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Natal - RN
Junho, 2017.
RAISSA ALECRIM FERREIRA
Natal - RN
Junho, 2017.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Dr. Marcelo Bezerra de Melo Tinôco - DARQ - -CT
VILA PET
BANCA EXAMINADORA:
Convidada interna
Convidada externa
respectivamente. .............................................................................................. 43
Figura 15- Loja, Táxi Dog e Sala para Banho e tosa, respectivamente. .......... 49
......................................................................................................................... 52
Figura 29- Sinalização e dimensões – Vaga para Pessoa com Deficiência ..... 72
Figura 30- Sinalização Vertical e Horizontal de vaga exclusiva para Idoso. .... 73
Figura 37- Realocação da parte de apoio dos canis para o bloco de lazer. ..... 85
Figura 38- Evolução Implantação com destaque para mudanças nos acessos.
......................................................................................................................... 87
respectivamente. .............................................................................................. 95
Figura 45- Estudo insolação fachada sudoeste bloco pet shop. ...................... 96
respectivamente. .............................................................................................. 98
....................................................................................................................... 101
Figura 61- Cobertura conectada com destaque para área com pilares estrurais e
Figura 63- Telha Brasilit Landmark Solaris Gold na cor Max Def Resawn Shak.
....................................................................................................................... 114
Figura 64- Composição telha shingle. ............................................................ 115
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 16
4 DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA.................................................... 81
Ainda visando dar maior subsídio ao estudo foi feita uma pesquisa
documental com normas e legislações vigentes, o que permitiu o levantamento
de dados que serviram de base para a criação do projeto. Além desta pesquisa
documental, foi necessário a realização de uma pesquisa bibliográfica e de 18
estudos de casos, de modo a descobrir novos aspectos humanitários atrelados
à arquitetura que proporcionam boa qualidade de vida para os cães e gatos.
Por último, com intuito de exibir os resultados deste estudo, o trabalho aqui
apresentado foi divido em quatro capítulos. O primeiro foi subdividido em 3
tópicos os quais apresentam os conceitos utilizados para embasamento teórico,
tais como: bem-estar animal, aspectos humanitários e as legislações e
condicionantes para projetos destinado a animais. Já o segundo capítulo aborda
a análise de 4 estudos de referência realizados de maneira direta e indireta com
a finalidade de entender o funcionamento destes estabelecimentos além de
extrair ideias para soluções funcionais e formais. O capítulo 3, por sua vez,
explana as condicionantes que foram utilizadas para a realização do projeto,
sendo elas: o terreno, as condicionantes físico-ambientais, as condicionantes
legais e as condicionantes funcionais. O quarto capítulo, finalmente, explica o
desenvolvimento da proposta arquitetônica. Este está dividido em 4 partes:
conceito e partido arquitetônico; evolução da proposta; memorial descritivo e
justificado; e aspectos técnicos e construtivos. O volume em apêndice
corresponde as pranchas e as imagens relativas ao projeto desenvolvido.
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1 REFERENCIAL TEÓRICO
Vale ressaltar que tais desafios ou tentativas que se refere o autor estão
diretamente ligadas as condições ambientais e arquitetônicas que o mesmo está
inserido, como espaços muito apertados ou com superlotação, ambiente muito
quente ou muito frio, pisos escorregadios ou abrasivo para as patas (BROOM,
2001).
Como já dito, no país e nas últimas décadas vem ocorrendo uma grande
mudança comportamental na relação do ser humano com os animais de
companhia, notadamente o cão e o gato, espécies mais comuns nos lares
brasileiros, o que gerou uma crescente inserção dos animais de estimação na
sociedade atual.
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Após se constatar que o Rio Grande do Norte não apresenta leis que
regulamentem estes tipos de instalações é que se fez necessário o estudo de
leis, normas e decretos de outros municípios a fim de dar maior embasamento
teórico ao projeto. Atualmente, existem leis federais que criminalizam os maus-
tratos de animais, como previstos no artigo 32 da Lei Federal nº 9.605, chamada
de Lei de Crimes Ambientais. Porém, não foi encontrada qualquer legislação
federal que regulamente tais estabelecimentos veterinários.
Dessa forma, os estudos das legislações vigentes são fundamentais para a
realização do trabalho como forma de nortear as decisões projetuais e de
garantir o bem-estar que cada usuário, uma vez que elas estabelecem critérios
e diretrizes mínimas para os estabelecimentos veterinários. Todavia, é sabido
que para a realização de um projeto apropriado aos animais apenas estas
análises não são suficientes necessitando, desta maneira, de um subsídio maior
para entender a realidade deste tipo de projeto. Assim, fez-se necessário o
estudo de projetos já construídos e em funcionamento para, dessa forma,
entender todas as necessidades funcionais dos projetos destinados para
animais.
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2 OLHAR PROJETUAL: ESTUDO DE REFERÊNCIA
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O Malabo conta, ainda, com salas para banho e tosa além de uma
estrutura médica veterinária impecável, com salas de atendimento, sala de
esterilização, sala de repouso, centro cirúrgico (figura 5) e laboratórios, além de
contar com salas para fisioterapia e esteira aquática. O complexo também está
apto para receber animais em fase de pós-operatório e em programas de
reabilitação, uma vez que sempre dispõe de uma equipe de médicos
veterinários, fisioterapeutas veterinários, além de segurança e monitoramento
durante 24 horas, proporcionando ao animal um ambiente controlado e
totalmente protegido.
Figura 5- Centro Cirúrgico
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Fonte: Cãopestre Park e Hotel, 2016.
Dentro dessa perspectiva, o hotel possui estrutura para asilo canino, com
canis apropriados as suas necessidades e rotina diária equilibrada, e um
complexo específico e projetado especialmente para os cães de pequeno porte
(Figura 8).
Figura 8- Asilo canino e complexo para animais de pequeno porte, respectivamente.
O hospital Tico e Teco dispõe de uma área bem estruturada para receber 45
as mais diversas patologias, contando com uma estrutura de última geração:
centro cirúrgico completo, anestesia inalatória, desfibrilador, monitores
cardíacos, internação com 31 leitos (figura 11), sendo 23 leitos para cães e 8
para gatos, laboratório moderno de hemograma e bioquímica com resultado de
exames na hora, ultrassom, raio-x, além de dois consultórios para atendimentos
(figura 12).
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A pronto clínica Tico e Teco possui, ainda, uma loja com produtos
especializados para cães e gatos, serviço de Táxi Dog caso o proprietário esteja
sem tempo de levar seu pet para o estabelecimento, e serviços de banho e tosa
com 38 cabines para alojar os animais enquanto aguardam sua vez (figura 15).
Figura 15- Loja, Táxi Dog e Sala para Banho e tosa, respectivamente.
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50
Fonte: Metaform Architects, 2017.
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Fonte: Metaform Architects, 2017.
Dessa forma, após o estudo desse estabelecimento foi que surgiu a ideia de
criar uma cobertura diferenciada com formas triangulares desencontradas em
tons amadeirados criando um volume diferenciado para o complexo, bem como
também foi utilizado a ideia de integração com a natureza e a utilização de
materiais semelhantes.
3 CONDICIONANTES PROJETUAIS
3.1 Terreno
Residencial
Serviço
Comercial
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Institucional
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
58
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
Trajetória
solar
durante o
solstício
de inverno
Trajetória
solar
durante o
solstício
de verão
59
60
62
65
Após a análise da tabela 4, concluiu-se que para a via estrutural, Av. Maria
Lacerda Montenegro, seriam necessárias 8 vagas de estacionamento posto que
apenas o bloco do Pet Shop está voltado para ela, em contrapartida, na Rua
Aníbal Brandão, via coletora, seriam necessárias 21 vagas de estacionamento.
Na tabela 3 e na figura 26, mostra, a partir do tamanho das testadas dos lotes e
do número de estacionamento, como devem ser seus acessos. Assim, para a
Av. Maria Lacerda Montenegro a forma de acesso é a opção C da figura 26,
enquanto para a Rua Aníbal Brandão a forma de acesso se dá pela opção B.
Deve-se ressaltar que nos estacionamentos coletivos deverão ser previstas
vagas para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida e idosos, conforme
legislação pertinente.
Permitido em relação a
Exigido
área total do terreno
Coeficiente de
≤1 26.005,48 m²
aproveitamento
Taxa de ocupação ≤ 80% 20.804,38 m²
Taxa de permeabilidade ≥ 20% 5.201,10 m²
Recuos 3m
Gabarito Sem limite de gabarito
Via arterial 1 vaga/35m² 8 vagas
Estacionamento
Via coletora 1 vaga/40m² 21 vagas
66
Fonte: Elaborado pela autora, 2017.
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Esta resolução foi importante para o projeto no que tange as sinalizações das
vagas para veículos conduzidos por pessoas com deficiência, uma vez que
compete ao órgão regulador de trânsito normatizar a sinalização horizontal
correta, como já visto anteriormente. Assim, segundo esta resolução a
sinalização horizontal deve ser feita de acordo com a figura 29. Quanto ao
pictograma indicativo do local de estacionamento, deve ser na cor branca,
inserido num quadrado azul com 1,20m de lado.
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Área aproximada
Bloco Ambiente Quantidade
por ambiente (m²)
Drogaria 01 35 m²
Utilidades para drogaria 01 5 m²
Boutique 01 50 m²
Sala para banho 01 15 m²
Sala para secagem 01 15 m²
Pet Shop Sala para tosa 01 15 m²
Sala para tratamento
01 15 m²
pelagem
Abrigo de resíduos
01 6 m²
sólidos (local)
Depósito 01 6 m²
DML 01 6 m²
Canis espera 04 2,50 m² cada
Gatis espera 02 2 m² cada
Área aproximada
Bloco Ambiente Quantidade
por ambiente (m²)
Foyer com recepção 01 130 m²
Sala administração 01 15 m²
Sala reunião 01 25 m²
Sala coletiva 01 30 m²
Sala triagem 01 10 m²
Sala esterilização 01 10 m²
Recepção e
Abrigo de resíduos
Administração 01 6 m²
sólidos (local)
Depósito 01 6 m²
DML 01 6 m²
BWC Feminino 01 9 m²
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BWC Masculino 01 9 m²
BWC acessível 01 3 m²
Área aproximada
Bloco Ambiente Quantidade
por ambiente (m²)
Recepção 01 30 m²
Consultório 01 12 m²
Sala curativos 01 12 m²
Sala fisioterapia 01 20 m²
Ambulatorial Sala tratamentos 01 12 m²
Abrigo de resíduos
01 4 m²
sólidos (local)
Depósito 01 4 m²
DML 01 4 m²
Área aproximada
Bloco Ambiente Quantidade
por ambiente (m²)
Sala estar 01 20 m²
Cozinha 01 10 m²
Salas para descanso 02 15 m² cada
Funcionário
BWC Feminino 01 10 m²
BWC Masculino 01 10 m²
BWC acessível 01 3 m²
Área aproximada
Bloco Ambiente Quantidade
por ambiente (m²)
Cozinha geral 01 10 m²
Sala de apoio para
01 4 m²
cozinha
Serviços
Lavanderia Geral 01 10 m²
Sala limpa 01 3 m² 77
Sala suja 01 3 m²
Área aproximada
Bloco Ambiente Quantidade
por ambiente (m²)
Academia 01 35 m²
Spa 01 30 m²
Espaço Zen 01 20 m²
Abrigo de resíduos
01 6 m²
sólidos (local)
Lazer Depósito 01 6 m²
DML 01 6 m²
Lazer livre com parte
01 600 m²
coberta
Pista de Agility 01 960 m²
Piscina 01 100 m²
Área aproximada
Bloco Ambiente Quantidade
por ambiente (m²)
Gatis 20 4 m² cada
Gatil Sala de utilidades 01 4 m²
Depósito 01 4 m²
Área aproximada
Bloco Ambiente Quantidade
por ambiente (m²)
Grande e médio porte 20 36 m² cada
Pequeno porte 20 10 m² cada
Asilo 20 10 m² cada
Abrigo de resíduos
Canis 01 4 m²
sólidos (local)
Depósito 01 4 m²
DML 01 4 m²
Sala Plantonista 01 10 m² 78
Área aproximada
Bloco Ambiente Quantidade
por ambiente (m²)
Casa de gás 01 6 m²
Casa de Bombas 01 9 m²
Infraestrutura Casa de Gerador 01 9 m²
Casa de lixo (geral) 01 9 m²
Estacionamento A definir
Como a Av. Maria Lacerda é mais movimentada que a Rua Aníbal Brandão,
optou-se por colocar os principais acessos por esta via a fim de não influenciar
negativamente o tráfego da avenida, além de facilitar o acesso para o complexo.
Dessa forma, os estacionamentos foram previstos para ficarem dispostos
perpendicularmente a calçada da Rua Aníbal Brandão. Todavia, também se fez
necessário a implantação de estacionamentos voltados para a Av. Maria
Lacerda, porém estes estacionamentos serão em menor quantidade.
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Os canis, por sua vez, também sofreram alterações, uma vez que o canil
para cães de médio e grande porte necessitava de um espaço maior para a sua
implantação, de modo que foi realocado para ficar à direita dos demais canis. Já
a parte de apoio para os canis, que é compreendida pelo abrigo de resíduos
sólidos, DML, depósito e sala do plantonista, foi colocada centralizada próximo
aos canis de modo a atender a todos os blocos igualmente.
Figura 37- Realocação da parte de apoio dos canis para o bloco de lazer.
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4.3.1 Implantação
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O bloco do Pet Shop está situado próximo ao cruzamento das duas vias que
margeiam o terreno. Para sua localização foi pensado, principalmente, na
visibilidade que o local aliado a topografia do terreno iria promover. O bloco é
composto pela drogaria, boutique, sala para banho, sala para tosa, sala para
secagem, sala para tratamento de pelagem, os canis e gatis temporários e o
setor de apoio (abrigo de resíduos sólidos, DML e depósito).
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Adjacente a piscina está situada a edificação de lazer (figura 52) que
apresenta em sua fachada nordeste uma grande área com cobogós do tipo
brises. A colocação destes elementos teve como motivo principal a proteção da
incidência direta solar durante o inverno, além de assegurar a ventilação dos
ambientes. Como já explicado nos tópicos anteriores, foi adicionado à esta
edificação a parte de apoio dos canis (abrigo de resíduos sólidos, DML, depósito
e sala plantonista), todavia, como o abrigo de resíduos sólidos, DML e depósito
já tinham sido previstos para este bloco, eles não foram adicionados
repetidamente, mas sim juntado aos existentes, de forma que se adicionou
apenas a sala para o plantonista.
Figura 52- Fachada sudoeste e nordeste, respectivamente.
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4.3.7 Bloco Gatil e Canis
Os blocos dos gatis e canis foram locados de forma a ficarem com as maiores
fachadas voltadas para nordeste e sudoeste. Cada um destes blocos apresenta
um corredor central que dá acesso aos canis e gatis individuais. No gatil, no fim
deste corredor, foram colocadas salas para apoio do mesmo, enquanto a parte
de apoio dos canis foi colocada junto com o bloco de lazer. Estes corredores
centrais apresentam, na cobertura, uma janela do tipo boca de lobo em vidro, de
modo a garantir a ventilação cruzada e iluminação indireta, além disto, nos canis,
foi proposto ainda colocar cobogós tipo brises nas paredes das extremidades
dos blocos.
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Após muitos estudos, foi escolhido a telha Shingle da Brasilit. Telhas Shingle
são fáceis de instalar e é o sistema de cobertura mais eficiente do mundo, o mais
usado na Europa, Estados Unidos e Canadá. Apresenta custo benefício muito
bom uma vez que possui resistência e leveza, além de ter menor necessidade
de estrutura de madeira para sustenta-la. Apresenta um acabamento impecável
com vedação absoluta devido ao sistema de fixação e sobreposição auto
aderente, formando uma camada única e contínua. As curvas e recortes são
feitos com a própria telha, resultando em um acabamento perfeito, sem a
necessidade de compra de peças especiais.
O modelo escolhido foi a Landmark Solaris Gold na cor Max Def Resawn
Shak. Este modelo, em específico, reflete a energia solar e reduz a temperatura 114
em até 20% durante os meses mais quentes do ano, quando comparada com
outra telha Shingle tradicional. É um produto com selo Energy Star®, que cumpre
os requisitos de refletância solar e emissão térmica.
Figura 63- Telha Brasilit Landmark Solaris Gold na cor Max Def Resawn Shak.
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Fonte: Brasilit, 2017.
Antes da instalação das telhas Shingle deve ser atentado para a inclinação
do telhado, uma vez que não é recomendado a instalação em telhados com
inclinação inferior a 9,5 graus (figura 65).
116
Quanto aos animais, foi adotado um valor para consumo diário, visto que o
livro não aborda médias de consumo para cachorros e gatos. Sendo assim,
adotou-se 50 litros por animal, multiplicado pela capacidade máxima de 60 cães
e 20 gatos, totalizando 4.000 litros.
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4.4.4 Estacionamento
com as vias e as áreas construídas. Para via arterial esta previsão é de 1 vaga
para cada 35m² construídos enquanto a via coletora é de 1 vaga para cada 40m².
265,69 m², uma vez que o cálculo foi baseado na área do bloco do Pet Shop,
vagas, totalizando, no estacionamento 02, uma vaga para deficiente e outra para
idoso, ao passo que no estacionamento 01 foi prevista uma vaga para deficientes
Deve-se ressaltar que essas são as previsões mínimas para a colocação das
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REFERÊNCIAS
______. Coping, stress, and welfare. In: BROOM, D.M. Coping with challenge:
welfare in animals including humans. Berlim: Dahlem University Press, 2001.
p. 1-9.
______. Indicators of poor welfare. British Veterinary Journal, London, v. 142,
p. 524-526, 1986.
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