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DE PRODUTOS E
SERVIÇOS
Gisele Lozada
A238 Administração de produtos e serviços [recurso
eletrônico] / Organizadora, Gisele Lozada. – Porto
Alegre : SAGAH,2016.
CDU 658.64
Introdução
O arranjo físico (ou o chamado layout), se preocupa com a localização
física dos recursos, objetivando o melhor posicionamento das insta-
lações, máquinas, equipamentos e pessoas envolvidas na produção.
É por meio do layout que os recursos transformados fluem através
da operação, levados pelo fluxo produtivo, determinando a forma ou
aparência da operação produtiva.
Os tipos de arranjos físicos se distribuem em cinco categorias bási-
cas, visando promover estruturas produtivas apropriadas à cada um
dos tipos de processo de produção, dotados de diferentes atributos
de volume e variedade. Um bom layout é definido pelo do estudo
dos objetivos de desempenho, e possui a capacidade de promover
melhores níveis de produtividade.
Neste texto você vai estudar o conceito, importância e princípios
básicos do arranjo físico, bem como conhecer os diferentes tipos de
layout. Além disso, conhecerá as vantagens e desvantagens promo-
vidas pelo arranjo físico, e sua capacidade de interferir nos custos e na
eficácia da produção, que impactam a competitividade.
Este conceito, em uma visão mais ampla, pode ainda ser relacionado à configuração da
macroperação, e à distribuição física dos departamentos e operações que a compõem,
além de incluir máquinas, equipamentos e pessoas, conforme dito anteriormente.
presença do cliente – como nas lojas de serviço, por exemplo, onde a inter-
face entre organização e consumidor costuma ser grande e significativa. Este
momento em que o cliente interage com a empresa fazendo uso do layout
corresponde a uma ocasião importante, pois o impacto inicial promovido pelo
arranjo físico poderá ser decisivo na percepção do consumidor sobre a orga-
nização e os serviços por ela oferecidos. Comunicação visual e apresentação
dos produtos representam fatores adicionais, que devem também ser consi-
derados na definição do layout, tendo a incumbência de despertar o interesse
do cliente.
Este cenário revela a importância do estudo e da definição assertiva do
layout, envolvendo os diversos níveis organizacionais na tomada de deci-
sões a respeito do tema. O nível estratégico, por exemplo, deve estar presente
quando a decisão sobre layout envolver ampliações, modificações expressivas
ou implantação de novas fábricas, todas normalmente requerendo grandes
investimentos - casos em que a empresa normalmente conta com assessorias
especializadas. Já o nível tático tem sua participação recomendada quando
a decisão envolver alterações menos significativas, gerando riscos e inves-
timentos igualmente menores – situações em que as decisões podem ser to-
madas diretamente pelo gerente de produção. Por fim, o nível operacional
raramente costuma ser envolvido em decisões relacionadas ao arranjo físico,
mas será convocado sempre que os níveis superiores julgarem oportuno ou
necessário.
Muitas podem ser as motivações que levam ao estudo do layout, mas po-
demos relatar algumas, normalmente mais expressivas neste contexto:
Posicional
Por processo
Celular
Por produto
Misto
Leia mais sobre a linha de montagem, sua história e evolução, na obra Sistemas de
produção: conceitos e práticas para projeto e gestão da produção enxuta (ANTUNES et al,
2008).
Vantagens e desvantagens
O estabelecimento e implantação de um arranjo físico possui a capacidade
de promover benefícios ou fragilidades, que podem ser melhor entendidas no
Quadro 1, que sintetiza algumas das vantagens e desvantagens promovidas
por cada tipo de layout:
Estruturação da produção 55
(Continua)
56 Administração de produtos e serviços
Fragilidade a paralisações e
subordinação aos gargalos
SLACK, N. et. al. Administração da produção. ed. compacta São Paulo: Atlas, 2006.
Leituras recomendadas
JACOBS, F. R.; CHASE, R. B. Administração de operações e da cadeia de suprimentos. 13. ed.
Porto Alegre: AMGH, 2012.