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1.

INTRODUÇÃO
É notável a crescente preocupação da população com o meio ambiente nos dias de hoje,
principalmente com fatores que estão relacionados a criação e destinação de resíduos sólidos,
já que os mesmos se não obtiverem um correta destinação podem acarretar problemas graves
de poluição ao solo, ar e água, bem como auxiliar na ploriferação de insetos e outros fatores
que possam transmitir doenças.
O impacto causado no meio ambiente pelos resíduos das atividades comerciais, em
especial as dos postos de abastecimento de combustíveis, são preocupantes. Os riscos podem
estar associados à segurança e saúde do funcionário e riscos ambientais, que podem ocasionar
contaminação do solo e lençóis freáticos, pelo vazamento de combustíveis ou provenientes de
outros serviços prestados por um posto de combustível como a troca de óleo (SANDRES,
2004).
Com o desenvolvimento da economia nas últimas décadas, houve uma diversificação e
aumento dos resíduos gerados nesses estabelecimentos, o que justifica a regulamentação dessas
atividades pela Resolução CONAMA nº 273, de 29 de novembro de 2000, a qual dispõe sobre
prevenção e controle da poluição em postos de combustíveis e serviços e regulamenta a
destinação dos resíduos gerados.
Alguns dos resíduos sólidos de postos de combustíveis podem ser reaproveitados, porém
exige-se a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGRS que
apresente os procedimentos corretos a serem adotados, desde segregação, acondicionamento,
coleta, tratamento e destinação final, que atenda as normas ambientais vigentes, tendo como
principal objetivo a redução na geração, reaproveitamento e reciclagem dos resíduos e diminuir
dessa forma os impactos no meio ambiente, além de contribuir para a saúde humana, minimizar
o volume e custos associados à destinação de resíduos e o volume e toxicidade dos resíduos
gerados (LORENZETT; ROSSATO, 2010).
Desta forma, o presente estudo tem como objetivo a elaboração de um Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos em um posto de combustível localizado no município de
Capanema/PA, verificando todas as características do mesmo que possam vir a ser importantes
no processo.
A geração de resíduos está relacionada diretamente com o desenvolvimento da
sociedade, que possui uma relação proporcional ao aumento da geração de resíduos sólidos, que

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se não forem destinados e gerenciados de maneira correta podem ocasionar diversos problemas
ambientais.
A questão ambiental tem ganhado um espaço de destaque, em que a sustentabilidade é
tida como norteadora em várias tomadas de decisões, seja pelo uso racional de recursos naturais
quanto pela geração de resíduos, tornando-se um dos centros de discussões da sociedade.
Diante deste cenário, o Posto de Gasolina PGS LTDA se faz presente, atuando de forma
planejada, responsável e eficaz em todos os seus empreendimentos. Contribuindo para despertar
e formar novos valores sociais eambientais, através de sua política ambiental interna, tendo em
seu processo construtivo a criação dos Planos ambientais como uma das premissas de execução
de obra com qualidade.
Para tanto o presente projeto de Gerenciamento de Resíduos Sólidos tem como objetivo
apresentar uma estimativa dos resíduos gerados após a implantação do empreendimento,
prevendo ações de gerenciamento e disposição correta aos resíduos sólidos que poderão vir a
serem gerados.

2. OBJETIVOS
2.1. Objetivo Geral
Elaborar uma proposta de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), para
o empreendimento Posto de Gasolina PGS LTDA, localizado no município de Capanema/PA,
que priorize o princípio da não geração de resíduos.

2.2. Ojetivos Específicos


• Quantificar e classificar os resíduos gerados pelo empreendimento.
• Propor formas para redução de resíduos gerados no local.
• Propor formas/alternativas para destinação final dos resíduos gerados.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Dentre os possíveis resíduos a serem gerados em um posto de abastecimento de
combustível, podemos citar: embalagens de papelão, embalagens plásticas de óleo
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Lubrificante, filtros de óleo, embalagens metálicas de óleo lubrificante, garrafas plásticas, óleo
lubrificante filtros de combustível, filtro de ar, terra contaminada com óleo, panos e estopas
usadas contaminadas (COSTA; FERREIRA, 2006).
Segundo a NBR 10004 (ASSOCIAÇÃO..., 2004a) resíduos sólidos é definido por
quaisquer resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos
nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em
equipamentos e instalaçõesde controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de
água, ou exijam para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor
tecnologia disponível.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) os resíduos sólidos são
materiais, substâncias, objetos ou bens descartados resultantes de atividades humanas em
sociedade, os quais a destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a
proceder (BRASIL, 2010).
O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado do Pará (PEGIRS)
julho/2014 do Estado do Pará estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios
referentes a geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e
destinação finaldos resíduos sólidos no estado, visando controle da poluição, da contaminação
e a minimização de seus impactos ambientais.
Os resíduos sólidos possuem uma classificação para facilitar sua separação e assim a
possível destinação correta, seja ela para reciclagem, aterro, etc.

3.1. Classificação Dos Resíduos


Segundo a NBR 10004/2004, podemos classificar os resíduos sólidos conformes citados
abaixo:
3.1.1. Quanto à periculosidade
a) Resíduos Classe I – perigosos.
Apresentam risco a saúde pública ou ao meio ambiente, caracterizando- se por
ter uma ou mais das seguintes propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade e patogenicidade.

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b) Resíduos Classe II – não perigosos.
▪ resíduos classe II A – Não inertes: Aqueles que não se enquadram nas
classificações de resíduos classe I - Perigosos ou de resíduos classe II B - Inertes, nos termos
desta Norma. Os resíduos classe II A – não inertes podem apresentar propriedades como:
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
▪ resíduos classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que, quando amostrados de
uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007 (ASSOCIAÇÃO..., 2004c), e
submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou desionizada, à temperatura
ambiente, conforme ABNT NBR 10006 (ASSOCIAÇÃO..., 2004b), não tiverem nenhum de
seus constituintes solubilizados aconcentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,
excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor.

3.2. Definições referentes aos resíduos sólidos


A Lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010 que institui a Política Nacional de Resíduos
(BRASIL, 2010) determina algumas definições referentes aos resíduos sólidos.
I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e
fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto;
II - área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição,
regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos;
III - área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela disposição
não sejam identificáveis ou individualizáveis;
IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento
do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a
disposição final;
V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme
sua constituição ou composição;
VI - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à
sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação
das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos;
VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que

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inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento
energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e
do Suasa, entre elas a disposição final,observando normas operacionais específicas de modo a
evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos;
VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de
rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público
ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo;
X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas,direta ou
indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com
plano de gerenciaento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei;
XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas
para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar asdimensões política,
econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável;
XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social
caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta
e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo
ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;
XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens
e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições
de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações
futuras;
XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a
alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões
estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;

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XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades
de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveise economicamente viáveis,
não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;
XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante
de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou
se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em
recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública
de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto
de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem
como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo
de vida dos produtos, nos termos desta Lei;
XVIII - reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua
transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões
estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama.

3.3. Etapas do Plano de Gerenciamento de Resíduos


O Plano adotará conforme Lei nº 12.305 de 2 de agosto de 2010 da Política
Nacional de Resíduos (BRASIL, 2010), os seguintes conteúdos mínimos:
I - descrição do empreendimento ou atividade;
II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a
origem, o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles
relacionados;
III - definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do
gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;
IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros
geradores;
V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de

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gerenciamento incorreto ou acidentes;
VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos
sólidos e à reutilização e reciclagem;
VII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos
sólidos;
VIII - periodicidade de sua revisão, observado o prazo de vigência da respectiva
licença de operação;

4. DADOS GERAIS
4.1. Identificação do Empreendedor
Empreendedor Razão Social: Posto de Gasolina PGS LTDA
CNPJ: 50.223.618/0001-99
Endereço: Rod. BR 308 Capanema/Bragança, s/nº, KM 02, CEP 68.705-000 – Capanema/PA
Fone: (91) 98506-1055
E-mail: rdgsampaio@yahoo.com.br
Representante Legal: Anderson Marcelo Teixeira de Sousa
Pessoa de Contato: Fabiano Barbosa Nascimento
Fone: (91) 98193-3896
E-mail: imnascimentoambiental@gmail.com
Endereço da futuras instalações do Posto: Rod. BR 308 Capanema/Bragança, s/nº, KM 02, CEP
68.705-000 – Capanema/PA.

4.2. Identificação do Responsável Técnico


Razão social: F B Nascimento Serviços de Agro. E Cons. EIRELI
CNPJ: 39.440.406/0001-20
Endereço: Rodovia Br 316, Km 152 – Capanema/PA
Telefone: (91) 98193-3896
Representante legal: Fabiano Barbosa Nascimento
Tel : (91) 98193-3896
E-mail: imnascimentoambiental@gmail.com

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Técnico Responsável pela elaboração do PGRS: Rafael Augusto da Silva Belezi
CPF: 520.104.492-15
Formação: Arquitetura e Urbanismo pela Universidade da Amazônia - UNAMA
CAU nº: 269067-5
CTDAM nº: 10888
End.: Br 316, Km 193, Caixa Postal 18, s/nº, Zona Rural, CEP: 68.644-000 - Santa Luzia/PA.
Fone: (91) 98193-3896 E-mail: proinvestcap@gmail.com

5. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O empreendimento irá contemplar uma área total de aproximadamente 1.734,81 m². O
empreendimento contempla um conjunto de empreendimentos, com característica Urbanísticas.
Serão executados 01 posto de gasolina, mais uma loja de conveniência, com acesso pela Rod.
BR 308, Capanema/Bragança, s/nº, Zona Rural, KM 02, CEP 68.705-000 – Capanema/PA.

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Posto
PGS

Figura 1. Localização do Posto de Gasolina PGS LTDA

6. CONCEITUAÇÃO LEGAL
A incorreta destinação de resíduos tem sido um dos principais causadores de impactos
ambientais no território nacional, que vem sendo embasado legalmente a partirde legislações,
definições, normas técnicas e demais materiais relacionados à resíduos, que dão subsidio à
elaboração e compreensão de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, além de dispor sobre o correto gerenciamento
e disposição de resíduos, traz definições importantes para o entendimentodo plano proposto e
serem consultadas, tais como:
✓ Coleta Seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme suaconstituição
ou composição;
✓ Destinação Final: destinação final ambientalmente adequada: destinação deresíduos que inclui
a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou

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outras destinações admitidas pelos órgãos competentes, entre elas a disposição final,
observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública
e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
✓ Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros,
observando normas operacionais específicas, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública
e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
✓ Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que
geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído oconsumo;
✓ Gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas
etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada
dos resíduos sólidos e disposição finalambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com
plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de
resíduos sólidos,exigidos na forma desta lei;
✓ Logística Reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um
conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;
✓ Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração
de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistasà transformação em
insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos
competentes;
✓ Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem
outra possibilidade que não a disposiçãofinal ambientalmente adequada;
✓ Resíduos Sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado Resultante de atividades
humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está
obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em
recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública
de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhortecnologia disponível;
✓ Serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos: conjuntode atividades

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previstas no art. 7º da Lei nº 11.445, de 2007.

6.1. Legislação Federal


Lei nº 12.305/2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS); altera a
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.
A PNRS dispõe seus princípios, objetivos e instrumentos e dá as diretrizes relativas à
gestão integrada e gerenciamento de resíduos sólidos, dando suporte para elaboração e
implantação das respectivas Politicas Estaduais e Municipais de Resíduos Sólidos.
A política articula-se ainda com as Políticas Nacional de Educação Ambiental e de
Saneamento Básico, leis nº 9.795 de 27 de abril de 1999 e nº 11.445/2007, respectivamente.
Conforme o art. 9º, é estabelecido que a gestão e gerenciamento de resíduos sólidos,
deve ser observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, reutilização, reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Os estabelecimentos sujeitos à elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos são elencados no art. 20, conforme descrito a seguir:
6.1.1. Os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas e, f, g e k do inciso
I do art. 13;
6.1.2. Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:
a) gerem resíduos perigosos;

b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza,
composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público
municipal;
6.1.3. As empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de
normas estabelecidas pelos órgãos;
6.1.4. Os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea j
do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos as
empresas de transporte;
6.1.5. Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão
competente.

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6.2. LEGISLAÇÃO ESTADUAL
O Estado do Pará possui um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado
do Pará (PEGIRS) no qual seu volume 01 (um) foi publicado em junho de 2014.

7. CARACTERIZAÇÃO
7.1. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
Os resíduos sólidos urbanos podem ser classificados quanto à origem e à periculosidade,
conforme demonstrado no art. 13 da PNRS (Lei nº 12.305/2010):
7.1.1. Quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticasem residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpezade logradouros e vias públicas
e outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas a e b;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas
atividades, excetuados os referidos nas alíneas b, e, g, h e j;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades,
excetuados os referidos na alínea c;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em
regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções,reformas, reparos e demolições de
obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para
obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais,
incluídos os relacionados ainsumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais
alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de
minérios;
7.1.2. Quanto à periculosidade:

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a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de
acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea a.
Os resíduos gerados em condomínio são classificados como resíduos domiciliarese de
serviços (poda, limpeza das vias, etc) e não perigosos. Os resíduos domiciliares, emgeral, tem
em sua composição uma grande parcela de resíduos recicláveis e uma parcela de resíduos
orgânicos, caracterizados pelo uso pessoal e atividades decorrentes do dia-a-dia da sociedade.

Figura 2. Exemplos de resíduos domiciliares

7.2. Descrição dos Resíduos Gerados no Empreendimento


Os resíduos que serão gerados no condomínio são classificados como domiciliares, e
baseado em dados da Sanecap 2010 os Resíduos Sólidos do Município de Salinópolis-PA,
apresenta a seguinte gravimetria (Tabela 1).

Tabela 1. Composição Gravimétrica dos Resíduos Sólidos de Salinópolis -PA


Material Quantidade
Papel e Papelão 15,37%
Plástico 13,39%
Alumínio 2,76%
Vidro 1,53%
Metais ferrosos 2,54%
Panos e estopa 12,13%
Madeira 2,57%
Couro e borracha 0,97%
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Matéria Orgânica 42,39%
Outros 6,32%
Fonte: Pesquisa internet.

Cerca de 42% dos resíduos gerados são considerados como recicláveis e sendo assim, é
viável economicamente e ambientalmente que seja implantada a coleta seletiva, caso haja
demanda de cooperativas e/ou iniciativas do governo municipal para coleta desses materiais.

7.3. Estimativa De Geração De Resíduos


Para estimar os volumes de resíduos gerados, estima-se que diariamente, cada pessoa produz
em média 1kg/dia. Para o cálculo da população do condomínio, considerou-se: o condomínio
possui 08 lotes com taxa de ocupação aproximada de 4 habitantes por lote, resultando em uma
população média futura estimada em 32 habitantes. Para tanto, tem-se:
𝑅𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜𝑠 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 (𝑘𝑔/𝑑𝑖𝑎) = 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 × ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

𝑅𝑒𝑠í𝑑𝑢𝑜𝑠 𝑆ó𝑙𝑖𝑑𝑜𝑠 = 1𝑘𝑔/ℎ𝑎𝑏. 𝑑𝑖𝑎 × 32 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 32 𝑘𝑔/𝑑𝑖𝑎

7.4. Segregação e Acondicionamento


A segregação dos resíduos domésticos deverão ocorrer diretamente na fonte, sendo estes
resíduos acondicionados em sacolas plásticas que comportem o volume e peso. A coleta em
cada lote residencial ficará sob responsabilidade da administração do condomínio, que
acondicionará esses resíduos, de acordo com a periodicidade definida na programação da
Prefeitura em relação à coleta regular. Essa coleta deverá ocorrer de forma a não provocar danos
ao meio ambiente nem à saúde humana de forma a evitar derrame e outros intervenientes
durante o trajeto.
Foi projetada estrutura de acondicionamento de resíduos para os lotes do condomínio,
contemplando a implantação de coleta seletiva, sendo o espaço particionadoem área específica
para segregação no local, bem como para acondicionamento em baiasseparadas de acordo com
o tipo de resíduo a ser depositado. Os resíduos que serão destinados à coleta seletiva deverão
ficar separados dos resíduos de coleta regular, que possuirá baia específica para tal. A área de
deposito dos resíduos contempla ainda uma área para deposição de resíduos volumosos, e todas
elas possuem portões que darão acesso à coleta regular do município bem como de cooperativas
entre outros envolvidos no processo.

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7.5. Minimização dos Resíduos
O projeto de urbanização do condomínio prevê espaço para implantação de Coleta
Seletiva conforme supracitado, em que na entrega do condomínio à administração e aos
proprietários, é disponibilizada uma cartilha de coleta seletiva juntamente com o Manualde uso,
operação e manutenções das áreas comuns, que ficará a critério da administraçãoda implantação
ou não do sistema proposto. Essacartilha poderá sofrer alterações até a entrega decorrentes de
mudanças de legislações e normas técnicas.
A destinação final se dará por meio da Coleta Regular, a cargo da Prefeitura Municipal, em
que serão dispostos em contêiner com abrigo necessário para proteção dos resíduos.

7.6 Educação Ambiental


A educação ambiental é um importante instrumento integrante dos planos de resíduos
sólidos, e tem como o objetivo sensibilizar a comunidade para a implantação deações propostas
para minimização da geração bem como destinação correta dos resíduossólidos. É também uma
importante ferramenta para a implantação da coleta seletiva, podendo ser desenvolvidas
atividades como palestras, treinamentos, oficinas, etc, que contemplem a importância das ações
a serem desenvolvidas.
Recomenda-se a criação de um programa de Educação Ambiental para quejuntamente
com a implantação da Coleta Seletiva seja realizado um trabalho de cooperação com as
entidades governamentais, que por meio de legislações e normas técnicas vem tentando
solucionar problemas relacionados aos resíduos que causamgrandes impactos ambientais. As
ações previstas devem estar em consonância com as atividades propostas pelo poder público.
Para a divulgação do programa podem ser utilizados materiais gráficos, tais como
banners, cartilhas informativas, cartazes, folders, folhetos, camisetas, canecas, sacolas
retornáveis, sacos de resíduos diferenciados para auxílio na coleta seletiva, etc, que fica a
critério da administração do condomínio na implantação.
Como objetivo geral a educação ambiental busca a sensibilização da importância da
comunidade na participação e responsabilidade na gestão dos materiais recicláveis e orgânicos
produzidos no condomínio, promovendo ações fundamentadas na gestão compartilhada das
ações ambientais.

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8. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

✓ Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004: Resíduos Sólidos - Classificação. Rio
de Janeiro, 2004. 77p.

✓ Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.463: Coleta de Resíduos Sólidos. Rio de
Janeiro, 1995. 3p.

✓ BRASIL. Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos


Sólidos. Diário Oficial da república Federativa do Brasil. Brasília, DF, 03 ago. 2010. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 08
maio. 2017.

✓ MATO GROSSO. Lei nº 7.862, de 19 de Dezembro de 2002. Dispõe sobre a Política Estadual
de Resíduos Sólidos e da outras providências.

✓ Sousa, Francisco Carlos Soares de. Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.


Construtora Surya LTDA. Goiânia 2008.

✓ Várzea Grande. Lei nº 1.389 de 1994, que dispõe sobre o código de postura de Várzea Grande.

✓ Várzea Grande. Lei nº 3.829 de 2012, dispõe sobre a exigência da separação dos resíduos
recicláveis e reutilizáveis.

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