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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL  

MEMORIAL DE DESCRITIVO 

MARIA CLARA CANDIDO DE LIMA 

Recife, julho de 2023


1. Introdução
Este memorial descritivo apresenta informações sobre as lagoas anaeróbias,
lagoas facultativas e lagoas de maturação, que são componentes comumente
utilizados em sistemas de tratamento de efluentes. Cada tipo de lagoa
desempenha um papel específico no processo de tratamento, visando a
remoção de poluentes e a melhoria da qualidade do efluente.

2. Objetivo

O objetivo deste tratamento remover componentes químicos e biológicos, ou


seja, visam remover a carga orgânica, melhorar a qualidade da água e
estabilizar o efluente tratado, garantindo que este atenda aos padrões de
qualidade ambiental e sanitária estabelecidos.

3. Descrição:

a) Lagoas Anaeróbias: As lagoas anaeróbias são estruturas projetadas


para a decomposição biológica de matéria orgânica em condições de
baixo teor de oxigênio. Nesse ambiente, bactérias anaeróbias
decompõem a matéria orgânica, convertendo-a principalmente em
gases, como metano e dióxido de carbono. As lagoas anaeróbias são
eficientes na remoção de carga orgânica, reduzindo a demanda
bioquímica de oxigênio (DBO) do efluente.
A lagoa anaeróbia terá largura de 40 m, comprimento de 80 m. Tem como
capacidade de volume 6207 m³, com seção trapezoidal, seu tempo de
detenção será de 1,2 dias. Além disso, terá eficiência de 50%.
b) Lagoas Facultativas: O processo de tratamento por lagoas facultativas é
bastante simples e baseia-se exclusivamente em processos naturais.
Esses processos ocorrem em três áreas distintas da lagoa: área
anaeróbica, área aeróbica e área facultativa.
O efluente adentra a lagoa por uma extremidade e sai pela outra. Ao longo
desse percurso, o esgoto passa por processos que resultam em sua
purificação. Após a entrada do efluente na lagoa, a matéria orgânica em
suspensão (DBO particulada) começa a sedimentar, formando o lodo no fundo.
Esse lodo passa por um tratamento anaeróbico na área anaeróbica da lagoa.
Por outro lado, a matéria orgânica dissolvida (DBO solúvel) e a de pequenas
dimensões em suspensão (DBO finamente particulada) permanecem dispersas
na massa líquida. Essas substâncias sofrem tratamento aeróbico nas áreas
mais superficiais da lagoa (área aeróbica). Nessa área, é necessária a
presença de oxigênio, que é fornecido por meio de trocas gasosas entre a
superfície líquida e a atmosfera, além da fotossíntese realizada pelas algas
presentes, as quais desempenham um papel fundamental no processo. Para
isso, é importante que haja uma quantidade adequada de luz solar, tornando
essencial que essas lagoas sejam instaladas em locais com baixa
nebulosidade e alta radiação solar. Na área aeróbica, há um equilíbrio entre o
consumo e a produção de oxigênio e dióxido de carbono.
A lagoa facultativa terá um volume de 76259 m³, área superficial de 25419 m².
Ademais, terá comprimento de 264 m e uma largura de 88 m. E terá como
tempo de detenção 14,71 dias. E eficiência na remoção de DBO de 91%.
Além disso, devido ao seu fluxo disperso, há eficiência de 92,4% na remoção
de patógenos, sendo assim, contribuindo para a redução de coliformes totais e
colaborando com o tratamento seguinte, o de maturação.

c) As lagoas de maturação desempenham um papel importante ao


promoverem um processo de refinamento do efluente, priorizando a
remoção de microrganismos patogênicos em vez de uma redução
adicional da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). Essas lagoas
apresentam-se como uma opção altamente viável economicamente em
comparação aos métodos convencionais de desinfecção, como a
cloração. A principal finalidade das lagoas de maturação é eliminar
microrganismos patogênicos.
Esta etapa do tratamento, contará com 3 lagoas de maturação em série, com
área superficial de 25920 m², volume de 25273 m³ e tempo de detenção 4,87
dias, cada uma delas. Desta forma, tendo como volume total de detenção
75819,79 m³ e eficiência na remoção de coliformes totais de 99,99%.

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