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EMPRESA 2017 INDÚSTRIA E COMÉRCIO

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TIMON (MA) – DEZEMBRO DE 2016


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RELATÓRIO DE CUMPRIMENTO DE CONDICIONANTES

RELATÓRIO DE DESEMPENHO AMBIENTAL

(RCC/RDA)

INDUSTRIA E COMÉRCIO EMPRESA 2017 LTDA

TIMON (MA) – DEZEMBRO DE 2016


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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 4
1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR .................................................................... 5
2 RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO ....................................................................... 5
3 O EMPREENDIMENTO ................................................................................................... 6
3.1 Objetivos do empreendimento ........................................................................................ 6
3.2 Infraestrutura física do empreendimento ...................................................................... 7
3.3 Abastecimento de água e destinação do esgoto .............................................................. 7
3.4 Energia elétrica ................................................................................................................. 7
4 DIÁGNOSTICO AMBIENTAL ........................................................................................ 7
4.1 Método de coleta de dados ............................................................................................... 7
4.2 Caracterização do Município de Timon ......................................................................... 8
4.3 Meio Físico ........................................................................................................................ 9
4.4 Caracterização do Meio Biótico .................................................................................... 15
4.5 Meio Antrópico ............................................................................................................... 17
5 AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS CONDICIONANTES .............................. 21
5.1 Conceitos e critérios ....................................................................................................... 21
5.2 Condicionantes e recomendações .................................................................................. 22
6 INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL ................................................... 32
6.1 Avaliação do Desempenho Ambiental .......................................................................... 35
7 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .......................................................... 40
7.1 Impactos e medidas mitigadoras para o Meio Biótico ................................................ 40
7.2 Impactos e medidas mitigadoras para o Meio Físico .................................................. 41
7.3 Impactos e medidas mitigadoras para o Meio Antrópico ........................................... 42
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 44
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 47
ANEXO I - CÓPIA DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA............ 48
ANEXO II – COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO DOS CTF/AIDA ............................. 49
ANEXO III – COMPROVANTE DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA ........... 51
LISTA DE SIGLAS E ABREVIAÇÕES

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

AID – Área de Influência Direta

AII – Área de Influência Indireta

CEMAR – Companhia Energética do Maranhão

CHESF – Companhia Hidroelétrica do São Francisco

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente

CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais

CTF – Cadastro Técnico Federal

DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito

EPI – Equipamento de Proteção Individual

GEPLAN – Gerência de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico

IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDA – Indicador de Desempenho Ambiental

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

LO – Licença de Operação

NBR – Norma Brasileira Regulamentadora

PIB – Produto Interno Bruto

RCC – Relatório de Cumprimento das Condicionantes

RDA – Relatório de Desempenho Ambiental

SAAE – Serviço Autônomo de Águas e Esgoto

SEMMA – Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais de Timon


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APRESENTAÇÃO

O Relatório de Cumprimento dos Condicionantes (RCC) fornece as


recomendações definidas pelo Órgão Ambiental e que o empreendedor deverá atender,
pois fazem parte da licença ambiental. Caso o empreendedor não atenda qualquer
condicionante da licença, esta poderá ser suspensa e não ser concedida nas etapas
sucessivas ou não ser renovada. Já o Relatório de Desempenho Ambiental (RDA)
objetiva-se a descrever todos os elementos indicados como medidas mitigadoras e à
situação em que se encontram os programas ambientais do empreendimento, assim
como fazer referência a elementos complementares que tenham sido incorporados no
Relatório de Implantação dos Programas Ambientais, caso este exista, e do atendimento
a eventuais condicionantes para a operação do empreendimento, exigidos pelo órgão
ambiental por ocasião da obtenção da licença de operação (LO).
O licenciamento é um procedimento administrativo através do qual o Órgão de
Meio Ambiente decide a respeito da viabilidade ambiental e socioeconômica de uma
atividade ou empreendimento. Após a avaliação, são estabelecidas as condições,
restrições e medidas de controle que deverão ser obedecidas durante o processo de
instalação e operação. Todo o processo de licenciamento é baseado na legislação e nas
normas técnicas aplicáveis (IBAMA, 2014).
As condicionantes ambientais são recomendações definidas pelo Órgão
Ambiental e que o empreendedor deverá atender, pois fazem parte da licença ambiental.
O RCC então é o documento necessário para a verificação das exigências impostas pela
licença, pois caso o empreendedor não atenda qualquer condicionante da mesma, esta
poderá ser suspensa, não ser concedida nas etapas sucessivas ou não ser renovada. Para
a renovação da Licença de Operação (LO), o empreendedor deverá demonstrar por meio
de seu Desempenho Ambiental que o empreendimento está atendendo a todas as
exigências legais e aos compromissos assumidos nas diversas fases do Licenciamento
Ambiental.
Este documento baseia-se em uma conjugação de um RDA e um RCC
atendendo aos seus objetivos de maneira a descrever e demonstrar seus conteúdos e
interpretações como requisitos básicos necessários para a renovação da LO da Usina
EMPRESA 2017.
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1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

Razão Social: Indústria e Comércio EMPRESA 2017 LTDA

Nome Fantasia: Usina EMPRESA 2017

CNPJ: 05.524.970/XXXX-33

Atividade: Fabricação de óleos vegetais em bruto, exceto óleo de milho (CNAE:10.41-


4-00)

Endereço: Avenida Marginal (BR 226), km 3, S/N.

Município/UF: Timon/MA

Horário de Funcionamento: Indefinido (conforme demanda).

Número de Funcionários: 8 funcionários

2 RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO

Nome: Dinael David Ferreira Lima

Formação: Tecnólogo em Gestão Ambiental (CRQ-PI 18.200.241) e Técnico em


Segurança do Trabalho (MTE-PI 3479)

CTF/AIDA/IBAMA: 589.12.74

E-mail: dinael1988@oi.com.br

Nome: Joécio Santos Sousa

Formação Profissional: Tecnólogo em Gestão Ambiental (CRQ-PI 18.200.239)

CTF/AIDA/IBAMA: 589.13.39

E-mail: joeciodonnellys@hotmail.com
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3 O EMPREENDIMENTO

A INDUSTRIA E COMERCIO EMPRESA 2017 oferece serviços desde 2004,


data de sua abertura, gerando empregos desde então para a população. Dentre os
principais produtos oferecidos destaca-se o óleo do babaçu, utilizado na indústria de
cosmético, farmacêutica e de produtos de limpeza.

Conforme a Figura 1, a empresa está localizada em Timon-MA, próximo ao


limite de divisão entre os estados do Piauí e Maranhão, na Rodovia BR. 226, KM 03,
Bairro Sete Estrelas, S/N, CEP: 65.634-660. Situa-se nas seguintes coordenadas
geográficas: 5º 8’14,780” S e 42º50’36.056”W.

Figura 1 – Ilustração da localização da Usina EMPRESA 2017

Fonte: Google Maps, 2016.

3.1 Objetivos do empreendimento


A Usina EMPRESA 2017 tem como objetivo principal a fabricação de óleo
vegetal em bruto de coco babaçu para a comercialização deste sem tratamento ou
refinamento. Assim como também, promover a integração e o desenvolvimento
sustentável da região junto à comunidade da cidade timonense e o incentivo ao uso do
potencial industrial da área. O montante produzido pela Usina EMPRESA 2017 é
comercializado para estados do Sudeste e Centro Oeste do país, tais como São Paulo,
Goiás e Rio de Janeiro e utilizado principalmente por indústrias fabricantes de
cosméticos e de produtos de limpeza, como já mencionado.
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3.2 Infraestrutura física do empreendimento


A Usina EMPRESA 2017 possui uma estrutura física com base de alvenaria,
contendo áreas gerais comuns, escritório, hall, depósito, recepção, guarita, área de
tráfego, WC’s e almoxarifado, cantina, dispensa, estacionamento, oficina, além de
outros setores como área de abastecimento e inspeção de frota, lavagem de frota e
galpão. O dimensionamento da área da usina poderá ser observado no memorial
descritivo disponibilizado pelo empreendedor a esta secretaria no ato de licenciamento
ambiental.

3.3 Abastecimento de água e destinação do esgoto


A captação de água é feita através de poço tubular autorizado mediante Outorga
de Uso de Recursos Hídricos. O esgotamento sanitário proveniente do local é destinado
às sarjetas dos logradouros públicos, pois a comunidade em que se encontra não possui
sistema de esgotamento sanitário.

3.4 Energia elétrica


A Usina EMPRESA 2017 utiliza como fonte de energia elétrica o fornecimento
oferecido pela CEMAR – Companhia Energética do Maranhão.

4 DIÁGNOSTICO AMBIENTAL

4.1 Método de coleta de dados


O processo de elaboração deste item do estudo foi desenvolvido a partir de
informações obtidas durante coleta de dados e tratamento das mesmas. Para obtenção de
tais informações realizou-se visitas de campo e levantamento em bibliografias nas
diversas instituições públicas e privadas sobre os diversos componentes ambientais dos
meios físico, biológico e antrópico da área de influência direta e indireta do
empreendimento.

De acordo com dados obtidos, criou-se um banco de dados contendo figuras,


quadros, gráficos e tabelas que auxiliaram na produção de textos. No tocante ao
tratamento estatístico das informações, utilizou-se o método tradicional, realizando,
quando necessário, cálculos de percentagem dos valores obtidos.
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4.2 Caracterização do Município de Timon

O município de Timon (ver Mapa 1) teve sua autonomia política em 22/12/1890,


e está inserido na Mesorregião Leste Maranhense, dentro da Microrregião Caxias.
Abrange uma área total de 1.743,2 km², com uma população de aproximadamente
155.460 habitantes e densidade demográfica de 89,18 habitantes/km² (IBGE, 2010).
Limita-se ao Norte com o município de Caxias; ao Sul com o município de Matões; a
Leste com o estado do Piauí e a Oeste com os municípios de Caxias e Matões
(CORREIA FILHO, 2011).
A sede municipal tem as seguintes coordenadas geográficas: - 05º05’24” de
Latitude Sul e - 42º49’48” de Longitude Oeste de Greenwich (IBGE, 2010). O acesso,
a partir de São Luís, capital do estado, em um percurso total de 424 km se faz da
seguinte maneira: 212 km pela BR–135 até a cidade de Alto Alegre do Maranhão e 212
km pela BR-316 até a cidade de Timon.

Mapa 1 – Localização do Município de Timon no Estado do Maranhão

Fonte: Correia Filho, 2011.


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4.3 Meio Físico

Relevo

O relevo maranhense é dividido em duas grandes áreas: a região de planície no


litoral e a região de planalto nas demais áreas do Estado. A planície caracteriza-se pela
presença de tabuleiros (pequenos platôs) e baixadas alagadiças. Esta região de planície
chega a avançar, a partir de sua região central, em direção ao interior do território.
Quanto ao planalto, com forma tabular e de formação basáltica a partir do mesozóico,
há a presença de áreas de chapadas, com escarpas que constituem, por exemplo, as
serras da Desordem, da Canela e das Alpercatas.

No município de Timon, o relevo é caracterizado por superfícies de


aplainamento que representam formas de relevo de um amplo pediplano, denominado
depressão Sertaneja, onde o trabalho erosivo truncou indistintamente vários tipos
rochosos, destacando-se algumas elevações residuais, exemplo típico de erosão
diferencial.

Clima

O clima é uma síntese de todos os elementos climáticos analisados ao longo de


vários anos. Timon apresenta duas estações climáticas bem definidas: o período
chuvoso (do verão ao outono) e o período seco (do inverno à primavera). Em função da
baixa latitude, ocorrem pequenas oscilações térmicas. Para este estudo, utilizou-se as
classificações climáticas de Köeppen e Gaussen, descritas abaixo:

AW: Clima Quente e Úmido com chuvas de verão a outono. Clima Tropical
Chuvoso, sendo que a estação chuvosa atrasa para o outono.
4bTh: Termoxeroquimênico: seca com caráter médio.

No município de Timon - MA, as temperaturas têm pouca amplitude, assim


sendo, se forem comparados os meses mais quentes com os meses mais frios do ano
será irrisória a diferença notada. A temperatura média anual é de 26,1ºC.
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Gráfico 1 – Temperatura do ar no município de Timon - MA.

Fonte: GEPLAN, 2002.

A chuva influencia muito na temperatura do município. os meses mais frios (de


dezembro a abril) são os mais chuvosos, assim, a umidade e a água relativamente fria
diminuem a temperatura, o que torna, neste período, as temperaturas mais baixas.

Na região Leste do estado do Maranhão (onde está situado o município de


Timon), o mês mais chuvoso é o mês de março, sendo o saldo pluviométrico deste
período acima de 300 mm. O período mais seco (entre junho a novembro), possui
temperaturas mais elevadas, sendo o mês mais seco o de Agosto, onde chove cerca de
13 mm. A precipitação anual em Timon-MA varia entre 1.200 e 1.600 mm, como pode
ser observado no gráfico abaixo.

Gráfico 2 – Índices pluviométricos para o município de Timon - MA.

Fonte: GEPLAN, 2002.

De forma geral, o clima do município de Timon - MA, de acordo com


Thorntwaite (1948) é considerado como Sub-úmido Seco, com pouco ou nenhum
excesso de água, megatérmico, ou seja, temperatura média mensal sempre superior a
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18°C, sendo que a soma da evapotranspiração nos meses mais quentes do ano é inferior
a 48% em relação a evapotranspiração anual (GEPLAN, 2002).

Solos

Os solos do município de Timon caracterizam-se predominantemente os tipos de


Latossolo Amarelo e Podzólico Vermelho Amarelo, solos ricos em matéria orgânica,
mas uma densidade relativamente instável, pois, varia de solo para solo mesmo dentro
de uma área de mesmo solo, tal fato depende principalmente do grau de compactação,
do teor de matéria orgânica e da ausência ou presença de cobertura vegetal (CORREIA
FILHO, 2011).
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Mapa 2– Tipos de solos do município de Timon - MA

Fonte: EMBRAPA, 1986.


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Geomorfologia

A bacia sedimentar do Parnaíba é formada por terrenos sedimentares onde nunca


aconteceram movimentos orogênicos de grande intensidade, e como consequência, a
pobreza em petróleo e a simplicidade das formas de relevo. Apresenta camadas
horizontais e sub-horizontais responsáveis pela morfologia do tipo mesa, morro
testemunho e colinas, que são superfícies de aplainamento.

Os terrenos baixos condicionados aos leitos do rio Parnaíba e zonas de


trasbordamento são constituídos de argila, areias, siltes e cascalhos, de grande
importância econômica na exploração de argilas (cerâmica vermelha) e areias
(construção civil), os solos aluviários ocupam tais áreas (CORREIA FILHO, 2011).

Geologia

CPRM ano 2008 detectou que as rochas mais antigas encontradas na área, nos
estados do Piauí e Maranhão, região da bacia do Rio Parnaíba, são integrantes das
formações geológicas Piauí e Pedra de Fogo, sendo que a unidade geológica da Bacia
Sedimentar do Parnaíba de maior expressão geográfica em toda a área do município de
Timon é a formação Pedra de Fogo.

O conjunto de rochas desta formação possui um largo emprego na construção


civil, pois a sua alteração e desagregação formaram depósitos secundários, estando
representados por areias, argilas, barro, massará, seixos (CORREIA FILHO, 2011).

Conforme o Mapa 3, o Município de Timon conta com 3 formações geológicas,


são elas: a Formação Mosquito, A Formação Pedra de Fogo e a Formação Corda. A
Formação Mosquito data do Triássico e resulta do derramamento de larva vulcânica que
quando resfriada na superfície formou rochas basálticas e derivadas que após a
intemperização formaram Latossolos Vermelho-Escuros e Nitossolos ambos eutróficos
(MOURA, 2002).
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Mapa 3 – Esboço geológico do município de Timon

Fontes: CORREIA FILHO, 2011; MOURA, 2002.


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Recursos Hídricos
Timon situa-se na bacia hidrográfica do rio Parnaíba. O rio Parnaíba apresenta
caráter permanente e tem um papel fundamental no desenvolvimento do estado do
Maranhão, divide os Estados do Piauí e Maranhão e percorre no Território Piauiense e
vários municípios. Desde a sua nascente até a foz, onde deságua no Oceano Atlântico
percorre cerca de 1.480 km, onde se bifurca em 05 braços, formando um Delta com área
aproximadamente de 2.700 Km3, com mais de 80 ilhas e abrangendo 70% do Estado do
Maranhão e 30% do Piauí.

A bacia hidrográfica do Parnaíba ocupa uma área aproximadamente de 330.000


Km2, abrangendo 75% do Estado do Piauí, 10% no território maranhense e 6% no Estado
do Ceará, sua vazão média, mínima e máxima após a conferencia com o rio Poti, estimada
respectivamente em 668, 258 e 3.996 m3/s, considerando a vazão mínima em 30 dias
consecutivos e a máxima num período de 10 anos. A bacia do Parnaíba é considerada a
segunda bacia de maior importância no Nordeste brasileiro, sendo alimentada por águas
subterrâneas (TERESINA, 2008).

Uma grande variedade de espécies da fauna e flora habita a região do Delta, e


milhares de famílias dependem dos recursos do Rio e da região do Delta para sua
sobrevivência, destacando-se principalmente a pesca e à cata de caranguejos.

4.4 Caracterização do Meio Biótico


Vegetação e fauna
O município de Timon se encontra no conhecido como Meio Norte do Nordeste com
uma vasta diversidade vegetacional imprime características especiais à paisagem, a qual
contribui para que haja um grande interesse do ponto de vista fisionômico em se conhecer e
estudar a vegetação. A maneira mais indicada é pela caracterização das diferentes
formações, complementada pelos dados florísticos essenciais à distinção de cada uma das
principais associações.

O Meio-Norte é uma faixa de transição entre a Amazônia e o Sertão nordestino,


também conhecido como Mata dos Cocais devido às palmeiras de babaçu e carnaúba
encontradas na região. No litoral chove cerca de 2.000 mm anuais, indo mais para o leste
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e/ou para o interior esse número cai para 1.500 mm anuais, e no sul do Piauí e do
Maranhão, uma região mais parecida com o sertão, chove 700 mm por ano em média.

Inventário de flora
Complementando o levantamento bibliográfico, foi realizado um inventário
florístico da Área de Influência Direta e Indireta do empreendimento, escolhendo-se para
isso, regiões transicionais e matas ciliares. A Tabela 2 mostra a relação das espécies
identificadas na área em estudo.

Tabela 1 - Espécies da flora existente nas áreas de influências


FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR
Arecaceae Attalea speciosa Babaçu
Combretaceae Terminalia catappa L Amêndoa
Leguminosae Bauhinia sp Mororó
Leguminosae Mimosa sp Calumbi
Leguminosae Parkia platycephala Benth. Faveira-de-bolota
Leguminosae Dimorphandra macrostachya Mart. Ingarana
Euphorbiaceae Croton sp Velame
Leguminosae Senna sp Mata-pasto
Caesalpinaceae Cecropia glaziovix Embaúba
Urticaceae Luffa cykindrica Bucha
Turmeraceae Turmera sp. Chanana
Arecaceae Acrocomia sclerocarpa Macaúba
Euphorbiaceae Ricinuns communis Mamona
Anacardiaceae Mangifera indica Mangueira
Fonte: Pesquisa direta, 2014.

Inventário Fauna
A área em estudo está localizada em área com processo de urbanização no município
de Timon, sofrendo assim, constantes ações antrópicas devido à presença do homem,
resultam que os animais, cujo grau de sensibilidade aos impactos ambientais exercidos é
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muito alto, são forçados a se deslocarem para outro habitat, até formações florestais mais
preservadas, restando na região somente as espécies de maior adaptabilidade às mudanças e
adversidades. Nas Tabelas 3 e 4 estão descritas as principais espécies de aves e répteis
encontradas na área do empreendimento.

Tabela 2 - Espécies de aves observadas na área em estudo

NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA


Pardal Passer Domesticus Passeridae
Curió Aryzoborus angolensis Fringilidae
Rolinha-fogo-pagou Scardafella squammata Columbidae
Urubu Coragyps atratus Coragyptydae
Anu preto Crotophaga ani Crotophagadae
Rolinha-sangue-de-boi Columbina talpacoti Columbidae
Fonte: Pesquisa direta, 2014.

Tabela 3 - Espécies de répteis observados na área em estudo


NOME POPULAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA
Calango Cnemidophorus ocellifer Teiidae
Carambolo Tropidurus torquatus Iguanidae
Cobra verde Leimadophis sp. Leimadopytidae
Cobra-de-cipó Oxybelis aeneus Colubridae
Iguana, camaleão Iguana iguana Iguanidae
Fonte: Pesquisa direta, 2014.

4.5 Meio Antrópico


Esta seção foi elaborada por meio de coleta de dados secundários e análise de
informações da AID e AII. Foram feitos levantamentos bibliográficos em bases de dados de
instituições públicas de pesquisa relacionadas com os aspectos sociais, econômicos e
culturais.
O desenvolvimento da cidade de Timon se deu pela necessidade de
intercomunicação entre os povoados do Maranhão e Piauí, principalmente Vila Velha do
Poti, Vila da Mocha (atualmente Oeiras-PI), e Aldeias Altas (hoje Caxias-MA). Entretanto,
só teve início o seu povoamento em 1852, quando da fundação de Teresina-PI, pois a
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abertura de uma nova estrada Caxias - Cajazeiros possibilitou a travessia do rio Parnaíba,
em frente à capital do Piauí, no ponto denominado Porto dos Cajazeiros. Em função deste
porto, iniciou-se a povoação sob a invocação de São José do Parnaíba.
Demografia
De acordo com o Censo 2010 do IBGE, a população de Timon possui cerca de
155.460 habitantes, ocupando uma área de 1.743,246 km².

Tabela 4 - População do município de Timon com base no Censo de 2010

Município Censo de 2010

Total de Total de Total Urbano Rural


Homens Mulheres

Timon 75.561 79.899 155.460 135.133 20.327


Fonte: IBGE, 2010.

Economia (PIB/IDH)
O perfil da estrutura econômica municipal pode ser observado através da apreciação
do PIB e do Valor Agregado do município. O Produto Interno Bruto-PIB é o resultado,
expresso em valores monetários, do conjunto de bens e serviços produzidos numa
determinada região e, é normalmente utilizado para se apresentar o cenário econômico de
uma região. O gráfico abaixo registra as despesas orçamentárias da cidade de Timon.

Gráfico 3 – Despesas e Receitas

Fontes: IBGE, 2012.


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Infraestrutura
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa que
engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. É uma maneira
padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população. O índice vem sendo
usado desde 1993 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no seu
relatório anual.

O índice varia numa escala de 0 a 1, sendo que quanto mais perto de 1, melhor o
desenvolvimento humano. O cálculo é feito pela média simples de três componentes:
longevidade (medida pela esperança de vida ao nascer), educação (medida pela combinação
da taxa de alfabetização com a taxa bruta de matrículas por nível de ensino e frequência) e
renda (medida pela renda familiar per capita). O gráfico abaixo demonstra o Índice de
Desenvolvimento Humano da cidade de Timon:

Gráfico 4 – IDH no município de Timon


0,7
0,598
0,6

0,5 0,46

0,4 0,364

0,3

0,2

0,1

0
IDHM 2010 IDHM 2000 IDHM 1991

Fonte: IBGE, 2010.

Educação
Indiscutivelmente, é de suma importância o papel da educação na formação de uma
sociedade. Esta, por sua vez, exerce forte pressão a fim de que se logrem melhores
qualificações profissionais e infraestrutura neste setor. O sistema educacional do município
de Timon abrange atividades no ensino pré-escolar (creches), ensino fundamental e ensino
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médio, como mostra a tabela abaixo, na qual consta o número de alunos matriculados,
número de estabelecimentos e docentes.

Tabela 5 - Número de estabelecimentos de ensino


Município Número de Estabelecimentos

Ens. Pré-escolar Ens. Fundamental Ens. Médio

Timon 153 198 15

Fonte: IBGE, 2010.

Transporte
O município de Timon possui uma grande frota de motocicletas, sendo estas mais
que o triplo do número de automóveis, sendo o transporte público preterido em relação ao
transporte individual motorizado apesar da significativa importância da mobilidade urbana.
O gráfico abaixo demonstra a frota de veículos no Município de Timon:

Gráfico 5 – Frota no município de Timon

Fonte: DENATRAN, 2013.


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5 AVALIAÇÃO DO CUMPRIMENTO DAS CONDICIONANTES


5.1 Conceitos e critérios
Condicionantes são recomendações definidas pelo Órgão Ambiental e que o
empreendedor deverá atender pois fazem parte dos requisitos de concessão da licença
ambiental. Caso o empreendedor não atenda qualquer condicionante da licença, esta poderá
ser suspensa, não ser concedida nas etapas sucessivas ou não ser renovada.
A seguir serão listadas as condicionantes estipuladas pelo órgão ambiental competente
(a SEMMA) pela concessão da licença de operação 034/2014 da Indústria e Comércio
EMPRESA 2017 LTDA e avaliadas conforme o que dispõe na legislação e normatização
aplicável, sendo estas evidenciadas em visita in loco.

Quadro 1 – Critérios de avaliação das condicionantes

 Condicionante não atendida: após análise da informação, concluiu-se que os


documentos apresentados e a situação in loco não atendem ao disposto no item da
licença.

 Condicionante parcialmente atendida: foi identificada alguma pendência.


 Condicionante em atendimento: não foi identificada pendência no momento;
trata-se de ações que estão em curso e que terão conclusão no futuro, ou de ações
contínuas.

 Condicionante atendida: após análise, o item foi considerado como cumprido.


 Condicionante requer monitoramento frequente.
Fonte: Consultoria ambiental, 2016.

As categorias de avaliação aplicadas a cada condicionante analisada foram avaliadas


de acordo com as seguintes divisões. Para algumas condicionantes inclusive foram
elaboradas recomendações que deverão ser adotadas pelo empreendedor, de maneira a
atender o que reque a respectiva condicionante.
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5.2 Condicionantes e recomendações


CONDICIONANTE 2: São de inteira responsabilidade do empreendedor, todas as ações
necessárias para que o empreendedor opere de forma eficiente técnica, segurança e
ambientalmente correto.
AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante requer monitoramento frequente.
COMENTÁRIO
Atualmente o empreendedor vem buscando seguir todas as recomendações sugeridas no
ato de concessão da licença ambiental de Operação - LO e dos demais órgãos
fiscalizadores e de controle, tais como Ministério do Trabalho, Corpo de Bombeiros, entre
outros. Contudo, esta condicionante relaciona-se com todas as outras descritas e nas que
houver algum tipo de pendência, inadequação ou qualquer outra condição que comprometa
o funcionamento eficiente, seguro ou ambientalmente correto deve ser tomadas medidas de
controle que corrijam tais situações

CONDICIONANTE 3: “Se motivada a julgar a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e


Recursos Naturais, poderá intervir a qualquer momento para exigir medidas adicionais de
controle de poluição ambiental; 03.1 – A empresa deverá tornar por todos os funcionários
EPI’s – Equipamentos de Proteção Individual”.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante atendida: após análise, o item foi considerado como
cumprido.
COMENTÁRIO
A referida condicionante está sendo cumprida, contudo o uso dos EPI’s exigem do
monitoramento direto do Técnico de Segurança do Trabalho, a fim de evitar desvias na
funcionalidade dos equipamentos no horário de labor.

CONDICIONANTE 4: “Os resíduos sólidos gerados pelo empreendimento deverão ser


transportado de forma segura até o destino final adequado não podendo ser jogado e
terrenos baldios (público ou privado), ou nas proximidades de rios, nascentes lagoas,
campos, áreas de parques e de preservação e outros ambientes igualmente frágeis”. 04.1
23

“Os óleos usados deverão ser armazenados de forma segura, em lugar acessível à coleta,
em recipientes adequados e resistentes a vazamento”.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante parcialmente atendida: foi identificada alguma
pendência.
COMENTÁRIO
Atualmente o empreendimento possui uma produção de resíduos sólidos relativamente
irrelevantes, sob o ponto de vista das características: papel, vidro, papelão, metal. O que
pode ser observado é que no local os resíduos metais são doados para as sucatas. Os
demais não são coletados pelo serviço público de limpeza urbana e, mesmo não possuindo
quantidades relevantes, são incendiados junto as cascas de coco babaçu. Outro fator
relacionando aos resíduos sólidos são as cinzas resultantes da queima do babaçu. Ao que
se percebeu o empreendimento ainda não possui uma estratégia de destinação ou
disposição final ambientalmente adequada. Portanto, recomenda-se que este faça a doação
das cinzas para o uso na adubação de hortaliças ou encaminhe para um aterro sanitário.

Fotografia 1 – Coletores seletivos na USINA EMPRESA 2017

Fonte: Consultoria ambiental, 2016.


24

Fotografia 2 – Resíduos metais antes de serem doados para a sucata

Fonte: Consultoria Ambiental, 2016.

Fotografia 3 – Caldeira para a queima do babaçu

Fonte: Consultoria Ambiental, 2016.


25

CONDICIONANTE 5: Deverá implementar todas as medidas mitigadoras e corretivas


de impactos ambientais contidos no estudo ambiental apresentado, através do
RDA/RCC.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento: não foi identificada pendência no
momento; trata-se de ações que estão em curso e que terão
conclusão no futuro, ou de ações contínuas.
COMENTÁRIO
O empreendimento atualmente está em fase de elaboração de seu Relatório de
Desempenho Ambiental e Relatório de Cumprimento de Condicionantes.

CONDICIONANTE 6: A empresa poderá lavrar somente a área licenciada, em atenção


ao requerimento Licença Processo 034/2014 – SEMMA.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante atendida: após análise, o item foi considerado
como cumprido.
COMENTÁRIO
O empreendimento somente opera em concordância com as atividades permitidas e
autorizadas na licença ambiental vigente.

CONDICIONANTE 7: Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser


lançados direta ou indiretamente nos corpos d’agua desde que obedeçam as condições
estabelecidas na resolução CONAMA Nº 357, de 17 de março de 2005, artigo 24
Capítulo IV.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante atendida: após análise, o item foi considerado
como cumprido.
COMENTÁRIO
O empreendimento não realiza a emissão de nenhuma fonte poluente em corpos
d’aguas próximo ou distante da área de influência direta.
26

CONDICIONANTE 8: O empreendedor deverá estar ciente que é crime causar


poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam causar danos à
saúde humana ou que provoquem a mortalidade de animais ou ainda a destruição
significativa da flora, Lei 9.605, de 12/02/98.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante requer monitoramento frequente.
COMENTÁRIO
O empreendimento não pratica nenhum ato que resulte em crime ambiental que
possam causar danos à saúde humana ou animal, ou que possam causar significativo
dano a flora. Já que todas as atividades executadas na indústria passou pelo crivo do
licenciamento ambiental aprovativo. E desde que o mesmo ainda mantém as atividades
originais. Contudo, é necessário que esta condicionante seja monitorada
frequentemente.

CONDICIONANTE 9: Os rejeitos sólidos provenientes do decapeamento e rejeitos de


mineração poderão ser utilizados na melhoria das vias de acesso e recuperação de áreas
exploradas.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante atendida: após análise, o item foi considerado
como cumprido.
COMENTÁRIO
O empreendimento em questão não trabalha com a exploração de nenhum recurso
mineral.

CONDICIONANTE 10: A empresa deverá atender o art. 225, parágrafo 2º, que dispõe
sobre a recuperação do meio ambiente e exploração de recursos minerais.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante atendida: após análise, o item foi considerado
como cumprido.
COMENTÁRIO
27

O empreendimento em questão não trabalha com a exploração de nenhum recurso


mineral.

CONDICIONANTE 11: Ficam proibidos: qualquer descarte de óleo usado em solo,


águas superficiais, subterrânea, no mar territorial e em sistema de esgoto ou evacuação de
águas residenciais;

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante atendida: após análise, o item foi considerado
como cumprido.
COMENTÁRIO
O empreendimento em questão não faz o descarte de óleo que sob hipótese alguma
cause dano ambiental.

CONDICIONANTE 12: Qualquer forma de eliminação de óleo usado que provoque


contaminação atmosférica superior ao nível estabelecido na Legislação Ambiental.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante atendida: após análise, o item foi considerado
como cumprido.
COMENTÁRIO
O empreendimento em questão não faz o descarte de óleo que sob hipótese alguma
cause dano ambiental.

CONDICIONANTE 13: “Órgão ambiental competente, mediante decisão motivada,


poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação suspender ou
cancelar uma licença expedida quando ocorrer: I - Violação ou inadequação de quaisquer
condicionantes ou normas legais (Resolução do Conselho do Meio Ambiente – CONAMA
nº 237 de 19 de dezembro de 1997, Art. 19, Inciso I); II - Omissão de falsa descrição de
informação relevante que subsidiaram a expedição da licença (Resolução do Conselho do
Meio Ambiente – CONAMA nº 237 de 19 de dezembro de 1997, Art. 19, Inciso II); III -
Superveniência riscos ambientais e de saúde (Resolução do Conselho do Meio Ambiente –
CONAMA nº 237 de 19 de dezembro de 1997, Art. 19, Inciso III)”;
28

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento
Condicionante requer monitoramento frequente
COMENTÁRIO
Cabe ao empreendedor o cumprimento de todas as condicionante expressas na Licença
de Operação sem exceção de quaisquer itens nela disposta. Recomenda-se ao
empreendedor o monitoramento ambiental da atividade, a fim de adequá-la as normas e
aos padrões de qualidade exigidos em lei.

CONDICIONANTE 14: O requerente deverá solicitar a Renovação da Licença de


Instalação (LI), com até 120 (cento e vinte) dias do prazo da validade da referida licença”;

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento
COMENTÁRIO
O empreendedor está em fase de licenciamento ambiental para a obtenção da
renovação da Licença de Operação. Recomenda-se ao empreendedor o cumprimento
das exigências da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais para a
obtenção da renovação da licença ambiental.

CONDICIONANTE 15: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente


sujeitarão aos infratores, pessoas físicas ou jurídica, as sanções penais e administrativas,
independentemente de reparar os danos causados” Art. 225. § 3º da Constituição de 1998-
República Federativa do Brasil”.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento
COMENTÁRIO
O empreendedor deverá ter conhecimento não só sobre do que dispõe a Legislação
acerca dos danos ambientais que sua atividade pode ter potencial, mas também aplicará
tais princípios às suas atividades.
29

CONDICIONANTE 16: “Qualquer modificação no projeto deverá ser comunicado, com


antecedência, a SEMMA, para análise e pronunciamento formal”.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento
Condicionante requer monitoramento frequente
COMENTÁRIO
Qualquer modificação nas estruturas físicas do empreendimento deverá ser
comunicada a SEMMA previamente, para efeitos de adequação ambiental e
monitoramento dos impactos oriundos das reformas ou alterações.

CONDICIONANTE 17: “A empresa deverá tomar conhecimento e aplicar a lei 9.605,


de 12 de fevereiro de 1998, que se refere aos danos à saúde humana e a biota causados
pela poluição configurado como CRIME”.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento
Condicionante requer monitoramento frequente
COMENTÁRIO
Recomenda-se ao empreendedor que monitore as atividades de sua empresa para que
as atividades exercidas pela mesma não ultrapasse os padrões estabelecidos em lei
sobre os impactos no meio ambiente.

CONDICIONANTE 18: Qualquer dano ambiental ou irregularidade causada pela


operação incorreta da atividade do Ponto de Abastecimento de Combustíveis da “Empresa
Dois Irmãos” será de responsabilidade total do empreendedor, que deverá tomar todas as
providencias cabíveis para sanar o dano e comunicar a tempo hábil a SEMMA.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento
Condicionante requer monitoramento frequente
COMENTÁRIO
Quaisquer danos causados decorrentes do desenvolvimento das atividades da empresa
30

deverão ser informados à SEMMA, bem como deverão ser tomadas as medidas
cabíveis objetivando sanar quaisquer implicações decorrentes a saúde pública e ao
meio ambiente. Recomenda-se ao empreendedor que ofereça palestras de
conscientização funcional de acordo com a atividade exercida pelos empregados e de
segurança no trabalho de modo que sejam prevenidos quaisquer tipos de acidentes, e se
na ocorrência dos mesmos, obtiverem mecanismos de tomar providências cabíveis.

CONDICIONANTE 19: A empresa apresentará a SEMMA o RDA-Relatório de


Desempenho Ambiental e/ou RCC-Relatório de Comprimento de Condicionantes, nos
processos de renovação, de acordo com exigência da Secretaria de Meio Ambiente.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento
Condicionante requer monitoramento frequente
COMENTÁRIO
Durante os processos de renovação da Licença de Operação, a empresa deverá
providenciar um Relatório de Desempenho Ambiental – RDA e um Relatório de
Cumprimento das Condicionantes – RCC à SEMMA para a análise da gestão ambiental da
empresa e dos procedimentos de cumprimento das condicionantes elencadas na licença.
Recomenda-se ao empreendedor que disponha de profissional técnico capacitado na área
da Gestão Ambiental ou especialista na área, para a execução da política ambiental da
empresa e aplicabilidade eficiente das condicionantes estabelecidas na licença.

CONDICIONANTE 21: Fica o empreendedor INDÚSTRIA E COMERCIO EMPRESA


2017 LTDA, CPNJ 05.524.970/005-33 – ciente de que o não cumprimento destas
exigências, assim como todo e qualquer dano causado ao meio ambiente, por negligencia,
omissão ou imperícia é de sua inteira responsabilidade, podendo a Licença ser cassada a
qualquer momento, por este ÓRGÃO ou por via JUDICIAL e o infrator responsabilizando
civil e criminalmente conforme a legislação ambiental vigente.
31

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento
Condicionante requer monitoramento frequente
COMENTÁRIO
A empresa INDÚSTRIA E COMERCIO EMPRESA 2017 LTDA, estará ciente das
sanções cabíveis ao não cumprimento das especificações da Licença Ambiental.
Recomenda-se ao empreendedor que, periodicamente, verifique a aplicabilidade dos
programas ambientais de sua empresa de modo que todas as condicionantes elencadas na
LO estejam sendo atendidas.

CONDICIONANTE 22: Fica também responsável pela logística reversa de produtos


líquidos poluentes, tintas, óleos, solventes.

AVALIAÇÃO DESCRIÇÃO
Condicionante em atendimento
Condicionante requer monitoramento frequente
COMENTÁRIO
O empreendimento está ciente de sua responsabilidade quanto a logística reversa destes
materiais descritos na condicionante.
32

6 INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL


A qualidade ambiental é o equilíbrio existente entre os três fatores ecológicos que
formam o meio ambiente (meio abiótico, biótico e antrópico) e todos os níveis de atividades
humanas. No entanto este equilíbrio exige que todas as formas de energia subtraídas e
somadas ao meio sejam consumidas e transformadas sem provocar nenhum dano ou
impacto negativo ao meio físico, biológico e ao ser humano.
O desempenho ambiental de um empreendimento diz respeito ao cumprimento de
determinados indicadores estabelecidos na licença ambiental da atividade, os quais estão
diretamente vinculados ao padrão de qualidade ambiental que o empreendimento deve
objetivar durante a existência dos serviços que oferece.

Cada ambiente tem suas especificidades e os indicadores ao serem escolhidos para a


quantificação e mensuração de sua qualidade e desempenho ambiental deve ser adequada a
sua realidade. A formulação de indicadores ao longo dos procedimentos de licenciamento
ambiental vem-se consolidando como uma importante ferramenta para planejamento e
avaliação de parâmetros e controle sobre as atividades que tenham baixa, média ou alta
potencialidade de degradação ambiental. A correta utilização e leitura de indicadores
possibilita o fortalecimento das decisões, facilitando, entre outras dinâmicas, uma
fiscalização mais enérgica e a exigência do cumprimento das condicionantes das atividades
licenciadas.

Em suma, os indicadores buscam congregar todos os fenômenos ao ponto de se


poder desmistificar a complexa realidade e simplificá-la a uma situação em que se possam
estabelecer diretrizes de gestão dos ambientes em prol ao equilíbrio entre as atividades
econômicas de uma sociedade humana e o meio natural.

Para tanto, foi-se estabelecido os seguintes Indicadores de Desempenho Ambiental –


IDA (ver Tabela 7) para a posterior avaliação do desempenho do empreendimento quanto à
atividade de Fabricação de óleo vegetal em bruto, com base nas exigências e
recomendações estabelecidos na licença ambiental.
33

Tabela 6 – Indicadores de Desempenho Ambiental – IAD

INDICADORES DESCRIÇÃO DOS INDICADORES


 A satisfação deste indicador far-se-á quanto
ao cumprimento do não abandono em áreas
Resíduos Sólidos proibidas, dando a eles uma destinação
ambientalmente correta.

 O consumo de energia terá de apresentar uma


Consumo de Energia redução considerável nos últimos 6 meses
estabelecidos para este relatório.

 O consumo de água terá de apresentar uma


Consumo de Água redução considerável nos últimos 6 meses
estabelecidos para este relatório.

 Todo óleo lubrificante ou combustível de


abastecimento quando inutilizados devem
Óleo Lubrificante apresentar uma reservação adequada, a fim de
não contaminar o solo.

 O empreendimento terá de apresentar um


Combate a incêndio sistema de combate a incêndio e
equipamentos para este fim.

 Adoção de programas de treinamento em


Educação Ambiental educação ambiental e em segurança do
trabalho.

 O empreendimento deverá adotar medidas de


Segurança do Trabalho controle de acidentes (EPIs e EPCs, além de
dispositivos de proteção)

 O empreendimento deverá apresentar um


Controle de Roedores e demais programa de controle de roedores e demais
vetores de doenças vetores transmissores de doenças.

Fonte: Consultoria Ambiental, 2016.

Cada indicador apresentado em tabela possuirá um peso correspondente à satisfação


de suas condições quanto ao que se foi exigido na licença ambiental. Este peso terá duas
naturezas, uma positiva e outra negativa. Ao fim, serão somados todos os pesos e o
enquadramento da atividade do empreendimento dentro de um parâmetro de desempenho
ambiental.
34

Tabela 7 - Atribuição dos pesos aos IDA

ITEM INDICADORES CARACTERÍSTICAS PESO


Adequado armazenamento, acondicionamento e
+
destinação final dos resíduos.
01 Resíduos Sólidos
Inadequado armazenamento, acondicionamento e
-
destinação final dos resíduos.
Diminuição ou padronização do consumo de energia. +
02 Consumo de Energia Aumento ou despadronização do consumo de
-
energia.
Reuso adequado da água no processo produtivo +
03 Consumo de Água Não adoção do reuso ou o reuso inadequado da água
-
no processo produtivo.
Reservação adequada e destinação adequada do óleo
+
inutilizado.
04 Óleo Lubrificante
Reservação inadequada e destinação inadequada do
-
óleo inutilizado.
Existência de programa e equipamentos de combate a
+
incêndios.
05 Combate a incêndio
Inexistência de programa e equipamentos de combate
-
a incêndios.
Existência de programas de educação ambiental. +
06 Educação Ambiental
Inexistência de programas de educação ambiental. -
Presença de EPIs, EPCs e adoção de medidas de
controle e acompanhamento de acidentes de trabalho +
07 Segurança do Trabalho e de ações e condições inseguras.
Ausência da adoção de EPIs e EPCs, condições
-
inseguras notáveis nos ambientes de trabalho.
Existência de programa de controle de roedores e
+
Controle de Roedores e demais vetores transmissores de doenças.
08 demais vetores de Ausência do programa de controle de roedores e
doenças vetores de doenças. E presença destes no ato das -
vistorias técnica.
Fonte: Consultoria Ambiental, 2016.

O procedimento de avaliação do desempenho ambiental do empreendimento foi feito a


partir da observação da dinâmica do local em relação aos indicadores apresentados nas tabelas
anteriores. Para isto, foi elaborada uma metodologia experimental onde se atribuiu pesos
negativos e positivos a cada característica observada. Quanto maior o acúmulo de pontuações
positivas maior desempenho ambiental terá a atividade, consequentemente quanto maior forem
as negativas, menor o desempenho (Tabela 8). As considerações do desempenho ambiental do
empreendimento serão avaliadas com base no índice de desempenho ambiental apresentado na
Tabela 8, onde o baixo desempenho será considerado quando os pesos somados forem
inferiores a 5 pesos e o alto desempenho quando a soma dos pesos situarem-se ente 5 e 8.
35

Tabela 8 – Desempenho Ambiental

ÍNDICE DE DESEMPENHO AMBIENTAL


Baixo Desempenho Ambiental Alto Desempenho Ambiental
0–4 5–8
Fonte: Consultoria ambiental, 2016.

6.1 Avaliação do Desempenho Ambiental

Os resíduos sólidos produzidos pela Usina EMPRESA 2017 se restringem ao lixo


comum produzido no escritórios e em alguns outros setores da fábrica, além de embalagens
de produtos utilizados na linha de produção e metais doados para sucatas.
Destaca-se como resíduo produzido pela Usina as cinzas da casca do babaçu
utilizado como combustível na caldeira que, conforme informado pelo representante do
empreendimento varia, por dia, de 1 a 2 carros de mão (Fotografia 4). Ressalva-se que o
funcionamento do empreendimento não é diário e conforme relatado pelo mesmo chega a
atingir somente 8 dias de trabalho em um mês, de acordo com a demanda de produção.

Fotografia 4 – Carro de mão utilizado para a remoção das cinzas da caldeira.

Fonte: Consultoria, 2016.


36

O consumo de energia na Usina EMPRESA 2017 (Gráfico 6), de acordo com os


dados disponibilizados pelas contas de energia, é relativamente despadronizado, isso se dá
por conta da demanda irregular de óleo produzido – o que acaba não acarretando num
desempenho adverso. Conforme representante da empresa, cerca de 60 toneladas de óleo
são produzidas por mês - para o mercado este volume é relativamente baixo se comparado
com outras indústrias do mesmo setor e porte.
Gráfico 6 – Consumo de energia elétrica (Kw/h) durante 1 ano (out. de 2015 a nov. de 2016)

Consumo de energia elétrica (kW/h)


out/16 124,42
set/16 126,53
ago/16 136,03
jul/16 136,22
jun/16 131,71
mai/16 129,5
abr/16 140,45
mar/16 140,64
fev/16 125,86
jan/16 118,18
dez/15 140,6
nov/15 123,78
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140

Como pode ser observado, nos últimos 12 meses, o consumo de energia na Usina
teve uma média de 131kW/h, onde os meses em que houve maior consumo foram os de
abril e março de 2015 (respectivamente 140,45 e 140,64 kW/h) e o mês onde houve menor
consumo foi o de janeiro de 2016 (118,18 kW/h).
O abastecimento de água da usina é feito por meio de poços tubulares autorizado por
meio de Outorga de Uso de Recursos Hídricos, onde a mesma é reutilizada para o
resfriamento das caldeiras e torres de resfriamento, assim como também para o uso nos
banheiros e pias. Sendo assim, percebe-se que este indicador apresentou características
positivas pelo não desperdício de água.
37

Todo óleo decorrentes das atividades seja da extração das oleaginosas, assim como
também os demais óleos lubrificantes, solventes, entre outros são armazenados
adequadamente sem promover risco de contaminação ambiental, principalmente pela baixa
quantidade deste tipo de material no local, excetuando-se o que é gerado na usina que é
armazenado em tanques e logo encaminhados para a comercialização.
Fotografia 5 – Tanque de armazenamento de óleo extraído

Fonte: Consultoria ambiental, 2016.

Sob o ponto de vista do combate a incêndio a empresa é dotada de plano de combate


a incêndio e pânico aprovado pelo corpo de bombeiros do Estado do Maranhão, bem como
dispondo em seu ambiente físico os seguintes dispositivos de proteção, tais como,
extintores, iluminação e sinalização de segurança (Fotografias 6 e 7).
38

Fotografia 6 – Extintor de incêndios

Fonte: Consultoria ambiental, 2016.


Fotografia 7 – Iluminação de emergência

Fonte: Consultoria ambiental, 2016.

A empresa não relatou nenhum programa voltado para a educação ambiental,


contudo percebe-se o emprego de e utilização de placas sinalizadoras de boas práticas no
39

local de trabalho (higienização das mãos, instrução de visitantes, armazenamento adequado


de resíduos sólidos comuns, dentre outros).
A Usina realiza treinamentos de segurança do trabalho, a exemplo disso cita-se
treinamento de brigada de incêndio realizado ainda no último trimestre de 2016 (conforme
apresentado e relatado por representante da empresa e um dos funcionários), o que
evidencia aspecto positivo quando este fator de desempenho ambiental. Neste sentido, é
recomendável que a Usina disponha sempre de material de primeiros socorros em local de
fácil acesso e visualização.
O empreendimento possui programa de controle de roedores e de vetores de
doenças, conforme exemplificado pela Fotografia 8, principalmente em decorrência das
matérias-primas utilizadas para a extração do óleo e para a alimentação das caldeiras, os
quais acabam atraindo esses tipos de animais, dentre outros vetores.
Fotografia 8 – Estação-rateira de controle dea roedores e vetores

Fonte: Consultoria ambiental, 2016.

Sendo assim, após descrição dos indicadores e avaliação dos pesos positivos e
negativos apresentados durante a vistoria técnica, percebeu-se que dentre os 8 situações de
desempenho ambiental o empreendimento apresentou 7 indicadores positivos, configurando
a ele um Alto Desempenho Ambiental, pois o mesmo está situado no intervalo que vai de 5
– 8 pontos.
40

Quadro 2 – Avaliação dos indicadores do desempenho ambiental


Aspecto de desempenho ambiental Positivo Negativo
Resíduos sólidos 
Consumo de energia elétrica 
Consumo de água 
Óleo Lubrificante 
Combate a incêndio 
Educação Ambiental 
Segurança do Trabalho 
Controle de Roedores e demais vetores de doenças 
Fonte: Consultoria ambiental, 2016.

7 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


Conforme a Resolução do CONAMA 01/86, Impacto Ambiental é qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou
indiretamente, afetam:

 A saúde, a segurança e o bem-estar da população;


 As atividades sociais e econômicas;
 A biota;
 As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
 A qualidade dos recursos ambientais.
A Avaliação dos Impactos Ambientais tem como objetivo identificar, prever, avaliar
e mitigar os efeitos relevantes que podem incidir de sobre os meios biofísico, social e
econômico, ocasionados por atividades antrópicas, com o fito de auxiliar na tomada de
decisões importantes.
Assim, o principal objetivo de se estudar os impactos ambientais é realizar uma
avaliação sobre as consequências de algumas ações, para que possa haver a prevenção da
qualidade do ambiente onde o projeto será implantado, bem como de seu entorno.

7.1 Impactos e medidas mitigadoras para o Meio Biótico

Assim como já mencionado, a Usina EMPRESA 2017. está localizada em uma


área urbana de extrema antropização de seus espaços físicos. O contato com o meio biótico
a priori não se dá na execução das atividades que são realizadas nas dependências do
empreendimento.
41

Sendo assim, não foram observados impactos neste meio, não possuindo a
presença destes fatores ambientais. No entanto, vale destacar o compromisso que a empresa
deve e firma em realizar a reservação e destinação adequada dos resíduos sólidos e líquidos
perigosos, a fim de evitar a morte de espécimes de fauna e flora.

Fica sugerido à Usina EMPRESA 2017 que nos próximos 2 anos realize
treinamento/curso de capacitação inicial de resgate de fauna, visando o salvamento e a
recuperação e se antecipando aos acidentes que possam vir a ocorrer com espécimes da
fauna urbana local nas dependências da Usina.

7.2 Impactos e medidas mitigadoras para o Meio Físico

 Risco de contaminação do solo por material perigosos e tóxico

Em virtude da natureza do empreendimento o risco de contaminação do solo por


material perigoso e tóxico é eminente durante toda a execução das atividades. Portanto,
propõem-se a empresa a reservação adequada dos materiais perigosos, a compactação por
granito do posto de abastecimento, assim como da área destinada ao concerto e manutenção
dos veículos, a fim de evitar qualquer vazamento para o sistema de drenagem do
empreendimento e, por conseguinte o público.

 Risco de contaminação do lençol freático por material perigosos e tóxicos

Da mesma forma que o risco de contaminação do solo pode ocorrer, o risco de


contaminação do lençol freático é conseguinte. Ambos os recursos estão eminentemente
suscetíveis a sofrer qualquer natureza de contaminação por óleo, seja ele de qualquer
origem, vegetal ou fóssil.

Portanto, propõem-se a empresa a reservação adequada dos materiais perigosos, a


compactação por granito de áreas sujeitas a contaminação ligada ao solo, assim como da
área destinada ao de manutenção, a fim de evitar qualquer vazamento para o sistema de
drenagem do empreendimento e, por conseguinte o público, ou infiltração nas áreas não
compactadas.

 Emissão de poluentes na atmosfera

A emissão de poluentes é um dos efeitos inevitáveis em decorrência da execução das


atividades da Usina, pois de combustíveis de origem vegetal acabam liberando na atmosfera
42

substâncias, como por exemplo, o gás carbônico – CO2, entre outros.

Sendo assim, recomenda-se ao empreendimento a constante avaliação do


desempenho ambiental de suas atividades quanto à emissão de poluentes advinda da queima
dos combustíveis no empreendimento.

7.3 Impactos e medidas mitigadoras para o Meio Antrópico

 Risco de incêndio

O risco de incêndio em empreendimento em que há o uso de substâncias inflamáveis


é eminente e sempre deve estar sob vigilância constante, acompanhado a um programa de
combate a incêndio efetivo e eficiente. Recomenda-se ao empreendedor a vigilância
constante dos equipamentos de combate a incêndio, a respeito de sua funcionabilidade e
validade, além da reservação e destinação adequada das substâncias inflamáveis.

 Geração de resíduos sólidos

É inevitável a geração de resíduos sólidos por conta das atividades do


empreendimento, contudo estes podem ter melhor destinação final, principalmente quando à
sua reutilização. A Usina já realiza a doação de metais para sucatas próximas, contudo se
faz necessária a destinação correta das cinzas geradas, e para isso é recomendado que haja a
doação desta para horticultores e instituições de pesquisa de forma que estes utilizem as
cinzas como adubo, por exemplo, ou encontrem outra alternativa ambientalmente adequada.

 Risco de acidentes no trânsito

O risco de acidentes no trânsito é considerável, por se tratar de uma empresa que


envolve transporte e distribuição de produtos. Portanto, é importante o treinamento
adequado e certificação do corpo de funcionário responsáveis pela condução dos veículos
dentro e fora do estabelecimento, a fim de evitar quaisquer infortúnios durante a execução
de suas atividades e serviços.

 Risco a saúde do trabalhador

Outro fator ponderável a ser levado em conta é a saúde física e mental do


trabalhador quanto ao estresse exercido sobre eles durante a execução de suas atividades,
principalmente por se tratar de atividade industrial. Por isso, recomenda-se ao
43

empreendedor o cuidado para com a saúde de seu corpo de funcionários, dando estruturas e
condições capazes de gerar conforto e qualidade de vida no ambiente de trabalho.

 Aumento na oferta de emprego e Arrecadação tributária

Com a plena execução das atividades da empresa fica claro que a arrecadação
tributária será auferida e que parte da população poderá usufruir dos empregos a serem
ofertados, portanto para assegurar que tais benefícios ocorram e que a área de influência
possa se beneficiar destes, a empresa deverá priorizar a contratação de mão-de-obra local e
a aquisição de bens e serviços de fornecedores locais; criar cursos de capacitação e
treinamento para absorção da mão-de-obra local na operação do empreendimento.
44

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este relatório conjugado de cumprimento das condicionantes e de desempenho
ambiental visa a revalidação da Licença de Operação, requerida pela Usina EMPRESA
2017, através de recomendação da SEMMA, condicionado ao cumprimento das
recomendações apresentadas e aos itens comentados nas condicionantes.

Vale ressaltar e esclarecer que os fatos descritos e utilizados para a avaliação dos
cumprimentos das condicionantes, bem como para a constatação do desempenho ambiental
(ocorrido ou não) por parte do empreendedor em questão, estão baseados em documentos e
informações prestadas pelos funcionários responsáveis pelo empreendimento, assim como
por vistorias em campo e documentos anexados a este relatório.

Fica a cargo do empreendedor a responsabilidade do cumprimento das


condicionantes e recomendações propostas, sendo a execução, operação, comprovação de
eficiência e/ou gerenciamento dos mesmos de inteira responsabilidade da própria empresa,
seu projetista e/ou idealizadores. Assim como também a fica a cargo do empreendedor
solicitar junto ao site do IBAMA o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente
poluidoras ou utilizadora de recursos ambientais (CTF-APP) de pessoa jurídica da Indústria
e Comércio EMPRESA 2017 LTDA, visto que este cadastro é "obrigatório para pessoas
físicas e jurídicas que realizam atividades da tabela CTF/APP, ou seja, que, em razão de lei
ou regulamento, são passíveis de controle ambiental".

De forma a melhorar o desempenho ambiental da Usina quanto ao consumo de


energia elétrica, propõe-se que, para os próximos 2 anos (tempo de validade da próxima
licença de operação a ser renovada) a média simples seja adotada como padrão máximo
mensal de consumo de energia e o registro do menor consumo (o de janeiro de 2016) seja
considerado como meta mensal para os meses seguintes, estando Usina comprometida a
reduzir a demanda de energia elétrica e, consequentemente, os custos com tal recurso.
Deverá ser feito, por parte da Usina EMPRESA 2017 o monitoramento deste consumo e
tomadas as medidas cabíveis para que se alcance a média mensal aqui estabelecida.

O comprometimento da veracidade das informações aqui apresentadas fica


formalizado por meio da Anotação de Responsabilidade Técnica (Anexo I) e como forma
de identificar os consultores deste relatório seguem como anexos também seus respectivos
45

Cadastros Técnicos Federais de Instrumentos de Defesa Ambiental é junto ao IBAMA de


caráter obrigatório para pessoas físicas que se dediquem à consultoria técnica sobre
problemas ecológicos e ambientais destinadas ao controle de atividades efetivas ou
potencialmente poluidoras.
46

EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO

____________________________________________

Dinael David Ferreira Lima


Tecnólogo em Gestão Ambiental
CRQ-PI 18.200.241
Técnico em Segurança no Trabalho
CRQ-PI 18.400.072/ MTE-PI 3479
Cadastro Técnico Federal – IBAMA: 58911274

____________________________________________

Joécio Santos Sousa


Tecnólogo em Gestão Ambiental
CRQ-PI 18.200.239
Cadastro Técnico Federal – IBAMA: 5891339

8 REPRESENTANTE DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO EMPRESA 2017 LTDA

____________________________________________

CNPJ 05.524.970/XXXX-33
47

REFERÊNCIAS
CEMAR (Companhia Energética do Maranhão). Consulta direta à faturas de energia, 2016.

CORREIA FILHO, Francisco Lages; GOMES, Érico Rodrigues; NUNES, Ossian Otávio;
LOPES FILHO, José Barbosa. Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água
Subterrânea, estado do Maranhão: relatório diagnóstico do município de Timon /
Teresina: CPRM - Serviço Geológico do Brasil, 2011.

DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito. Pesquena Nacional da Frota


Municipal, 2013. Disponível em: <
http://cidades.ibge.gov.br/painel/frota.php?lang=&codmun=211220&search=maranhao|timo
n|infogr%E1ficos:-frota-municipal-de-ve%EDculos%27>. Acesso em dezembro de 2016.

EMBRAPA. Levantamento Exploratório - Reconhecimento de solos do Estado do


Maranhão. Escala: 1:1.000.000. Embrapa, 1986. Disponível em:
<http://www.uep.cnps.embrapa.br/solos/index.php?link=ma>. Acesso em dezembro de
2016.

GEPLAN - Gerência de Planejamento e Desenvolvimento Econômico. Atlas do


Maranhão. UEMA (Laboratório de Geoprocessamento): São Luís, 2002.

IBAMA – Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis.


Licenciamento ambiental. Disponível em <http://www.ibama.gov.br/supes-
ba/licenciamento-ambiental>. Acesso em dezembro de 2016.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Assistência Médica Sanitária 2009.


Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: <
http://cidades.ibge.gov.br/painel/saude.php?lang=&codmun=211220&search=maranhao|tim
on|infogr%E1ficos:-estabelecimentos-de-sa%FAde-e-morbidade-hospitalar>. Acesso em
dezembro de 2016.

IBGE (em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de


Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus). Timon, produto interno bruto
dos municípios, 2012.

MOURA, Emanoel Gomes. Agroambientes de transição: entre o trópico úmido e o


semiárido. São Luís: UEMA, 2002.

TERESINA. Agenda 2015: Diagnósticos e cenários – meio ambiente. Teresina:


SEMPLAN, 2008.

THORNTHWAITE, C.W. Na approach toward a rational classification of climate.


Geographical Review, 38: 55-94, 1948.

USINA EMPRESA 2017. Site Institucional. Disponível em <www.usinasantaclara.com>.


acesso em dezembro de 2016.
48

ANEXO I - CÓPIA DA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA


49

ANEXO II – COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO DOS CTF/AIDA


50
51

ANEXO III – COMPROVANTE DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA


52

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