Você está na página 1de 19

Capítulo 7

Layouts

Neste capítulo, abordaremos as seguintes questões:


„„O que é layout? Por que é importante defini-lo com cuidado?
„„Que etapas compõem a mudança de layout?
„„Quais são os tipos de layout?
„„Para que serve o método dos elos?

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 125 11/12/10 9:20 AM


126    OSM

Introdução
Neste capítulo, você conhecerá o significado de layout, conceito que define a maneira
como organizamos o espaço físico. Além disso, você verá que critérios e objetivos devem
nortear o arranjo físico em empresas, de modo a facilitar o fluxo de processos, documentos
e pessoas, bem como facilitar a supervisão, por exemplo. Em seguida, verá o processo que o
analista de OSM deve seguir na hora de alterar o layout. Também serão apresentados os ti-
pos de layout e o método de elos, técnica que permite identificar que departamentos devem
ocupar as posições centrais no espaço da empresa.

Conceito e objetivos do layout


O arranjo físico é um componente importante da organização empresarial. Quando
apropriado, ele permite que os equipamentos e os recursos humanos sejam distribuídos de
forma eficiente, o que cria condições favoráveis ao aumento da produtividade. À maneira
como organizamos o espaço físico damos o nome de layout, como confirmam as palavras
de Cury (2007, p. 396):
O layout corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaços existentes na
organização, envolvendo, além da preocupação de melhor adaptar as pessoas ao ambiente de
trabalho, segundo a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas,
equipamentos e matérias-primas.

A displicência em relação ao layout pode provocar demora na execução das tarefas,


insatisfação da mão de obra, bem como o trâmite ilógico de documentos, peças e pessoas.
Para evitar esses problemas, é preciso planejar o arranjo físico da empresa tendo em vista os
objetivos apresentados na Figura 7.1.

Figura 7.1 Objetivos do layout.

Aproveitamento do
espaço físico

Ambiente
Facilidade de
agradável
coordenação e
para clientes e
supervisão
funcionários Objetivos
do layout

Tramitação eficaz
Comunicação dos processos
eficiente de trabalho e
documentos

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 126 11/12/10 9:20 AM


Layouts  127

Nos casos em que o layout alcança esses objetivos, a empresa obtém ganhos em termos
de rapidez e eficiência, pois consegue eliminar retrocessos no fluxo de trabalho, além de evi-
tar a movimentação desnecessária de pessoas e materiais. Nada disso, porém, é tarefa fácil.
É preciso conduzir um estudo cauteloso das diversas alternativas de layout e escolher aquela
que atende melhor às necessidades da empresa. Por isso, na próxima seção deste capítulo,
você conhecerá o passo a passo metodológico para elaboração de um novo layout.

Mudança de layout
A reconfiguração de um arranjo físico desdobra-se em três etapas, conforme ilustrado
pela Figura 7.2: (1) estudo do layout atual, (2) elaboração do novo layout e (3) aprovação,
implantação e avaliação do novo layout.
Nos tópicos a seguir, examinaremos separadamente cada uma dessas etapas.

Estudo do layout atual


O objetivo dessa primeira etapa é colher informações Damos o nome de planta bai-
sobre o arranjo físico atual da empresa e identificar seus xa ao desenho de um espaço
principais problemas. Para tanto, o primeiro passo é solicitar físico em que constam as me-
a planta baixa (veja conceito no boxe) do espaço disponível. didas de cada ambiente, bem
como o comprimento de pa-
Com a planta em mãos, é hora de conferir se os componentes redes, portas e janelas.
do layout citados na Figura 7.3 estão adequados.

Figura 7.2 Etapas da mudança de layout.

Aprovação,
Elaboração
Mudança de Estudo do implantação e
do novo
layout layout atual avaliação do
layout
novo layout

Figura 7.3 Componentes do layout.

Componentes
do layout

Formato e
Saídas de Áreas de Móveis e
Sanitários Elevadores Geradores tamanho das
emergência circulação equipamentos
salas

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 127 11/12/10 9:20 AM


128    OSM

Convém analisar, por exemplo, a necessidade de reforma ou ampliação das instalações, sem
perder de vista a quantia que a alta administração está disposta a investir. É preciso levar em
conta se os equipamentos e os móveis alocados nos diferentes departamentos são capazes de
atender à demanda. A capacidade de lotação e o formato das salas devem ser comparados à sua
utilização na prática. Em outras palavras, o analista de OSM deve verificar se o uso das salas é
compatível com suas dimensões. No próximo tópico, você conhecerá algumas medidas padroni-
zadas que podem auxiliá-lo a distribuir o espaço físico de acordo com o quadro hierárquico da
empresa. Além disso, verá que as salas, os sanitários e as saídas de emergência devem ser ligados
por uma área de circulação sem obstruções, o que contribui para a segurança do edifício.
Os aparelhos de ar-condicionado também constituem um componente de relevo do
layout. Em geral, a temperatura deve ser mantida entre 16 e 20 graus Celsius, a fim de pro-
porcionar um ambiente de trabalho agradável e evitar o superaquecimento das máquinas.
Outros fatores, como o nível de umidade e a quantidade de poeira e ruído, também não de-
vem ser subestimados pelo analista de OSM. Frequentemente, o excesso de umidade e poeira
pode danificar equipamentos e desencadear processos alérgicos entre os funcionários.
Por último, a fim de facilitar a visualização do arranjo físico atual, o analista de OSM
deve preparar uma maquete ou um desenho, conforme exemplificado na Figura 7.4.
Durante o levantamento de dados sobre o layout atual, é interessante que se distribuam
questionários e realizem entrevistas. Esses instrumentos de pesquisa costumam ser bastante
úteis; afinal, as queixas e sugestões dos funcionários podem servir de ponto de partida para
a detecção de problemas e delineamento de um novo arranjo físico.

Figura 7.4 Exemplo de desenho do layout (adaptado de CURY, 2007, p. 401).

Banheiro Secretaria
feminino

Chefia
Vão
Banheiro
masculino

Bebedouro
Bebedouro
Arquivo

Reuniões

Recepção

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 128 11/12/10 9:20 AM


Layouts  129

Elaboração do novo layout


No decorrer deste tópico, serão abordados os aspectos do layout presentes na Figura 7.5.
Utilize-a como guia para acompanhar a leitura.
O fluxo do trabalho é um ponto decisivo na elaboração do novo layout. De acordo com
Rebouças (2009), é importante construir um arranjo físico coerente com a intensidade das
trocas entre os departamentos. Segundo esse autor, o analista de OSM deve alocar os seto-
res que cooperam em seções próximas, diminuindo assim o consumo de tempo e recursos
financeiros com o transporte de pessoas, documentos e materiais. Às vezes, quando não há
intercâmbio, convém aproximar unidades organizacionais com objetivos complementares, o
que pode contribuir para melhorarem o desempenho de suas funções. Cury (2007, p. 397),
por exemplo, recomenda a utilização de um fluxograma dos processos empresariais no mo-
mento de se avaliar a adequação do layout:
O instrumento de grande utilidade nessa fase é o fluxograma, tendo em vista que os modernos
layouts são fundamentados no princípio de fluxo e que a grande preocupação é fazer com que
os materiais ou processos caminhem suave e continuamente por meio dos órgãos ou opera-
dores sem interrupções, estrangulamentos e retrocessos.

O ideal é que o arranjo físico reflita o fluxo do trabalho: os processos devem seguir um
caminho semelhante a uma linha reta, percorrendo os diferentes departamentos da em-

Figura 7.5 Aspectos da elaboração do novo layout.

Fluxo de
trabalho

Extintores de Quadro
incêncio hierárquico

Iluminação Bebedouros

Móveis e Área de
equipamentos circulação

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 129 11/12/10 9:20 AM


130    OSM

presa como se fossem etapas de uma esteira de produção. Dentro de cada departamento,
o arranjo mais tradicional é aquele em que os empregados ficam voltados para uma única
direção, enquanto os supervisores são alocados em pontos centrais, dotados de uma visão
privilegiada dos postos ocupados pelos subordinados. Contudo, como muitas atividades
hoje em dia exigem intensa cooperação entre os funcionários, é cada vez mais comum as
estações de trabalho serem posicionadas uma de frente para a outra, lado a lado, ou mesmo
em semicírculo.
Ao examinar o fluxograma, o analista de OSM também deve identificar os departamen-
tos cujas atividades auxiliam os demais; esses setores devem ficar em posições centrais, de
fácil acesso. Tal regra aplica-se aos serviços de secretaria, almoxarifado e arquivo, por exem-
plo. Já as unidades organizacionais que produzem ruídos durante a execução de suas ativi-
dades devem ser isoladas, de modo a se manter um ambiente de trabalho agradável para os
outros funcionários. De modo semelhante, departamentos que atuam com o público devem
ocupar espaços de fácil acesso externo e distantes dos setores internos.
O quadro hierárquico da empresa é outro fator que não deve ser ignorado. Na hora de
definir o tamanho e os componentes das diferentes salas, o analista de OSM deve levar em
conta o nível hierárquico de seus ocupantes. O Quadro 7.1 apresenta as sugestões de Rebou-
ças (2009) para o arranjo físico de escritórios. Mas esses padrões, embora configurem suges-
tões interessantes, não são obrigatórios: dependendo do tipo de trabalho a ser desenvolvido
em cada espaço, as medidas devem ser alteradas. Afinal de contas, o objetivo do estudo de
alternativas é buscar uma opção capaz de oferecer um ambiente agradável, propício para a
execução de tarefas, como mostra Cury (2007, p.399):

Quadro 7.1 Padrões de área para arranjo físico de escritório (extraído de REBOUÇAS, 2009, p. 348).

NÍVEL HIERÁRQUICO DISCRIMINAÇÃO ÁREAS EM m2


Salas 30
Presidentes e diretores Sala de reuniões 15
(alta administração) Sala de assessores 15
Sala de espera 12
Salas com mesas de reuniões 20-25
Gerentes Sala de assistentes 10
(média administração) Sala de auxiliares 6-7
Sala de espera 6
Chefias 16
Chefes (baixa administração)
Nível superior (sala coletiva) 7-8 (por pessoa)
e demais funcionários
Demais funcionários (sala coletiva) 5 (por pessoa)

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 130 11/12/10 9:20 AM


Layouts   131

O espaço deve ser apropriado, tanto quanto possível, em perfeita sintonia com as necessidades
das pessoas e a natureza do trabalho, sendo significativo aduzir que a satisfação e o conforto
do empregado podem ser fortemente influenciados pelo layout.

O terceiro fator a ser considerado são os bebedouros, que não podem ficar distantes
dos funcionários. Para Rebouças (2009), a distância máxima entre cada funcionário e o be-
bedouro não deve ultrapassar 10 metros. Além disso, é importante definir as medidas da área
de circulação, geralmente formada por um vão principal e corredores internos. Em geral, a
largura do vão principal é de cerca de 2 metros, e a dos corredores internos varia entre 85
centímetros e 1 metro.
A escolha dos móveis e equipamentos deve ser pautada no conforto e no atendimento
às necessidades dos empregados. Sempre que possível, convém optar por móveis e equipa-
mentos da mesma marca, o que contribui para uniformizar a aparência e reduzir custos de
compra e manutenção. Afinal, é mais fácil negociar descontos para a compra e o reparo de
grandes quantidades.
A iluminação é mais um aspecto que merece atenção do analista de OSM. Em geral, é
importante assegurar que os funcionários não ficarão expostos continuamente a uma luz
intensa. Para Rebouças (2009, p. 353), “a iluminação deve atingir o posto de trabalho — li-
geiramente acima —, à esquerda — se o funcionário for destro — ou atrás do funcionário”.
Além disso, é preciso evitar materiais de revestimento que reflitam fortemente a iluminação
ambiente. Tampos de vidro, por exemplo, não são opções adequadas para mesas de trabalho
onde se escreve constantemente.
Por último, é fundamental instalar extintores de incêndio nas dependências do edifí-
cio. Nos locais em que há alta concentração de materiais de fácil combustão, é essencial
contar com esses equipamentos. Para mais detalhes, deve-se consultar a Norma Regula-
mentadora n. 23, do Ministério do Trabalho, que dispõe sobre a proteção contra incêndio
nas empresas. Também vale a pena visitar o site do Instituto de Pesos e Medidas do estado
em que está instalada a empresa, para conhecer as especificações referentes aos extinto-
res de incêndio.

Opções econômicas para escritórios


Abrir um negócio não é tarefa fácil. Os primeiros anos, especialmente, costumam
impor uma série de desafios para os empreendedores — a escassez de capital é um deles.
Para evitar altos custos de instalação e manutenção, vale a pena recorrer às opções de
layout que o mercado contemporâneo vem disponibilizando. Em cidades como São Paulo,
Rio de Janeiro e Brasília, existem empresas especializadas em alugar espaços e prestar
serviços de escritório para autônomos, profissionais liberais, microempresários ou mesmo
empresas de pequeno porte.
Há desde opções simples, que incluem apenas atendimento telefônico e recebimento
de correspondência, até pacotes mais completos, envolvendo espaços físicos (salas de reu-

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 131 11/12/10 9:20 AM


132   OSM

niões e escritórios) que podem ser alugados sob demanda. De acordo com uma reportagem
da revista Exame (MOREIRA, 2010), a economia pode chegar a 60% quando os gastos são
comparados aos de um escritório convencional. A Figura 7.6 apresenta as principais opções
para quem procura um layout mais em conta.
Vamos conhecer melhor cada uma dessas opções.
„„Escritório virtual: Os escritórios virtuais estão entre as opções mais baratas e simples
do mercado. Os pacotes mais econômicos incluem apenas serviços de atendimento
telefônico e correspondência, com direito a usar o endereço comercial em cartões de
visita e materiais de divulgação. Dependendo das necessidades do empreendedor, é
possível acrescentar outros serviços, como atendimento telefônico bilíngue e secre-
tária sob demanda para digitação e agendamento de viagens.
„„Espaço compartilhado: Para quem busca economizar e trocar experiências com ou-
tros profissionais, vale a pena experimentar os benefícios que o espaço compartilha-
do oferece. Também conhecidos como espaços de co-working, eles colocam lado a
lado empresários de diferentes áreas, criando um arranjo físico onde o intercâmbio
de ideias e o networking fazem parte do dia a dia.

Figura 7.6 Layouts econômicos (adaptado de MOREIRA, 2010).

Escritório virtual

Espaço compartilhado

Layout econômicos Ecossistema colaborativo

Escritório sob medida

Salas para reunião


e eventos

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 132 11/12/10 9:20 AM


Layouts   133

„„ Ecossistema colaborativo: Se nos espaços compartilhados a interação entre profissio-


nais é uma consequência do arranjo físico, nos ecossistemas colaborativos a intera-
ção é o próprio objetivo do layout. Geralmente, os clientes desse tipo de serviço são
alocados em salas compartilhadas, dotadas de uma série de equipamentos e serviços
para uso comum, tais como Internet sem fio, impressora e telefonia. Esse sistema é
ideal para profissionais que compartilham um projeto; por exemplo: engenheiros,
arquitetos e decoradores envolvidos na construção de um conjunto de casas.
„„Escritório sob medida: Para quem não gosta da ideia
de dividir o mesmo espaço com outros empresá- Graças aos avanços tecnológi-
rios, convém considerar os escritórios sob medida. cos, reunir pessoas de diferen-
tes partes do globo está cada
Em geral, as empresas locadoras oferecem salas em
vez mais fácil. Hoje, as video-
tamanhos e layouts diferentes, para atender a cada conferências permitem cortes
necessidade, além de serviços de limpeza, manu- expressivos de gastos com pas-
tenção, correspondência e Internet. Alguns pacotes sagens aéreas e estadias em
também oferecem equipamentos como micro-ondas hotel. Segundo Moreira (2010),
reuniões realizadas por meio
e máquina de café.
de videoconferência são 75%
„„Salas para reunião e eventos: Quando os recursos mais baratas que as conven-
são muito escassos, a melhor opção pode ser manter cionais.
um escritório virtual e alugar salas apenas para rece-
ber os clientes mais importantes.

Layout de fábricas
Ao estruturar o layout de uma fábrica, o analista de OSM não pode perder de vista a
espinha dorsal desse tipo de instalação — o processo produtivo. É essencial, portanto, con-
duzir um estudo prévio para conhecer melhor a produção, levando em conta os seguintes
aspectos:
„„a capacidade que a fábrica deve ter;
„„as operações que compõem o processo produtivo;
„„o intervalo de tempo entre cada uma dessas operações;
„„os materiais utilizados;
„„os riscos para a segurança e a saúde dos funcionários eventualmente oferecidos por
uma ou mais das etapas de produção.
A partir dos resultados do estudo, o analista de OSM deve orientar a escolha de equipa-
mentos e alocar as unidades produtivas no espaço disponível de acordo com a sequência da
produção. Ou seja, o arranjo físico deve refletir a ordem da cadeia produtiva a fim de facilitar
o fluxo dos processos e materiais. O intervalo entre as operações é outra peça-chave da
elaboração do layout, pois determina se há necessidade de reservar espaços para armaze-
nar materiais em fase de processamento. Também é importante identificar a existência de

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 133 11/12/10 9:20 AM


134    OSM

atividades de risco e isolá-las do resto da produção. Em geral, a escolha de ferramentas e


equipamentos não deve ser pautada apenas pelas necessidades imediatas da empresa. É ne-
cessário planejar a longo prazo e estimar a capacidade que a fábrica precisará ter no futuro
para atender às demandas do mercado.

Aprovação, implantação e avaliação do novo layout


Uma vez escolhido o arranjo físico, é preciso representá-lo visualmente. Para tanto, o
analista de OSM deve elaborar uma maquete com miniaturas dos móveis e equipamentos,
bem como uma planta baixa de toda a área reconfigurada.
A rede de locadoras 100% Ví- O orçamento e o cronograma das obras também são peças
deo não anda mais só: por cau- indispensáveis, pois determinam a viabilidade da implantação
sa das parcerias com lancho-
netes e livrarias, por exemplo,
do novo modelo. Depois, chega a hora de levar à alta adminis-
seus clientes não encontram tração a versão final do layout e submetê-la à sua aprovação.
apenas DVDs nas prateleiras. No decorrer da reunião com os diretores, é importante recor-
Além de alugar vídeos, eles rer à planta baixa e à maquete para facilitar a visualização
também podem tomar um da proposta. Além disso, vale a pena exibir o fluxograma dos
cafezinho, comprar livros, re-
vistas, CDs e até brinquedos.
processos operacionais e administrativos e destacar como o
Na loja da 100% Vídeo em novo layout contribuirá para torná-los mais eficientes.
Cotia, nos arredores de São Após o sinal verde da alta administração, cabe ao analis-
Paulo, é preciso atravessar ta de OSM distribuir cópias do cronograma e da planta baixa
corredores ocupados pela li-
do novo layout para todos os profissionais encarregados de
vraria Nobel antes de alugar
um filme. Ao que tudo indica, conduzir a obra. Se o local já estiver sendo ocupado, o ana-
o novo layout das locadoras lista de OSM deverá ter cuidado redobrado: de acordo com
agradou os clientes: desde as dimensões da reforma, pode ser necessário interromper as
que começou a formar par- atividades ou transferi-las para outro espaço. Para manter
cerias com outras franquias,
os móveis e os materiais organizados, convém colocá-los em
a 100% Vídeo registrou um
aumento de 30% no fatura- caixas numeradas, indicando, inclusive, o nome dos funcio-
mento. Além da satisfação do nários e departamentos correspondentes.
cliente, o arranjo traz outras Por último, o analista de OSM deve acompanhar por al-
vantagens, como a divisão guns meses a adaptação da mão de obra ao novo layout.
de custos com energia, im-
postos, aluguel e mão de obra
Durante esse período, é fundamental verificar a necessidade
(VITURINO, 2006). de ajustes no arranjo físico e avaliar se os objetivos da recon-
figuração do espaço foram atingidos.

Tipos de layout
Ao se desenhar o arranjo físico da empresa, é importante lembrar que não há um mode-
lo ideal. Pelo contrário: cada empresa precisa avaliar as diferentes opções à luz das priorida-
des de seu negócio. Existem basicamente três tipos de layout — pelo processo, pelo produto
e pelos clientes —, como mostra a Figura 7.7.

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 134 11/12/10 9:20 AM


Layouts  135

Figura 7.7 Tipos de layout.

Tipos de layout

Layout pelo processo Layout pelo produto Layout pelos clientes

Nos próximos tópicos, você conhecerá as principais vantagens e desvantagens inerentes


a cada um desses tipos de layout.

Layout pelo processo


O layout pelo processo é uma boa pedida para negócios que exigem flexibilidade e adap-
tação rápida às demandas do mercado. Em geral, esse tipo de arranjo físico é recomendado
para empresas nas quais predomina a departamentalização por processo, pois ele agrupa as
máquinas e a mão de obra de acordo com as operações. O Quadro 7.2 mostra como funciona
esse tipo de layout.
De acordo com Cury (2007), layouts como o ilustrado no Quadro 7.2 são frequentes em
fábricas onde são produzidos produtos variados a intervalos regulares. A principal vantagem
é que esse tipo de arranjo físico permite à empresa suportar pequenas flutuações na deman-
da sem aumentar a quantidade de máquinas e ferramentas. A desvantagem é que, como não
há um modelo de produção permanente, não é possível aproveitar o espaço físico de forma
eficiente, distribuindo os departamentos de forma lógica de acordo com a sequência dos
processos. Dependendo do tipo de produto a ser fabricado, pode ser necessário transportar
peças de um departamento para outro, o que gera custos adicionais de produção.

Layout pelo produto


Para empresas com portfólio permanente de mercadorias, não convém organizar o es-
paço por processos, mas sim de acordo com o produto. Nesse caso, os funcionários e equi-

Quadro 7.2 Layout pelo processo (adaptado de CURY, 2007).

DEPARTAMENTO DE FRESAGEM DEPARTAMENTO DE TORNO DEPARTAMENTO DE FURADEIRAS

1 2 3

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 135 11/12/10 9:20 AM


136   OSM

Figura 7.8 Layout pelo produto (adaptado de CURY, 2007).

Departamento responsável pelo produto A

Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5

pamentos são distribuídos no espaço físico de modo a tornar a sequência de documentos e


materiais o mais lógica possível. Henry Ford foi um dos principais responsáveis pela divul-
gação desse tipo de layout, quando colocou em prática o modelo de linha de produção. Nas
fábricas Ford, a montagem de veículos aumentou exponencialmente graças à distribuição
das máquinas e dos funcionários ao longo de uma esteira que movimentava o carro em fase
de produção. A Figura 7.8 mostra como esse tipo de layout opera.
A grande vantagem desse tipo de layout consiste na redução do tempo de fabricação,
uma vez que os materiais são deslocados de forma lógica através das diferentes etapas do
ciclo produtivo. Por outro lado, o layout por produto engessa as operações da empresa,
tornando-a inflexível diante de modificações na demanda do mercado.

Layout pelos clientes


Os dois tipos de layout anteriores são mais comuns em fábricas ou outras instalações em
que não há necessidade de atender diretamente o público. Nas empresas abertas à clientela,
como prestadoras de serviços, é mais comum que o espaço físico seja organizado em função
justamente do atendimento. Neste tópico, serão apresentados cinco subtipos de layout pelos
clientes. O primeiro é o layout em C envolvendo os funcionários, como ilustra a Figura 7.9.
A distribuição em C envolvendo os funcionários é ideal para empresas nas quais a de-
manda por atendimento é superior ao volume de trabalho administrativo. Já o layout em C,
envolvendo os clientes, reflete a situação oposta: nesse caso, o volume de trabalho interno
ultrapassa a necessidade de atendimento (ver Figura 7.10).
Se o espaço físico não permitir a distribuição em C, vale considerar a distribuição em
canto. Na Figura 7.11, os funcionários ocupam o canto, porque a demanda por atendimento
é maior que a quantidade de trabalho interno. A Figura 7.12 ilustra a situação oposta: o vo-
lume de tarefas administrativas é superior à demanda por atendimento.

Figura 7.9 Layout em C envolvendo os funcionários.

O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O Legenda
O O O O O X X X X X Funcionários X
O O O O O X X X X X Clientes O
O O O O O O O O O O

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 136 11/12/10 9:20 AM


Layouts   137

Figura 7.10  Layout em C envolvendo os clientes.

X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X Legenda
X X X X X O O O O O Funcionários X
X X X X X O O O O O Clientes O
X X X X X X X X X X

Figura 7.11  Layout com funcionários no canto.

O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O Legenda
O O O O O O X X X X Funcionários X
O O O O O O X X X X Clientes O
O O O O O O X X X X

Figura 7.12  Layout com clientes no canto.

X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X Legenda
X X X X X X O O O O Funcionários X
X X X X X X O O O O Clientes O
X X X X X X O O O O

Se a necessidade de atendimento do setor for absolutamente prioritária, pode ser con-


veniente escolher o layout envolvente, representado na Figura 7.13.
Como a área de atendimento ocupa a maior parte do espaço disponível, a distribuição
envolvente é apropriada para locais onde há fluxo intenso de clientes e forte necessidade
de atendimento. Repare que esse tipo de layout é comum em saguões de hotéis, onde os
funcionários se dedicam quase exclusivamente ao atendimento.

Figura 7.13  Layout envolvente.

O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O Legenda
O O O X X X X O O O Funcionários X
O O O X X X X O O O Clientes O
O O O O O O O O O O

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 137 11/12/10 9:20 AM


138    OSM

Método dos elos


O método dos elos é uma forma de conduzir estudos sobre o arranjo físico ideal para a
empresa. O objetivo dessa técnica é identificar os departamentos mais atuantes na execução
de operações e colocá-los em posições centrais. Desse modo, reduz-se ao máximo a circu-
lação de produtos, documentos e pessoas por meio de um aproveitamento estratégico do
espaço físico. De acordo com Cury (2007), esse método divide-se em cinco etapas principais,
como veremos a seguir.

Primeira etapa
Antes de qualquer coisa, o analista de OSM deve listar todos os processos que integram
a rotina empresarial e identificar a frequência com que se repetem em um semestre. Com
base nesses dados, constrói-se uma tabela como a apresentada no Quadro 7.3.

Quadro 7.3 Exemplos de tipos e frequência dos processos (adaptado de CURY, 2007, p. 407).

TIPO PROCESSO EMPRESARIAL FREQUÊNCIA MÉDIA POR SEMESTRE


A Elaboração de instrumentos executivos normativos 20
B Elaboração do plano de trabalho e orçamento 30
C Elaboração do programa de importação da empresa 40
D Contratação de transporte porta a porta 15
E Pré-qualificação de fornecedores 10

Segunda etapa
Depois de discriminar o tipo e a frequência dos processos empresariais, o analista de
OSM deve identificar a sequência com que os departamentos atuam em cada um deles. O
Quadro 7.4 mostra como organizar essas informações em uma tabela.

Quadro 7.4 Sequência da atuação dos departamentos (adaptado de CURY, 2007, p. 407).

Tipo A Dep. 1 Dep. 2 Dep. 5 Dep. 8 Dep. 10 X X


Tipo B Dep. 1 Dep. 2 Dep. 4 Dep. 6 Dep. 7 Dep. 10 X
Tipo C Dep. 1 Dep. 3 Dep. 4 Dep. 5 Dep. 7 Dep. 9 Dep. 10
Tipo D Dep. 1 Dep. 3 Dep. 4 Dep. 6 Dep. 7 Dep. 8 Dep. 10
Tipo E Dep. 1 Dep. 2 Dep. 4 Dep. 5 Dep. 7 Dep. 9 Dep. 10

Terceira etapa
A terceira etapa consiste em verificar os elos que ligam os departamentos. Nos proces-
sos tipo A, por exemplo, é possível encontrar elos entre os departamentos 1 e 2, 2 e 5, 5 e 8
e, por último, entre 8 e 10. O Quadro 7.5 resume os elos entre os departamentos nos tipos
de processo A, B, C, D e E.

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 138 11/12/10 9:20 AM


Layouts   139

Quadro 7.5 Elos nos tipos de processo (adaptado de CURY, 2007, p. 407).

ELOS NO TIPO A ELOS NO TIPO B ELOS NO TIPO C ELOS NO TIPO D ELOS NO TIPO E
1, 2 1, 2 1, 3 1, 3 1, 2
2, 5 2, 4 3, 4 3, 4 2, 4
5, 8 4, 6 4, 5 4, 6 4, 5
8, 10 6, 7 5, 7 6, 7 5, 7
X 7, 10 7, 9 7, 8 7, 9
X X 9, 10 8, 10 9, 10

Quarta etapa
Neste momento, o objetivo é reunir os dados das outras etapas e sintetizá-los em um
quadro no qual são dadas as frequências com que cada elo se repete. O elo entre os depar-
tamentos 8 e 10, por exemplo, aparece tanto nos processos tipo A quanto nos processos tipo
D. Como esses tipos de processo são repetidos 20 e 15 vezes, respectivamente, é possível
afirmar que os departamentos 8 e 10 formam um total de 35 elos. Em outras palavras, os
departamentos 8 e 10 desenvolvem 35 trabalhos conjuntos por semestre. Veja o Quadro 7.6
para conferir quantas vezes os elos se repetem no decorrer de seis meses.

Quadro 7.6 Quadro de frequência (adaptado de CURY, 2007, p. 408).

TIPOS DE PROCESSO
ELOS A (20) B (30) C (40) D (15) E (10) TOTAL
1, 2 20 30 10 60
2, 5 20 20
5, 8 20 20
8, 10 20 15 35
2,4 30 10 40
4, 6 30 15 45
6, 7 30 15 45
7, 10 30 30
1, 3 40 15 55
3, 4 40 15 55
4, 5 40 10 50
5, 7 40 10 50
7, 9 40 10 50
9, 10 40 10 50
7, 8 15 15
Total 80 150 240 90 60 620

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 139 11/12/10 9:20 AM


140    OSM

Observe que o número 620 representa o total de elos formados durante a execução
dos processos. Ou seja, a cada seis meses os departamentos cooperam entre si 620 vezes
enquanto executam processos tipo A, B, C, D e E.

Quinta etapa
Por último, o analista de OSM deve montar o quadro de elos, na qual é listado o nú-
mero de vezes que cada departamento interage com outro, independentemente do tipo de
processo executado. O formato do quadro é semelhante a um tabuleiro de batalha naval. O
encontro entre as linhas verticais e horizontais apresenta o número de elos entre os postos.
No final de cada linha vertical, é possível verificar os totais de elos estabelecidos por cada
departamento. Considere, por exemplo, os departamentos 1 e 3 no Quadro 7.7. Siga a linha
vertical do departamento 1 até encontrar a linha horizontal do departamento 3. Na célula
onde as colunas se cruzam, você encontrará o número 55, que corresponde ao total de elos
entre os dois departamentos. Se você seguir até o final da linha vertical do departamento 1,
você encontrará o número 115, que representa o total de elos que o departamento 1 estabe-
lece com todos os outros. Siga o mesmo procedimento e identifique no quadro os departa-
mentos que mais se articulam com os demais.
Por meio da análise do Quadro 7.7 é possível concluir que os departamentos 4 e 7 são os
que mais interagem com os outros. Essa conclusão é importante para o desenho do layout,
pois indica que esses departamentos devem ocupar posições centrais na empresa, a fim de
facilitar a interação com os demais setores.

Quadro 7.7 Quadro de elos (adaptado de CURY, 2007, p. 409).

Departamentos
Departamentos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 30 35 50 115
9 50 100
8 20 15 70
7 50 45 190
6 45 90
5 20 50 140
4 40 55 190 Total de elos por
3 55 100 departamento
2 60 120
1 115

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 140 11/12/10 9:20 AM


Layouts  141

ESTUDO DE CASO
PREVENIR É MELHoR QuE REMEDIaR
Segundo a jornalista Carla Aranha (2009), é necessária muita atenção para não cometer erros
básicos na hora de comprar, alugar e reformar um imóvel — especialmente quando a empresa que
ocupará o espaço está em fase de crescimento. Afinal, escolhas aparentemente simples podem ge-
rar consequências duradouras. Para evitar problemas no futuro, vale a pena analisar com cuidado
alguns aspectos principais.
1. uso do ar-condicionado e capacidade da rede elétrica
Ao escolher o aparelho de refrigeração de ar, o empreendedor não deve ter em mente ape-
nas as necessidades atuais da empresa. É necessário enxergar mais além, traçando estimativas
de quantos funcionários a empresa terá se o ritmo de crescimento for mantido nos cinco anos
seguintes. Também é indispensável checar a capacidade da rede elétrica: multiplica-se o número
de empregados que utilizam computador por um consumo médio de 15 amperes e adiciona-se
20% a esse total; se o resultado for superior ao limite especificado na chave geral, há o risco de
blackouts. Para solucionar o problema, é necessário pedir à concessionária que aumente o forne-
cimento de energia.
2. Cores dos ambientes
De acordo com Aranha (2009), as cores do ambiente influenciam o estado psicológico dos
funcionários e dos clientes. Cores mais fortes — como vermelho ou amarelo — funcionam como
estimulantes; ao passo que cores claras provocam sonolência.
3. Posição, tamanho e acabamento dos banheiros
Não convém colocar os banheiros em lugares onde há alta concentração de funcionários, por
dois motivos. Em primeiro lugar, isso constrange as pessoas que vão ao banheiro por se sentirem
observadas pelos outros em volta. Além disso, os funcionários que trabalham próximos ao banhei-
ro podem ter dificuldade de concentração por conta do trânsito constante de pessoas. Para evitar
esses problemas, convém posicionar os banheiros no fim dos corredores — pontos em que a circu-
lação tende a ser menor. Para empresas com cerca de 20 funcionários, o tamanho dos banheiros
deve ser de aproximadamente 8 m2. Na hora de escolher o acabamento, também é importante ficar
atento a pequenas diferenças entre homens e mulheres. Nos banheiros femininos, convém apostar
em uma boa iluminação acima dos espelhos, bem como em uma bancada grande o suficiente para
cada funcionária apoiar seus pertences.
4. Compra de móveis e materiais
Dependendo do ritmo de crescimento da empresa, pode ser necessário remanejar depar-
tamentos ou, até mesmo, mudar de endereço. Para facilitar o transporte, é importante escolher
móveis desmontáveis. Quanto à compra de materiais, vale a pena optar por aqueles que faci-
litam a limpeza e não mancham ou quebram com facilidade. Essa recomendação aplica-se ao
material dos móveis e do piso, por exemplo. Nesse aspecto, pisos de cerâmica são ideais, pois a
limpeza é rápida. Já carpetes e pisos de madeira não são boas escolhas: os carpetes mancham
facilmente e os pisos de madeira ficam arranhados com o tempo.

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 141 11/12/10 9:20 AM


142   OSM

5. uso de divisórias
Não convém utilizar paredes de tijolo ou concreto. Embora protejam o ambiente contra o
barulho vindo de fora, elas podem se transformar em verdadeiros problemas quando é preciso
mudar o layout da empresa. Por isso, é mais interessante optar por painéis de madeira ou divi-
sórias plásticas.
Fonte: ARANHA, Carla. Casa nova sem bagunça. Exame, 27 out. 2009. Disponível em: <http://portalexame.abril.com.br/
revista/pme/edicoes/0021/casa-nova-bagunca-507352.html>. Acesso em: 3 out. 2010.

1. Agora, imagine que você foi convidado para assumir o cargo de analista de OSM em uma
empresa de médio porte. Sua primeira atribuição é redefinir o layout, levando em conside-
ração os seguintes aspectos:
a. O número de mulheres que trabalham na empresa é muito superior ao de homens.
b. O ritmo de trabalho expõe os funcionários a muita pressão, o que gera uma atmosfera
estressante.
c. A empresa está tendo problemas frequentes com o fornecimento de energia. Apagões já
se transformaram em parte do dia a dia.
2. Utilize os dados do “Estudo de caso” lido para elaborar suas sugestões de redefinição
do layout.

NA ACADEMIA
A empresa X está reformulando seu arranjo físico e precisa descobrir quais são os
departamentos que mais se articulam com os outros.
A partir dos dados dispostos no Quadro 7.8, utilize o método dos elos para identifi-
car os departamentos que devem ocupar as posições mais centrais no espaço disponível
na empresa X.

Quadro 7.8 Dados para exercício.

TIPO DE PROCESSO FREQUÊNCIA (POR MÊS) SEQUÊNCIA DE ATUAÇÃO DOS DEPARTAMENTOS


Processo tipo A 30 Dep. 1 – Dep. 4 – Dep. 5 – Dep. 2
Processo tipo B 40 Dep. 3 – Dep. 4 – Dep. 6 – Dep. 1
Processo tipo C 15 Dep. 5 – Dep. 4 – Dep. 1

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 142 11/12/10 9:20 AM


Layouts   143

Pontos importantes
„„O layout corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaços
existentes na organização. Além da preocupação em melhor adaptar as
pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade
desempenhada, envolve também a arrumação dos móveis, máquinas,
equipamentos e matérias-primas (CURY, 2007, p. 396). Ele permite
a distribuição dos equipamentos e recursos humanos de forma
eficiente na empresa, o que cria condições favoráveis ao aumento da
produtividade.
„„A mudança de layout é segmentada em três etapas: (1) estudo
do layout atual, (2) elaboração do novo layout e (3) aprovação,
implantação e avaliação do novo layout.
„„Existem basicamente três tipos de layout: layout pelo processo,
layout pelo produto e layout pelos clientes.
„„O método dos elos ajuda a definir o número de interações
entre os departamentos. Com base nesse dado, é possível
determinar que departamentos devem ocupar posições
mais centrais na empresa.

Referências
CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. São Paulo: Atlas, 2007.
MOREIRA, Daniela. Confira seis opções flexíveis de escritório. Exame, 29 set. 2010. Disponível em: < http://
portalexame.abril.com.br/pequenas-empresas/noticias/confira-7-opcoes-flexiveis-escritorio-600460.
html>. Acesso em: 8 out. 2010.
REBOUÇAS, Djalma de Pinho. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo:
Atlas, 2009.
VITURINO, Robson. Um parceiro dentro de sua loja. Exame, 6 jul. 2006. Disponível em: <http://
portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0871/pme/m0083056.html>. Acesso em: 8 out. 2010.
 

07 acad1009_OSM_Cap07.indd 143 11/12/10 9:20 AM

Você também pode gostar