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26/10/2021

CURSO
Engenharia em Geotecnia (M. Eng.)

DISCIPLINA
Geotecnia Aplicada a Resíduos Urbanos

PROFESSOR
DSc. Eng. Cícero Antonio Antunes Catapreta

DIGESTÃO ANAERÓBIA

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

✓ Aterro sanitário = reator bioquímico

✓ Resíduos no Brasil = grande quantidade de material biodegradável

✓ Digestão anaeróbia (ocorre em aterros sanitários): biogás e líquidos


lixiviados.

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DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

DIGESTÃO ANAERÓBIA

Processo bioquímico que ocorre na ausência de oxigênio, no qual diversas


espécies de microrganismos interagem entre si de forma simbiótica para
converter compostos orgânicos complexos em CH4 e em compostos
inorgânicos como CO2, N2, NH3, H2S e traços de outros gases e ácidos
orgânicos de baixo peso molecular.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

DIGESTÃO ANAERÓBIA

▪ A zona aeróbia, geralmente, ocorre concomitante à disposição dos resíduos


no aterro, uma vez que há uma grande parcela de oxigênio que é retida na
massa de resíduos durante o processo de aterragem. O consumo desse
oxigênio retido é rápido e pode ocorrer em dias ou durar até um mês.
▪ considerando o tipo de cobertura, intermediária principalmente, utilizada nos
aterros brasileiros, é possível que o ambiente aeróbio perdure por um período
mais extenso.
▪ Na zona de transição, começam a predominar microrganismos anaeróbios
facultativos que preferencialmente não utilizam oxigênio livre para decompor
a fração orgânica dos resíduos, podendo, porém, utilizá-lo.
▪ Na zona anaeróbia, predominam os microrganismos anaeróbios estritos, que
não utilizam oxigênio livre para decompor o material orgânico presente.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

DIGESTÃO ANAERÓBIA

ZONA AERÓBIA

ZONA ANAERÓBIA

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DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS


DIGESTÃO ANAERÓBIA

1. Hidrólise: estágio no qual as polimoléculas


orgânicas são quebradas em moléculas
padrão como açúcares, amino-ácidos, e
ácidos graxos com a adição de grupos
hidroxila.

2. Acidogênese: continuação de quebra em


moléculas menores ocorrendo formação de
ácidos graxos voláteis e produção
de amônia, dióxido de carbono e H2S como
subprodutos.

3. Acetogênese: moléculas simples da


acidogênese são digeridas produzindo
dióxido de carbono, hidrogênio e ácido
acético.

4. Metanogênese: ocorre formação de metano,


dióxido de carbono e água.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

DIGESTÃO ANAERÓBIA
MATERIAIS BIODEGRADÁVEIS PRESENTES NOS RSU

Rapidamente Lentamente
Material
biodegradável biodegradáveis
Restos alimentares ✓
Jornais ✓
Papel ✓
Papelão ✓
Plásticos ✓
Tecidos ✓
Borracha ✓
Couro ✓
Capim/grama ✓ ✓
Madeiras ✓
Misc. de orgânicos ✓

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE BIOGÁS

FASES DA ESTABILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

FASE

✓ Fase I = fase de ajuste inicial 100


I II III IV V
BIOGÁS - COMPOSIÇÃO (% EM VOLUME)

✓ Fase II = fase de transição 80


N2 CO2
✓ Fase III = fase ácida
60 CH 4
✓ Fase IV = fase metanogênica
40
✓ Fase V = maturação final O2
20 H2 N2

O2
LIQUIDOS LIXIVIADOS - CARACTERÍSTICAS

COD
ÁCIDOS VOLÁTEIS
pH

Fe, Zn

TEMPO

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DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE BIOGÁS

COMPOSIÇÃO TÍPICA DO BIOGÁS

%
Gás
(volume em base seca)
Metano 45 – 60
Dióxido de carbono 40 – 60
Nitrogênio 2 -5
Oxigênio 0,1 – 1,0
Sulfetos, dissulfetos, mercaptanas, etc. 0 – 1,0
Amônia 0,1 – 1,0
Hidrogênio 0 – 0,2
Monóxido de carbono 0 – 0,2
Traços de outros gases 0,01 – 0,6

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE BIOGÁS

✓ Taxa de decomposição = atinge um pico dentro dos dois primeiros anos e


então decai rapidamente.

✓ Geração = superior a 25 anos.

✓ Depende do tipo de material biodegradável em decomposição. Para


resíduos de fácil degradação, a taxa de produção é alta, em função da
decomposição dos resíduos que ocorre rapidamente, enquanto que para
resíduos lentamente biodegradáveis a taxa de produção de biogás é
menor, em função dos materiais demandarem mais tempo para
decomposição.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE BIOGÁS

✓ Umidade dos resíduos e a compactação dos mesmos no aterro sanitário

✓ Aterros mais secos e bem compactados, é comum encontrar materiais em


sua forma original, muitos anos após a sua disposição.

✓ O teor ótimo de umidade para a decomposição dos resíduos biodegradáveis


em um aterro sanitário deve variar entre 50 e 60%.

✓ Quando esse teor é inferior, há uma tendência da produção de gás ser


inferior à esperada, assim como a sua geração pode estender-se por mais
tempo que o esperado.

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DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE BIOGÁS

DETERMINAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOGÁS

A produção de biogás pode ser estimada utilizando modelos matemáticos,


empíricos, como o método proposto pela USEPA - United States Environmental
Protection Agency, o qual é simples e objetivo, assim como amplamente aceito.
O Modelo é o LandGem, ou simplesmente método do decaimento de primeira
ordem.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

DEFINIÇÃO

Os líquidos lixiviados podem ser definidos como resultado do processo de fluxo


de água em um aterro sanitário, que flui através da massa de resíduo em
decomposição carreando materiais e substâncias dissolvidas ou suspensas, de
origem biológica e química, e da decomposição da matéria orgânica presente
nos resíduos sólidos domésticos por ação de exo-enzimas, produzidas por
bactérias e outros microrganismos, assim como por produtos variados do
metabolismo celular, além de transformações químicas que ocorrerem
naturalmente na massa de resíduos em decomposição.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

DEFINIÇÃO

É caracterizado por ser um líquido escuro, malcheiroso, de alto poder poluidor,


de composição bastante heterogênea, constituído de ácidos orgânicos, de
substâncias solubilizadas e carreadas por meio das águas da chuva, que
incidem sobre a massa de resíduos e, ainda, de substâncias formadas a partir
de reações químicas que ocorrem entre os constituintes dos resíduos, tendo
composição e quantidades variáveis.

Sumeiro, chumeiro, percolado, lixiviado de aterro sanitário, lixiviado de lixão,


chorume, líquidos lixiviados

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DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

PRODUÇÃO
✓ Teor de umidade inicial dos resíduos sólidos: relacionado com a água de
constituição dos resíduos sólidos e com a água absorvida da atmosfera. O
teor de umidade dos resíduos depende principalmente de sua composição,
das condições climáticas e das práticas de coleta.
✓ Teor de umidade do material de cobertura do aterro: relacionado com a
quantidade de água presente no solo de cobertura, depende do tipo do
material empregado, e também da estação do ano (estação seca ou úmida).
✓ Água que penetra o topo do aterro: formada pela parcela da precipitação que
flui através da camada de cobertura;
✓ Água que entra pela base do aterro: locais onde o nível do lençol d’água
subterrâneo é elevado e o aterro não possui um sistema de
impermeabilização adequado;

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

PRODUÇÃO

▪ Recirculação de líquidos lixiviados: auxilia na aceleração da decomposição


da matéria orgânica presente e, consequentemente, em uma maior geração
de líquidos lixiviados;
▪ Água perdida na formação do biogás: durante a decomposição anaeróbica
dos compostos orgânicos consome-se água e gera-se o biogás;
▪ Água perdida na forma de vapor d’água: relacionado à saturação do biogás
por vapor d’água;
▪ Água perdida por evaporação: relacionado à evaporação que ocorre de
acordo com as condições climáticas locais;
▪ Água liberada no processo de digestão de RSU.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

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DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

FASES DA ESTABILIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

✓ Fase I = fase de ajuste inicial


✓ Fase II = fase de transição
✓ Fase III = fase ácida
✓ Fase IV = fase metanogênica
✓ Fase V = maturação final

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

COMPOSIÇÃO

▪ Fatores climatológicos e correlatos: regime de chuvas e precipitação


pluviométrica anual, escoamento superficial, infiltração, evapotranspiração e
temperatura.

▪ Fatores relativos ao resíduo sólido: composição, peso específico e teor de


umidade inicial.

▪ Fatores relativos ao tipo de operação: características de permeabilidade do


aterro, idade e altura do aterro, sequência de disposição e existência ou não
de pré-tratamento dos resíduos.

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DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

COMPOSIÇÃO

A carga contaminante dos lixiviados é composta de muitas substâncias


diferentes, oriundas de fontes diversas, como:

✓ Substâncias orgânicas medidas mediante os parâmetros DBO5, DQO e

COT;
✓ Nitrogênio em forma de nitrogênio amoniacal, nitratos, nitritos, amônia;
✓ Halogênios inorgânicos, íons carbonatos, cloretos, sulfatos, sódio, potássio,
cálcio;
✓ Metais como ferro, zinco, manganês, níquel, cobre etc.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

COMPOSIÇÃO
DADOS TÍPICOS DA COMPOSIÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS DE ATERROS NOVOS E ANTIGOS

Idade do Aterro
Parâmetros
0a2 0a5 5 a 10 0 a 15 > 20
DBO (mg/L) 2.000–30.000 10.000 - 25.000 1.000 - 4.000 50 - 1.000 < 50
3.000 –
DQO (mg/L) 15.000 – 40.000 10.000 – 20.000 1.000 – 5.000 < 1.000
60.000
Nitrogênio Total (mg/L) 10 – 800 1.000 – 3.000 400 - 600 75 - 300 < 50
Nitrogênio amoniacal (mg/L) 10 - 800 500 – 1500 300 - 500 50 - 200 < 30
SDT (mg/L) - 10.000 – 25.000 5.000 – 10.000 2.000 – 5.000 < 1.000
pH 4,5 – 7,5 3-6 6-7 7 – 7,5 7,5
Cálcio (mg/L) 200 – 3.000 2.000 – 4.000 500 – 2.000 300 - 500 < 300
Sódio (mg/L) 200 - 2500 2.000 – 4. 000 500 – 1.500 100 - 500 < 100
Potássio (mg/L) 200 – 1.000 2.000 – 4. 000 500 – 1.500 100 - 500 < 100
Ferro (mg/L) 50 – 1.200 500 – 1.500 500 -1.000 100 - 500 < 100
Magnésio (mg/L) 50 – 1.500 500 – 1.500 500 -1.000 100 - 500 < 100
Zinco (mg/L) - 100 - 200 50 - 100 out/50 < 10
Cloreto (mg/L) 200 – 3.000 1.000 – 3.000 500 – 2.000 100 - 500 < 100
Sulfato(mg/L) 50 – 1.000 500 – 2.000 200 – 1.000 50 - 200 < 50
Fósforo (mg/L) 100 – 300 10 - 100 - <10

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

COMPOSIÇÃO
FAIXAS DE VALORES TÍPICOS DE ATERROS SANITÁRIOS

Pohland & Harper South Flórida Ehrih Qasim & Chiang


Parâmetro
(1985) landfills (1987) (1989) (1994)
DBO 4 - 57.700 - 20 - 4.000 80 - 28.000
DQO 31 - 71.700 530 - 3.000 500 - 60.000 400 - 40.000
pH 4,7 - 8,8 6,1 - 7,5 4,5 - 9,0 5,2 - 6,4
Cloreto 30 - 5.000 112 - 2.360 100 - 5.000 70 - 1.330
Amônia 2 - 1.030 9,4 - 1.340 30 - 3.000 56 - 482
Fósforo total 0,2 - 120 1,5 - 130 0,1 - 30 8 - 35.
Ferro 4 - 2.200 1,8 - 22 3 - 2.100 0,6 - 325
Cádmio 70 - 3.900 <0,005 <0,05 - 0,14 <0,05
Chumbo 0,001 - 1,44 <0,105 0,008 - 1,02 0,5 - 1,0
Zinco 0,06 - 220 - 0,03 - 120 0,1 - 30

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DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

COMPOSIÇÃO
ATERROS SANITÁRIOS DE BH

Valores
Parâmetro
Mínimo Máximo
AGVT (mg/L) 31 17.760
AT (mg/L) 4.383 26.800
AGV/AT 0,01 1,11
DBO (mg/L) 64 2.705
DQO (mg/L) 743 46.550
DBO/DQO 0,02 0,78
Nitrogênio Amoniacal(mg N-NH3/L) 600 3.850
Nitratos (mg N-NO3/L) 0,01 11,80
pH 5,7 8,1
STV (mg/L) 424 26.662

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

BALANÇO HÍDRICO E GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS EM ATERROS SANITÁRIOS

O conhecimento do balanço hídrico de um aterro sanitário é de extrema


importância para sua operação e manutenção, já que este pode influenciar o
seu comportamento geomecânico e o dimensionamento dos sistemas de
tratamento e drenagem de líquidos.

Uma correta previsão da produção desses líquidos é importante para o projeto


do sistema de drenagem de lixiviados produzidos nos aterros sanitários, bem
como para técnicas operacionais em aterros que adotam a recirculação de
líquidos.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

BALANÇO HÍDRICO E GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS EM ATERROS SANITÁRIOS

Geralmente são utilizados métodos empíricos para avaliar o balanço hídrico de


um aterro sanitário e estimar a geração de líquidos lixiviados. Um grande
número de modelos têm sido desenvolvidos tentando explicar o movimento de
umidade em aterros sanitários. Estes modelos podem ser enquadrados em
algumas categorias:

▪ Modelos de balanço hídrico;


▪ Modelos de fluxo saturado;
▪ Modelos de fluxo não-saturado (uni e bi-dimensional);
▪ Modelos bioquímicos e hidrodimâmicos.

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DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

BALANÇO HÍDRICO E GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS EM ATERROS SANITÁRIOS

Os modelos matemáticos utilizados para avaliar o balanço hídrico e estimar a


geração de líquidos lixiviados mais conhecidos são:

▪ Método Suíço;
▪ Método do Balanço Hídrico.

Outros métodos:
▪ HELP (Hydrologic Evaluation of Landfill Performance);
▪ SWB (Serial Water Balance Method);
▪ MOBYDEC (Global Model for Landfill Hydrologic Balance);
▪ UNSAT-H (Unsaturated Soil Water and Heat Flow Model);
▪ MODUELO.

DEGRADAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS

BALANÇO HÍDRICO E GERAÇÃO DE LÍQUIDOS LIXIVIADOS EM ATERROS SANITÁRIOS

Fatores Intervenientes

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