluindo o
fígado, os rins e o pâncreas. No entanto, a GGT é mais

g comumente associada ao fígado e sua atividade aumenta


quando ocorre lesão ou inflamação hepática em cães e
gatos.

t Enzima presente nos microvilos dos hepatócitos, células


epiteliais biliares, túbulos renais e células da glândula
mamária.
É um marcador hepato-específico no
diagnóstico de doenças hepatobiliares em
gatos. Além disso a GGT urinária é eficiente
para avaliar lesão tubular

DESVANTAGENS DO EXAME Baixa sensibilidade

Elevação isolada da GGT não é um diagnóstico definitivo de


lesão hepática em animais

Sensibilidade
VANTAGENS DO EXAME
Pode estar elevada mesmo em casos de pequenas lesões que
ainda não afetaram outros testes hepáticos. A elevação da
GGT pode ajudar a diferenciar entre doenças hepáticas e
biliares e outras condições que podem causar sintomas
semelhantes, como pancreatite.

Dentre as causas estão: Colestase, intoxicação,


obstrução de ducto biliar, hepatite, cirrose, fasciolose,
neoplasias hepáticas, corticosteroides, barbitúricos,
anticonvulsivantes e alguns antibióticos.
25
Além disso, é importante lembrar que a elevação da GGT pode
não ser suficiente para avaliar a gravidade da lesão hepática, e
outros exames e acompanhamentos clínicos são necessários
para avaliar o estado de saúde do animal.

Valores de Referência:
Caninos: 1 a 10 U.I/l
Felinos: 1,3 a 5,1 UI/l
Equinos: 4,3 a 13,4 UI/l

f
A fosfatase alcalina é uma enzima de indução produzida
pela membrana dos hepatócitos e que esta presente em
diversas células do corpo, incluindo as células hepáticas.

a Em cães e gatos, a dosagem da fosfatase alcalina é


comumente utilizada como marcador de lesão hepática.
Comumente usada para cães, para gatos é
usado GGT. Quando há danos nas células
hepáticas, a fosfatase alcalina é liberada na
corrente sanguínea em maiores quantidades
do que o normal. Isso pode ser indicativo de
várias doenças hepáticas, incluindo
hepatites, obstruções biliares, tumores e
cirrose.
No entanto, é importante lembrar que a elevação da fosfatase
alcalina também pode ser observada em outras condições,
como na gravidez, em animais jovens em crescimento e em
alguns medicamentos.

DESVANTAGENS DO EXAME Baixa especificidade

É possível que a dosagem da fosfatase alcalina esteja normal


em casos de doenças hepáticas avançadas.
26
3
Facilidade e rapidez
VANTAGENS DO EXAME
A dosagem da FA pode ser realizada com facilidade e rapidez
em amostras de sangue.

Crescimento ósseo em animais jovens, doenças


pancreáticas, uso de medicamentos, doenças
endócrinas, gravidez.
É importante lembrar que a avaliação da elevação da
FA deve ser realizada em conjunto com outras análises
clínicas e exames de imagem para um diagnóstico
preciso e tratamento adequado.

Valores de Referência:
Caninos: 10 a 96 uI/L
Felinos: 10 a 96 uI /L
Equinos: 145 a 395 uI/L

l LDH (lactato desidrogenase) é uma enzima presente em


diversas células do organismo, incluindo fígado,
músculos e eritrócitos. A elevação dos níveis de LDH pode

d ser um indicativo de danos hepáticos, musculares ou


hemolíticos. não é um teste específico para essa
condição.
h Pode indicar um dano celular mais extenso do que o
indicado pela elevação da fosfatase alcalina (FA), já que
a LDH é uma enzima presente em diversas células, não apenas
nas hepáticas.
Por isso, a dosagem da LDH deve ser avaliada em conjunto com
outras análises clínicas. Em casos de lesões hepáticas, a
dosagem da LDH pode fornecer informações adicionais sobre a
extensão do dano celular e o prognóstico do animal.
27
função pancreática
A avaliação laboratorial do pâncreas em cães e gatos envolve
uma série de exames que podem ajudar a diagnosticar
doenças pancreáticas, como a pancreatite aguda e crônica.
Um dos principais exames utilizados na avaliação do pâncreas
é a dosagem de enzimas pancreáticas no sangue, como a
lipase e a amilase.
Avaliação do pâncreas exócrino: amilase e lipase.
Avaliação do pâncreas endócrino: glicose.

AMILASE
A amilase é uma enzima produzida pelo pâncreas e pelas
glândulas salivares que desempenha um papel importante na
digestão de carboidratos. A dosagem da amilase no sangue é
frequentemente utilizada como um teste para avaliar a função
pancreática em cães e gatos. A presença da amilase no
pâncreas é 6x maior do que em outros órgãos.
O aumento da amilase no sangue pode indicar uma lesão ou
inflamação no pâncreas, como na pancreatite aguda.
O aumento da amilase pode indicar diversas condições,
tais como pancreatite, neoplasia pancreática,
obstrução dos ductos pancreáticos, diminuição da
filtração glomerular (já que a amilase é eliminada pela
filtração glomerular) e doenças gastrointestinais (com
a ressalva de que o aumento depende do tipo de
doença).
Valores de Referência:
Caninos: 300 a 2000 uI/L
Felinos: 500 a 1800 uI/L
Equinos: 45 a 190 uI/L
28
LIPASE
A lipase é uma enzima produzida principalmente no pâncreas
de cães e gatos, que tem como função principal quebrar a
gordura dos alimentos em moléculas menores para que
possam ser absorvidas pelo intestino. A avaliação da atividade
da lipase no sangue é um importante teste diagnóstico para
avaliar a função pancreática em cães e gatos.

Valores elevados de lipase no sangue podem indicar


pancreatite aguda ou crônica, obstrução dos ductos
pancreáticos, insuficiência pancreática exócrina e
outras doenças do sistema digestivo

Por outro lado, valores baixos de lipase podem estar


associados a insuficiência pancreática exócrina, pancreatite
crônica, hipotireoidismo e outras condições.

Valores de Referência:
Caninos: 13 a 200 uI/L
Felinos: 00 a 83 uI /L
Equinos: 12 a 39 uI/L
Bovinos: 1 a 35 uI/L

TLI
O teste de TLI (tripsina-like immunoreactivity) é um exame
utilizado para avaliar a função pancreática em cães e gatos. A
TLI é uma enzima produzida pelas células acinares do pâncreas
que ajuda a digerir proteínas na dieta.
29
O teste de TLI mede a quantidade de TLI no sangue, sendo que
valores baixos podem indicar insuficiência pancreática
exócrina, enquanto valores elevados podem indicar
inflamação pancreática (pancreatite). No entanto, outros
fatores como a presença de sangue no intestino, uso de
corticoides podem afetar os resultados do teste.
Amilase e/ou lipase abaixo do valor (hipoamilasemia e
hipolipasemia) não sinalizam diagnóstico de insuficiência
pancreática, o teste que irá confirmar é TLI. Não é indicado
utilizar amostras alteradas como: lipêmicas, ictéricas e
hemolisadas, pois provocam alteração nos resultados.

Valores de referência:
Canino: 5,2 a 35 ng/ml

glicemia
GLICOSE
A glicose é um açúcar simples que é a principal fonte de
energia para as células do nosso corpo. Ela é produzida a
partir dos alimentos que ingerimos, principalmente
carboidratos, e circula no sangue, sendo distribuída para as
células por meio da ação da insulina, um hormônio produzido
pelo pâncreas.
Níveis elevados de glicose no sangue podem
indicar a presença de diabetes mellitus, além de
outras condições como estresse, doenças
endócrinas ou inflamatórias. Já níveis baixos de
glicose podem indicar hipoglicemia, insuficiência
hepática, insuficiência adrenal, entre outras
condições.
30
3
A avaliação da glicemia também é importante no
monitoramento da resposta do animal ao tratamento do
diabetes mellitus, permitindo o ajuste da dose de insulina ou
outros medicamentos.

Valores de referência
Cão - 70 a 110mg/dL
Gato -70 a 110 mg/dL
Equino -75 a 115 mg/dL

FRUTOSAMINA
Frutosamina é uma proteína conectada a um
carboidrato (proteína glicosilada). Ela é formada
a partir da ligação entre a glicose e as proteínas
plasmáticas circulantes, e sua concentração
reflete a média da glicemia do animal nas últimas
duas a três semanas.

O exame de frutosamina é útil para avaliar o controle


glicêmico em animais com diabetes mellitus que apresentam
dificuldade em realizar a medição da glicemia capilar em casa
ou em situações em que a medição da glicemia capilar não é
possível, como em casos de estresse ou medicação que possa
interferir nos resultados.

Valores de
referência
Caninos: 1,7 a
3,38 mmol/L
Felinos: 2,19 a
3,47 mmol/L

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HEMOGLOBINA GLICOSILADA
A hemoglobina glicosilada (HbA1c) é um exame laboratorial
utilizado na avaliação do controle glicêmico em cães e gatos
diabéticos. É um teste que mede a quantidade de hemoglobina
que foi modificada pela glicose no sangue durante um período
de dois a três meses.
A formação da hemoglobina glicosilada continua no decorrer
do ciclo de vida da hemácia. O tempo da hemoglobina
glicolisada representa a condição glicêmica junto a meia vida
média das hemácias das diferentes espécies. Tem uma meia
vida maior que a frutosamina.
Além disso, ela pode ser útil na identificação de animais com
diabetes mellitus não diagnosticado ou no monitoramento de
animais com risco de desenvolver a doença.

Valores de
referência
Canino: 2,3

a 6,4%
Felinos: menor

que 2%

COLESTEROL
O colesterol é uma substância lipídica
presente no organismo de cães e gatos que
desempenha diversas funções, como a síntese
de hormônios, vitaminas e ácidos biliares. É
produzido principalmente pelo fígado, mas
também é encontrado em alimentos de origem
animal.
32
A avaliação do perfil lipídico, que inclui a medição do
colesterol, é importante na avaliação de animais com suspeita
ou histórico de doenças cardiovasculares, pancreatite,
hipotireoidismo, entre outras condições.
A avaliação do perfil lipídico também permite
a análise individual do LDL e do HDL. O LDL é
conhecido como "colesterol ruim", pois o seu
acúmulo nas paredes das artérias pode levar
à formação de placas de ateroma, que
aumentam o risco de doenças
cardiovasculares. Já o HDL é conhecido como
"colesterol bom", pois tem a função de
remover o excesso de colesterol das artérias e
levá-lo de volta ao fígado para ser eliminado.

Valores de referência
Cão - 135 a 270 mg/dL
Gato - 95 a 130 mg/dL
Cavalo - 75 a 150mg/dL

TRIGLICERÍDES
São os principais lipídeos do tecido adiposo. Os triglicerídeos
são formados no tecido adiposo, fígado intestino delgado
(principalmente) e glândula mamária
A avaliação dos níveis de triglicerídeos no sangue é importante
na avaliação de animais com suspeita ou histórico de doenças
cardiovasculares, pancreatite, hipotireoidismo, entre outras
condições. Valores elevados de triglicerídeos no sangue podem
estar associados à obesidade, à ingestão de alimentos ricos em
gordura e carboidratos, ao uso de medicamentos como
corticoides, entre outros fatores.
33
Assim como o colesterol, a dieta e o estilo de vida do animal
podem ter grande impacto nos níveis de triglicerídeos, sendo
importante a adoção de medidas preventivas como a prática
de exercícios físicos e uma dieta adequada para a manutenção
da saúde cardiovascular.

Valores de referência
Cão - 15 a 380mg/dL
Gato - 35,4mg/dL
Cavalo - 4 a 44 mg/dL
34
PERFIS INTERESSANTES
Check up
(Hemograma com pesquisa + ALT + AST + GGT+ Ureia+
Creatinina)

Check up
(Hemograma com pesquisa + ALT + FA+ GGT+ Ureia +
Creatinina+ Albumina)

Check up
(Hemograma com pesquisa + ALT + GGT+ Ureia+
Creatinina+ Albumina + EAS)

Pré Operatório
(Hemograma com pesquisa + Creatinina + ALT)

Pré Operatório
(Hemograma com pesquisa + ALT + FA + Ureia +
Creatinina)

Pré Operatório
(Hemograma com pesquisa + ALT+ Creatinina+ Proteína
total e frações)

Hepático
(Hemograma com pesquisa +ALT + AST+ FA)

Hepático
(Hemograma com pesquisa + ALT+ AST+ FA+ GGT+
Proteína total e frações)
35
Renal
(Hemograma com pesquisa + Ureia + Creatinina)

Renal
(Hemograma com pesquisa + Ureia+ Creatinina + EAS)

Hemoparasitose
(Hemograma com pesquisa + Snap 4Dx Plus)

Check up felino
(Hemograma com pesquisa + Snap FIV/FeLV

Perfil Geriátrico
(Hemograma com pesquisa + Ureia+ Creatinina + ALT+
FA+ GGT+ Glicose+ Proteína total e frações + Sódio
+Potássio+ Fósforo+ Cálcio + Cálcio íon+ EAS+ Relação
PU/CU )

Perfil Eletrolítico
(Sódio + Potássio+ Cálcio total+ Cálcio ionizado+
Cloretos+ Fósforo)
36
ALTERAÇÕES DE RESULTADOS

HEMÓLISE

AST, potássio, colesterol, e proteínas totais são


falsamente elevados (como estão no interior das células,
quando rompe ficam livres). Já o cálcio, bilirrubina e FA
são falsamente diminuídos.

LIPEMIA
Falsamente elevados: glicose, albumina, cálcio, PPT.
Falsamente diminuídos: Sódio e potássio.

ICTERÍCIA
Diminuem valores de creatinina (pode ocorrer do valor
ser zero, porém é um falso zero, já que está sendo
constantemente produzida), e ALT.
37
Referências
BURKHOLDER, W. J.; TOLL, P. W. Obesity. In Canine and feline
endocrinology and reproduction (pp. 307-338). Saunders
Elsevier, 2007.

GONZÁLEZ, F. H. D.; VALLE, S. F.; SILVA, S. C. Patologia Clínica


Veterinária: uma abordagem sobre casos clínicos. Porto
Alegre: Editora da UFRGS, 77p, 2014.

STOCKHAM,Steven. Fundamentos de patologia Clínica


veterinária. Guanabara Koogan, 2011.

REAGAN,William. Veterinary Hematologgy: Atlas of Common


Domestic and Non-domestic Species. Wiley-Blackwell.2019.

THRALL, Mary Anna. Hematologia e bioquímica veterinária.


Roca,2014

MOREIRA, T. de A.; GUNDIM, L. F.; MEDEIROS-RONCHI, A. A.


Patologias pancreáticas em cães: revisão de literatura.

Arq. Ciênc. Vet. Zool. UNIPAR, Umuarama, v. 20, n. 2, p. 109-


115, abr./jun. 2017.

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