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OBRAS
Introdução
A produtividade tem impacto direto nos custos, prazos e qualidade final
da obra. Por isso, é importante conhecer os fatores que influenciam a
produtividade final do empreendimento. Medir a produtividade e reco-
nhecer os erros que diminuem a eficiência do trabalho são qualidades
essenciais aos gestores de obras. Toda obra enfrenta diversos obstáculos,
mas a maneira como os responsáveis pelo projeto lidam com eles pode
mudar totalmente seu andamento.
Neste capítulo, você vai conhecer aspectos essenciais para melhorar
a produtividade de obras; vai entender quais são os fatores internos e
externos que impactam a eficiência dos projetos e vai dimensionar a
produtividade com indicadores como a razão unitária de produção (RUP)
e o consumo unitário de materiais (CUM) ou ainda consumo diário de
materiais. Por fim, vai identificar os erros mais comuns no gerenciamento
de obras e como eles podem ser evitados com a listagem e o gerencia-
mento dos riscos.
ser controlados pelos gestores. Fatores internos são aqueles que podem ser
influenciados. Cada obra possui seus fatores internos e externos e a inten-
sidade de cada um e as relações entre eles devem sem analisadas para cada
empreendimento.
Embora os fatores externos não possam ser controlados, é importante
conhecê-los para saber lidar com eles, caso venham a influenciar na obra.
Alguns fatores externos são:
Alguns fatores não podem ser alterados e devem somente ser aceitos,
como políticas fiscais, desenvolvimento de leis e intempéries, entre outros.
No entanto, se os gestores não podem, por exemplo, evitar que chova, podem
adaptar o planejamento para dias de chuva, reservando para eles atividades que
podem ser desenvolvidas nessa situação. Se algum trabalhador fica doente ou
se o transporte coletivo entrou em greve, deve-se tentar resolver o problema
da maneira mais simples e eficiente possível. Assim, pensar nas possibilidades
antes do evento ocorrer pode economizar muito tempo e dinheiro. Além disso,
em qualquer caso, é de extrema importância manter uma comunicação ativa
entre as partes envolvidas, avisando a todos influenciados sobre a ocorrência
de qualquer um dos fatores e colhendo suas opiniões.
Os fatores internos, que podem ser controlados pelos gestores, são tam-
bém considerados alavancas da produtividade quando bem administrados. O
sucesso ou fracasso vinculados a esses fatores dependem de como a obra é
administrada. Por isso, é muito importante reconhecê-los e saber como lidar
com cada um. Barreiros et al. (2014) descrevem, em seu trabalho de estudo
sobre a produtividade na construção civil, com enfoque no Brasil, alguns dos
fatores internos mais importantes que alavancam ou prejudicam a produtividade
da obra, conforme vemos no Quadro 1.
4 Produtividade da obra
Indicadores de produtividade
A disponibilização dos recursos certos, na hora e no lugar adequado, propor-
ciona a criação de um ambiente mais organizado e, assim, com menor custo e
maior segurança, conforme Souza, Morasco e Ribeiro (2017). Mas como saber
a duração dos recursos baseado no consumo durante a obra? A resposta está
nos indicadores de produtividade. Um indicador de produtividade (IP) nada
mais é que a razão da quantidade de recursos necessários pela quantidade de
produtos realizados, conforme a equação a seguir.
Onde:
Hh = homens-hora;
QS = quantidade de serviço realizado.
Não existe uma RUP única para cada trabalho e o indicador deve ser medido
em cada obra. As variações se devem ao tipo de tecnologia empregada, modo
de execução, nível de instrução dos trabalhadores, entre outros. Para ter uma
ideia, Souza, Morasco e Ribeiro (2017) mostra que a RUP para execução de
concretagens pode variar, por exemplo, de 1,13 Hh/m3 a 25,21Hh/m3. O fator
varia dependendo se a concretagem é realizada para lajes nervuradas, com
uso de bomba, com uso de elevador, para áreas maiores ou menores de 20 m 2
e para seção maior ou menor de 0,25 m2.
Outro indicador muito utilizado na construção civil é o consumo unitário
de materiais (CUM). Esse indicador mostra a razão entre a quantidade de
materiais adquiridos e a quantidade de serviço realizado, conforme a equação
a seguir. Quanto menor o CUM, maior a produtividade.
Onde:
Qmat = quantidade de material;
Qserviço = quantidade de serviço.
Os indicadores do Sinapi podem ser observados por estado. Veja no link disponível
a seguir.
https://goo.gl/NsPrrT
Identificação:
■■ categorias;
■■ lista de riscos.
Análise:
■■ qualitativa;
■■ quantitativa.
Resposta:
■■ medidas corretivas;
■■ medidas preventivas.
Monitoramento:
■■ atualização da lista;
■■ lições aprendidas.
https://goo.gl/eQk1N6
Você pode perceber que a etapa de identificação dos riscos é muito impor-
tante para a equipe antecipar qualquer problema que possa ocorrer durante o
projeto. A antecipação de problemas e das medidas para tratá-los evita que o
gestor cometa erros por falta de experiência ou por ter que tomar decisões sob
pressão. Por isso, se você for responsável por uma obra, não deixe de listar
todos os riscos e obstáculos que sua obra pode enfrentar.
Leituras recomendadas
BRASIL. Decreto nº 7.983, de 8 de abril de 2013. Estabelece regras e critérios para elabo-
ração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e
executados com recursos dos orçamentos da União, e dá outras providências. Brasília,
DF, 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/
Decreto/D7983.htm>. Acesso em: 11 jan. 2019.
BRASIL. Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016. Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa
pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Brasília, DF, 2016. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/L13303.htm>. Acesso
em: 11 jan. 2019.
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