Você está na página 1de 47

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
GESTÃO DE PROJETOS E CANTEIRO
DE OBRAS

Aluno:
EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

110
CURSO DE
GESTÃO DE PROJETOS E CANTEIRO
DE OBRAS

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

AN02FREV001/REV 4.0

111
MÓDULO IV

19 PLANEJAMENTO

FIGURA 76 – PLANEJAMENTO DE CANTEIRO DE OBRAS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/Ib1B65>. Acesso em: 10 maio 2013.

O planejamento de um canteiro de obras é dividido em dois principais


princípios:

 Operacional: compreende todos os processos e operacionalização dos


serviços.
 Físico e financeiro: as atividades e sua relação de custos.

Sendo assim, o planejamento de execução da obra, passa necessariamente


por:

AN02FREV001/REV 4.0

112
 Elencar as premissas operacionais;
 Optar pelo processo de construção;
 Projetar o layout do canteiro de obras;
 Escolher os equipamentos para a execução da obra;
 Estabelecer as etapas da obra;
 Prever as necessidades de mão de obra, quantitativa e qualitativamente;
 Analisar, sob ponto de vista de economia, os partidos adotados;
 Prever os recursos financeiros necessários.

O planejamento requer organização e para alcançar isso é necessário


estabelecer uma coerência entre a mão de obra, os materiais, equipamentos e
processos construtivos. A organização dos procedimentos passa por posturas que
estabeleçam a melhor forma de proceder no dia a dia da obra. Para atingirmos um
nível satisfatório é necessário nos precavermos de alguns contratempos corriqueiros
e antever situações de conflito. É para isso que serve o planejamento prévio das
principais etapas da construção. Citaremos o indispensável:

 Definição precisa dos métodos de execução;


 Escolha de pessoal para execução dos serviços, em quantidade e qualidade
adequadas;
 Continuidade na execução dos serviços, evitando-se picos de trabalho;
 Coordenação das atividades de modo a se obter a execução econômica de
um serviço;
 Acompanhamento da evolução das técnicas construtivas, revendo-se
periodicamente os conceitos adquiridos.

Uma vez planejado e posto em prática vamos nos deparar com situações
que merecem revisão, e essas atividades precisam de uma análise operacional.
Alcançamos tal objetivo desenvolvendo:

 Abandono de operações desnecessárias;


 Opção por materiais adequados;

AN02FREV001/REV 4.0

113
 Redução de tempo de espera para se iniciar uma atividade;
 Melhoria das condições de trabalho;
 Inter-relações ordenadas entre diversas operações;
 Racionalização dos locais de trabalho;
 Intensa prevenção de acidentes;
 Racionalização do fluxo de materiais e distribuição dos equipamentos;
 Controle de qualidade.

A segunda etapa do planejamento é a execução propriamente dita, ou seja,


a edificação do empreendimento. Nesse estágio também são necessários alguns
cuidados para que o planejamento prévio possa seguir exitoso e tenhamos uma obra
que atenda aos parâmetros estipulados. Entre eles:

 Mobilidade total para a utilização dos equipamentos;


 Evitar congestionamento dos equipamentos;
 Facilidade de acesso às redes de energia elétrica, ar comprimido, água,
drenagem, etc.;
 Utilização do espaço, visando à facilidade de movimentação de veículos,
caminhões, etc.;
 Racionalização da movimentação dos materiais evitando, sempre que
possível, a estocagem de materiais;
 Utilização adequada das áreas que se encontram disponíveis;
 Distribuição racional dos espaços afins e atividades semelhantes;
 Proximidade física das áreas do canteiro de obra com as áreas que
dependem do evento a ser produzido;
 Facilidade para percorrer as áreas de serviço;
 Facilidade do fluxo de itens de abastecimento à mão de obra, tais como:
martelo, colher de pedreiro, vibrador, etc.
 Aplicação de higiene e segurança do trabalho, visando meios de limpeza,
tratamentos, condições sanitárias, equipamentos de proteção, saídas de
emergência;

AN02FREV001/REV 4.0

114
 Estudo em detalhes, da localização de escritórios, vestiários, almoxarifados,
manutenção, refeitório, etc., tendo como objetivo a racionalização do arranjo
do canteiro de serviço.
 Pessoal para segurança.

20 CRONOGRAMA

FIGURA 77 – CRONOGRAMA DE CANTEIRO DE OBRAS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/C2Xkkl>. Acesso em: 10 maio 2013.

Outra ferramenta de extrema utilidade para um planejamento adequado e,


por consequência, um acompanhamento da execução dentro do plano traçado, é o
estabelecimento de um cronograma. No primeiro módulo vimos a gestão de projetos,
onde estudamos o escopo, prazo e custo como tipos de gerenciamento. É
justamente de posse de um escopo traçado e, a partir dele, do estabelecimento de
sequenciamento de atividades com seus prazos e custos, que conseguimos
estabelecer um cronograma de obra.

AN02FREV001/REV 4.0

115
A escolha do tipo de cronograma é estipulada pelo seu executor e temos
algumas ferramentas que auxiliam nesse sentido. Podemos encontrar quem prefira o
Cronograma PERT/PCM, Cronograma de Barras, Gráfico de Gantt, etc.
Não é nosso foco de estudo o aprofundamento dos métodos de gráficos
para criação de cronogramas de obra, porém vamos dar atenção especial a um
software que vem sendo amplamente utilizado por sua praticidade e facilidade de
utilização.

20.1 MS PROJECT

É um software que permite o gerenciamento de atividades e pessoas para


um controle de prazos e custos do projeto (PRADO, 1998).
Com uma interface dinâmica e de fácil interação permite:

 Organizar o trabalho de forma mais eficiente e tendo a noção do todo;


 Controlar e avaliar os impactos do planejamento e possibilidade de alterações
de recursos em todos os planos do projeto;
 Personalizar planos para capturar informações específicas para seus
projetos;
 Exibir as informações do projeto que você deseja revisar;
 Dar enfoque às informações que precisam de sua atenção com filtros e
grupos;
 Evitar gargalos de atividades e recursos.
De uma forma objetiva, podemos subdividir suas funções em grupos:

 Gerenciamento
 Gerenciamento de Projetos.
 Diferenças entre Projetos e Processos.
 Elementos de um Projeto.
 Conceitos de PERT/ CPM.
 Ciclo de Vida de um Projeto.

AN02FREV001/REV 4.0

116
 Instrumentos Gráficos de Controle: Gráfico de Gantt, Diagrama de Rede e
Histogramas.

 Planejamento
 Modo de Exibição Gráfico de Gantt.
 Define atividades na EAP (Estrutura Analítica de Projetos ou WBS).
 Cadastra Recursos.
 Aloca Recursos às Atividades do Projeto.
 Define Durações.
 Efetua Ligações (Relações de Precedência).
 Calcula e Analisa do Caminho Crítico.
 Altera a Escala de Tempo do Gráfico de Gantt.
 Trabalha com Modos de Exibição Combinados.

 Seleção e Impressão de Dados


 Definição de Layout.
 Formatação do Modo de Exibição Gráfico de Gantt.
 Altera o Layout.
 Filtros Predefinidos.
 Critérios de Classificação de Dados (Sort).
 Opções de Impressão.

 Modos de Exibição e Relatórios


 Diagrama de Rede.
 Calendário.
 Relatórios Predefinidos.

 Análise de Conflitos e Simulações


 Conflitos de Recursos.
 Redistribuição de Recursos (Nivelamento).
 Definindo Prioridades para Tarefas.
 Opções de Redistribuição.

AN02FREV001/REV 4.0

117
FIGURA 78 – PLANILHA MS PROJECT

FONTE: Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

118
FIGURA 79 – PLANILHA MS PROJECT

FONTE: Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

119
21 CANTEIRO DE OBRAS E SUA LOGÍSTICA

FIGURA 80 – LOGÍSTICA DE CANTEIRO DE OBRAS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/qM8skT>. Acesso em: 10 maio 2013.

O canteiro de obras organizado e planejado adequadamente permite


dinamismo e rapidez na execução das atividades. Pontuamos algumas premissas
que viabilizam esse conceito:

 Integração: Todos os elementos que compõem a cadeia produtiva deverão


estar integrados. A falha de um ou mais deles poderá resultar em ineficiência
global.
 Encurtamento de distâncias: As possíveis distâncias entre os diversos
elementos envolvidos devem ser reduzidas ao máximo, recomendando-se o
uso de fluxogramas para ajudar na determinação dessas distâncias.

AN02FREV001/REV 4.0

120
 Disposição de áreas de estocagem e de locais de trabalho: Planejar suas
localizações de modo que haja fluxo contínuo e sem retrocesso de mão de
obra, materiais e equipamentos. Devem-se evitar cruzamentos e retornos que
causam interferências e congestionamentos.
 Uso de espaços: Alocar espaços de tal forma que possam ser utilizados ao
máximo, em todas as direções.
 Flexibilidade: Deve-se ser sempre possível adequar as instalações ao
processo produtivo, sem muita dificuldade.

21.1 CLASSIFICAÇÃO

Apresentamos a seguir uma setorização dos canteiros de obras por tamanho


e quantidade média de funcionários, a partir de nossa experiência em construções e
recomendações das NR 06 e NR 18. Outra fonte de fundamentação que auxilia
nessas recomendações, encontra-se na bibliografia de Tarcísio Saurin –
Planejamento de Canteiros e Gestão de Processos, que consta nas Referências
Bibliográficas deste curso.

21.1.1 Porte pequeno

Enquadram-se aqui os empreendimentos de até 15 trabalhadores. São


recomendados:

 Vestiário, refeitório e banheiro;


 Betoneira;
 Serras;
 Instalação elétrica dentro das normas;
 Rede de água.

AN02FREV001/REV 4.0

121
21.1.2 Porte mediano

De 16 a 60 operários. Recomendado:

 Vestiário, refeitório e banheiro;


 Escritório administrativo com telefone e computador;
 Almoxarifado com computador;
 Betoneira;
 Serras;
 Instalação elétrica dentro das normas;
 Rede de água.

21.1.3 Porte grande

Acima de 61 trabalhadores.

 Vestiário, refeitório e banheiro;


 Escritório para o corpo técnico com telefone, computador e internet;
 Telefone ou rádio para comunicação entre corpo técnico e mestre de obras;
 Escritório para mestre de obras e contramestre;
 Almoxarifado com computador;
 Oficina mecânica;
 Carpintaria;
 Posto de concretagem;
 Elevadores e guindastes;
 Estacionamento;
 Instalação elétrica dentro das normas;
 Rede de água.

AN02FREV001/REV 4.0

122
21.2 INSTALAÇÕES

21.2.1 Depósito

Em uma área que seja preferencialmente fechada, depositam-se os sacos


de cimento e cal. Em pilhas distintas, pois não devem ser misturados.
É importante que nunca estejam totalmente apoiados no chão, sendo
aconselhável que sejam apoiados sobre pallets. A área deve facilitar a colocação e
retirada dos sacos e não se deve acondicionar material superior ao utilizado em uma
semana de trabalho.

21.2.2 Áreas de armazenamento

Sempre que possível devem existir áreas cobertas para que a madeira e a
ferragem sejam armazenadas. Se for possível proteger e não depositar direto no
solo, sobre um lastro de brita ou piso, melhor seria esse armazenamento.
A areia e a brita devem estar estrategicamente dispostas em locais próximos
para facilitar a produção do concreto.
É importante que o layout favoreça o fluxo de trabalho para a utilização dos
materiais (SAURIN, 2006).

21.2.3 Almoxarifado

Em um depósito fechado serão dispostos os materiais, peças e


equipamentos a serem utilizados nos serviços diversos.

AN02FREV001/REV 4.0

123
Uma disposição de prateleiras e armários para o acondicionamento dos itens
facilita a disposição e o controle. Uma mesa para registros e anotações também é
necessária.
Deve ser escolhida uma pessoa que gerenciará o almoxarifado, anotando
entradas e saídas de materiais e equipamentos.

21.2.4 Escritório

É importante que possa existir uma área onde sejam guardados


documentos, projetos e manuais da obra. Esse local é o escritório do
empreendimento, onde o corpo técnico realiza as reuniões necessárias entre os
mesmos e os responsáveis na execução da obra (SAURIN, 2006).
Pode ser usado ainda para o atendimento de fornecedores e visitas de
clientes.
Infraestrutura de mesa, cadeiras, computador com acesso a internet e
telefone são itens indispensáveis para um melhor aproveitamento do espaço.

21.2.5 Vestiário

O trabalhador precisa de uma área para a troca de roupas e guarda de


pertences. Deve existir, portanto, um compartimento onde tenhamos armários e
bancos para que os operários disponham tais itens.
O trabalhador deve ser bem tratado e valorizado. Sendo assim,
independente do tamanho do empreendimento, sempre reservar espaço para esse
fim.

AN02FREV001/REV 4.0

124
21.2.6 Sanitário

Sanitários para utilização dos operários equipados, inclusive, com chuveiro.


Conforme o tamanho do empreendimento é conveniente que acoplado ao
escritório exista um banheiro, para o corpo técnico e visitantes.

21.2.7 Refeitório

Outro item que deve existir independente do tamanho do empreendimento.


Uma cozinha básica com pia, geladeira e fogão, mesas e cadeiras são o mínimo
exigido para refeições do corpo de trabalhadores.

21.2.8 Dormitórios

Caso os operários habitem o local da obra é necessário que existam


alojamentos com dormitórios completos em condições satisfatórias de habitabilidade
para o conforto do morador. Camas e armários são indispensáveis.

21.2.9 Guarita

Outro item que vai depender do tamanho do empreendimento. Sempre que o


fluxo de pessoas e materiais seja intenso, é indispensável a localização de uma
guarita com um funcionário para controle dos acesso e saídas.

AN02FREV001/REV 4.0

125
21.3 SETORIZAÇÃO

21.3.1 Produção de concreto

Com uma ou mais betoneiras, e a sua volta, a disposição dos agregados


temos o posto de produção de concreto e massa de reboco e afins. O layout definirá
a posição no canteiro, onde é fundamental que o acesso para chegada do material e
sua retirada para utilização não crie contrafluxos e facilitem o trabalho dos operários.
O ideal é que seja designado o responsável pela produção e controle de agregados.
Dimensionamentos:

 Para cada 200 m³ de concreto, 1 betoneira de 100 a 200 litros;


 De 200 a 2000 m³ de concreto, 1 betoneira de 200 a 500 litros;
 De 2000 a 20000 m³, 1 betoneira de 500 a 1500 litros;
 Para quantidades maiores, compensa a instalação de uma central de
produção de concreto;
 Considerar que num expediente de 10 horas de trabalho, produzem-se no
máximo 9 horas, considerando o tempo perdido no início do serviço nas
preparações, o cansaço do pessoal no fim do período, e o tempo gasto para
lavagem da betoneira;
 Deve ser sempre considerada a possibilidade da compra do concreto pronto
para agilizar atividades e garantir um adensamento e resistência melhor do
concreto.

AN02FREV001/REV 4.0

126
21.3.2 Carpintaria

A produção das formas para a estrutura de concreto deve ser feita em uma
área coberta, pois os equipamentos e funcionários precisam estar protegidos contra
intempéries.
Como já comentado anteriormente, deve existir um área para
acondicionamento da madeira a ser utilizada, e deve-se atentar para que possamos
acondicionar também as formas a serem utilizadas.
Para uma melhor organização faz-se a identificação das formas e disposição
conforme se dará a utilização.
Sempre prever um depósito de pregos e serras no almoxarifado.

21.3.3 Montagem da Ferragem

A entrega das barras é feita paralelamente à entrada da obra e a partir disso


o acondicionamento na área determinada para guardar a ferragem, que deve ser
separada por bitola.
A área reservada para o corte e dobramento das barras deve ser bem
localizada e ampla, assim como a que armazena as armaduras já dobradas. Estas
deverão ser amarradas por feixes e marcadas com o número do elemento
construtivo.
Pode-se fazer a preparação das armaduras fora do canteiro.

AN02FREV001/REV 4.0

127
21.3.4 Eletricidade

Faz-se a montagem de um poste, ligado à rede pública, com medidor,


disjuntor geral e disjuntores para os diversos ramais, permitindo o corte de uma zona
sem prejudicar as demais.
Internamente, conforme a extensão da obra, a energia é distribuída por
linhas aéreas. A rede deve ser de baixa tensão e trifásica, devido aos diversos
equipamentos utilizados nos serviços da obra.

21.3.5 Água

Assim que o terreno é escolhido e locado deve-se solicitar uma ligação de


água junto à concessionária para o abastecimento da obra. Instalar hidrômetro com
registro e conexões de qualidade, sempre prevenindo o desperdício.

21.3.6 Transportes

Um layout bem pensado prioriza a locação dos postos de trabalho e


instalações para que os transportes sejam curtos e práticos. Isso minimiza o tempo
para execução de tarefas e cansaço desnecessário nos trabalhadores,
potencializando a produtividade.

AN02FREV001/REV 4.0

128
21.4 EQUIPAMENTOS

Para o posto de trabalho funcionar e produzir existe uma lista de


equipamentos básicos:

 Andaime: Armação provisória com plataformas elevadas do chão, sobre as


quais os operários trabalham durante a construção ou reparo de um edifício.
 Guincho: para elevação de materiais e equipamentos.
 Betoneira: mistura de agregados.
 Talha: combinação de roldanas para transportar e elevar cargas.
 Elevadores.
 Guindaste, etc.

22 SEGURANÇA NO TRABALHO

FIGURA 81 – PLANEJAMENTO DO ESCOPO

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/99IzGg>. Acesso em: 10 maio 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

129
Segurança do trabalho é um conjunto de medidas e técnicas a serem
adotadas para minimizar os acidentes de trabalho potencializando a prevenção dos
mesmos. Trata igualmente da prevenção de doenças ocupacionais e proteger a
integridade e capacidade do trabalhador.
Para objetivar a segurança é necessário que o ambiente de trabalho
disponibilize a estrutura para o desenvolvimento das atividades pelos trabalhadores.
Faz parte dessa estrutura as instalações prediais, as ferramentas, as máquinas e
equipamentos.
Existem quatro Normas Regulamentadoras que referendam diretrizes a
serem cumpridas no setor da construção civil. São elas:

 NR 06 – Equipamento de Proteção Individual-EPI.


 NR 07 – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional.
 NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
 NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.

22.1 RISCOS

Para minimizar e evitar riscos e acidentes deve-se ter sempre um canteiro


de obras limpo e organizado. As vias de acesso, transporte e passeio dos
trabalhadores devem estar sempre desobstruídas e sinalizadas.
Os entulhos devem ser recolhidos periodicamente pela equipe que o gerou.
Os riscos estão divididos em cinco classes. Vamos estudar os efeitos e seus
controles.

AN02FREV001/REV 4.0

130
22.1.1 Risco Físico

Ruídos, vibrações, sons em altos decibéis, frio e calor, são os agentes que
podem causar esse risco. O controle reside no uso correto dos EPI’s relacionado
para cada atividade.

22.1.2 Risco Químico

Na construção civil o risco iminente é o vapor das tintas e solventes


empregados nos preparos e acabamentos de superfícies. Mais uma vez, a solução
está no uso correto dos EPI’s.

22.1.3 Risco Biológico

Quando temos um canteiro sujo e mal cuidado acontece o acúmulo de lixo e


em consequência disso há proliferação de insetos e outros animais. Dessa forma, os
trabalhadores ficam sujeitos a doenças, picadas de insetos e mordidas de animais.
A medida para evitar isso é manter o canteiro limpo e organizado, bem como
as áreas de vivência.

22.1.4 Risco Ergonômico

As causas são posturas do corpo inadequadas, movimentos repetitivos e


transporte e levantamento de peso acima do suportável. Evita-se com um
treinamento e execução correta das atividades.

AN02FREV001/REV 4.0

131
22.1.5 Risco Mecânico

Quedas, lesões perfurantes, traumatismos, contusões, queda de materiais,


projeção de partículas e choques elétricos são as principais situações que
acontecem nessa classe. O controle reside em uma sinalização adequada, uso de
EPI’s respectivos e locação dos EPC’s nas áreas necessárias.

22.2 ACIDENTES DE TRABALHO

Considera-se acidente de trabalho:

 Acidente Típico: decorrente da atividade que o trabalhador exerce.


 Acidente de Trajeto: acontece entre o trajeto da residência do trabalhador e a
obra (e vice-versa).
 Acidente Profissional: doença gerada em função da atividade desempenhada
na obra.

Os acidentes podem acontecer por diversos fatores. Geralmente, acabam


acontecendo por negligência, imprudência ou imperícia. As origens mais comuns
são:

 Inexistência de treinamento;
 Método incorreto de trabalho;
 Improvisação de ferramentas;
 Desatenção ao desempenhar a atividade;
 Ferramentas danificadas;
 Falta de uso de EPI’s.

AN02FREV001/REV 4.0

132
Os resultados dos acidentes podem ser:

 Incapacidade temporária;
 Incapacidade permanente – parcial ou total;
 Óbito.

22.3 TREINAMENTOS

22.3.1 Treinamento admissional

O treinamento admissional terá carga horária mínima de 06 horas, contendo:

 Informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho e sobre os


riscos inerentes a sua função;
 Importância da manutenção da ordem e da limpeza no canteiro de obra;
 Instruções para a utilização segura das ferramentas;
 Orientações sobre o uso adequado dos EPI´s;
 Informações sobre os EPC´s existentes no canteiro de obras.

22.3.2 Treinamento de refinamento

O treinamento periódico será ministrado no início de cada fase da obra, e


contemplará a prevenção de acidentes e doenças do trabalho relacionados com as
seguintes operações e/ou atividades:
 No início dos serviços de demolição;
 No início dos serviços de escavações e fundações;
 Sempre que necessário.

AN02FREV001/REV 4.0

133
22.4 INSTALAÇÕES

Os canteiros de obras devem dispor de área de vivência com pé-direito


(altura das paredes) mínimo de 2,50m, onde serão necessários:

 Instalações sanitárias contendo: lavatório, vaso sanitário e mictório, na


proporção de 1 / 20 e chuveiro 1 / 10.
 Vestiário;
 Alojamento;
 Local de refeições;
 Cozinha, quando houver preparo de refeições;
 Lavanderia;
 Área de lazer;
 Ambulatório, quando se tratar de equipes de trabalho com 50 ou mais
trabalhadores.

O local para refeições deve ter capacidade de garantir o atendimento a todos


os trabalhadores no horário das refeições devidamente sentados. Ter mesas com
tampos lisos e laváveis e depósito para detritos com tampa.
É obrigatório o fornecimento de água potável para os trabalhadores, por
meio de bebedouro ou outro dispositivo.

22.5 EPI

EPI – Equipamento de Proteção Individual é um elemento de proteção usado


pelo trabalhador para prevenir riscos que ameaçam a segurança e saúde no
trabalho (NR 06, 1978).
Só pode ser utilizado, o EPI que tiver o Certificado de Aprovação – CA,
expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

AN02FREV001/REV 4.0

134
Atualmente, os EPI’s são feitos com materiais leves e maleáveis que não
geram desconforto no usuário. Seu investimento inicial equivale a aproximadamente
45% do valor do salário do trabalhador.
Vamos listar agora os principais equipamentos de segurança para partes
específicas do corpo.

22.5.1 Proteção da cabeça – capacete

Dispositivo básico de segurança em qualquer obra. O casco é feito de


material plástico rígido, de alta resistência à penetração e impacto. Seu desenho é
feito para rebater o material em queda para o lado, evitando lesões no pescoço do
trabalhador. É utilizado com suspensão, que permite o ajuste mais exato à cabeça e
amortece os impactos.

FIGURA 82 – CAPACETE

FONTE: Imagem própria do autor (Arq. Fabiano Volpatto).

AN02FREV001/REV 4.0

135
22.5.2 Proteção dos olhos – óculos

São especificados de acordo com o tipo de risco, desde materiais sólidos


perfurantes até poeiras em suspensão, passando por materiais químicos, radiação e
serviços de solda ou corte a quente com maçarico. Nesse último caso, devem ser
usadas lentes especiais.

FIGURA 83 – ÓCULOS DE SEGURANÇA

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/scdzhZ>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.5.3 Proteção da face – máscaras

Protegem os olhos e o rosto contra fagulhas incandescentes e raios


ultravioleta em serviços de soldagem. As máscaras diferem dos escudos por não
ocuparem nenhuma mão do trabalhador. As lentes variam de acordo com a
intensidade da radiação.
Os protetores faciais também asseguram proteção contra projeção de
partículas, mas proporcionam visão panorâmica ao usuário.

AN02FREV001/REV 4.0

136
FIGURA 84 – PROTEÇÃO FACIAL

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/LgHuJF>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.5.4 Proteção dos ouvidos – protetores auriculares

Protegem os ouvidos em ambientes onde o ruído está acima dos limites de


tolerância, ou seja, 85 dB para oito horas de exposição.

FIGURA 85 – PROTETORES DE AUDIÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/Rfcdnh>. Acesso em: 10 maio 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

137
22.5.5 Proteção respiratória – respiradores

Protegem o aparelho respiratório contra gases, poeiras e vapores. Os


respiradores podem ser do tipo com manutenção (substitui o filtro) e sem
manutenção (descartável). Podem também ser semifaciais (abrangem nariz e boca)
ou faciais (nariz, boca e olhos). A especificação dos filtros depende do tipo de
substância a qual o trabalhador está exposto. Contra poeiras incômodas é usada a
máscara descartável.

FIGURA 86 – MÁSCARAS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/5ER5JI>. Acesso em: 10 maio 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

138
22.5.6 Proteção do tronco – aventais

Protegem o tórax, o abdômen e parte dos membros inferiores do


trabalhador. Os aventais podem ser de raspa de couro (para soldagem ou corte a
quente) ou PVC (contra produtos químicos e derivados de petróleo).

FIGURA 87 – AVENTAL

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/Pmitxi>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.5.7 Proteção dos membros superiores – luvas

É o equipamento com maior diversidade de especificações. Elas podem ser


de:

 Raspa de couro (soldagem ou corte a quente);


 PVC sem forro (permite maior mobilidade que a versão forrada);
 Borracha (serviços elétricos, divididos em cinco classes, de acordo com a
voltagem);

AN02FREV001/REV 4.0

139
 Algodão (redução de atritos e facilidade em atividades onde seja necessário o
tato).

Em serviços de soldagem ou corte a quente são usadas mangas de raspa


de couro.

FIGURA 88 – LUVAS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/XAXAXy>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.5.8 Proteção dos membros inferiores – calçados e botas

Temos botas ou sapatos. As botas, feitas de PVC e com solado


antiderrapante, são usadas em locais úmidos, inundados. Os sapatos são de uso
permanente na obra.

AN02FREV001/REV 4.0

140
FIGURA 89 – CALÇADOS

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/DaI4Y8>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.5.9 Proteção do corpo inteiro – uniforme

Conjunto formado por calça e jaleco, para proteção do tronco, membros


superiores e inferiores contra agentes térmicos e físicos.

FIGURA 90 – VESTUÁRIO

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/ew8XoX>. Acesso em: 10 maio 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

141
22.5.10 Proteção contra quedas – cintos tipo paraquedista, cinto abdominal,
trava quedas

 Paraquedista: Para trabalhos em altura superior a 2 metros é obrigatório o


uso, o qual deverá estar ancorado a uma estrutura capaz de resistir ao
impacto do peso do corpo do usuário.

FIGURA 91 – CINTOS DE SEGURANÇA

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/UjpYAF>. Acesso em: 10 maio 2013.

 Abdominal: Somente deve ser utilizado em serviços de eletricidade e em


situações em que funcione como limitador de movimentação. Feitos de couro
ou náilon possuem argolas que se engancham em um cabo preso à estrutura
da construção ou poste.

AN02FREV001/REV 4.0

142
FIGURA 92 – CINTO DE SEGURANÇA ABDOMINAL

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/FSBSWK>. Acesso em: 10 maio 2013.

 Trava quedas: Para uso em cabo guia de aço galvanizado. Com dupla trava
de segurança, permite movimentação livre na subida e descida, mantendo a
função trava-quedas.

FIGURA 93 – DISPOSITIVO TRAVA QUEDA

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/AD7e2K>. Acesso em: 10 maio 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

143
22.5.11 Obrigações

22.5.11.1 Obrigações do empregador

 Adquirir e fornecer gratuitamente o EPI adequado ao risco de cada atividade;


 Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso correto, armazenamento e
conservação;
 Substituir imediatamente, quando danificados pelo uso ou extraviados;
 Exigir o uso dos EPI's;
 Manter no local de trabalho, material para primeiros socorros médicos.

22.5.11.2 Obrigações do empregado

 Sempre usar o EPI, somente para a finalidade para o qual se destina;


 Responsabilizar-se pela guarda e conservação do equipamento;
 Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.

22.6 EPC

EPC – Equipamento de Proteção Coletiva. Trata-se de qualquer medida ou


dispositivo que gere: sinal, imagem, som ou instrumento específico destinado à
proteção de uma ou mais pessoas.

AN02FREV001/REV 4.0

144
22.6.1 Guarda-corpo

Anteparos rígidos, com travessão superior, intermediário e rodapé, com tela


ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro das aberturas (NR 18, 1995).

FIGURA 94 – GUARDA-CORPO

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/QZFt0R>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.6.2 Plataforma

 Principal: Em todo perímetro da construção de edifícios com mais de quatro


pavimentos.
 Secundária: Acima e a partir da plataforma principal, devem ser instaladas,
também, plataformas secundárias, em balanço, de três em três lajes.

AN02FREV001/REV 4.0

145
FIGURA 95 – PLATAFORMA

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/PT4Gc2>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.6.3 Tela

Barreira protetora contra projeção de materiais e ferramentas que deve ser


instalada a partir da plataforma principal.

AN02FREV001/REV 4.0

146
FIGURA 96 – TELA DE OBRA

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/2gEk4F>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.6.4 Prevenção a incêndio

Devem existir equipamentos de combate ao incêndio e equipes


especialmente treinadas para o primeiro combate ao fogo, devendo utilizar o extintor
adequado à classe do fogo.

AN02FREV001/REV 4.0

147
FIGURA 97 – CLASSES DE EXTINTORES

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/FsJz8i>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.6.5 Sinalização

Utilizadas para identificar os locais que compõem o canteiro de obras,


acessos, circulação de equipamentos e máquinas, locais de armazenamento.
Servem também para alertar quanto à obrigatoriedade de EPI's, riscos de queda,
áreas isoladas, manuseio de máquinas e equipamentos (NR 18, 1995).

AN02FREV001/REV 4.0

148
FIGURA 98 – SINALIZAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://goo.gl/AmDThX>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.6.6 Movimentação e transporte de pessoas e matérias

Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e


pessoas só devem ser operados por trabalhador qualificado, o qual terá sua função
anotada em Carteira de Trabalho.

22.6.6.1 Torre de elevador

As torres do elevador de material e do elevador de passageiros devem ser


equipadas com dispositivo de segurança que impeça a abertura da barreira
(cancela), quando o elevador não estiver no nível do pavimento e barreira com o
mínimo 1,80m de altura, impedindo que pessoas exponham alguma parte de seu
corpo no interior da mesma.

AN02FREV001/REV 4.0

149
22.6.6.2 Andaime suspenso ou em balanço

Os andaimes devem ser providos de dispositivos para fixação de sistema


guarda-corpo e rodapé, sendo proibida a fixação de sistemas de sustentação dos
andaimes por outros meios.
Estes devem ser convenientemente fixados à edificação, sendo também
proibido o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentação dos
andaimes suspensos.
Os guinchos de elevação para acionamento manual devem observar os
seguintes requisitos:

 Dispositivo que impeça o retrocesso do tambor para catraca;


 Possuir segunda trava de segurança para catraca;
 Capa de proteção da catraca;
 Plataforma de trabalho que deve ter:
 Largura mínima de 0,65 m;
 Máxima de 0,90 m;
 Comprimento máximo de 8,00m.

22.6.6.3 Elevador de transporte de materiais

É proibido o transporte de pessoas nos elevadores de materiais. O posto de


trabalho do operador do guincho deve ser isolado, dispondo de proteção segura
contra queda de materiais.
Os elevadores de materiais devem dispor de:

 Sistema de frenagem automática;


 Sistema de trava de segurança para mantê-lo parado em altura, além do freio
do motor;

AN02FREV001/REV 4.0

150
 Interruptor de corrente para que só se movimente com portas ou painéis
fechados;
 Sistema que permita a comunicação entre cada pavimento e o operador;
 Ter as laterais, de painéis fixos de contenção com altura em torno de 1,00m.

FIGURA 99 – PLATAFORMA

Fonte: disponível em: <http://goo.gl/oGYndt>. Acesso em: 10 maio 2013.

22.6.7 Acessos temporários

A madeira a ser utilizada deverá ser de boa qualidade, sem apresentar nós e
rachaduras que comprometam sua resistência e estar completamente seca.
Para a conservação de escadas, rampas e passarelas recomenda-se de
preferência, aplicar duas mãos de verniz claro. Inspeções e manutenções periódicas
são importantes para o devido uso.
Recomenda-se evitar a utilização dos acessos temporários de madeira
quando os sapatos estiverem sujos de graxa, lama ou qualquer material
escorregadio.

AN02FREV001/REV 4.0

151
22.6.7.1 Escadas de uso coletivo

A largura da escada de uso coletivo é fixada em função do número de


operários que a utilizam:

 Acesso para no máximo 45 operários – largura mínima de 0,80 m;


 Acesso de 46 a 90 operários – largura mínima de 1,20 m.
 As escadas de uso coletivo devem ser providas de sistema guarda-corpo e
rodapé e a cada 2,90 m de altura ter um patamar intermediário.

22.6.7.2 Rampas e passarelas

As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior, não


ultrapassando 30°de inclinação em relação ao piso.
Igualmente às escadas devem ser providas de sistema guarda-corpo e
rodapé e não deve haver ressalto entre o piso da rampa e o piso do terreno.

22.7 RECOMENDAÇÕES FINAIS

22.7.1 Andaimes

Os andaimes devem ter pisos com forração completa, evitando sempre a


utilização de tábuas improvisadas e soltas sob a estrutura.
Necessitam ser fixados à estrutura da edificação para que não aconteça o
deslocamento horizontal, especialmente durante a entrada ou saída do trabalhador.
Os andaimes devem possuir guarda-corpos, inclusive nas cabeceiras.
Jamais utilizar escadas sobre andaimes para atingir locais mais altos.

AN02FREV001/REV 4.0

152
Em todos os trabalhos realizados em andaimes acima de 2,00m de altura
devem ser fornecidos e utilizados cintos de segurança tipo paraquedista, fixados à
estrutura. Não é permitido fixar o cinto no próprio andaime. Utilizar cabo-guia com
trava-quedas.

22.7.2 Escadas

Uma escada individual deve ter seu uso restrito a acessos provisórios e
serviços de pequeno porte. Possuir montantes resistentes, paralelos, com
espaçamento de 55 cm e distância de 28 cm entre os degraus.
Deverá ter um comprimento, que mesmo inclinada, tenha um prolongamento
de 1,00 m acima do ponto de apoio superior.
Somente um operário de cada vez deve utilizar a escada.

22.7.3 Telhados

Nos trabalhos em telhados é obrigatória a instalação de cabo-guia para


fixação do cinto de segurança que possibilita a movimentação segura dos
trabalhadores.
Todo o serviço realizado sobre o telhado exige um planejamento prévio,
devendo necessariamente ser verificado: o tipo de telha, seu estado e resistência;
materiais e equipamentos necessários à realização dos trabalhos.
É vedado o trabalho em telhado com chuva ou vento, bem como concentrar
cargas num mesmo ponto.

FIM DO MÓDULO IV

AN02FREV001/REV 4.0

153
GLOSSÁRIO

ALGEROZA – elemento construtivo composto por cano entrecortado com finalidade


de recolher água decorrente das chuvas.

BALDRAME – parte do embasamento entre a parede e o alicerce.

BASCULANTE – janela ou peça móvel em torno de um eixo horizontal.

BEIRAL – parte saliente do telhado.

CAIXILHO – quadro de madeira ou metal que serve de estrutura para vidro ou painel
de vedação.

CALHA – conduto de águas pluviais.

CONDUÍTE – conduto flexível.

CORRIMÃO – peça ao longo e nos lados das escadas servindo de apoio a quem
dela se serve.

CUMEEIRA – parte reta mais alta dos telhados.

ESPIGÃO – encontro saliente de duas águas do telhado.

FORRO – vedação da parte superior dos ambientes.

FUNDAÇÃO – elemento construtivo em que se apoia a construção.

LAMBRI – guias de madeira, PVC ou outro material, que são fixadas e servem de
revestimentos de tetos e paredes.

AN02FREV001/REV 4.0

154
PÉ-DIREITO – distância entre o piso e o teto de um ambiente.

PEITORIL – meia parede que vai do piso até a janela.

PLATIBANDA – parede de pouca altura destinada a encobrir o telhado.

RALO – extremidades dos canos ligados à rede de esgotos.

SOLEIRA – parte inferior da porta.

TESOURA – viga de madeira ou metal destinada a suportar a cobertura.

TRELIÇA – armação de madeira ou metal para telhado.

AN02FREV001/REV 4.0

155
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10837. Cálculo


de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto - Procedimento. Rio de
Janeiro: ABNT, 1989.

BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard


Blücher, 1996.

GIAMMUSSO, S. E. Orçamento e custos na construção civil. 2. ed. São Paulo:


PINI,1991.

MINISTÉRIO DO TRABALHO. NORMA REGULADORA Nº 06. Equipamentos de


Proteção Individual - EPI. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D36A2800001388130953C1EFB/NR-
06%20(atualizada)%202011.pdf>. Acesso em: 10 maio 2013.

MINISTÉRIO DO TRABALHO. NORMA REGULADORA Nº 18. Condições e Meio


Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/legislacao/norma-regulamentadora-n-18-1.htm>. Acesso
em: 10 maio 2013.

PRADO, Darci. Usando o MS Project em Gerenciamento de Projetos. Belo


Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1998.

SAURIN, A. Tarsício. Planejamento de canteiro e gestão de processos. v. 3.


Porto Alegre: Habitare, 2006.

SINDUSCON. Disponível em: <http://www.sindusconsp.com.br/>. Acesso em: 10


maio 2013.

FIM DO CURSO

AN02FREV001/REV 4.0

156

Você também pode gostar