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SANEAMENTO II

ETE
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
Colegiado de Engenharia Civil
Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF
Prof. Me. Vinicius Lazzaris Pedroso
TRATAMENTO SECUNDÁRIO
No tratamento secundário, o foco de remoção é na carga orgânica do
efluente (DBO), através de processos predominantemente biológicos.

Existem diversos tipos de tratamento secundários eficientes em


bibliografia técnica e disponíveis no mercado. Nessa aula, iremos tratar
de LAGOAS FACULTATIVA e LAGOAS ANAERÓBIAS.
LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
Lagoas de estabilização são lagoas artificiais, especialmente
construídas para reter os esgotos por tempo prolongado, permitindo a
estabilização do efluente através de processos biológicos naturais.
VANTAGENS

Baixo custo de implantação; Ocupação de grandes áreas;


Projeto e operação simples; Algas no efluente final;

DESVANTANGENS
Baixo custo energético. Possibilidade de geração de mal
cheiro.
LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
Nas lagoas de estabilização,
não é necessário a adição de
nenhum aditivo químico nem
da implementação de
equipamentos mecânicos
para aspersão/agitação do
esgoto. Ele entra na lagoa por
uma extremidade e sai pela
outra, sendo exposto a longos
tempos de detenção
hidráulica.
LAGOAS FACULTATIVAS
Dentre os processos de lagoas de estabilização, a mais simples é a lagoa
facultativa. Tratam-se de lagoas com baixa profundidade (1,5 a 2,0 m), onde
irão acontecer processos de estabilização pela ação de bactérias anaeróbias
(lodo acumulado no fundo da lagoa), aeróbias (porções superficiais) e
facultativas (as mais importantes, que conseguem atuar em condições com ou
sem a presença de oxigênio).

Por ser um processo essencialmente natural, a estabilização acontece em taxas


mais lentas, implicando na necessidade de um elevado período de detenção na
lagoa (usualmente superior a 20 dias). Somando-se o fator que, para a maior
eficiência da fotossíntese recomenda-se elevada área de exposição solar, as
lagos facultativas ocupam a maior área dentre as alternativas vistas. Por outro
lado, a simplicidade e ausência de equipamentos faz com que seja uma solução
interessante em regiões em desenvolvimento.
LAGOAS FACULTATIVAS
LAGOAS FACULTATIVAS
A matéria orgânica em suspensão tende a sedimentar,
constituindo o lodo de fundo. O lodo sofre digestão anaeróbia,
sendo convertido em gases (carbônico, metano e outros). A
fração inerte permanece como lodo no fundo.
LAGOAS FACULTATIVAS
O restante da matéria orgânica permanece dispersa na massa líquida, sofrendo
digestão pelas bactérias facultativas.

Existe a ocorrência de algas, que realizam a


fotossíntese, garantindo oxigênio nas
porções superiores das lagos.
LAGOAS ANAERÓBIAS
Visto que a utilização de lagoas facultativas para receber o esgoto de
forma primária demanda grandes áreas para a instalação das mesmas, é
possível realizar algumas associações entre soluções para tentar diminuir
a área instalada das ETEs. Uma solução bastante corriqueira é a utilização
de uma lagoa anaeróbia, que receberá os efluentes brutos e irá
estabilizar uma parte da matéria orgânica. O efluente dessa lagoa, já com
uma carga orgânica reduzida, necessitará de uma área menor para a lagoa
facultativa (economia na ordem de 1/3 de área).
LAGOAS ANAERÓBIAS
LAGOAS ANAERÓBIAS
LAGOAS ANAERÓBIAS
A lagoa anaeróbia é uma lagoa dimensões reduzidas, porém
profundidades maiores (4,0 a 5,0 m). Dessa forma, não existe
contribuição significativa de fotossíntese e os processos de estabilização
são, predominantemente, anaeróbios.

Com períodos de detenção hidráulica na ordem de 2 a 5 dias, é possível


uma redução de 50 a 70% da DBO bruta. Assim, o afluente da lagoa
facultativa já tem uma redução significativa na carga orgânica, podendo
ser dimensionada com tamanhos menores.
LAGOAS ANAERÓBIAS
Por se tratarem de processos anaeróbios, existe a possibilidade da
ocorrência de mal cheiro. Assim, deve-se haver afastamento entre essa
solução e possíveis residências.

Também é digno de nota a geração de lodo. Como a lagoa anaeróbia


possui um volume pequeno e recebe esgoto bruto, deve-se prever
remoção do lodo em períodos relativamente curtos (alguns anos). O
manejo desse lodo pode se tornar complexo, demandando soluções
específicas.
EFICIÊNCIAS DE REMOÇÃO
PARÂMETRO REMOÇÃO (%) Os índices ao lado se referem
DBO 75-85 à soluções de lagoa facultativa
única, ou conjugação de lagoa
DQO 65-80 anaeróbia + facultativa.
Sólidos
70-80 A eficiência das duas lagoas
Suspensos
em conjunto é similar ao de
Amônia < 50 uma lagoa única, e tem um
aproveitamento maior da
Nitrogênio < 60 área da ETE.
Fósforo < 35
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
LAGOA ANAERÓBIA
As lagoas anaeróbias devem ser dimensionadas utilizando-se 3 critérios:
• Tempo de detenção;
• Taxa orgânica de aplicação volumétrica;
• Taxa de aplicação superficial.
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
LAGOA ANAERÓBIA – TEMPO DE DETENÇÃO
O volume da lagoa anaeróbia é calculado inicialmente conforme o tempo
de detenção hidráulico, conforme tabela:

Para o dimensionamento, deve-se utilizar a


𝑉 = 𝑄𝑚𝑒𝑑 ∗ 𝑇𝐷𝐻 vazão média da ETE (m³/d).
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
LAGOA ANAERÓBIA – TAXA ORGÂNICA DE APLICAÇÃO VOLUMÉTRICA
A literatura recomenda, para lagoas anaeróbias, que se trabalha com taxas
orgânicas de aplicação volumétrica (Lv) entre 0,1 a 0,4 kg DBO/m³.dia.
Tolera-se valores de até 0,05 kg DBO/m³.dia.

𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝐷𝐵𝑂 Onde: V é o volume da lagoa anaeróbia, em m³;


𝐿𝑣 = L é a carga de DBO do efluente, em kg DBO/d;
𝑉 Lv é a taxa orgânica de aplicação volumétrica, em kg DBO/m³.d.
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
LAGOA ANAERÓBIA – GEOMETRIA
• Recomenda-se adotar profundidades entre 4,0 e 5,0 m (são toleráveis
profundidades de 3,5 m);
• As lagoas anaeróbias apresentam relação L/B entre 1 e 3, à meia
profundidade;
• Devem ser construídas com taludes 2H:1V, com bordo livre de pelo
menos 60 cm.
≥60 cm
X
1
X a 3X 2
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
LAGOA ANAERÓBIA – TAXA DE APLICAÇÃO SUPERFICIAL
Para o funcionamento adequado das lagoas anaeróbias, é preciso que
a geometria da mesma seja estabelecida de forma que a aplicação
superficial seja superior à 1000 kg DBO/ha.d (0,1 kg DBO/m².d).

𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑒 𝐷𝐵𝑂
𝑇𝑥𝑎𝑝.𝑠𝑢𝑝 =
𝐴𝑠𝑢𝑝
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa anaeróbia para ser construída em
Remanso-BA, com vazão média de 40 l/s e uma DBO de 300 mg/l.
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa anaeróbia para ser construída em
Remanso-BA, com vazão média de 40 l/s e uma DBO de 300 mg/l.
VOLUME: Adotando-se TDH de 4 dias:

40
V= ∗ 60 ∗ 60 ∗ 24 ∗ 4 = 13.824 m³
1000
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa anaeróbia para ser construída em
Remanso-BA, com vazão média de 40 l/s e uma DBO de 300 mg/l.
VOLUME: 13.824 m³
TAXA ORGÂNICA DE APLICAÇÃO VOLUMÉTRICA: Verificação se a taxa
orgânica está na faixa adequada:

103 40
300 ∗ 6 ∗ ∗ 60 ∗ 60 ∗ 24
10 1000
𝐿𝑣 = = 0,075 𝑘𝑔 𝐷𝐵𝑂/𝑚3 . 𝑑
13.824
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa anaeróbia para ser construída em
Remanso-BA, com vazão média de 40 l/s e uma DBO de 300 mg/l.
VOLUME: 13.824 m³
TAXA ORGÂNICA DE APLICAÇÃO VOLUMÉTRICA: Verificação se a taxa
orgânica está na faixa adequada:

103 40 OK!!!!
300 ∗ 6 ∗ ∗ 60 ∗ 60 ∗ 24
10 1000
𝐿𝑣 = = 0,075 𝑘𝑔 𝐷𝐵𝑂/𝑚3 . 𝑑
13.824
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa anaeróbia para ser construída em
Remanso-BA, com vazão média de 40 l/s e uma DBO de 300 mg/l.
VOLUME: 13.824 m³
TAXA ORGÂNICA DE APLICAÇÃO VOLUMÉTRICA: 0,075 kg DBO/m³.d
GEOMETRIA: Adotando profundidade de 5 m e L/B igual à 2:

13.824 𝐵 ≅ 37,5 𝑚
𝐴1Τ2 𝑝𝑟𝑜𝑓 = = 2765 𝑚² ቊ
5 𝐿 ≅ 75,0 𝑚
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
EXEMPLO: GEOMETRIA:
Terreno
0,6 m
Espelho d’água
2,5 m
1 1/2 profundidade
2 2,5 m
Fundo

Terreno
1,2 m Espelho d’água
5,0 m
1,2 m 1/2 profundidade
5,0 m NÍVEL L (m) B (m)
Fundo
Terreno 87,4 49,9
5,0 m
37,5 m
Espelho d’água 85,0 47,5
5,0 m
½ Profundidade 75,0 37,5
75 m
Fundo 65,0 27,5
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa anaeróbia para ser construída em
Remanso-BA, com vazão média de 40 l/s e uma DBO de 300 mg/l.
VOLUME: 13.824 m³
TAXA ORGÂNICA DE APLICAÇÃO VOLUMÉTRICA: 0,075 kg DBO/m³.d
GEOMETRIA: OK!
TAXA DE APLICAÇÃO SUPERFICIAL:

0,3 ∗ 0,04 ∗ 60 ∗ 60 ∗ 24
𝑇𝑥𝑎𝑝.𝑠𝑢𝑝 = = 0,26 𝑘𝑔 𝐷𝐵𝑂/𝑚2 . 𝑑
85 ∗ 47,5
DIMENSIONAMENTO
LAGOA ANAERÓBIA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa anaeróbia para ser construída em
Remanso-BA, com vazão média de 40 l/s e uma DBO de 300 mg/l.
VOLUME: 13.824 m³
TAXA ORGÂNICA DE APLICAÇÃO VOLUMÉTRICA: 0,075 kg DBO/m³.d
GEOMETRIA: OK!
TAXA DE APLICAÇÃO SUPERFICIAL:
> 0,1 OK!!!
0,3 ∗ 0,04 ∗ 60 ∗ 60 ∗ 24
𝑇𝑥𝑎𝑝.𝑠𝑢𝑝 = = 0,26 𝑘𝑔 𝐷𝐵𝑂/𝑚2 . 𝑑
85 ∗ 47,5
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
LAGOA FACULTATIVA
Existem diversos métodos de dimensionamento de lagoas facultativas,
baseados em critérios empíricos ou modelos cinéticos.
Pode-se dimensionar lagoas facultativas pelo método da temperatura do
ar, calculando-se a carga superficial máxima (em função da temperatura
do ambiente):

FACULTATIVAS FACULTATIVAS 𝝀𝑳 em kg DBO/ha.d;


PRIMÁRIAS SECUNDÁRIAS T em °C, média do mês mais
frio
• é𝝀𝑳 = 𝟐𝟎𝑻 − 𝟔𝟎 • 𝝀𝑳 = 𝟏𝟒𝑻 − 𝟒𝟐
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
LAGOA FACULTATIVA
• Devem ser dimensionados de forma que o tempo de detenção hidráulico
fique na faixa de 15 a 45 dias para lagoas primárias e 10 a 30 dias para
lagoas secundárias;
• Relação L/B: 3 a 5;
• Profundidades: entra 1,5 e 2,0 m;
• Recomenda-se áreas inferiores a 15 ha (150.000 m²)
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa facultativa para preceder lagoa
anaeróbia dimensionada no exemplo anterior, em Remanso-BA.
Adotar remoção de 60% da DBO na lagoa anaeróbia.
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa facultativa para preceder lagoa
anaeróbia dimensionada no exemplo anterior, em Remanso-BA.
Adotar remoção de 60% da DBO na lagoa anaeróbia.
TEMPERATURA:
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa facultativa para preceder lagoa
anaeróbia dimensionada no exemplo anterior, em Remanso-BA.
Adotar remoção de 60% da DBO na lagoa anaeróbia.
TEMPERATURA: Adotando 25°C
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa facultativa para preceder lagoa
anaeróbia dimensionada no exemplo anterior, em Remanso-BA.
Adotar remoção de 60% da DBO na lagoa anaeróbia.
TEMPERATURA: 25°C
CARGA DE DBO:
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝐷𝐵𝑂 = 0,4 ∗ (0,3 ∗ 0,04 ∗ 60 ∗ 60 ∗ 24)
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝐷𝐵𝑂 = 414,72 𝑘𝑔 𝐷𝐵𝑂/𝑑
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa facultativa para preceder lagoa
anaeróbia dimensionada no exemplo anterior, em Remanso-BA.
Adotar remoção de 60% da DBO na lagoa anaeróbia.
TEMPERATURA: 25°C
CARGA DE DBO: 415 kg DBO/d
CARGA SUPERFICIAL MÁXIMA:
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa facultativa para preceder lagoa
anaeróbia dimensionada no exemplo anterior, em Remanso-BA.
Adotar remoção de 60% da DBO na lagoa anaeróbia.
TEMPERATURA: 25°C
CARGA DE DBO: 415 kg DBO/d
CARGA SUPERFICIAL MÁXIMA:

𝜆𝐿 = 14𝑇 − 42 = 14 ∗ 25 − 42
𝜆𝐿 = 308 𝑘𝑔 𝐷𝐵𝑂/ℎ𝑎. 𝑑
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: Dimensionar lagoa facultativa para preceder lagoa
anaeróbia dimensionada no exemplo anterior, em Remanso-BA.
Adotar remoção de 60% da DBO na lagoa anaeróbia.
TEMPERATURA: 25°C
CARGA DE DBO: 415 kg DBO/d
CARGA SUPERFICIAL MÁXIMA: 308 kg DBO/ha.d
ÁREA (ESPELHO D’ÁGUA) E GEOMETRIA: Vamos adotar uma
geometria L/B = 3 na superfície:
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝐷𝐵𝑂 415 𝐵 = 67,1 𝑚
𝐴𝑒𝑠𝑝.𝑎𝑔 = = = 1,35 ℎ𝑎 = 13.500 𝑚² ቊ
𝜆𝐿 308 𝐿 = 201,2 𝑚
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: ÁREA (ESPELHO D’ÁGUA) E GEOMETRIA:
Adotando uma profundidade de 2,0 m, taludes 1V:2H e borda livre de
60 cm:
NÍVEL L (m) B (m)
Terreno 203,6 69,5
Espelho d’água 201,2 67,1
½ Profundidade 197,2 63,1
Fundo 193,2 59,1
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: ÁREA (ESPELHO D’ÁGUA) E GEOMETRIA:
NÍVEL L (m) B (m)
Terreno 203,6 69,5
Espelho d’água 201,2 67,1
½ Profundidade 197,2 63,1
Fundo 193,2 59,1

VOLUME:

𝑉 = 𝐴1Τ2 𝑝𝑟𝑜𝑓 ∗ 𝐻 = 197,2 ∗ 63,1 ∗ 2,0 = 24.887 𝑚³


DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: ÁREA (ESPELHO D’ÁGUA) E GEOMETRIA:
NÍVEL L (m) B (m)
Terreno 203,6 69,5
Espelho d’água 201,2 67,1
½ Profundidade 197,2 63,1
Fundo 193,2 59,1

VOLUME: 24.887 m³
TEMPO DE DETENÇÃO:
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: ÁREA (ESPELHO D’ÁGUA) E GEOMETRIA:
NÍVEL L (m) B (m)
Terreno 203,6 69,5
Espelho d’água 201,2 67,1
½ Profundidade 197,2 63,1
Fundo 193,2 59,1

VOLUME: 24.887 m³
TEMPO DE DETENÇÃO:
𝑉 24.887
𝑇𝐷𝐻 = = = 7,2 𝑑
𝑄𝑚é𝑑 0,040 ∗ 60 ∗ 60 ∗ 24
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: ÁREA (ESPELHO D’ÁGUA) E GEOMETRIA:
NÍVEL L (m) B (m)
Terreno 203,6 69,5
Espelho d’água 201,2 67,1
½ Profundidade 197,2 63,1
Fundo 193,2 59,1

VOLUME: 24.887 m³
TEMPO DE DETENÇÃO:
𝑉 24.887 INSUFICIENTE
𝑇𝐷𝐻 = = = 7,2 𝑑
𝑄𝑚é𝑑 0,040 ∗ 60 ∗ 60 ∗ 24
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: Nesse caso, dimensionamos utilizando o TDH mínimo de
10 dias.
VOLUME:
𝑉 = 𝑇𝐷𝐻 ∗ 𝑄𝑚é𝑑 = 10 ∗ 0,040 ∗ 60 ∗ 60 ∗ 24 = 34.560 𝑚³
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: Nesse caso, dimensionamos utilizando o TDH mínimo de
10 dias.
VOLUME: 34.560 m³
ÁREA E GEOMETRIA: Utilizando os mesmos parâmetros, com
profundidade de 2,0 m:
NÍVEL L (m) B (m)
Terreno 234,1 82,3
34.560 𝐵 = 75,9 𝑚
𝐴1Τ2 𝑝𝑟𝑜𝑓 = = 17.280 𝑚² ቊ Espelho d’água 231,7 79,9
2 𝐿 = 227,7 𝑚
½ Profundidade 227,7 75,9
Fundo 223,7 71,9
DIMENSIONAMENTO
LAGOA FACULTATIVA
EXEMPLO: A título de comparação, se a lagoa facultativa não fosse
precedida de uma lagoa anaeróbica: NÍVEL L (m) B (m)
Terreno 285,2 99,3
𝐵 = 92,9 𝑚
𝐴1Τ2 𝑝𝑟𝑜𝑓 = 25.920 𝑚² ቊ Espelho d’água 282,8 96,9
𝐿 = 278,8 𝑚
½ Profundidade 278,8 92,9
Fundo 274,8 88,9

𝐴𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎 𝑓𝑎𝑐𝑢𝑙𝑡𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎 = 285,2 ∗ 99,3 = 28.320 𝑚²


𝐴𝑙𝑎𝑔𝑜𝑎 𝑎𝑛𝑎𝑒.+𝑓𝑎𝑐. = 234,1 ∗ 82,3 + 87,4 ∗ 47,4 = 19.266 + 4.143 = 23.409 𝑚²

≈ 83% da área

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