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CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
ORÇAMENTO DE OBRAS DE
CONSTRUÇÃO CIVIL
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
MÓDULO II
MÓDULO III
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3.3.1 Mão de Obra
3.3.2 Materiais
3.3.3 Equipamentos
3.4 FICHAS DE CUSTOS
MÓDULO IV
MÓDULO V
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
FIGURA 1
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Em uma visão tradicional, um orçamento é uma previsão ou estimativa do
custo de uma obra. O custo total da obra é o valor que corresponde à soma de todos
os gastos necessários para a sua execução.
Um orçamento corresponde a uma avaliação, previsão ou estimativa do
custo de obra ou de serviço a ser executado por meio de quantificação de insumos,
mão de obra ou equipamentos, o tempo de duração do empreendimento. Assim,
será possível obter o preço total da obra (GONZÁLEZ, 2007).
Na participação de uma concorrência, o preço proposto pelo construtor não
deve ser nem tão baixo a ponto de não permitir lucro, nem tão alto a ponto de não
ser competitivo na disputa com os demais proponentes.
Há sempre a possibilidade de duas ou mais empresas chegarem a
orçamentos distintos, porque distintos são os processos teóricos utilizados, a
metodologia de execução proposta para a obra, as produtividades adotadas para as
equipes de campo e os preços coletados, dentre outros fatores.
O que é importante destacar é que o orçamento deve refletir as premissas
da construtora, constituindo-se numa meta a ser alcançada pela empresa.
Os documentos integrantes do estudo do orçamento servem como
importante fonte de informação para a preparação, organização e execução dos
trabalhos. Muitas vezes, o volume de informações para um determinado caso pode
ser bastante complexo, exigindo o registro de uma série de informações interligadas,
que fazem parte de todo o processo de execução até a entrega do trabalho.
O principal objetivo deste módulo está no entendimento dos conceitos de
todos os elementos que constituem um orçamento de obras de Construção Civil,
com a familiarização de suas características próprias e alguns aspectos relevantes.
Neste módulo será possível criar um embasamento técnico que será
necessário para a compreensão de todo o curso.
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FIGURA 2
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FIGURA 3
Projeto;
Caderno de encargos;
Medição;
Quantificação;
Memória descritiva;
Serviço simples;
Serviço composto;
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Mapa de Trabalhos;
Mão de obra;
Materiais (insumos);
Composição de custos;
Composição de preços;
Preço de venda.
Projeto
Caderno de Encargos
Medição
Quantificação
Memória Descritiva
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Serviço Simples
Serviço Composto
Mapa de Trabalhos
Mão de obra
Materiais (insumos)
Composição de custos
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Preço de venda
- Identificação da obra;
- Descrição;
- Quantificação;
- Análise e valorização dos serviços apresentados.
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1.2 COMO SE ORGANIZAM OS ORÇAMENTOS
Estimativa
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FIGURA 4
Mão de obra
Quando, por exemplo, se admite que um pedreiro gasta 1,0 h para fazer 1,0
m2 de alvenaria de bloco cerâmico, será por meio dessa premissa que o total de
mão de obra de alvenaria será calculado. A produtividade afeta diretamente a
composição de custo.
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Material
Impostos
Perda
Reaproveitamento
Equipamento
Custo horário
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Produtividade
Custos indiretos
Pessoal
Despesas gerais
Imprevistos
Especificação
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obra com as mesmas características a ser realizado em outra região distante, que
necessite de mobilização da estrutura da empresa ao local. Não é correto designar
um orçamento como padrão ou generalizado para um tipo de serviço. Por mais que
um orçamentista se baseie em algum trabalho anterior, é sempre necessário adaptá-
lo à obra em questão.
Empresa
Condições locais
Temporalidade
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Evolução dos métodos construtivos. Surgimento de técnicas, materiais e
equipamentos mais adequados à realização do respectivo serviço;
Diferentes cenários financeiros e gerenciais. Os diferentes cenários
podem justificar a terceirização, delegação de tarefas, condições de capital de giro,
necessidade de empréstimo, etc.
FIGURA 5
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seja, o desembolso do construtor, mais o lucro e os impostos, gerando então o preço
total, que é quanto irá receber (TISAKA, 2006).
Para o construtor, o orçamento encerra em seu contexto todas as premissas
que passam a ser metas de desempenho durante a obra. O preço de venda dos
serviços é fixo, o custo é variável e precisa ser monitorado em função dessas metas.
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respectivas quantidades, o grau de interferência entre eles, a dificuldade relativa de
realização das tarefas, etc.
A fase de estudo das condicionantes de um trabalho faz com que sejam
conhecidas as condições da obra, englobando os seguintes passos:
Prazo da obra;
Datas contratuais;
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Penalidade por atraso no cumprimento do prazo ou bônus por
antecipação;
Critérios de medição, pagamento e reajustamento;
Regime de preços (unitário, global, por administração);
Limitação de horários de trabalho;
Critérios de participação na licitação (capital social da empresa, etc.);
Habilitação técnica requerida com relação à empresa e responsável
técnico;
Documentação requerida;
Seguros exigidos;
Facilidades disponibilizadas pelo contratante (instalações de água,
energia, etc.).
Visita técnica
FIGURA 6
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1.3.2 Composição de custos
O custo total de uma obra é fruto do custo orçado para cada um dos serviços
integrantes da obra. A origem da quantificação está na identificação dos serviços.
Levantamento de quantitativos
Custos Diretos
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realizadas ou obtê-las em publicações especializadas, como a TCPO (Tabelas de
Composições de Preços para Orçamentos), da Editora PINI (TCPO, 2011), sendo
atualmente uma das publicações mais completas e difundidas no mercado da
Construção Civil.
Custos Indiretos
Os custos indiretos são aqueles que não estão diretamente associados aos
trabalhos de obra em si, mas que são necessários para que tais serviços possam
ser realizados. Nestes custos são dimensionadas as equipes técnicas (engenheiros,
mestres, encarregados), de apoio (almoxarife, apontador) e de suporte (secretária,
vigia), e identificadas às despesas gerais da obra (contas, materiais de escritório e
limpeza, etc.), mobilização e desmobilização do canteiro de obras, taxas e
emolumentos, entre outras despesas.
Cotação de preços
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Definição de encargos sociais e trabalhistas
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FIGURA 9
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Dimensionamento de equipes
Realização de simulações
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1.4 MAPA DE TRABALHOS E QUANTIDADES
1) Medição de quantidades
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TABELA 1
Item Serviço Unidade Quantidade Custo Custo
unitário parcial
1. Movimento de solo
1.1 Escavação de solo com m3 1,728 15,00 25,92
escoramento
1.2 Apiloamento do fundo m2 1,00 8,00 8,00
1.3 Remoção de solo m3 1,20 5,00 6,00
1.4 Reaterro de solo m3 0,528 10,00 5,28
2. Fundo em concreto m3 0,05 120,00 6,00
magro
3. Alvenaria de tijolos m3 4,14 22,30 92,22
maciços, e= 10 cm
4. Revestimento interno – m2 3,68 14,00 51,52
reboco misto
5. Grade de aço, barra m2 1,00 150,00 150,00
d=¾”
Subtotal 345,04
BDI 50% 172,52
Total 517,56
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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FIGURA 10
Mapa de Trabalhos
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Capítulo 1 - Demolições
Capítulo 2 - Terraplanagem
Capítulo 3 - Fundações e estruturas
Capítulo 4 - Construção civil
4.1 - Alvenarias
4.2 - Revestimento exterior - fachadas
4.3 - Revestimento interior - tetos
4.4 - Revestimento interior - paredes
4.5 - Revestimento interior - pavimentos
4.6 - Coberturas e impermeabilizações
4.7 - Carpintaria
4.8 - Serralharia
4.9 - Pinturas
4.10 - Vidros
4.11 - Diversos
Capítulo 5 - Instalações Hidráulicas
Capítulo 6 - Instalações Elétricas
Capítulo 7 - Instalações de Ar-condicionado
Capítulo 8 - Instalações de Gás
Capítulo 9 - Elevadores
Exemplos:
(1) Para a execução de escavação de solo para vigas de fundação, o
único insumo é a mão de obra (servente), sendo estimado um consumo de quatro
horas para cada m3 escavado.
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Escavação de solo normal, até 3,0 m de profundidade – m2
TABELA 2
Item Descrição (função) Quantidade Custo unitário Custo
unitária parcial
1 Servente 4,00 h 5,60/h R$ 22,40
Total R$ 22,40
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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Da mesma forma, os percentuais de Leis Sociais estão embutidos nos
custos de mão de obra. Não é necessário que seja assim, podendo-se calcular em
separado, acrescendo-se como um subtotal.
O valor adotado depende de vários fatores, principalmente da legislação
vigente na data e nas condições particulares da empresa (rotatividade, horas extras,
índice de ações trabalhistas, etc.).
Para estes dois exemplos, o valor calculado é o custo, válido genericamente,
para obras comuns. Contudo, em cada caso, devem ser verificados aspectos
singulares, tais como: local da obra (transporte), horário e condições de trabalho
(horas extras, periculosidade, insalubridade). Além disso, devem ser acrescidos os
custos não discriminados e o lucro desejado (BDI) (SILVA, 2006).
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b) Mão de obra: estimada (ou medida na obra) em 10h/m3.
c) Betoneira: tempo ocupado estimado (ou medido na obra) em 4 h.
a) Quantidade de tijolos
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TABELA 5 - ALVENARIA DE TIJOLOS FURADOS (6 FUROS, 10X15X20),
10 CM DE LARGURA – M2
Item Descrição Quantidade Custo unitário Custo
unitária parcial
1 Tijolos 29,76 un * 1.10 0,28/un 9,17
2 Argamassa 1:2:9 0,0107 m3 * 1,10 194,68/m3 2,29
3 Pedreiro 1,60 h 7,80 /h 12,46
4 Servente 0,80 h 5,60/h 4,48
Total : R$ 28,42
FONTE: Arquivo pessoal do autor.
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Identificação dos itens e discriminação orçamentária preliminar dos
serviços;
Quantificação (medição em obra ou por meio de projetos);
Lançamento em sistema informatizado e/ou busca das composições;
Listagem e cotação de materiais, mão de obra e serviços subempreitados;
Lançamento dos custos, análise de BDI, análises de prazos e viabilidade;
ajustes finais;
Fechamento do orçamento, redação das condições da proposta ou minuta
do contrato.
Apresentação da empresa;
Quadro técnico;
Memória descritiva;
Relatório fotográfico;
Mapa de Trabalhos e Quantidades;
Descrição dos serviços oferecidos;
Planilha de custos;
Cronograma de execução;
Prazo de entrega;
Validade da proposta;
Fichas técnicas dos produtos mais relevantes.
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Nos casos em que o orçamento não seja gratuito, o profissional deve
informar sempre ao consumidor previamente do valor do seu custo, a não
informação condiciona a não obrigatoriedade de recebimento por este serviço.
Normalmente não é prática usual na construção civil o pagamento pela
realização de um orçamento, mesmo que seja preciso realizar um estudo técnico
que pode corresponder a muitas horas de trabalho.
Esta prática caracteriza o risco que existe por parte das empresas de
construção civil, que muitas vezes dedicam parte de seu tempo na criação de um
orçamento técnico, que mostra o perfil técnico e profissional da empresa, sem a
certeza de que terá sucesso.
FIM DO MÓDULO I
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