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25/11/2021

CURSO
Engenharia em Geotecnia (M. Eng.)

DISCIPLINA
Geotecnia Aplicada a Resíduos Urbanos

PROFESSOR
DSc. Eng. Cícero Antonio Antunes Catapreta

IMPERMEABILIZAÇÃO

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

✓ Brasil: impermeabilização com solo (argila ou material argiloso) ou


geossintéticos ou mistas (solo + geossintéticos).
✓ ABNT: sempre que necessário deve ser implantada uma camada
impermeabilizante da superfície inferior do aterro, observando:
a) Ser construída com materiais de propriedades químicas compatíveis com o
resíduo, com suficiente espessura e resistência, de modo a evitar rupturas
devido a pressões hidrostáticas e hidrogeológicas, contato físico com o
líquido percolado ou resíduo, condições climáticas e tensões da instalação
da impermeabilização ou aquelas originárias da operação diária;
b) Ser colocada sobre uma base ou fundação capaz de suportá-la, bem como
resistir aos gradientes de pressão acima e abaixo da impermeabilização, de
forma a evitar sua ruptura por assentamento, compressão ou levantamento
do aterro;
c) Ser instalada de forma a cobrir toda a área, de modo que os resíduos ou os
líquidos lixiviados não entre em contato com o solo natural.
Lembrar que na escolha da área devem ser evitadas aquelas que apresentem solos
permeáveis ou com lençol freático no seu nível máximo muito próximo da superfície.

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IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

Gradiente hidráulico = a carga que


se dissipa ao longo da percolação.

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

SOLO

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

SOLO

Controle tecnológico de obras

✓ Teor de umidade;
✓ Limites de Atterberg (LL+LP+IP);
✓ Análise granulométrica por peneiramento e sedimentação;
✓ Permeabilidade
✓ Compactação Próctor – energia normal, intermediária e modificada;
✓ Índice de suporte Califórnia.

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GEOSSINTÉTICOS

✓ Mantas de Polietileno de Alta Densidade (PEAD);

✓ Geralmente são resistentes à ação de óleos e solventes, tem baixa

permeabilidade a vapores de água e gás, tem resistência às intempéries e

às altas temperaturas;

✓ As geomembranas possuem boas propriedades químicas e físicas;

✓ São insolúveis em todos os solventes orgânicos e inorgânicos e possui

permeabilidade muito baixa;

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

GEOSSINTÉTICOS

✓ A aplicação deve seguir critérios e normas rigorosas de instalação.

✓ Brasil = Nos projetos de impermeabilização de aterros sanitários não são

definidos pelo órgãos competentes os procedimentos de inspeção nos

serviços executados.

✓ A utilização de geomembranas em substituição às camadas de argila, produz

melhores resultados ambientais e fornece maiores garantias de que não irá

ocorrer contaminações;

✓ Manta de Policloreto de Vinila (PVC) - ALTERNATIVA.

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Disposição da geomembrana pode ocorrer de duas formas.

1 - Sobre uma barreira de solo (argila) compactada

2 - Sobre o solo natural compactado.

As normas mais rigorosas exigem que a camada de argila compactada ou


solo residual compactado tenham coeficientes de permeabilidade inferior ou
igual a 1 x 10-7 cm/s.

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IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

O aterro sanitário é um local de grandes solicitações mecânicas:

✓ Impermeabilização de aterros de grande porte: 2,0 mm de espessura.

✓ Impermeabilização de aterros de pequeno porte : 0,50 mm a 1,0 mm.

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Definição de critérios básicos:

✓ layout das peças;


✓ Detalhamento das interferências;
✓ Detalhamento sistemas de ancoragem;
✓ Plano de instalação (sistema de modulação, os critérios de inspeção e
preparação das áreas a serem revestidas, o processo de corte, a abertura, o
estiramento dos painéis e a sequência de aplicação);
✓ Procedimento de soldagem em campo;
✓ Tipos de equipamentos;
✓ Plano básico de controle de qualidade na instalação.

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS


Disposição da geomembrana

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IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS


Transporte e corte da geomembrana
O transporte da geomembrana deve ser feito em horários programados e em
quantidades suficientes para não interromper os serviços nem se fazer
estoques desnecessários em campo.

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PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Tipos de soldas para mantas de PEAD:

✓ Solda automática (termofusão – ar quente);

✓ Solda por extrusão;

✓ Solda manual

Mantas de PVC, são soldadas com cola à base de PVC (soldas por adesão)

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PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Solda por Termofusão (ar quente)

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IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO
Filete Plana
Impermeabilização do
(a) Aterro Sanitário
Emendas por extrusão – GEOSSINTÉTICOS

Cunha quente dupla Ar quente simples


(emenda simples também é possível) (emenda dupla também é possível)
(b) Emendas por fusão térmica

Fusão química Fusão química


(c ) Emendas químicas (cola encorpada)

Adesivo químico Adesivo de contato


(d) Emendas por adesão

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Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

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PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Solda por Extrusão

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IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Solda por Extrusão

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Solda por Extrusão

Filete Plana
(a) Emendas por extrusão

Cunha quente dupla Ar quente simples


(emenda simples também é possível) (emenda dupla também é possível)
(b) Emendas por fusão térmica

Fusão química Fusão química


(c ) Emendas químicas (cola encorpada)
Fonte: Maccaferri

Adesivo químico Adesivo de contato


(d) Emendas por adesão

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Solda por Extrusão

Fonte: Maccaferri Fonte: Maccaferri

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IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Solda Manual

Fonte: Maccaferri

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Solda Manual

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Alguns dos Principais Ensaios (teste) das Soldas

Teste de laboratório

✓Teste de tração e deslocamento;

Teste de campo

✓Teste de penetração;
✓Teste de pressão de ar;
✓Teste na câmara de vácuo;
✓Spark Test.

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IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Spark Test

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Ensaio de Vácuo

Fonte: Maccaferri

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Ensaio de Presssurização

Fonte: Maccaferri

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IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

Ancoragem

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

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IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

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PROJETO EXECUTIVO

Impermeabilização do Aterro Sanitário – GEOSSINTÉTICOS

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DRENAGEM DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

RECAPITULANDO: Fatores que influenciam a geração de líquidos lixiviados:

✓ Densidade dos resíduos compactados;


✓ Tipos de resíduos;
✓ Decomposição da matéria orgânica biodegradável;
✓ Líquidos livres provenientes de alguns resíduos aterrados;
✓ Água proveniente do subsolo (aquífero freático), que infiltra no aterro;
✓ Pluviometria: água pluvial que infiltra no aterro (parcela mais significativa);
✓ Também existe perda de água na forma de vapor, que sai juntamente com o biogás
✓ Material de cobertura;
▪ Impedir a infiltração de águas de chuvas;
▪ Impedir ou minimizar o fluxo dos líquidos lixiviados pela massa durante e após a
operação;
▪ Controlar as migrações que podem vir a ocorrer;
▪ Umidade do solo de cobertura.

DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

Estimativa de vazão de líquidos lixiviados

✓ Método Suíço

Valores do coeficiente K do Método Suíço


Compactação do resíduos Densidade do aterro Coeficiente
Aterros fracamente compactados 0,4 a 0,7 t/m3 0,25 a ,50
Aterros fortemente compactados Acima de 0,7 t/m 3 0,15 a 25

✓ Método do Balanço Hídrico


✓ HELP - Hydrological Evaluation of Landfill Performance
✓ MODUELO

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DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

Dimensionamento dos dispositivos de drenagem

Modelo de Wilkins (CETESB, 1993)

• V = velocidade média de percolação (cm/s);


• Rh = raio hidráulico do meio poroso (cm);
V = 52,45 . p . Rh0,5 . I-0,54 • p = porosidade do meio;
• I = declividade do dreno ()m/m.

Fórmula de Manning
• Q = vazão média do lixiviado (m3/s)
• Rh = raio hidráulico (m);
Q = Am . Rh2/3 . I1/2 . n-1 • Am = área molhada (m2);
• Pm = perímetro molhado (m);
• I = declividade (m/m);
RH = Am / Pm • n = coeficiente de rugosidade

DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

Dimensionamento dos dispositivos de drenagem – concepção

✓ Tubos de PVC ou PEAD perfurados;


✓ Drenos cegos de brita n° 3 ou 4 ou Pedra de Mão (Rachão);

✓ Declividade baixa (2% <);


✓ Valas escavadas e preenchidas com brita/Pedra de Mão.

Fonte: www.Majestic.com.br

DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

Dimensionamento dos dispositivos de drenagem – concepção

Dreno com tubo Dreno cego

Algumas formas de posicionar os drenos de lixiviados


Fonte: NUCASE, 2008

Vala escavada no solo

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DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

Dimensionamento dos dispositivos de drenagem – concepção

DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

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DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

DRENAGEM DE LIXIVIADOS

Sistema de drenagem e remoção de líquidos lixiviados

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SISTEMA DE TRATAMENTO DE LIXIVIADOS

1) Biológicos
A. Aeróbios
▪ Sistemas de lodos ativados;
▪ Lagoas aeradas;
▪ Lagoas de estabilização;
▪ Filtros aeróbios.
B. Anaeróbios
▪ Reatores anaeróbios de fluxo ascendente
▪ Filtros anaeróbios
▪ Tanques sépticos
2) Tratamento químico
3) Recirculação
4) Estações de Tratamento de Esgotos

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Objetivo coletar e escoar as águas de chuva que venham a precipitar sobre o


aterro e/ou à montante deste, de forma a evitar a ocorrência de erosões nos
taludes, bem como evitar que ocorram transtornos operacionais e o aumento
da quantidade de líquidos lixiviados.

✓ Pode influenciar a operação do aterro sanitário, principalmente a


compactação dos resíduos;
✓ Dificultar a execução da cobertura diária ou intermediária dos resíduos;
✓ Dificultar o acesso dos veículos que transportam os resíduos;
✓ Não devem ser misturadas aos líquidos lixiviados

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SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Drenagem Provisória: tem como finalidade garantir a operação do aterro


sanitário em qualquer época do ano e sob qualquer condição climática.

− Topo do aterro ( canais e inclinação/direcionamento);


− Cristas dos taludes do aterro;
− Pés-de-talude;
− Canaletas e barreiras de solo.

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Drenagem definitiva: tem como finalidade coletar e desviar as de chuva das


área onde o aterro atingiu sua cota final e encaminhá-las para um sistema de
dissipação.
Elementos

− Sarjetas; − Caixas de passagem;


− Bocas-de-lobo; − Travessias;
− Poços de visita; − Escadas em estruturas flexíveis
− Galerias; (Gabião e Colchão Reno);
− Canaletas de concreto (1/2 seção, − Sistemas de dissipação (ex.:
retangulares, quadradas, etc.); escadas de concreto);
− Canais de concreto, terreno natural, − Bacia de retenção/sedimentação
estruturas flexíveis, etc. de sólidos;
− Alas.

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Cálculo de vazão
Método Racional

Q=C. I.A

Q = vazão a ser drenada (m3/s) ; C = coeficiente de escoamento superficial (Run Off); I = intensidade da
chuva crítica (m/s); A = área da bacia contribuinte (m2)

Intensidade de Chuva Crítica

I = Pc / t

I = intensidade de chuva crítica; Pc = precipitação crítica; t = tempo

Dimensionamento dos dispositivos de Drenagem

Q = Am . RH2/3 . I1/2 . n-1 RH = Am / Pm


Sendo:

R(h) = raio hidráulico; Am = área molhada; Pm = perímetro molhado; I = declividade; n = rugosidade

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SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

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SISTEMA DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

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