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Layouts
Introdução
Neste capítulo, você conhecerá o significado de layout, conceito que define a maneira
como organizamos o espaço físico. Além disso, você verá que critérios e objetivos devem
nortear o arranjo físico em empresas, de modo a facilitar o fluxo de processos, documentos
e pessoas, bem como facilitar a supervisão, por exemplo. Em seguida, verá o processo que o
analista de OSM deve seguir na hora de alterar o layout. Também serão apresentados os ti-
pos de layout e o método de elos, técnica que permite identificar que departamentos devem
ocupar as posições centrais no espaço da empresa.
Aproveitamento do
espaço físico
Ambiente
Facilidade de
agradável
coordenação e
para clientes e
supervisão
funcionários Objetivos
do layout
Tramitação eficaz
Comunicação dos processos
eficiente de trabalho e
documentos
Nos casos em que o layout alcança esses objetivos, a empresa obtém ganhos em termos
de rapidez e eficiência, pois consegue eliminar retrocessos no fluxo de trabalho, além de evi-
tar a movimentação desnecessária de pessoas e materiais. Nada disso, porém, é tarefa fácil.
É preciso conduzir um estudo cauteloso das diversas alternativas de layout e escolher aquela
que atende melhor às necessidades da empresa. Por isso, na próxima seção deste capítulo,
você conhecerá o passo a passo metodológico para elaboração de um novo layout.
Mudança de layout
A reconfiguração de um arranjo físico desdobra-se em três etapas, conforme ilustrado
pela Figura 7.2: (1) estudo do layout atual, (2) elaboração do novo layout e (3) aprovação,
implantação e avaliação do novo layout.
Nos tópicos a seguir, examinaremos separadamente cada uma dessas etapas.
Aprovação,
Elaboração
Mudança de Estudo do implantação e
do novo
layout layout atual avaliação do
layout
novo layout
Componentes
do layout
Formato e
Saídas de Áreas de Móveis e
Sanitários Elevadores Geradores tamanho das
emergência circulação equipamentos
salas
Convém analisar, por exemplo, a necessidade de reforma ou ampliação das instalações, sem
perder de vista a quantia que a alta administração está disposta a investir. É preciso levar em
conta se os equipamentos e os móveis alocados nos diferentes departamentos são capazes de
atender à demanda. A capacidade de lotação e o formato das salas devem ser comparados à sua
utilização na prática. Em outras palavras, o analista de OSM deve verificar se o uso das salas é
compatível com suas dimensões. No próximo tópico, você conhecerá algumas medidas padroni-
zadas que podem auxiliá-lo a distribuir o espaço físico de acordo com o quadro hierárquico da
empresa. Além disso, verá que as salas, os sanitários e as saídas de emergência devem ser ligados
por uma área de circulação sem obstruções, o que contribui para a segurança do edifício.
Os aparelhos de ar-condicionado também constituem um componente de relevo do
layout. Em geral, a temperatura deve ser mantida entre 16 e 20 graus Celsius, a fim de pro-
porcionar um ambiente de trabalho agradável e evitar o superaquecimento das máquinas.
Outros fatores, como o nível de umidade e a quantidade de poeira e ruído, também não de-
vem ser subestimados pelo analista de OSM. Frequentemente, o excesso de umidade e poeira
pode danificar equipamentos e desencadear processos alérgicos entre os funcionários.
Por último, a fim de facilitar a visualização do arranjo físico atual, o analista de OSM
deve preparar uma maquete ou um desenho, conforme exemplificado na Figura 7.4.
Durante o levantamento de dados sobre o layout atual, é interessante que se distribuam
questionários e realizem entrevistas. Esses instrumentos de pesquisa costumam ser bastante
úteis; afinal, as queixas e sugestões dos funcionários podem servir de ponto de partida para
a detecção de problemas e delineamento de um novo arranjo físico.
Banheiro Secretaria
feminino
Chefia
Vão
Banheiro
masculino
Bebedouro
Bebedouro
Arquivo
Reuniões
Recepção
O ideal é que o arranjo físico reflita o fluxo do trabalho: os processos devem seguir um
caminho semelhante a uma linha reta, percorrendo os diferentes departamentos da em-
Fluxo de
trabalho
Extintores de Quadro
incêncio hierárquico
Iluminação Bebedouros
Móveis e Área de
equipamentos circulação
presa como se fossem etapas de uma esteira de produção. Dentro de cada departamento,
o arranjo mais tradicional é aquele em que os empregados ficam voltados para uma única
direção, enquanto os supervisores são alocados em pontos centrais, dotados de uma visão
privilegiada dos postos ocupados pelos subordinados. Contudo, como muitas atividades
hoje em dia exigem intensa cooperação entre os funcionários, é cada vez mais comum as
estações de trabalho serem posicionadas uma de frente para a outra, lado a lado, ou mesmo
em semicírculo.
Ao examinar o fluxograma, o analista de OSM também deve identificar os departamen-
tos cujas atividades auxiliam os demais; esses setores devem ficar em posições centrais, de
fácil acesso. Tal regra aplica-se aos serviços de secretaria, almoxarifado e arquivo, por exem-
plo. Já as unidades organizacionais que produzem ruídos durante a execução de suas ativi-
dades devem ser isoladas, de modo a se manter um ambiente de trabalho agradável para os
outros funcionários. De modo semelhante, departamentos que atuam com o público devem
ocupar espaços de fácil acesso externo e distantes dos setores internos.
O quadro hierárquico da empresa é outro fator que não deve ser ignorado. Na hora de
definir o tamanho e os componentes das diferentes salas, o analista de OSM deve levar em
conta o nível hierárquico de seus ocupantes. O Quadro 7.1 apresenta as sugestões de Rebou-
ças (2009) para o arranjo físico de escritórios. Mas esses padrões, embora configurem suges-
tões interessantes, não são obrigatórios: dependendo do tipo de trabalho a ser desenvolvido
em cada espaço, as medidas devem ser alteradas. Afinal de contas, o objetivo do estudo de
alternativas é buscar uma opção capaz de oferecer um ambiente agradável, propício para a
execução de tarefas, como mostra Cury (2007, p.399):
Quadro 7.1 Padrões de área para arranjo físico de escritório (extraído de REBOUÇAS, 2009, p. 348).
O espaço deve ser apropriado, tanto quanto possível, em perfeita sintonia com as necessidades
das pessoas e a natureza do trabalho, sendo significativo aduzir que a satisfação e o conforto
do empregado podem ser fortemente influenciados pelo layout.
O terceiro fator a ser considerado são os bebedouros, que não podem ficar distantes
dos funcionários. Para Rebouças (2009), a distância máxima entre cada funcionário e o be-
bedouro não deve ultrapassar 10 metros. Além disso, é importante definir as medidas da área
de circulação, geralmente formada por um vão principal e corredores internos. Em geral, a
largura do vão principal é de cerca de 2 metros, e a dos corredores internos varia entre 85
centímetros e 1 metro.
A escolha dos móveis e equipamentos deve ser pautada no conforto e no atendimento
às necessidades dos empregados. Sempre que possível, convém optar por móveis e equipa-
mentos da mesma marca, o que contribui para uniformizar a aparência e reduzir custos de
compra e manutenção. Afinal, é mais fácil negociar descontos para a compra e o reparo de
grandes quantidades.
A iluminação é mais um aspecto que merece atenção do analista de OSM. Em geral, é
importante assegurar que os funcionários não ficarão expostos continuamente a uma luz
intensa. Para Rebouças (2009, p. 353), “a iluminação deve atingir o posto de trabalho — li-
geiramente acima —, à esquerda — se o funcionário for destro — ou atrás do funcionário”.
Além disso, é preciso evitar materiais de revestimento que reflitam fortemente a iluminação
ambiente. Tampos de vidro, por exemplo, não são opções adequadas para mesas de trabalho
onde se escreve constantemente.
Por último, é fundamental instalar extintores de incêndio nas dependências do edifí-
cio. Nos locais em que há alta concentração de materiais de fácil combustão, é essencial
contar com esses equipamentos. Para mais detalhes, deve-se consultar a Norma Regula-
mentadora n. 23, do Ministério do Trabalho, que dispõe sobre a proteção contra incêndio
nas empresas. Também vale a pena visitar o site do Instituto de Pesos e Medidas do estado
em que está instalada a empresa, para conhecer as especificações referentes aos extinto-
res de incêndio.
niões e escritórios) que podem ser alugados sob demanda. De acordo com uma reportagem
da revista Exame (MOREIRA, 2010), a economia pode chegar a 60% quando os gastos são
comparados aos de um escritório convencional. A Figura 7.6 apresenta as principais opções
para quem procura um layout mais em conta.
Vamos conhecer melhor cada uma dessas opções.
Escritório virtual: Os escritórios virtuais estão entre as opções mais baratas e simples
do mercado. Os pacotes mais econômicos incluem apenas serviços de atendimento
telefônico e correspondência, com direito a usar o endereço comercial em cartões de
visita e materiais de divulgação. Dependendo das necessidades do empreendedor, é
possível acrescentar outros serviços, como atendimento telefônico bilíngue e secre-
tária sob demanda para digitação e agendamento de viagens.
Espaço compartilhado: Para quem busca economizar e trocar experiências com ou-
tros profissionais, vale a pena experimentar os benefícios que o espaço compartilha-
do oferece. Também conhecidos como espaços de co-working, eles colocam lado a
lado empresários de diferentes áreas, criando um arranjo físico onde o intercâmbio
de ideias e o networking fazem parte do dia a dia.
Escritório virtual
Espaço compartilhado
Layout de fábricas
Ao estruturar o layout de uma fábrica, o analista de OSM não pode perder de vista a
espinha dorsal desse tipo de instalação — o processo produtivo. É essencial, portanto, con-
duzir um estudo prévio para conhecer melhor a produção, levando em conta os seguintes
aspectos:
a capacidade que a fábrica deve ter;
as operações que compõem o processo produtivo;
o intervalo de tempo entre cada uma dessas operações;
os materiais utilizados;
os riscos para a segurança e a saúde dos funcionários eventualmente oferecidos por
uma ou mais das etapas de produção.
A partir dos resultados do estudo, o analista de OSM deve orientar a escolha de equipa-
mentos e alocar as unidades produtivas no espaço disponível de acordo com a sequência da
produção. Ou seja, o arranjo físico deve refletir a ordem da cadeia produtiva a fim de facilitar
o fluxo dos processos e materiais. O intervalo entre as operações é outra peça-chave da
elaboração do layout, pois determina se há necessidade de reservar espaços para armaze-
nar materiais em fase de processamento. Também é importante identificar a existência de
Tipos de layout
Ao se desenhar o arranjo físico da empresa, é importante lembrar que não há um mode-
lo ideal. Pelo contrário: cada empresa precisa avaliar as diferentes opções à luz das priorida-
des de seu negócio. Existem basicamente três tipos de layout — pelo processo, pelo produto
e pelos clientes —, como mostra a Figura 7.7.
Tipos de layout
1 2 3
O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O Legenda
O O O O O X X X X X Funcionários X
O O O O O X X X X X Clientes O
O O O O O O O O O O
X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X Legenda
X X X X X O O O O O Funcionários X
X X X X X O O O O O Clientes O
X X X X X X X X X X
O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O Legenda
O O O O O O X X X X Funcionários X
O O O O O O X X X X Clientes O
O O O O O O X X X X
X X X X X X X X X X
X X X X X X X X X X Legenda
X X X X X X O O O O Funcionários X
X X X X X X O O O O Clientes O
X X X X X X O O O O
O O O O O O O O O O
O O O O O O O O O O Legenda
O O O X X X X O O O Funcionários X
O O O X X X X O O O Clientes O
O O O O O O O O O O
Primeira etapa
Antes de qualquer coisa, o analista de OSM deve listar todos os processos que integram
a rotina empresarial e identificar a frequência com que se repetem em um semestre. Com
base nesses dados, constrói-se uma tabela como a apresentada no Quadro 7.3.
Quadro 7.3 Exemplos de tipos e frequência dos processos (adaptado de CURY, 2007, p. 407).
Segunda etapa
Depois de discriminar o tipo e a frequência dos processos empresariais, o analista de
OSM deve identificar a sequência com que os departamentos atuam em cada um deles. O
Quadro 7.4 mostra como organizar essas informações em uma tabela.
Quadro 7.4 Sequência da atuação dos departamentos (adaptado de CURY, 2007, p. 407).
Terceira etapa
A terceira etapa consiste em verificar os elos que ligam os departamentos. Nos proces-
sos tipo A, por exemplo, é possível encontrar elos entre os departamentos 1 e 2, 2 e 5, 5 e 8
e, por último, entre 8 e 10. O Quadro 7.5 resume os elos entre os departamentos nos tipos
de processo A, B, C, D e E.
Quadro 7.5 Elos nos tipos de processo (adaptado de CURY, 2007, p. 407).
ELOS NO TIPO A ELOS NO TIPO B ELOS NO TIPO C ELOS NO TIPO D ELOS NO TIPO E
1, 2 1, 2 1, 3 1, 3 1, 2
2, 5 2, 4 3, 4 3, 4 2, 4
5, 8 4, 6 4, 5 4, 6 4, 5
8, 10 6, 7 5, 7 6, 7 5, 7
X 7, 10 7, 9 7, 8 7, 9
X X 9, 10 8, 10 9, 10
Quarta etapa
Neste momento, o objetivo é reunir os dados das outras etapas e sintetizá-los em um
quadro no qual são dadas as frequências com que cada elo se repete. O elo entre os depar-
tamentos 8 e 10, por exemplo, aparece tanto nos processos tipo A quanto nos processos tipo
D. Como esses tipos de processo são repetidos 20 e 15 vezes, respectivamente, é possível
afirmar que os departamentos 8 e 10 formam um total de 35 elos. Em outras palavras, os
departamentos 8 e 10 desenvolvem 35 trabalhos conjuntos por semestre. Veja o Quadro 7.6
para conferir quantas vezes os elos se repetem no decorrer de seis meses.
TIPOS DE PROCESSO
ELOS A (20) B (30) C (40) D (15) E (10) TOTAL
1, 2 20 30 10 60
2, 5 20 20
5, 8 20 20
8, 10 20 15 35
2,4 30 10 40
4, 6 30 15 45
6, 7 30 15 45
7, 10 30 30
1, 3 40 15 55
3, 4 40 15 55
4, 5 40 10 50
5, 7 40 10 50
7, 9 40 10 50
9, 10 40 10 50
7, 8 15 15
Total 80 150 240 90 60 620
Observe que o número 620 representa o total de elos formados durante a execução
dos processos. Ou seja, a cada seis meses os departamentos cooperam entre si 620 vezes
enquanto executam processos tipo A, B, C, D e E.
Quinta etapa
Por último, o analista de OSM deve montar o quadro de elos, na qual é listado o nú-
mero de vezes que cada departamento interage com outro, independentemente do tipo de
processo executado. O formato do quadro é semelhante a um tabuleiro de batalha naval. O
encontro entre as linhas verticais e horizontais apresenta o número de elos entre os postos.
No final de cada linha vertical, é possível verificar os totais de elos estabelecidos por cada
departamento. Considere, por exemplo, os departamentos 1 e 3 no Quadro 7.7. Siga a linha
vertical do departamento 1 até encontrar a linha horizontal do departamento 3. Na célula
onde as colunas se cruzam, você encontrará o número 55, que corresponde ao total de elos
entre os dois departamentos. Se você seguir até o final da linha vertical do departamento 1,
você encontrará o número 115, que representa o total de elos que o departamento 1 estabe-
lece com todos os outros. Siga o mesmo procedimento e identifique no quadro os departa-
mentos que mais se articulam com os demais.
Por meio da análise do Quadro 7.7 é possível concluir que os departamentos 4 e 7 são os
que mais interagem com os outros. Essa conclusão é importante para o desenho do layout,
pois indica que esses departamentos devem ocupar posições centrais na empresa, a fim de
facilitar a interação com os demais setores.
Departamentos
Departamentos
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10 30 35 50 115
9 50 100
8 20 15 70
7 50 45 190
6 45 90
5 20 50 140
4 40 55 190 Total de elos por
3 55 100 departamento
2 60 120
1 115
ESTUDO DE CASO
PREVENIR É MELHoR QuE REMEDIaR
Segundo a jornalista Carla Aranha (2009), é necessária muita atenção para não cometer erros
básicos na hora de comprar, alugar e reformar um imóvel — especialmente quando a empresa que
ocupará o espaço está em fase de crescimento. Afinal, escolhas aparentemente simples podem ge-
rar consequências duradouras. Para evitar problemas no futuro, vale a pena analisar com cuidado
alguns aspectos principais.
1. uso do ar-condicionado e capacidade da rede elétrica
Ao escolher o aparelho de refrigeração de ar, o empreendedor não deve ter em mente ape-
nas as necessidades atuais da empresa. É necessário enxergar mais além, traçando estimativas
de quantos funcionários a empresa terá se o ritmo de crescimento for mantido nos cinco anos
seguintes. Também é indispensável checar a capacidade da rede elétrica: multiplica-se o número
de empregados que utilizam computador por um consumo médio de 15 amperes e adiciona-se
20% a esse total; se o resultado for superior ao limite especificado na chave geral, há o risco de
blackouts. Para solucionar o problema, é necessário pedir à concessionária que aumente o forne-
cimento de energia.
2. Cores dos ambientes
De acordo com Aranha (2009), as cores do ambiente influenciam o estado psicológico dos
funcionários e dos clientes. Cores mais fortes — como vermelho ou amarelo — funcionam como
estimulantes; ao passo que cores claras provocam sonolência.
3. Posição, tamanho e acabamento dos banheiros
Não convém colocar os banheiros em lugares onde há alta concentração de funcionários, por
dois motivos. Em primeiro lugar, isso constrange as pessoas que vão ao banheiro por se sentirem
observadas pelos outros em volta. Além disso, os funcionários que trabalham próximos ao banhei-
ro podem ter dificuldade de concentração por conta do trânsito constante de pessoas. Para evitar
esses problemas, convém posicionar os banheiros no fim dos corredores — pontos em que a circu-
lação tende a ser menor. Para empresas com cerca de 20 funcionários, o tamanho dos banheiros
deve ser de aproximadamente 8 m2. Na hora de escolher o acabamento, também é importante ficar
atento a pequenas diferenças entre homens e mulheres. Nos banheiros femininos, convém apostar
em uma boa iluminação acima dos espelhos, bem como em uma bancada grande o suficiente para
cada funcionária apoiar seus pertences.
4. Compra de móveis e materiais
Dependendo do ritmo de crescimento da empresa, pode ser necessário remanejar depar-
tamentos ou, até mesmo, mudar de endereço. Para facilitar o transporte, é importante escolher
móveis desmontáveis. Quanto à compra de materiais, vale a pena optar por aqueles que faci-
litam a limpeza e não mancham ou quebram com facilidade. Essa recomendação aplica-se ao
material dos móveis e do piso, por exemplo. Nesse aspecto, pisos de cerâmica são ideais, pois a
limpeza é rápida. Já carpetes e pisos de madeira não são boas escolhas: os carpetes mancham
facilmente e os pisos de madeira ficam arranhados com o tempo.
5. uso de divisórias
Não convém utilizar paredes de tijolo ou concreto. Embora protejam o ambiente contra o
barulho vindo de fora, elas podem se transformar em verdadeiros problemas quando é preciso
mudar o layout da empresa. Por isso, é mais interessante optar por painéis de madeira ou divi-
sórias plásticas.
Fonte: ARANHA, Carla. Casa nova sem bagunça. Exame, 27 out. 2009. Disponível em: <http://portalexame.abril.com.br/
revista/pme/edicoes/0021/casa-nova-bagunca-507352.html>. Acesso em: 3 out. 2010.
1. Agora, imagine que você foi convidado para assumir o cargo de analista de OSM em uma
empresa de médio porte. Sua primeira atribuição é redefinir o layout, levando em conside-
ração os seguintes aspectos:
a. O número de mulheres que trabalham na empresa é muito superior ao de homens.
b. O ritmo de trabalho expõe os funcionários a muita pressão, o que gera uma atmosfera
estressante.
c. A empresa está tendo problemas frequentes com o fornecimento de energia. Apagões já
se transformaram em parte do dia a dia.
2. Utilize os dados do “Estudo de caso” lido para elaborar suas sugestões de redefinição
do layout.
NA ACADEMIA
A empresa X está reformulando seu arranjo físico e precisa descobrir quais são os
departamentos que mais se articulam com os outros.
A partir dos dados dispostos no Quadro 7.8, utilize o método dos elos para identifi-
car os departamentos que devem ocupar as posições mais centrais no espaço disponível
na empresa X.
Pontos importantes
O layout corresponde ao arranjo dos diversos postos de trabalho nos espaços
existentes na organização. Além da preocupação em melhor adaptar as
pessoas ao ambiente de trabalho, segundo a natureza da atividade
desempenhada, envolve também a arrumação dos móveis, máquinas,
equipamentos e matérias-primas (CURY, 2007, p. 396). Ele permite
a distribuição dos equipamentos e recursos humanos de forma
eficiente na empresa, o que cria condições favoráveis ao aumento da
produtividade.
A mudança de layout é segmentada em três etapas: (1) estudo
do layout atual, (2) elaboração do novo layout e (3) aprovação,
implantação e avaliação do novo layout.
Existem basicamente três tipos de layout: layout pelo processo,
layout pelo produto e layout pelos clientes.
O método dos elos ajuda a definir o número de interações
entre os departamentos. Com base nesse dado, é possível
determinar que departamentos devem ocupar posições
mais centrais na empresa.
Referências
CURY, Antonio. Organização e métodos: uma visão holística. São Paulo: Atlas, 2007.
MOREIRA, Daniela. Confira seis opções flexíveis de escritório. Exame, 29 set. 2010. Disponível em: < http://
portalexame.abril.com.br/pequenas-empresas/noticias/confira-7-opcoes-flexiveis-escritorio-600460.
html>. Acesso em: 8 out. 2010.
REBOUÇAS, Djalma de Pinho. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. São Paulo:
Atlas, 2009.
VITURINO, Robson. Um parceiro dentro de sua loja. Exame, 6 jul. 2006. Disponível em: <http://
portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0871/pme/m0083056.html>. Acesso em: 8 out. 2010.