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Proteção do meio ambiente.

Tratamento de águas residuárias.


Processo de alto depuração
Processo de auto depuração

ƒ Um fator importante na auto depuração é a


chamada vazão de diluição.

Cj = (CM x QM + CE x QE) / QE + QM
O processo de eutrofização.

ƒ A eutrofização é o enriquecimento das águas com


os nutrientes necessários ao crescimento da vida
aquática;
ƒ Manifesta-se por meio do aumento da
produtividade biológica dos lagos sendo
observada a proliferação de algas e outros vegetais
aquáticos devido a maior quantidade de nutrientes
disponível;
ƒ Os nutrientes mais importantes para a ocorrência
da eutrofização são em geral o fósforo e/ou o
nitrogênio.
O processo de eutrofização

ƒ De acordo com a produtividade biológica,


podemos classificar os lagos em:
ƒ Oligotróficos: lagos com baixa
produtividade biológica e baixa
concentração de nutrientes;
ƒ Eutróficos: lagos com produção vegetal
excessiva e alta concentração de nutrientes;
ƒ Mesotróficos: lagos com características
intermediárias entre oligotrófico e estrófico.
O processo de eutrofização

ƒ O processo natural de eutrofização


O processo de eutrofização

ƒ A eutrofização acelerada é causada pelo


aporte de fósforo que provém
principalmente das seguintes fontes:

ƒ Esgotos domésticos;

ƒ Esgotos industriais;

ƒ Fertilizantes agrícolas.
O processo de eutrofização
ƒ Desequilíbrio ecológico nos lagos eutrofizados:
Tratamento de águas residuárias.

ƒ Objetivos do tratamento:
ƒ Esgotos domésticos: remoção de matéria orgânica,
sólidos em suspensão e organismos patogênicos.
Eventualmente, em processos de tratamento mais
sofisticados, processa-se a remoção de nitrogênio e
fósforo (nutrientes).
ƒ Esgotos industriais, ou mistura de esgotos domésticos e
industriais (dependendo do tipo de indústria que
contribui ao sistema de esgotamento sanitário): matéria
orgânica, sólidos em suspensão, nitrogênio e fósforo,
compostos tóxicos e compostos não biodegradáveis.
Tratamento de águas residuárias.

ƒ Níveis do tratamento:
ƒ Preliminar: objetiva apenas a remoção dos sólidos
grosseiros (materiais de maiores dimensões e areia);
ƒ Primário: visa a remoção de sólidos sedimentáveis e
parte da matéria orgânica. Predomina os mecanismos
físicos de remoção de poluentes.
ƒ Secundário: objetiva-se a remoção de matéria orgânica
e eventualmente nutrientes. Predominam mecanismos
biológicos.
ƒ Terciário (ou polimento): objetiva a remoção de
poluentes específicos (usualmente tóxicos ou
compostos não biodegradáveis) ou ainda, a remoção
complementar de poluentes não suficientemente
removidos no tratamento secundário.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento preliminar.

ƒ Principais finalidades da remoção dos sólidos


grosseiros:
ƒ Proteção de unidades de tratamento subseqüentes;
ƒ Proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos
(bombas e tubulações)
ƒ Proteção dos corpos receptores (aspéctos estéticos.
ƒ Principais finalidades da remoção de areia:
ƒ Evitar abrasão nos equipamentos e tubulações;
ƒ Eliminar ou reduzir a possibilidade de obstrução em
tubulações e demais unidades do sistema;
ƒ Facilitar o transporte do líquido.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento preliminar.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento primário.

ƒ Os esgotos, após passarem pelas unidades de


tratamento preliminares, contém ainda os sólidos
em suspensão não grosseiros, os quais podem ser
parcialmente removidos em unidades de
sedimentação. Com a remoção de uma grande
parcela dos sólidos em suspensão, remove-se
também parte da matéria orgânica.
ƒ A massa sólida decantada é denominada de lodo
primário bruto.
ƒ Materiais flutuantes, como graxas e óleo, tendo
uma menor densidade, tendem a flutuar, sendo
removidos na superfície.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento primário
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Destina-se principalmente à remoção dos seguintes
poluentes:
ƒ Matéria orgânica em suspensão fina, remanescente do
tratamento primário (DBO suspensa ou particulada);
ƒ Matéria orgânica na forma de sólidos dissolvidos (DBO
solúvel), a qual não é removida no tratamento primário.
ƒ Em termos de eficiência é o único capaz de produzir
um efluente de acordo com o padrão de lançamento da
legislação ambiental.
ƒ Tenta reproduzir os fenômenos naturais de
estabilização da matéria orgânica, que ocorrem no
corpo receptor, com a vantagem de ser realizado mais
rapidamente (ocupando menos espaço), e em
condições controladas.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Processos biológicos de tratamento:
ƒ Reator anaeróbico de manta de lodo: é uma unidade
de fluxo ascendente que possibilita o transporte das
águas residuárias através de uma região que apresenta
elevada concentração de microorganismos.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.

ƒ Sistema de lodos ativados convencional:


ƒ Baseia-se em processos biológicos aeróbicos, retém
parte das bactérias ativas, recirculando-as mantendo-
se a maior parte de microorganismos ativos no
reator aerado.
ƒ Os microorganismos produzem flocos que podem
ser removidos por sedimentação em decantador
secundário (ou flotador por ar dissolvido), parte do
lodo é recirculado ao reator aeróbico e parte é
descartada para tratamento e destino final.
ƒ Apresenta alta eficiência e ocupa espaços
relativamente pequenos, porém, a operação exige
consumo de energia elétrica bastante elevado.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Esquema do processo de lodos ativados
convencional.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Sistema de lodos ativados com reator de
mistura completa:
ƒ Este sistema é uma variação da proposta anterior,
sofrendo uma maior aeração com mistura bastante
intensa, para se conseguir uma maior homogeneização.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Lagoa Facultativa: é uma solução simples de baixo
custo, quando se dispõe de área com topografia
adequada e de custo acessível. Exige operação simples,
sem qualquer necessidade de se contratar operador
especializado.
ƒ Quando bem dimensionada raramente produz maus
odores, porém recomenda-se que não sejam construídas
junto a áreas com residências. Deve-se levar em
consideração o sentido dos ventos predominantes e
localizá-las a pelo menos 500 metros de residências.
ƒ Podem apresentar remoção de patogênicos da ordem de
99,99%.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Esquema de uma lagoa facultativa.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Lagoa anaeróbica + lagoa facultativa:
ƒ O uso de lagoa anaeróbica seguida por facultativa
(sistema australiano) é uma das melhores soluções
técnicas que existem e também é uma das mais
econômicas, quando se dispõe de área adequada e de
baixo custo.
ƒ Na primeira lagoa ocorre a retenção e a digestão
anaeróbia do material sedimentável e na segunda
ocorre preponderadamente a degradação dos
contaminantes solúveis e contidos em partículas
suspensas muito pequenas.
ƒ Na segunda lagoa, atribui-se às algas a função da
produção e a introdução da maior parte de oxigênio
consumido pelas bactérias.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Sistemas de lagoas tipo australiano.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Lagoa aerada + lagoa de sedimentação de lodo.
ƒ Quando não se dispõe de área suficiente para se
implantar sistemas de estabilização naturais, pode-se
utilizar um sistema constituído por lagoa aerada
seguida por lagoa de sedimentação de lodo.
ƒ Nesse caso já se tem a necessidade de efetuar a
aeração, na primeira lagoa, empregando-se
aeradores superficiais ou difusores instalados no
fundo da unidade .
ƒ Na aeração há a produção de lodo biológico que tem
de ser removido antes do lançamento dos efluentes
no corpo receptor. Por este motivo emprega-se uma
segunda lagoa que tem por objetivo a retenção e a
digestão desse resíduo.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Esquema de sistema constituído por lagoa
aerada seguida por lagoa de sedimentação de
lodo.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.

ƒ Associação de processos biológicos:


ƒ Os sistemas aeróbios convencionais (lodos
ativados), envolvem grande consumo de energia
elétrica e grande produção de lodo, porém
apresentam elevada eficiência.
ƒ Por outro lado, os sistemas anaeróbios apresentam
eficiência da ordem de 70% (remoção de matéria
orgânica degradável), porém não envolvem
consumo de energia elétrica e produzem pouco lodo.
ƒ A associação desses dois processos tem resultado
em sistemas de elevada eficiência e produção de
lodo aceitável, a a custos baixos de operação e
manutenção.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento secundário.
ƒ Exemplos de associações de processos biológicos:
ƒ Reatores anaeróbio de manta de lodo seguido de lodos
ativados;
ƒ Reatores anaeróbio de manta de lodo seguido de lagoa
facultativa;
ƒ Reatores anaeróbio de manta de lodo seguido de filtro
biológico aeróbio;
ƒ Reatores anaeróbio de manta de lodo seguido de lagoa
aerada e lagoa de sedimentação;
ƒ Lagoa anaeróbia seguida por lagoa aerada e lagoa de
sedimentação;
ƒ Lagoa anaeróbia, seguida por: Filtro biológico aeróbio ou
lodos ativados, ou lagoa facultativa.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento terciário.

ƒ Tratamento de polimento é utilizado quando se


deseja a redução de nutrientes (nitrogênio e
fósforo) ou substâncias consumidoras de oxigênio.
ƒ Não deve ser solução para eficiência insatisfatória
dos tratamentos primário e secundário.
ƒ O tipo de tratamento mais utilizado é a lagoa de
maturação (ou polimento) que retêm parte dos
sólidos sedimentáveis ainda contidos nos efluentes
tratados e funcionam como decantador, como
tanque de homogeneização e como tanque
biológico, possibilita maior redução de
organismos patogênicos.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento terciário.
Esquema de lagoa de maturação
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento terciário.

ƒ Disposição no solo:
ƒ Os esgotos são aplicados ao solo, fornecendo
água e nutrientes necessários para o
crescimento das plantas. Parte do líquido é
evaporado, parte pode infiltrar pelo solo, e parte
absorvida pelas plantas.
ƒ Em alguns casos, quando a infiltração no solo é
baixa, aparece efluente tratado na extremidade
oposta do terreno.
ƒ Os sistemas de disposição no solo requerem
áreas superficiais bastante elevadas.
Tratamento de águas residuárias.
Tratamento terciário.

ƒ Infiltração no solo (escoamento superficial).


Tratamento de águas residuárias.

ƒ Características típicas dos principais


sistemas de tratamento de esgotos:
Águas residuárias das indústrias.

ƒ Na industria, de modo geral, a água pode ser matéria-prima


que se junta a outras para cria produtos acabados, ou ser
utilizada como meio de transporte, como agente de limpeza
em sistemas de refrigeração, como fonte de vapor e
produção de energia.
ƒ Atualmente, os poluentes industriais que mais preocupam
são os orgânicos, especialmente os sintéticos e os metais
pesados.
ƒ A quantidade e a concentração dos despejos de uma
determinada industria variam dentro de amplos limites,
dependendo dos processos de fabricação empregados e dos
métodos de controle dos dejetos.
ƒ Cada industria é um caso distinto e , entre industrias do
mesmo tipo, existem despejos diferentes.
Águas residuárias das indústrias.

ƒ As indústrias cuja rede de esgoto pode ser ligada à rede de


coletores urbanos por via de regra devem lançar nesta seus
dejetos sem qualquer pré-tratamento, pois a maior parte
dos resíduos líquidos industriais só pode receber
tratamento eficiente e econômico quando misturada com
esgoto doméstico.
ƒ Entretanto é necessário remover desses resíduos as
substâncias de valor comercial bem como aquelas que
possam prejudicar os coletores públicos ou as estações de
tratamento.
ƒ Devem ser removidos e recuperados materiais, tais como
moinha de carvão, alcatrão, óleos minerais, fibras de
celulose, lanolina, fenóis, benzina, sais de ferro.
Águas residuárias das indústrias.

ƒ Também devem ser eliminados certos elementos tóxicos,


como sais de cobre, arsênico, cianetos, cromo, os quais
inibem o tratamento biológico e a digestão do lodo.
ƒ Uma das condições normalmente impostas para o
recebimento de despejos industriais na rede pública é a
limitação da temperatura, que não deve ser superior a
35ºC.
ƒ Outra condição é a da neutralização dos ácidos.
ƒ Quando não há possibilidade de ligação da indústria à rede
urbana, deve-se prever a segregação dos despejos dentro
do estabelecimento, sendo as águas servidas coletadas em
dois sistemas separadamente (águas relativamente limpas e
águas que necessitam de tratamento).

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