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PROJETO: SISTEMA LOCAL SANITÁRIO


LOCALIZAÇÃO: VRS 855 – KM 0+330 – Distrito de São Pedro – Bento Gonçalves
PROPRIETÁRIO: Fabiano Rodrigo de Borba
RESPONSÁVEL TÉCNICO: Arguir Renosto

A - CONCEPÇÃO DO PROJETO

Como critério geral para o cálculo, projeto e implantação do Sistema Local de Esgoto
Sanitário, foram tomadas como referência a qualidade dos materiais e dos serviços a
executar, sendo respeitadas todas as recomendações da ABNT, normas técnicas e
diretrizes urbanísticas.
Para a implantação dos elementos sanitários, serão inseridas redes coletoras de
esgoto sanitário em todas as edificações presentes no imóvel.
Para o sistema local de tratamento preliminar e unidade complementar para esgoto
sanitário, cujo projeto compreende a implantação dos seguintes elementos:
 Tanque séptico: Fossa séptica do tipo câmara única visando o tratamento
preliminar, incluindo a sedimentação, a flotação e a digestão da escuma, sendo
que no fundo ocorre a digestão do lodo sedimentado.
 Reator biológico: Do tipo filtro anaeróbio de fluxo ascendente de esgoto,
composto de uma câmara inferior vazia e uma câmara superior preenchida por
brita, visando a estabilização da matéria orgânica através de microrganismos
facultativos e anaeróbios.
 Vala de infiltração ou sumidouro: sistema de vala de infiltração consiste em um
conjunto de canalizações assentado a uma profundidade determinada, em um
solo cujas características permitam a absorção do esgoto efluente do tanque
séptico. A percolação do líquido através do solo permitirá a mineralização dos
esgotos, antes que os mesmos se transformem em fonte de contaminação das
águas subterrâneas e de superfície. A área por onde são assentadas as
canalizações de infiltração também são chamados de “campo de nitrificação”.

B - CONSIDERAÇÕES GERAIS

 O sistema de esgoto foi dimensionado, e será implantado de forma a receber a


totalidade dos despejos domésticos.
 Os materiais a serem empregados deverão apresentar resistência mecânica, e
resistência ao ataque químico de substâncias contido nos esgotos afluentes e
gerado no processo de digestão;

C - DIMENSIONAMENTO DO TANQUE SÉPTICO

C-1 Sistema Local de Tratamento de efluentes


O dimensionamento das fossas sépticas foi realizado de acordo com a NBR 7229/93:
O volume útil total do tanque séptico é calculado pela equação:

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V = 1.000 + N (CT + K Lf)
Onde:
V = volume útil, em litros.
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (tabela 1)
T = período de detenção, em dias (tabela 2)
K = taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulação
de lodo fresco (tabela 3)
Lf = contribuição de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (tabela 1)
No cálculo da população, utilizou-se a ABNT NBR 9077/2001, enquadrando-se cada
edificação ou suas partes, e o terreno ao seu devido caráter ocupacional.
A edificação denominada como Sede da propriedade, se trata de uma casa de três
pavimentos, sendo o térreo comercial. O segundo pavimento e o sótão são de caráter
residencial.

 Caráter Residencial: Enquadra-se no parâmetro A-1 da tabela 5 (NBR


9077/2001), resultando em duas pessoas por dormitório, totalizando 6 dormitórios,
ou seja, 12 pessoas; Cálculo do sistema de esgoto:

Adotando-se o cálculo de contribuintes acima descrito teremos o somatório de 102


contribuintes no imóvel.

- N = 12 pessoas
- C = 160 litros x habitantes / dia
- T = 1 dia
- K = 65 dias
- Lf = 1 litro/pessoa x dia

V = 1.000 + N (CT + K Lf)


V = 1000 + 12 (160*1 + 65*1)
V = 3700 litros = 3,7 m³

O pavimento térreo configura a área de 31,38 m² para ocupação comercial e 23,48 m²


para apoio, portanto considera-se:

 Caráter Comercial: Enquadra-se no parâmetro F-8 da tabela 5 (NBR


9077/2001) como bares, resultando em 1 pessoa por metro quadrado de área,
totalizando 36 pessoas;
Cálculo do sistema de esgoto:

Adotando-se o cálculo de contribuintes acima descrito teremos o somatório de 36


contribuintes no imóvel.

- N = 36 pessoas
- C = 6 litros x habitantes / dia
- T = 1 dia
- K = 65 dias
- Lf = 0,1 litro/pessoa x dia

V = 1.000 + N (CT + K Lf)


V = 1000 + 36 (6*1 + 65*0,1)

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V = 1450 litros = 1,45 m³

 Caráter Flutuante: Considerando-se o restante da área do parque que dispõe


de 6717,78 m² como total do terreno, descontado a área da casa.
Enquadrando-se na divisão E-1, onde se descrimina 1 pessoa por metro
quadrado de área, resultando em 6717 pessoas.

Embora o resultado dos cálculos seguem as diretrizes normativas, o valor de pessoas


nas devidas ocupações é redundante. Portanto, conforme proprietário do imóvel, a
ocupação flutuante em dias de pico é de 35 pessoas em média, e mensal de 1000
pessoas.

Cálculo do sistema de esgoto:

Adotando-se o cálculo de contribuintes acima descrito teremos o somatório de 35


contribuintes no local diariamente.

- N = 35 pessoas
- C = 2 litros x habitantes / dia
- T = 1 dia
- K = 65 dias
- Lf = 0,02 litro/pessoa x dia

V = 1.000 + N (CT + K Lf)


V = 1000 + 35 (2*1 + 65*0,02)
V = 1115,5 litros = 1,1155 m³

Somando-se os totais das áreas de cada caráter de ocupação, temos:


Volume total= 6,2655 m³

Adotar a fossa séptica cilíndrica com as seguintes dimensões:


Altura útil: 1,50m
Diâmetro: 2,5m
Volume apresentado: 7,36m³

1 GEOMETRIA DOS TANQUES

Os tanques sépticos podem ser prismáticos retangulares ou cilíndricos, visto que


os cilíndricos são empregados em situações onde se pretende minimizar a área útil em
favor da profundidade.

2 MEDIDAS INTERNAS MÍNIMAS


As medidas internas dos tanques devem observar o que segue:
a) Profundidade útil: varia entre os valores mínimos e máximos recomendados na tabela
4, de acordo com o volume útil obtido mediante a fórmula de dimensionamento;
b) Diâmetro interno mínimo: 1,10 m;
c) Largura interna mínima: 0,80 m;
d) Relação comprimento/largura (para tanques prismáticos retangulares): mínimo 2:1;
máximo 4:1.

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3 DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA

São destinados a orientar a entrada e a saída do esgoto, bem como reter a


escuma que flutua no líquido, como graxas, gorduras e sólidos com gases. As geratrizes
inferiores dos tubos de entrada e saída serão desniveladas em 5cm, (sendo a entrada de
esgoto a tubulação mais elevada).

4 ABERTURAS DE INSPEÇÃO

Serão em quantidade indicada em projeto, a fim de permitir a remoção do lodo e


da escuma acumulados, bem como a eventual desobstrução dos dispositivos internos.
Antes da retirada do lodo, as tampas de inspeção devem permanecer abertas por
no mínimo 5 minutos, para permitir a saída de gases tóxicos ou explosivos.

5 DISPOSIÇÃO DO LODO

Cuidados especiais devem ser tomados na remoção e disposição do lodo, sendo


que aproximadamente 10% do lodo digerido, deverá ser deixado no interior do tanque, e o
restante deve ser removido anualmente e disposto em leitos de secagem de ETE do
SAMAE.

6 DETALHES CONSTRUTIVOS

Serão em concreto armado, impermeabilizados internamente e externamente,


estanques e atenderão as exigências das normas técnicas. O concreto a ser utilizado
deverá possuir características para fins hidráulicos, no sentido de construir uma estrutura
de concreto o mais impermeável possível.

As paredes de concreto, fundo e tampas de concreto armado das unidades, serão


previamente preparadas para serem impermeabilizadas internamente e externamente,
conforme especificação e traços indicados pelo fabricante dos materiais. Serão aplicadas
três demãos cruzadas de impermeabilizante do tipo mineral elástico, em todas as
superfícies dos tanques internamente e, externamente em contato com solo será utilizado
hidro asfalto.

Deverão ser realizados testes de estanqueidade nos tanques após realizada a


impermeabilização, consistindo em encher de água limpa os elementos construídos.

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7 TABELAS DE CÁLCULO
Tabela 1 – Contribuição diária de esgoto (c) e de lodo fresco (lf) por tipo de prédio e de
ocupante
PRÉDIO UNIDADE CONTRIBUIÇÃO DE
ESGOTOS (C) E LODO
FRESCO (Lf)
1. Ocupantes permanentes
- Residência
Padrão alto Pessoa 160 1
Padrão médio Pessoa 130 1
Padrão baixo Pessoa 100 1
- Hotel (exceto lavanderia e cozinha) Pessoa 100 1
- Alojamento provisório Pessoa 80 1
2. Ocupantes temporários
- Fábrica em geral Pessoa 70 0,30
- Escritório Pessoa 50 0,20
- Edifícios públicos ou comerciais Pessoa 50 0,20
- Escolas (externatos) e locais de longa perm. Pessoa 50 0,20
- Bares Pessoa 6 0,10
- Restaurantes e similares Refeição 25 0,10
- Cinemas, teatros e locais de curta Lugar 2 0,02
permanência Bacia 480 4,0
- Sanitários públicos (A) sanitária
(A)
Apenas de acesso aberto ao público (estação rodoviária, ferroviária, logradouro público,
estádio esportivo, etc.).
Tabela 2 – Período de detenção dos despejos, por faixa de contribuição diária
CONTRIBUIÇÃO DIÁRIA (L) TEMPO DE DETENÇÃO
DIAS HORAS
Até 1500 1,00 24
De 1501 a 3000 0,92 22
De 3001 a 4500 0,83 20
De 4501 a 6000 0,75 18
De 6001 a 7500 0,67 16
De 7501 a 9000 0,58 14
Mais que 9000 0,50 12

Tabela 3 – taxa de acumulação total de lodo (K), em dias, por intervalo entre limpezas e
temperatura do mês mais frio
INTERVALO ENTRE VALORES DE K POR FAIXA DE TEMPERATURA AMBIENTE (t),
LIMPEZAS EM ºC
t  10 10  t  20 t  20
1 94 65 57
2 134 105 97
3 174 145 137
4 214 185 177
5 254 225 217

TABELA 4 – PROFUNDIDADE ÚTIL MÍNIMA E MÁXIMA, POR FAIXA DE VOLUME ÚTIL

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VOLUME ÚTIL (M3) PROFUNDIDADE ÚTIL PROFUNDIDADE ÚTIL
MÍNIMA (M) MÁXIMA (M)

Até 6,0 1,20 2,20


De 6,0 a 10,0 1,50 2,50
Mais que 10,0 1,80 2,80

E - DIMENSIONAMENTO DA UNIDADE COMPLEMENTAR – FILTRO ANAERÓBIO

O dimensionamento do filtro anaeróbio foi realizado de acordo com a NBR


13969/97:

O volume útil do leito filtrante do filtro anaeróbio é calculado pela equação:

V = 1,6 N C T

Caráter Residencial:

Dimensionamento do Filtro

Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro x habitantes / dia (tabela 3)
T = período de detenção hidráulica, em dias (tabela 2)
- N = 12 pessoas
- C = 160 litro x habitantes / dia
- T = 1 dias

V = 1,6 N C T
V =1,6*12*160*1
V =3072 L = 3,072 m³

Caráter Comercial:

Dimensionamento do Filtro

Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro x habitantes / dia (tabela 3)
T = período de detenção hidráulica, em dias (tabela 2)
- N = 36 pessoas
- C = 6 litro x habitantes / dia
- T = 1 dias

V = 1,6 N C T

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V =1,6*36*6*1
V =345,6 L = 0,3456 m³

Caráter Flutuante:

Dimensionamento do Filtro

Onde:
V = volume útil, em litros
N = número de pessoas ou unidades de contribuição
C = contribuição de despejos, em litro x habitantes / dia (tabela 3)
T = período de detenção hidráulica, em dias (tabela 2)
- N = 35 pessoas
- C = 2 litro x habitantes / dia
- T = 1 dias

V = 1,6 N C T
V =1,6*35*2*1
V =112 L = 0,112 m³

Somando-se os totais das áreas de cada caráter de ocupação, temos:


Volume total= 3,5296 m³

Adotar a filtro aeróbio cilíndrico com as seguintes dimensões:


Altura útil: 1,20m
Diâmetro: 2,00m
Volume apresentado: 3,77m³

1 GEOMETRIA DOS TANQUES


Os tanques do filtro anaeróbio serão prismáticos retangulares ou cilíndricos.

2 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DE ESGOTO

Deve ser realizada no fundo falso do filtro através de bocais perpendiculares ao


fundo e distantes 0,30m do mesmo, e com área de abrangência menor que 3 m².
Alternativamente, também pode ser através de tubos perfurados, para filtros totalmente
preenchidos com brita em sua altura útil.

3 DISPOSITIVOS DE ENTRADA E SAÍDA

A entrada de esgoto deverá ser através de bocais de entrada no fundo do filtro, e a


saída através de canaletas de coleta do efluente na superfície do leito filtrante,
propiciando o tratamento de esgoto através do fluxo ascendente.

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4 DIVISÃO EQUITATIVA DO AFLUENTE
Para o perfeito funcionamento dos reatores biológicos, é de fundamental
importância a divisão eqüitativa de vazão de esgoto entre os reatores, e também, dentro
de cada reator. Portanto, o nivelamento durante o assentamento das tubulações deve ser
respeitado, principalmente, nas caixas de passagem em alvenaria e no interior do reator
biológico.

5 COLETA EFLUENTES
A coleta do efluente, após passagem pelo meio filtrante, pode ser através de
canaletas vertedoras ou tubos perfurados, em quantidades iguais ao número de bocais de
distribuição no fundo do filtro, dimensionados conforme exigências da referida norma
técnica.

6 ABERTURAS DE INSPEÇÃO

Serão em quantidade indicada em projeto, a fim de permitir a remoção do lodo


acumulado e do eventual desprendimento da biomassa, bem como a eventual
desobstrução dos dispositivos internos e do leito filtrante.

7 SISTEMA DE DRENAGEM

Deve ser previsto dispositivo para permitir a drenagem pelo fluxo descendente, por
exemplo, um tubo guia de PVC 150 mm para cada 3m² de área de fundo do filtro, ou
então declividade de 1% na direção do poço de drenagem do filtro com leito filtrante
totalmente preenchido com brita.

8 DETALHES CONSTRUTIVOS
Serão em concreto armado, impermeabilizados internamente e externamente,
estanques e atenderão as exigências das normas técnicas. O concreto a ser utilizado
deverá possuir características para fins hidráulicos, no sentido de construir uma estrutura
de concreto o mais impermeável possível.

As paredes de concreto, fundo e tampas de concreto armado das unidades, serão


previamente preparadas para serem impermeabilizadas internamente e externamente,
conforme especificação e traços indicados pelo fabricante dos materiais. Serão aplicadas
três demãos cruzadas de impermeabilizante do tipo mineral elástico, em todas as
superfícies dos tanques internamente e, externamente em contato com solo será utilizado
hidroasfalto.

Deverão ser realizados testes de estanqueidade nos tanques após realizada a


impermeabilização, consistindo em encher de água limpa os elementos construídos.

9 MATERIAL FILTRANTE

No filtro biológico será executado filtro drenante com agregados pétreos, sendo
compostos por grãos de minerais duros, compactos duráveis e limpos. O diâmetro dos
agregados deverá ser controlado, utilizando-se Brita nº 4. A colocação das camadas de
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brita deve ser realizada de forma manual, evitando o lançamento direto para dentro do
filtro dos agregados, a fim de evitar danos ao sistema de impermeabilização do filtro.

10 FUNDO DOS FILTROS

No caso de utilização de fundo falso, serão dispostos furos de diâmetro 25mm, de


modo que o somatório da área dos furos seja maior que 5% da área superficial do fundo
do filtro.Os furos em tubos perfurados devem ser eqüidistantes e de diâmetro igual a
10mm.

11 COBERTURA

Deve ser em laje pré-moldada que garanta a inspeção e limpeza, ou que


apresente abertura junto aos tubos guia de drenagem.

12 LIMPEZA DO FILTRO

Deve ser procedida limpeza do fundo e desobstrução do meio filtrante, através de


equipamentos e mangotes inseridos nos tubos guia de drenagem. O meio filtrante não
deve ser totalmente lavado para não retardar a partida de operação após a limpeza.
Eventualmente o efluente pode exalar odores e apresentar cor escura.

F SUMIDOURO

F-1 Conceito e aplicação

Os sumidouros também conhecidos como poços absorventes ou fossas absorventes,


são escavações feitas no terreno para receber os efluentes do tanque séptico, que se
infiltram no solo através das aberturas na parede.

F- 2 Cálculo para dimensionamento de campos de absorção (galeria de infiltração):

TABELA 5 – Tabela equivalente a tabela 7 da NBR 7229/1993- Possíveis Faixas de


Variação de Coeficiente de infiltração

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Determinação do Volume de Contribuição Diária (V) O volume de contribuição diária (V)
adotada será o equivalente ao volume útil da fossa séptica, que é de 23,95 m³.

As dimensões dos sumidouros são determinadas em função da capacidade de


absorção do terreno.
Como segurança, a área do fundo não deverá ser considerada, pois o fundo logo se
colmata.
Determinação do coeficiente de infiltração (C1), conforme Tabela 5, que será
empregado o valor 80 L/m² x dia.

Aplicando a fórmula:

A= V / Ci = 6265,5 / 80 = 78,31875 m²

A = Área de infiltração em m² (superfície lateral);


V = Volume de contribuição diária em l/dia, que resulta da multiplicação do no de
contribuintes (N) pela contribuição unitária de esgotos ( C );
Ci = Coeficiente de infiltração ou percolação ( L/m² x dia ).

Fórmula para Calcular a Profundidade do Sumidouro Cilíndrico:

A = . D. h
h= A/ . D
h= 78,31875 / 3,14*5
h=4,9859m

onde:
h = Profundidade necessária em metros;
A = Área necessária em m²;
 = Constante 3,14;
D = Diâmetro adotado

Contudo serão construídos 2 sumidouros cilíndricos de 5 metros de diâmetro, o que reduz


a profundidade necessária para 2,50m cada sumidouro.

F- 3 Detalhes Construtivos

Os sumidouros devem ser construídos com paredes de alvenaria de tijolos, assentes


com juntas livres, ou de anéis (ou placas) pré-moldados de concreto, convenientemente
furados. Devem ter no fundo, enchimento de cascalho, coque ou brita nº 3 ou 4, com
altura igual ou maior que 0,50m.
As lajes de cobertura dos sumidouros devem ficar ao nível do terreno, construídos em
concreto armado e dotados de abertura de inspeção de fechamento hermético, cuja
menor dimensão será de 0,60m.
Quando construídos dois ou mais sumidouros cilíndricos, os mesmos devem ficar
afastado entre si de um valor que supere três vezes o seu diâmetro e nunca inferior a 6m.

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