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Relatório da ETE

RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA NA ESTAÇÃO DE


TRATAMENTO DE ESGOTO EM TEIXEIRA DE FREITAS – BA

Matéria: Sistemas de Saneamento


Visita Técnica na ETE

Magna Souza e Luciana Monteiro

No dia 12 de junho de 2018, foi marcada uma Visita Técnica a Empresa


Baiana de Água e Saneamento (EMBASA) com os alunos do 9° Período, do
Curso de Engenharia Civil da (FASB) – Faculdade do Sul da Bahia, cuja saída
seria em frente ao escritório da EMBASA. Ao chegarmos no local às 14:45 não
havia ninguém, então pensamos que todos já tinham ido. Seguimos então para
a Estação de Tratamento de Esgoto, local destinado.
Chegamos ao local aproximadamente às 15:10 da tarde. Porém, não havia
ninguém além de dois funcionários que estavam naquele momento.
fomos muito bem recebidos pelo operador de estação, trabalhadores que
estavam cuidando da estação, pois não havia nenhum técnico responsável
disponível para nos acompanhar naquela tarde.
Ele nos apresentou as instalações da empresa e nos mostrou, da maneira
dele, como ocorrem alguns processos.

A visita à ETE seria realizada com todos do 9º período, porém houve


atraso de técnico que ficaram de ir naquela mesma tarde à ETA(Estação de
Tratamento de água) com o pessoal do 8º  sob a orientação e
responsabilidade, da professora e engenheira Civil, Maria Carolina Pareja
Garcia Ronacher, docente da disciplina – Sistema de Esgoto e Drenagem,
Atividade de Campo e Visita Técnica, não sendo possível, por conta do atraso,
à visita à ETA (Estação de Tratamento de Água). A professora tentou avisar à
turma do 9º, porém, acredita-se que deva ter havido falha de internet ou algo
parecido. Contudo, a visita à ETE foi cancelada naquele dia.
A visita de caráter educacional tem como objetivo dar maior
embasamento teórico e prático aos alunos sobre o processo de tratamento do
esgoto, fazendo também a conscientização dos mesmos sobre o assunto, pois
os recursos hídricos estão cada vez mais escassos e o tratamento é caro e
demorado.

A ETE Estação de tratamento de esgoto localizada na BR 101, é o


sistema responsável por todo o tratamento de esgoto da população
Teixeirense, ou pelo menos boa parte, foi inaugurada em 1º de março de 2013,
na gestão do então Governador do estado Jaques Wagner, do Secretário de
Desenvolvimento Urbano Cícero de Carvalho Monteiro e do diretor presidente
da EMBASA Aberlado de Oliveira Filho, conforme figura 1 abaixo.

Fig. 01 Placa de inauguração

O tratamento biológico de efluentes compreende várias etapas sendo que


cada uma delas tem sua importância para a garantia de obter bons resultados.
Segue algumas etapas que registramos:
 CAIXA DE AREIA
Utilizada para reter OS sólidos pequenos. Seu fluxo é de baixa
velocidade o que facilita a deposição da areia e e outras partículas no fundo,
sendo regularmente raspado e limpo. Os resíduos retirados são encaminhados
para um aterro sanitário licenciado pela Embasa (Empresa Baiana de Água e
Saneamento) pois os mesmos não podem ser reaproveitados em qualquer que
seja o processo. Este processo é importante para preservar o bom
funcionamento da bomba e a manutenção das tubulações em condições
perfeitas, do contrário, poderiam sofrer assoreamento e abrasão por serem
seriamente danificados, prejudicando assim o sistema de processo biológico de
efluentes. Dessa forma, a etapa da Caixa de Areia da ETE é de suma
importância para o aumento da vida útil de todos os equipamentos usados
posteriormente no processo.

Fig.02 -Caixa de Areia 1ª Etapa


 DIGESTOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE - DAFA
O Sistema de Tratamento de Efluentes é constituído por um Digestor
Anaeróbio de Fluxo Ascendente- DAFA e um Filtro Anaeróbio de Fluxo
Ascendente – FAFA, conhecido também como BIOFILTRO, compostos de
tanques especiais que tratará o efluente gerado pelo sistema através do
processo de digestão anaeróbia.
Digestor Anaeróbio: Tanque cilíndrico constituído por: tubo de limpeza,
tubo de sucção, suspiro e tampa de inspeção.
O processo consiste, essencialmente de um fluxo ascendente de esgoto
por entre um leito de lodo denso e de alta atividade (CHERNICHARO, 2007).
Sendo a estabilização da matéria orgânica processadas em todas as zonas de
reação, leito, manta e lodo; estando a mistura do sistema gerada pelo fluxo
ascensional do esgoto e também das bolhas de gás. É considerado a unidade
primária do sistema de digestão anaeróbia, esse digestor receberá o efluente
bruto que ao passar pela manta de lodo bacteriano que fica no interior do
equipamento sofrerá ação de bactérias anaeróbias que usarão a carga
orgânica do esgoto como substância para seu metabolismo e crescimento.

 BIOFILTRO
Tanque cilíndrico constituídos por: distribuidor de fluxos, tubo de sucção,
anéis corrugados (meio filtrante), suspiro e tampa de inspeção. São
caracterizados pelo aparecimento de um material de empacotamento
estacionário em que os sólidos biológicos podem se agarrar ou mesmo ficar
retidos nos interstícios. Esse equipamento é usado como unidade secundária
do tratamento anaeróbio, cujo efluente após passar pelo reator é encaminhado
á zona inferior do filtro. O líquido irá passar por um meio filtrante (corrugado) no
qual será formado biofilme bacteriano. As bactérias que formam o biofilme vão
consumir o restante da carga orgânica aumentando assim a eficiência do
sistema.
Fig. 03 DAFA

FIG. 4 DAFA
Fig. 5 LEITO DE SECAGEM

 LAGOA DE MATURAÇÃO
- Aspectos gerais
É uma espécie de lagoas que recebe afluentes da qual a DBO está quase
estabilizada e o oxigênio dissolvido se forma em toda massa líquida.
Tem como objetivo a remoção de patogênicos, nitrogênio e fósforo.
Os elementos principais que atuam são:
 Oxigênio dissolvido
 Grande zona fótica – radiação UV todo perfil vertical
 Temperatura e insolação
 Altos valores de PH
 Escassez de alimentos
 Predatismo
- Descrição do processo
As lagoas de maturação são constituídas por um pós-tratamento de
tecnologia que tem como objetivo a remoção da DBO, sendo projetadas
usualmente por uma série de lagoas, ou mesmo por uma única lagoa com
separações por chincanas. É bastante elevada a eficiência na remoção de
coliformes de acordo aos elementos atuantes principais.
 Microorganismos patogênicos
 Ambiente ideal é o contato intestinal humano;
 Tendência de morte – sistema de tratamento, rede, no
corpo receptor;
 Eliminação total – helmintos, custos;

 Profundidade baixa, favorece o mecanismo atuantes.

Fig. 6 Lagoa de Maturação 1ª Etapa


Fig. 6 Lagoa de Maturação 2ª Etapa
 LAGOA FACULTATIVA

Tem entre 1,5 a 3 metros de profundidade. A expressão "facultativo" está


relacionado ao misto de condições aeróbias e anaeróbias (com e sem
oxigenação). Nas lagoas facultativas, as condições aeróbias permanecem nas
camadas superiores das águas, enquanto que as condições anaeróbias
permanecem em camadas próximas ao fundo da lagoa.
Apesar de que parte do oxigênio essencial para manter as camadas
superiores aeróbias é provido pelo ambiente externo, sendo a maior parte
provida da fotossíntese das algas, que crescem naturalmente em águas com
altas quantidades de nutrientes e energia de luz solar.
As bactérias que vivem nas lagoas usam o oxigênio gerado pelas algas
para oxidar a matéria orgânica. O gás carbônico, um dos produtos finais desse
processo, é utilizado pelas algas na sua fotossíntese.
Este tipo de tratamento é ideal para comunidades pequenas,
normalmente situadas no Interior do estado.

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