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Dra. Solange Carné, M.V.

, Msc
Médica Veterinária formada pela Universidade Plinio
Leite em 1999, Mestrado em Patologia e Reprodução
Animal na UFF em 2003, trabalhou no setor de
ultrassonografia do CAD (Centro de apoio e diagnóstico
veterinário) de janeiro de 2001 a março de 2006, foi
responsável pelo setor de ultrassonografia e radiologia
da clínica SOLVET em Nova Friburgo de março de 2003 a
setembro de 2005, posteriormente responsável pelo
setor de ultrassonografia da RADIOVET de 2007 até
2011. Em 2007 começou a realizar cursos de
ultrassonografia em pequenos animais. Responsável
pelo setor de ultrassonografia da clínica 24 horas CTI
Veterinário, desde 2011. Atualmente a Dra Solange é
proprietária da SOLVET DIAGNÓSTICOS VETERINÁRIOS,
faz atendimentos em Ultrassonografia Veterinária e
realiza cursos de ultrassom para todos os níveis de
conhecimento nesta área.

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Anatomia aparelho reprodutor feminino
Anatomia - Estruturas tubulares

Os componentes tubulares (tubas uterinas, útero, cérvix e vagina) são envoltos por quatro camadas de
revestimento: Serosa, muscular, submucosa e mucosa.

O útero, assim como as demais partes do aparelho reprodutor feminino, também é constituído por quatro camadas
de revestimento, porém são denominadas de outra forma: Perimétrio (serosa), miométrio (muscular) e endométrio
(submucosa + mucosa) e é dividido em três partes: dois cornos uterinos, o corpo e a cérvix.

Representação
esquemática de Anatomia
do Aparelho Reprodutor
Feminino.

ANATOMIA E ULTRASSONOGRAFIA

Vagina: visibilizada caudo- dorsal à porção de colo da bexiga urinária e início da uretra proximal.
Cervix / corpo do útero

A porção mais caudal do útero é chamada CÉRVIX. Serve de barreira e isolamento para o útero; a cérvix é contínua
ao corpo do útero.

São visibilizados geralmente dorsal ou lateral à bexiga urinária. Podem medir até 1,2 com de diâmetro no anestro e
até 2,0 cm de diâmetro nas fases hormonais.
Cornos uterinos

Porção tubular do útero que une o corpo do útero à topografia de ovários.

Através da ultrassonografia visibilizamos essa porção do útero em abdomem médio, mais direcionado lateralmente,
como uma estrutura tubular hipoecogênica, medindo de 0,4 à 0,7 cm em anestro e no estro pode medir de 0,5 à 1,0
cm de diâmetro´.
Anatomia - ovários

Os ovários são estruturas parenquimatosas ovais, localizadas caudalmente aos rins na cavidade abdominal, o ovário
esquerdo se relaciona lateralmente com o baço e o ovário direito está localizado entre o duodeno e a parede
abdominal lateral.

Ovários são observados no máximo até 2,5 cm do pólo caudal dos rins.
CICLO ESTRAL DAS CADELAS

ANESTRO - PRO-ESTRO – ESTRO - DIESTRO

FÊMEAS APRESENTAM ESTRO A CADA 6 MESES, PORÉM PODE VARIAR

ANESTRO: 1 a 6 meses

Ausência de atividade reprodutiva

Não receptividade aos machos

Os hormônios sexuais estão em concentrações séricas basais

Período de involução uterina, reparo endometrial, não receptiva aos machos

Caracterizado pela taxa basal de hormônios reprodutivos.

Nesta fase pode ser bem mais difícil identificar o útero e ovários através da ultrassonografia.

Há possibilidade de não serem visibilizados. Importante varredura eficiente na topografia.

PROESTRO: 7 a 9 dias

Crescimento folicular; Aumento do E2

Vulva edemaciada e aumento de volume

Atraem os machos, porém não receptivas à monta

Presença de secreção sanguinolenta

Secreção serosanguinolenta: resultado da diapedese eritrocitária oriunda de vasos sanguíneos subepiteliais


endometriais misturado com a secreção das glândulas endometriais.

Estrogênio também promove relaxamento e dilatação da cérvix e aumento da contração do miométrio, promovendo
drenagem do conteúdo uterino.

Portanto não há acúmulo de conteúdo no útero em fase de pró estro - Importância ultrassonográfica

ESTRO: 7 a 9 dias

Fêmea receptiva a monta; Diminuição da descarga vulvar serosanguinolenta

Edema vulvar porém está mais flácida. Fase ovulatória.

Atuação do Estrogênio e início do aumento da progesterona nesta fase

DIESTRO: pode durar 60 dias


Cadela refratária a monta. Atividade do corpo lúteo. Predomínio da progesterona

Ausência de descarga vaginal e edema vulvar.

Ocorrem mudanças no endométrio e miométrio para promover alimentação e suporte do concepto até sua
implantação e placentação.

Mesmo sem gestação o endométrio sofre essas mudanças, devido à presença do corpo lúteo no ovário.

CICLO ESTRAL E ULTRASSOM


FASE NÃO HORMONAL = ANESTRO

Durante o anestro os ovários são menores e não apresentam estruturas císticas em seu parênquima, e a sua
ecogenicidade semelhante ao tecido adjacente. Os ovários quando visualizados no Anestro, apresentam-se
ecogênicos e mal definidos.

No anestro também será mais dificultada a visibilização do corpo e cornos uterinos, pois nessa fase também se
encontram isoecogênicos aos tecidos ao redor e com volume reduzido.

Portanto, é possível que útero e ovários normais não sejam visibilizados no exame ultrassonográficos quando estão
sem alterações e principalmente no Anestro.

Muito importante a varredura bem feita da topografia.

Importante saber que os órgãos reprodutores avaliados pela ultrassonografia apresentam alterações muito
semelhantes nas fases hormonais do ciclo estral.

FASES HORMONAIS = PRÓ ESTRO – ESTRO – DIESTRO

Portanto é muito difícil diferenciar em que fase a cadela está somente com a ultrassonografia.

Atuação dos hormônios sexuais nos órgãos reprodutores.

Nessas fases hormonais teremos alterações em útero e ovários como aumento de volume e aumento da
vascularização para estes órgãos.

Essas alterações favorecem a visibilização do útero e ovários nessas fases.

ULTRASSONOGRAFIA DO ÚTERO NORMAL - CARACTERÍSTICAS OBSERVADAS EM FASES HORMONAIS

Ultrassonograficamente apresentam aumento de volume e diminuição da ecogenicidade.

ÚTERO

Útero será visibilizado como estrutura tubular hipoecogênica. Quando visualizado dentro de sua normalidade, o
útero é uma estrutura tubular hipoecogênica e homogênea, não diferenciando o miométrio do endométrio e sem
líquido no interior.

Em alguns casos podemos observar a mucosa do endométrio como uma imagem linear ecogênica.
Podemos aceitar como fisiológico apenas uma quantidade laminar de conteúdo anecogênico (líquido) no interior
do útero.
OVÁRIOS

Ovários como estruturas, moderadamente definidas, hipoecogênicas, podendo apresentar imagens císticas
(folículo, corpo lúteo)
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