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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento


Sustentável

SUPRAM TRIÂNGULO MINEIRO - Diretoria Regional de


Regularização Ambiental

Parecer nº 258/SEMAD/SUPRAM TRIANGULO-DRRA/2021

PROCESSO Nº 1370.01.0065877/2021-86

PARECER ÚNICO Nº 40188565 (SEI)

INDEXADO AO PROCESSO: PA SLA:


SITUAÇÃO:

Sugestão pelo deferimento


Licenciamento Ambiental 5754/2021

FASE DO Licença de Operação VALIDADE DA LICENÇA: 10


LICENCIAMENTO: Corretiva – LOC (LAC 1) anos

PROCESSOS VINCULADOS PA COPAM: SITUAÇÃO:


CONCLUÍDOS:

Captação superficial em curso d’água 63675/2021 Cadastro efetuado 307304/2021

EMPREENDEDOR: Diego Naves de Santana CPF: 013.895.376-76

EMPREENDIMENTO: UDI AQUA CNPJ:

MUNICÍPIO(S): Uberlândia - MG ZONA: Rural

COORDENADAS
GEOGRÁFICA LAT/X 18º 38’ 9’’S LONG/Y 48º 20’ 2”O
(DATUM): WGS 84

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

ZONA DE USO
INTEGRAL X NÃO
AMORTECIMENTO SUSTENTÁVEL

NOME: Reserva da Biosfera da Mata Atlântica

Parecer 258 (40188565) SEI 1370.01.0065877/2021-86 / pg. 1


BACIA FEDERAL: Rio Paranaíba BACIA ESTADUAL: Rio Araguari

UPGRH: PN 2 SUB-BACIA: Rio Araguari

ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN CRITÉRIO


CÓDIGO: CLASSE
COPAM 217/17): LOCACIONAL

G-02-13-5 Aquicultura em Tanque Rede 3 1

CRITÉRIO LOCACIONAL INCIDENTE:

Empreendimento localizado na Zona de Amortecimento da Reserva da Biosfera da Mata


Atlântica

CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:

CREA-MG 212869D
Natalia Manna Teixeira Lourenzo (Engenheira Ambiental)
ART MG20210179827

RELATÓRIO DE VISTORIA:

Relatório de Vistoria: Auto de Fiscalização DATA: 20/12/2021


217675/2021

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULAASSINATURA

Carlos Frederico Guimarães – Gestor Ambiental


1.161.938-4
(Gestor)

Anderson Mendonça Sena – Analista Ambiental 1.225.711-9

Ilídio Lopes Mundim Flho – Técnico Ambiental 1.397.851-5

De acordo: Rodrigo Angelis Alvarez – Diretor Regional


1.191.774-7
de Regularização Ambiental

De acordo: Paulo Rogério da Silva – Diretor Regional de


1.495.728-6
Controle Processual

Documento assinado eletronicamente por Carlos Frederico Guimaraes,


Servidor(a) Público(a), em 28/12/2021, às 23:29, conforme horário oficial
de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de
julho de 2017.

Parecer 258 (40188565) SEI 1370.01.0065877/2021-86 / pg. 2


Documento assinado eletronicamente por Rodrigo Angelis Alvarez,
Diretor(a), em 29/12/2021, às 16:31, conforme horário oficial de Brasília,
com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de julho de
2017.
Documento assinado eletronicamente por Anderson Mendonca Sena,
Servidor(a) Público(a), em 29/12/2021, às 16:45, conforme horário oficial
de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de
julho de 2017.
Documento assinado eletronicamente por Paulo Rogério da Silva,
Diretor(a), em 29/12/2021, às 16:53, conforme horário oficial de Brasília,
com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de julho de
2017.
Documento assinado eletronicamente por Ilidio Lopes Mundim Filho,
Servidor(a) Publico(a), em 29/12/2021, às 16:55, conforme horário oficial
de Brasília, com fundamento no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 47.222, de 26 de
julho de 2017.

A autenticidade deste documento pode ser conferida no site


http://sei.mg.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código
verificador 40188565 e o código CRC 6D0546A4.

Referência: Processo nº 1370.01.0065877/2021-86 SEI nº 40188565

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1 Resumo.
O empreendimento Diego Naves de Santana – UDI AQUA, encontra-se localizado
na zona rural do município de Uberlândia – MG, e possui uma área de 2,0266 ha
conforme descrito na matrícula 88.207, onde já desenvolve a atividade de
“aquicultura em tanque rede” (G-02-13-5), com volume útil de 4.896 m³ distribuídos
em 4 tanques de 108 m³ (6x6x3) e 31 tanques de 144 m³ (6x6x4).
A atividade ocupa uma parte das margens da Represa de Capim Branco II, onde
estão instaladas estruturas vinculadas a atividade de aquicultura. Dentre as
estruturas existentes, parte da estrada de acesso a água e uma área próximo as
margens da represa no final da referida estrada, onde foi construído o galpão de
ração estão localizadas em Área de Preservação Permanente, caracterizadas como
antrópicas consolidadas. No entanto, o galpão de ração com área de 0,0032 ha,
trata-se de uma nova intervenção onde se fez a alteração do uso do solo conforme
verificado em vistoria.
A propriedade Fazenda Bela Vista (Matrícula 88.207) possui reserva legal averbada
de forma compensatória com 0,51 ha, conforme descrito na matrícula 88.209
destinada a área de preservação florestal das matrículas 88.201 a 88.208 ha. Não
foi solicitado nenhuma intervenção para o processo em tela.
De acordo com o identificado por meio da plataforma Infraestrutura de Dados
Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IDE-
Sisema), o empreendimento está localizado na Zona de Amortecimento da Reserva
da Biosfera da Mata Atlântica, sendo apresentado pelo empreendedor estudo
específico relativo à este critério locacional, que não apontou interferência
significativa da atividade desenvolvida na Reserva.
Como estruturas para a atividade de aquicultura, existem 01 tablado e 01 balsa para
manejo, povoamento, despesca e biometria, 01 galpão para armazenamento de
ração, 01 composteira, embarcações para manejo dos tanques e uma estrada de
acesso á água. Como estrutura da Fazenda, existe apenas 01 residência.
Importante ressaltar que a maior parte da estrada de acesso a água fica fora dos
limites da Fazenda Bela Vista em área de acesso comum a água por outras
propriedades.
O processo produtivo consiste no recebimento dos alevinos, já na forma juvenil, que
são distribuídos nos tanques para engorda até atingirem o peso para abate.
O fornecimento de água no local é feito por meio de 01 captação superficial na
Represa de Capim Branco II cadastrada como uso insignificante, (Cadastro
307304/2021),

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Em relação aos impactos ambientais: para os efluentes líquidos domésticos, o


empreendimento possui 01 sistema, com 1 fossa-filtro-sumidouro instalada na
residência; em relação aos resíduos sólidos, o requerente faz a separação de
acordo com as características dos resíduos e faz sua correta destinação. Os animais
mortos são destinados a uma composteira.
O empreendedor apresentou um plano de manejo da atividade com procedimentos
para controle e fuga de espécies exóticas para o cultivo da tilápia. Com relação à
qualidade de água, o empreendedor faz apenas o controle de parâmetros básicos
como oxigênio dissolvido, pH e temperatura, além de seguir tabelas de
arraçoamento expedidas por responsável técnico. O empreendimento ampliará o
monitoramento através de análises de parâmetros físico-químicos da água além da
qualidade do sedimento de fundo na área de instalação dos tanques conforme
condicionado neste Parecer.
Visto que no momento da vistoria o empreendimento operava a atividade de
Aquicultura em Tanque rede com um volume útil de 4.896 m³ e foi verificado uma
intervenção em área de preservação permanente de 0,0032 ha para a construção do
galpão de ração, ambas sem a licença ambiental do órgão responsável, o
empreendimento será autuado conforme legislação vigente.
Desta forma, a SUPRAM TM sugere o deferimento do pedido de Licença de
Operação Corretiva - LOC do empreendimento Diego Naves de Santana – UDI
AQUA, para a atividade de “aquicultura em tanque rede” (G-02-13-5), para um
volume útil de 4.896 m³.

2. Introdução.
2.1. Contexto histórico.
O Empreendimento Diego Naves de Santana – UDI AQUA, encontra-se localizado
na zona rural do município de Uberlândia – MG na Fazenda Bela Vista, e possui
uma área de 2,0266 há, conforme descrito na matrícula 88.207, onde já desenvolve
a atividade de “aquicultura em tanque rede” (G-02-13-5), com volume útil de 4.896
m³ distribuídos em 4 tanques de 108 m³ (6x6x3) e 31 tanques de 144 m³ (6x6x4). O
empreendedor possui Certidão de Dispensa de Licenciamento Ambiental para a
atividade de Aquicultura em Tanque Rede, porém para um volume inferior a 500 m³.
O Empreendimento vem, por meio do Processo Administrativo SLA nº. 5754/2021,
requerer junto à SUPRAM Triângulo Mineiro, Licença de Operação Corretiva –
LOC, na modalidade LAC 1, para a atividade de “Aquicultura em tanque rede”
para um volume útil de 4.896 m³.

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A análise técnica do processo acontece nos moldes da Deliberação Normativa


COPAM nº 217/2017. A atividade de Aquicultura em Tanque Rede (código G-02-13-
5), para volume útil de 4.896 m³, é considerada como de médio porte e médio
potencial poluidor, classificadas como classe 3. De acordo com o identificado por
meio da plataforma Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (IDE-Sisema), o empreendimento está localizado na
Zona de Amortecimento da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica o que fez com
que a modalidade de licenciamento para este volume, que seria Licença Ambiental
Simplificada, fosse para Licença Ambiental Concomitante.
O processo administrativo foi formalizado em 09/07/2021, com a entrega da
documentação solicitada, contendo os estudos ambientais RCA (Relatório de
Controle Ambiental) e o PCA (Plano de Controle Ambiental) como documentos
norteadores da análise, sob responsabilidade técnica da Engenheira Ambiental
Natalia Manna Teixeira Lourenzo CREA-MG 212869D.
No dia 17/12/2021, a equipe técnica da Superintendência Regional de Meio
Ambiente Triângulo Mineiro – SUPRAM TM realizou vistoria no empreendimento,
com objetivo de subsidiar a análise deste processo administrativo. As observações
in loco estão descritas no Auto de Fiscalização nº 217675/2021.
As informações aqui relatadas foram extraídas dos estudos apresentados,
informações complementares e constatações feitas durante a vistoria.

2.2. Caracterização do empreendimento.


Diego Naves de Santana – UDI AQUA, encontra-se localizado na zona rural do
município de Uberlândia – MG, às margens da represa de Capim Branco II e tem
como coordenadas centrais 18º 38’ 9’’S / 48º 20’ 2”O.
A área destinada à atividade de aquicultura ocupa áreas de preservação
permanente e parte do espelho d’água do reservatório. As únicas estruturas em APP
identificadas foram parte da estrada de acesso a água (0,042 ha), e a área próximo
as margens da represa no final da estrada de acesso (0,052 ha), sendo estas áreas
caracterizadas como antrópicas consolidadas, conforme Laudo Técnico apresentado
com histórico de imagem de satélite.
Contudo, nesta área no final da estrada de acesso a água foi construído um Galpão
de ração com área de 0,0032 ha, identificado como uma nova intervenção onde se
fez a alteração do uso do solo conforme verificado em vistoria. Importante ressaltar
que a maior parte da estrada de acesso a água fica fora dos limites da Fazenda Bela
Vista em área de acesso comum a água por outras propriedades. Já o galpão de

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ração fica dentro dos limites da propriedade. A seguir, Mapa de uso e ocupação da
propriedade Fazenda Bela Vista

Fonte: RCA UDI AQUA 2021.


Atualmente o empreendimento trabalha com um volume útil de 4.896 m³, distribuídos
em 4 tanques de 108 m³ (6x6x3) e 31 tanques de 144 m³ (6x6x4).
A Aquicultura para cultivo em tanques rede consiste na criação de peixes para
crescimento e engorda. O processo produtivo da piscicultura consiste basicamente
na recepção dos juvenis, climatização e alocação nos tanques, alimentação, manejo
(biometria), despesca e comercialização, conforme demonstrado na figura a seguir.

Fonte: RCA UDI AQUA, 2021.

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Os peixes juvenis (30g), chegam em caminhões-tanque oxigenados. Posteriormente


são retirados manualmente, por meio de puçá, e levados para caixas com água para
aclimação, e destinação aos tanques-rede.
A biometria é feita por amostragem no próprio tanque, onde os peixes são
capturados por puçá, pesados e contados na bolsa de vinil.
Como os peixes já chegam vacinados e com 30 gramas, não haverá classificação ou
mudança de peixes para tanques diferentes. Os indivíduos ficarão no mesmo
tanque, malha 16, até o momento da despesca.
Durante a fase de engorda, será feito o arraçoamento de forma manual, de 4 a 6
vezes ao dia. Também será verificada a sanidade dos peixes, e as gaiolas serão
abertas somente para retirada dos peixes mortos, quando houver.
Na despesca, os tanques são levados até o tablado e são erguidos por guincho. Os
peixes são retirados com puçá e colocados em sacolas apropriadas (plástico e vinil
com malha 9 dos lados), para pesagem e transporte manual até o caminhão tanque
oxigenado.
O peixe sai vivo da fazenda, a depuração e o abate serão realizados somente no
frigorífico.
Após a despesca, os tanques vazios passam por vistoria e manutenção, antes de
receberem novos juvenis.
Todo o manejo, desde a recepção até a despesca, é realizado de maneira
cuidadosa, visando sempre a prevenção de fugas das espécies para o reservatório.
A densidade de estocagem média informada pelo veterinário responsável é de 55
peixes/m³.
O ciclo de produção tem um tempo médio de duração de 195 dias (6,5 meses). O
resultado final esperado são tilápias com peso médio de 1,00 kg cada indivíduo.
As rações utilizadas são extrusadas, de alta digestibilidade e devidamente
balanceadas, com teores de proteína variando entre 36% a 32%. O teor de fósforo
na ração utilizada no empreendimento é de no máximo 18 g/kg. A quantidade de
ração e a frequência alimentar são rigorosamente controladas através das tabelas
de arraçoamento fornecidas pelo fabricante, observando as fases de cultivo,
horários, peso médio dos peixes e temperatura da água.
A ração deve ser reajustada periodicamente, baseada no resultado da última
biometria e na tabela de arraçoamento da Piscicultura. Conforme informado pelo
responsável técnico do empreendimento o cultivo apresenta uma conversão
alimentar aparente de 1,5.

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Os principais insumos utilizados na produção são descritos abaixo.

Fonte: Fonte: RCA UDI AQUA, 2021.


Como estruturas para a atividade de aquicultura existem 01 tablado e 01 balsa para
manejo, povoamento, despesca e biometria, 01 galpão para armazenamento de
ração, 01 composteira, embarcações para manejo dos tanques e uma estrada de
acesso á água. Como estrutura da Fazenda, existe apenas 01 residência.

3. Diagnóstico Ambiental.
A atividade de aquicultura ocorre no reservatório da Usina Hidrelétrica de Capim
Branco II, zona rural do município de Uberlândia.
O empreendimento não está localizado em terras indígenas, comunidades
quilombolas, áreas prioritárias para conservação, corredores ecológicos ou sítio
Ramsar, bem como está fora de áreas de conflito por uso da água e rios de
preservação permanente (IGAM). Também não está inserido em área de alto grau
de potencialidade de ocorrência de cavidades.
De acordo com o Zoneamento Ecológico Econômico, o empreendimento está
localizado em uma região com vulnerabilidade dos recursos hídricos considerada
baixa e a vulnerabilidade natural é tida de média a alta com risco ambiental de alto a
muito alto. Já a prioridade para conservação de ictiofauna e tida como baixa. Isto
possivelmente se deve por se tratar de um ambiente já modificado caracterizado
como um ambiente lêntico devido ao represamento para formação do reservatório.
Para a qualidade de água podemos observar que o empreendimento está em uma
região de qualidade de água baixa.
A atividade de aquicultura é diretamente vinculada a qualidade da água no local de
produção. Desta forma, a atividade depende de uma boa qualidade de água e deve
sempre acompanhar, na forma de monitoramentos, as possíveis alterações que a
atividade possa causar no recurso hídrico.
Alguns parâmetros físico-químicos merecem extrema atenção por serem indicativos

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de alterações do recurso hídrico advindos de atividades antrópicas diversas como


lançamento de efluentes, atividades agrícolas, exploração mineral, aquicultura,
dentre outras. Dentre os principais parâmetros indicativos dessas alterações
advindas da atividade de aquicultura estão o fósforo, nitrogênio e a Clorofila
podendo indicar principalmente eutrofização do curso d’água sendo necessário o
acompanhamento desses parâmetros.

3.1. Unidades de conservação.


Foi identificado que o empreendimento está localizado na Zona de Amortecimento
da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Sendo assim, foi solicitado ao
empreendedor os estudos específicos, conforme termo de referência para estudos
referente aos Critérios Locacionais, definidos pela Deliberação Normativa COPAM
217/2017.
Abaixo, figura ilustrativa da localização do empreendimento com relação à reserva
da Biosfera da Mata Atlântica.

Fonte: Estudo referente aos critérios locacionais - UDI AQUA, 2021.

O primeiro item abordado fala sobre critério locacional do empreendimento em que o


empreendedor apresenta justificativas diversas sobre o tema em especial a grande
quantidade de áreas alagadas para produção de peixes, a localização estratégica do
município com relação ao escoamento de produção e o aumento considerável no

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consumo de pescado nas últimas décadas.


Por se tratar de um empreendimento com uma área de influência pequena
(aproximadamente 2,02 ha), a maioria das perguntas orientadoras demonstrou a
pouca influência da atividade com a Unidade de Proteção. Os impactos que,
porventura, possam gerar influência na área de proteção, foram identificados e
criados programas para sua mitigação, apresentados no PCA que serão
especificados no item Aspectos/Impactos ambientais e medidas mitigadoras. Dentre
estes destacamos a utilização de espécies exóticas (tilápia) e qualidade de água do
reservatório.
Importante também destacar que não foi solicitado nenhuma intervenção ou
supressão de vegetação para o Empreendimento. De acordo com o mapa de uso e
ocupação apresentado e conforme verificado em vistoria, a propriedade possui um
grau de conservação muito alto sendo que mais de 65% da sua área corresponde a
Área de Preservação Permanente da Represa de Capim Branco com vegetação em
bom estado de conservação. O grau de Conservação da Flora na Propriedade, é
considerada como Alta e Muito Alta segundo o IDE-SISEMA.

3.2. Recursos Hídricos.


Conforme já citado anteriormente o empreendimento utiliza das águas do
Reservatório de Capim Branco II para desenvolvimento da aquicultura. Atualmente o
empreendedor faz apenas o acompanhamento de parâmetros físico químicos
básicos como oxigênio dissolvido, pH e temperatura. Estes monitoramentos serão
ampliados e haverá um acompanhamento mais completo e continuo das
características da qualidade da água na aquicultura. Com relação aos usos
consultivos a propriedade Fazenda Bela Vista possui 01 captação de água conforme
descrito abaixo:
- Certidão de Uso Insignificante n° 307304/2021- Captação de água superficial no
Rio Araguari Represa da UHE Capim Branco II para Consumo agroindustrial,
Paisagismo e Consumo Humano.

3.3. Fauna.
Foram utilizados dados secundários para caracterização da fauna local para todos
os grupos. Não há uma influencia direta do empreendimento nos grupos de
mastofauna, herpetofauna e avifauna devido ao tipo de atividade e a área de
abrangência da propriedade.

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Já para a ictiofauna são necessários cuidados por se tratar de um cultivo de espécie


exótica, a Tilápia.
De acordo com os dados utilizados do diagnóstico ictiofaunístico do Parque Estadual
do Pau Furado (dados obtidos para o período de pré e pós enchimento da UHE
Capim Branco II) uma parte das espécies migradoras podem ter sido prejudicadas
pela construção do barramento visto que nas campanhas de coleta algumas
espécies não foram mais amostradas.
Para mitigar o impacto do cultivo de espécie exótica, o empreendimento adota
diversos procedimentos e medidas para que não haja fuga da espécie cultivada para
o meio natural. Estas medidas serão descritas no tópico específico de Aspectos
Ambientais e Medidas Mitigadoras

3.4. Flora.
A caracterização da área de estudo e de sua matriz de entorno pelo IDE-SISEMA do
Estado de Minas Gerais indicam uma região de transição entre os Biomas Cerrado e
Mata Atlântica, sendo que a área da propriedade está inserida na reserva da
biosfera da Mata Atlântica conforme já especificado.
De acordo com os estudos apresentados a cobertura vegetal característica da região
do empreendimento apresenta a unidade fitofisionômica de Floresta Estacional
Decidual.
Da mesma forma, não há uma influencia direta do empreendimento nos recursos
florísticos. Importante mencionar também que não houve solicitação de supressão
de vegetação para o processo em análise.
O empreendimento utiliza áreas de preservação permanente apenas para passagem
de parte da estrada de acesso aos tanques e o galpão de armazenamento de ração.
O restante da Área de APP se encontra em bom estado de conservação.

3.5. Cavidades naturais.


Não há interferências do empreendimento em cavidades naturais.

3.6. Socioeconomia.
Uberlândia, município onde se situa a Piscicultura UDI AQUA, encontra-se
localizada na Mesorregião do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, estado de Minas
Gerais, Região Sudeste do Brasil. Ocupando uma posição geográfica estratégica no

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centro do Brasil, a malha rodoviária, ferroviária e o Terminal Intermodal de Cargas


ligam a cidade aos principais mercados do País, ao Mercosul e ao mundo.
As categorias econômicas que mais se desenvolveram no ano de 2016, de acordo
com o Bando de Dados Integrado de Uberlândia (BDI, 2017), foram nos setores
industriais, financeiros e comerciais. De acordo com o BDI, percebe-se um pequeno
crescimento no setor de agropecuária, extração vegetal e pesca, demonstrando um
mercado propício à comercialização de pescados na região.
Uberlândia possui uma infra-estrutura de tratamento e distribuição de água e coleta
e tratamento de esgoto gerenciada pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto -
DMAE. A água que abastece a cidade é coletada no rio Uberabinha, no ribeirão Bom
Jardim e no próprio Rio Araguari.
O esgoto da cidade é coletado por uma rede de adutoras, enviado para a Estação
de Tratamento de Esgoto (ETE) Uberabinha, onde é tratado e destinado ao rio
Uberabinha. Uberlândia possui coleta dos resíduos sólidos, que são encaminhados
para um aterro sanitário. A coleta e a disposição final são de responsabilidade de
uma empresa terceirizada, a Limpebras (BDI, 2017).
De acordo com o ZEE (Zoneamento Ecológico-Econômico) a região do
empreendimento e seu entrono apresentam Potencial Social Muito Favorável.
O empreendimento de aquicultura gera 3 empregos diretos. Além dos postos de
trabalho a atividade desenvolvida gera arrecadação de impostos ao município.

3.7. Reserva Legal e Área de Preservação Permanente.


A área total da propriedade é de 2,0266 ha, conforme Matrícula 88.207. A Fazenda
Bela Vista possui reserva Legal Averbada de 0,51 ha não inferior a 20% da
propriedade. A área de reserva legal esta compensada na matrícula 88.209
destinada a área de preservação florestal das matrículas 88.201 a 88.208 ha. O
empreendedor apresentou também o registro do Imóvel no Cadastro Ambiental
Rural sob o número MG-3170206-9FB1.5201.0A05.4897.9307,9C67.0A69.F4CF.
A Área de Preservação Permanente - APP do Reservatório da Usina de Capim
Branco II ficou definida através de seu processo de Licenciamento Ambiental como
sendo de 100 metros conforme prevê a Lei Estadual 20.922/2013 e seu Art. 22:
“Na implantação de reservatório d’água artificial destinado à geração
de energia ou ao abastecimento público, é obrigatória a aquisição,
desapropriação ou instituição de servidão administrativa pelo
empreendedor das APPs criadas em seu entorno, conforme

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estabelecido no licenciamento ambiental, observando-se a faixa


mínima de 30m (trinta metros) e máxima de 100m (cem metros) em
área rural, e a faixa mínima de 15m (quinze metros) e máxima de 30m
(trinta metros) em área urbana”.
Conforme descrito na matrícula do Imóvel, dos 2,0266 ha de área do imóvel, 1,52 ha
correspondem a Área de Preservação Permanente do Reservatório de Capim
Branco II.
Para o desenvolvimento da atividade de aquicultura é necessário que se faça uso
de Área de Preservação Permanente. Como isto é inerente a atividade, a legislação
prevê seu uso, conforme descrito no Art. 15 da Lei Estadual 20.922/2013:
“Nos imóveis rurais com até quinze módulos fiscais inscritos no
Cadastro Ambiental Rural - CAR -, a que se refere o art. 29 da Lei
Federal nº 12.651, de 25 de maio de 2012, são admitidas, nas áreas de
que tratam os incisos I a III do caput do art. 9º desta Lei, a prática da
aquicultura em tanque escavado ou tanque rede e a existência de
infraestrutura física diretamente a ela associada”.
Desta forma, o empreendimento em questão possui parte da estrada de acesso a
água (0,042 ha), e uma área aberta próximo as margens da represa no final da
estrada de acesso (0,052 ha) consideradas antrópicas consolidadas na Área de
Preservação Permanente, conforme Laudo Técnico e histórico de imagens de
satélite apresentado, perfazendo uma ocupação de 0,094 ha.
Importante citar, conforme já foi dito, que nesta área considerada antrópica
consolidada o empreendedor construiu um Galpão de ração com área de 0,0032 ha,
identificado como uma nova intervenção onde se fez a alteração do uso do solo sem
autorização, conforme verificado em vistoria.

3.8. Intervenção Ambiental.


Não foi solicitada nenhuma intervenção ambiental para o processo em tela. Houve a
alteração do uso dá área antrópica consolidada para construção do galpão de ração.

4. Compensações.
Não se aplica ao empreendimento.

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5. Aspectos/Impactos ambientais e medidas mitigadoras.

5.1. Efluentes líquidos.


Os efluentes líquidos gerados no empreendimento são apenas de características
domésticas proveniente da residência da propriedade. Não há geração de efluente
industrial visto que não há nenhum tipo de beneficiamento do pescado pelo
empreendedor.
Medida(s) mitigadora(s):
Para tratamento dos efluentes sanitários da residência existe 01 sistema de fossa-
filtro-sumidouro.

5.2. Resíduos Sólidos.


Os resíduos sólidos gerados na propriedade são provenientes da residência
classificados como domésticos, sacaria de ração e descarte de peixes provenientes
do processo produtivo. Como o empreendimento trabalha com juvenis já vacinados
não houve até o momento a necessidade de utilização de medicamentos
veterinários e por isso não se gerou este tipo de resíduos.
Medida(s) mitigadora(s):
Os resíduos de características domésticas são armazenados temporariamente e
encaminhados para um ponto de coleta municipal. Já a sacaria é comercializada.
Com relação aos peixes de descarte estes são tratados por meio de uma
composteira coberta e impermeabilizada. Para complementar o processo de
compostagem são adicionadas serragem em camadas na composteira.

5.3. Mudanças físico-químicas na qualidade de água no ponto de


instalação dos tanques.
Assim como outras atividades a aquicultura pode causar mudanças na qualidade de
água, podendo ocasionar em especial problemas de eutrofização do recurso hídrico.
Medida(s) mitigadora(s):
Conforme já mencionado, o empreendedor faz o monitoramento dos parâmetros
básicos de Oxigênio Dissolvido, pH e temperatura. Estes monitoramentos serão
ampliados e haverá um acompanhamento mais completo e contínuo das
características da qualidade da água na aquicultura. Complementando o controle da

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qualidade dá água será acompanhado também a qualidade do sedimento de fundo


no local de instalação dos tanques.
Além disso, o empreendedor segue um programa de controle de arraçoamento com
o objetivo de diminuir os possíveis excessos que não são consumidos pelos peixes e
que possam vir a causar alterações significativas na qualidade de água. Este
controle de arraçoamento considera a fase do peixe (peso), o tipo de ração e teor de
proteína e quantidade de tratos diários.

5.4. Fuga de espécies exóticas para o meio natural podendo causar


desequilíbrio da fauna aquática.
A tilápia é uma espécie exótica a fauna aquática local. Além disso é uma espécie
bastante resiliente com adaptação rápida ao meio onde é introduzida. Desta forma a
introdução acidental desta espécie ao meio natural pode causar desequilíbrio para a
fauna aquática local em especial a ictiofauna.
Medida(s) mitigadora(s):
O empreendedor apresentou procedimentos relacionados a mitigação desse
impacto. Dentre os procedimentos destacamos que a biometria é realizada com a
ajuda de puçás e por funcionários devidamente capacitados. Durante os manejos é
importante que não se levante totalmente a tela do tanque para retirar os animais, e
a abertura da tampa deve ser somente a necessária para realização do trabalho
exigido. A aquisição de juvenis também diminui muito o risco de escape do peixe
pela tela do tanque. Além disso, conforme declarado pelo empreendedor, o trabalho
com juvenis desenvolve um lote mais homogêneo o que dispensa a necessidade de
manejo de repique para outros tanques, diminuindo mais ainda a chance de fuga da
espécie para o meio natural. Para a despesca também se utiliza os puçás colocando
o pescado diretamente dentro das caixas com água para transporte até o abate. O
empreendedor também realiza a verificação periódica das estruturas dos tanques
(telas e boias).

6. Controle Processual.

Inicialmente, verifica-se que o processo foi formalizado e instruído corretamente no


tocante à legalidade processual, haja vista apresentação dos documentos
necessários e exigidos pela legislação ambiental, todos em conformidade com o
Requerimento nº. 2021.12.01.003.0002013 - Processo SLA nº. 5754/2021, expedido

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nos moldes da DN COPAM nº. 217/2017.


Importante destacar que foi carreado ao processo administrativo ora sob escrutínio a
comprovação de posse e uso do imóvel do empreendimento, comprovante de
inscrição do empreendimento no Cadastro Técnico Federal – CTF nº. 6051265,
conforme determina o art. 10, da Instrução Normativa nº. 06/2013 e art. 1º, da
Instrução Normativa nº. 12/18, ambas publicadas pelo IBAMA e Certidão de
conformidade municipal expedida pelo município de Sacramento, em atendimento
ao que determinar a parte final do art. 18, do Decreto Estadual nº. 47.383/2018.
Ademais, foi promovida a publicação em periódico local ou regional acerca do
requerimento em tela por parte do empreendedor e, também, publicação atinente à
publicidade do requerimento em tela, conforme publicação no IOF de 18/11/2021,
pág. 08, efetivada pela SUPRAM TM, ambas em observâncias ao que determinam
os arts. 30 a 32 da DN COPAM nº. 217/2017.
Mister ressaltar, outrossim, que o uso dos recursos hídricos no empreendimento está
devidamente regularizado, conforme já asseverado em tópico próprio.
A reserva legal do imóvel está devidamente regularizada por meio da inscrição do
mesmo no Cadastro Ambiental Rural, em conformidade com os arts. 30 e 31, ambos
da Lei 20.922/2013, estando demarcada em regime de compensação, devidamente
averbada, tendo sido carreado ao sistema o CAR respectivo, restando, pois,
atendidos os arts. 24 e 25, ambos da mesma Lei Estadual.
Ainda, constata-se pelo exame dos autos em tela que os estudos apresentados e
necessários para subsidiar o presente parecer técnico, estão devidamente
acompanhadas de suas respectivas ARTs, mormente RCA e PCA.
De outra sorte, foi observada operação do empreendimento sem a devida licença
ambiental, razão pelo qual o empreendimento será devidamente autuado por tanto.
Destarte, nos termos do art. 15, do Decreto Estadual nº. 47.383/2018, o prazo de
validade da licença em referência será de 10 (dez) anos, não havendo incidência
das disposições dos §§ 4º e 5º, ambos do art. 32 do Decreto Estadual nº.
47.383/2018.
Finalmente, impende salientar que, conforme preconizado pelo inciso VII, do art. 4º,
da Lei Estadual nº. 21.972/2016 c/c inciso VI, do art. 4º, do Decreto Estadual nº.

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47.383/2018, o processo em tela deverá ser apreciado pela Superintendência


Regional de Meio Ambiente do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, na pessoa de
sua Superintendente.

7. Conclusão.
A equipe interdisciplinar da Supram Triângulo Mineiro – SUPRAM TM sugere o
deferimento desta Licença Ambiental na fase de Licença de Operação Corretiva -
LOC, para o empreendimento “Diego Naves de Santana – UDI AQUA” para a
atividade de ““Aquicultura em tanque rede” para um volume útil de 4.896 m³”, no
município de “Uberlândia-MG”, pelo prazo de “10 anos”, vinculada ao cumprimento
das condicionantes e programas propostos.
Oportuno advertir ao empreendedor que a análise negativa quanto ao cumprimento
das condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I), bem como
qualquer alteração, modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a
Supram Triângulo Mineiro – SUPRAM TM, tornam o empreendimento em questão
passível de ser objeto das sanções previstas na legislação vigente.
Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa, nem substitui, a
obtenção, pelo requerente, de outros atos autorizativos legalmente exigíveis.
A análise dos estudos ambientais pela Superintendência Regional de Meio Ambiente
do Triângulo Mineiro – SUPRAM TM, não exime o empreendedor de sua
responsabilidade técnica e jurídica sobre estes, assim como da comprovação quanto
à eficiência das medidas de mitigação adotadas.
Observações:
● A observação acima deverá constar do certificado de licenciamento a ser
emitido;

8. Anexos.

Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação Corretiva – LOC do “Diego


Naves de Santana – UDI AQUA”;
Anexo II. Programa de Automonitoramento da Licença de Operação Corretiva –
LOC do “Diego Naves de Santana – UDI AQUA”;
Anexo III. Relatório Fotográfico do “Diego Naves de Santana – UDI AQUA”.

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ANEXO I
Condicionantes para Licença de Operação Corretiva – LOC do “Diego Naves
de Santana – UDI AQUA”
Empreendedor: Diego Naves de Santana
Empreendimento: UDI AQUA
CPF: 013.895.376-76
Município: Uberlândia/MG
Atividade(s): “Aquicultura em Tanque Rede”
Código(s) DN 217/17: G-02-13-5
Processo: 5754/2021
Validade: 10 anos
Item Descrição da Condicionante Prazo*

Executar o Programa de Automonitoramento, conforme


Durante a vigência
01 definido no Anexo II, demonstrando o atendimento aos
da licença
padrões definidos nas normas vigentes.

Apresentar a SUPRAM TM protocolo de Comunicado a


Autoridade Marítima competente e a Concessionária de
Energia Elétrica responsável pelo reservatório sobre a
operação do empreendimento.
Obs: O Comunicado deve conter no mínimo as

02 informações de: Identificação do Empreendimento e seu 60 dias


representante Legal, Coordenada geográfica central do
empreendimento, Número de tanques com as
dimensões, Volume total dos tanques de cultivo e
Coordenadas geográficas do polígono de instalação dos
tanques com a área total do polígono.

Apresentar análises atualizadas de água (uma coleta a


montante dos tanques, e outra a jusante no sentido do fluxo
do reservatório)
Parâmetros: Oxigênio Dissolvido - OD (mg/L); DBO; pH; 60 dias
03
turbidez, Temperatura; Sólidos em suspensão totais, Sólidos
dissolvidos totais, Nitrato - N (mg/L) Fósforo - P (mg/L),
Nitrito (mg/L), Nitrogênio amoniacal total - NH3, Coliformes
termotolerantes, Densidade de cianobactérias e Clorofila “a”.

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Obs.: Deverá ser apresentado um croqui com as


respectivas coordenadas geográficas dos pontos de
coleta.

Manter atualizado o Registro de Aquicultor, conforme


PORTARIA IEF nº 100, de 16 de setembro de 2020, ou a
que vier substituir;

Durante a vigência
04 Obs: Os documentos comprobatórios referentes a esta de Licença
condicionante devem estar sempre no empreendimento
e a disposição dos órgãos competentes sempre que
forem solicitados.

Promover Trimestralmente e enviar anualmente Relatórios


de Treinamento dos Funcionários relativo à atividade do
empreendimento em especial quanto a geração de efluentes
e resíduos, boas praticas de manejo e controle da qualidade
de água. Os relatórios devem conter o conteúdo Durante a vigência
05
programático e a lista dos participantes. de Licença

Obs: Os treinamentos devem ocorrer com periodicidade


Trimestral ou quando da contratação de novo
funcionário.

Elaborar e enviar a SUPRAM TM ao final de cada ciclo de


cultivo relatório técnico com a ART do responsável
contendo no mínimo os seguintes itens: volume dos tanques,
espécie cultivada, origem e número de alevinos/juvenis
alocados, densidade de estocagem, quantidade de ração por Durante a vigência
06
de Licença
ciclo de cultivo, conversão alimentar, utilização de
medicação e/ou vacinação, número de classificações e/ou
biometrias durante o ciclo, peso médio de abate, perda
estimada de peixes (kg), qualidade da água e do sedimento.

Relatar à SUPRAM TM sobre qualquer impacto negativo


causado pelo empreendimento, assim como propor medidas Durante a vigência
07
da Licença
mitigadoras.
* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da
Licença na Imprensa Oficial do Estado

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Obs.: 1 Em razão de fato superveniente, o empreendedor poderá requerer a exclusão, a


prorrogação do prazo para o seu cumprimento ou a alteração de conteúdo da condicionante
imposta, formalizando requerimento escrito, devidamente instruído com a justificativa e a
comprovação da impossibilidade de cumprimento, até o vencimento do prazo estabelecido na
respectiva condicionante, sendo necessário instruir o pedido com o comprovante de
recolhimento da taxa de expediente respectiva (Lei Estadual nº. 22.796/17 - ANEXO II - TABELA
A);

Obs.: 2 A comprovação do atendimento aos itens destas condicionantes deverá estar


acompanhada da anotação de responsabilidade técnica - ART, emitida pelo(s) responsável
(eis) técnico(s), devidamente habilitado(s), quando for o caso;

Obs.: 3 Apresentar, juntamente com o documento físico, cópia digital das condicionantes e
automonitoramento em formado pdf., acompanhada de declaração, atestando que confere com
o original;

Obs.: 4 Os laboratórios impreterivelmente devem ser acreditados/homologados conforme a


Deliberação Normativa COPAM nº 216, de 07 de outubro de 2017, ou a que sucedê-la;

Obs.: 5 Caberá ao requerente providenciar a publicação da concessão ou renovação de


licença, no prazo de 30 (trinta) dias contados da publicação da concessão da licença, em
periódico regional local de grande circulação, nos termos da Deliberação Normativa COPAM nº
217, de 06 de dezembro de 2017;

Obs.: 6 As normas e legislações específicas citadas neste Parecer devem ser observadas,
inclusive as que vierem a sucedê-las.

IMPORTANTE
Os parâmetros e frequências especificadas para o Programa de Automonitoramento
poderão sofrer alterações a critério da área técnica da Supram-TM, face ao
desempenho apresentado;
Qualquer mudança promovida no empreendimento que venha a alterar a condição
original do projeto das instalações e causar interferência neste programa deverá ser
previamente informada e aprovada pelo órgão ambiental.

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ANEXO II
Programa de Automonitoramento da Licença de Operação Corretiva – LOC do
“Diego Naves de Santana – UDI AQUA”
Empreendedor: Diego Naves de Santana
Empreendimento: UDI AQUA
CPF: 013.895.376-76
Município: Uberlândia/MG
Atividade(s): “Aquicultura em Tanque Rede”
Código(s) DN 217/17: G-02-13-5
Processo: 5754/2021
Validade: 10 anos
1. Análise de Água e Sedimento

Material Local de Frequência de


Parâmetro
amostragem Análise

Uma coleta a Oxigênio Dissolvido - OD (mg/L);


montante dos tanques DBO; pH; turbidez, Temperatura;
rede, e outra a jusante Sólidos em suspensão totais,
no sentido do fluxo do Sólidos dissolvidos totais, Nitrato
Água reservatório - N (mg/L) Fósforo - P (mg/L), Semestralmente
apresentando um Nitrito (mg/L), Nitrogênio
croqui descriminando amoniacal total - NH3, Coliformes
os pontos de termotolerantes, Densidade de
amostragem. cianobactérias e Clorofila “a”.

Uma coleta a
montante dos tanques
rede, uma no ponto
central de instalação
dos tanques rede e
outra a jusante no Matéria orgânica – MO (mg/L de
Sedimento Semestralmente
sentido do fluxo do O2), Fósforo – P (mg/L)
reservatório
apresentando um
croqui descriminando
os pontos de
amostragem

Relatórios: Enviar anualmente à Supram até o dia 10 do mês subsequente ao aniversário da

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licença, os resultados das análises efetuadas. O relatório deverá especificar o tipo de amostragem e
conter a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pela amostragem.
Para as amostragens feitas no corpo receptor (água e sedimento), apresentar justificativa da distância
adotada para coleta de amostras a montante e jusante dos tanques. Deverá ser anexado ao relatório
o laudo de análise do laboratório responsável pelas determinações.
Constatada alguma inconformidade, o empreendedor deverá apresentar justificativa, nos termos do
§2º do art. 3º da Deliberação Normativa nº 165/2011, que poderá ser acompanhada de projeto de
adequação do sistema de controle em acompanhamento.
Na ocorrência de qualquer anormalidade nos resultados das análises realizadas durante o ano, o
órgão ambiental deverá ser imediatamente informado, inclusive das medidas de mitigação adotadas.
Método de análise: Normas aprovadas pelo INMETRO ou, na ausência delas no Standard Methods
for Examination of Water and Wastewater, APHA-AWWA, última edição.

2. Resíduos Sólidos e Rejeitos não abrangidos pelo Sistema MTR-MG


Apresentar, semestralmente, relatório de controle e destinação dos resíduos
sólidos gerados conforme quadro a seguir ou, alternativamente, a DMR, emitida via
Sistema MTR-MG.

Prazo: seguir os prazos dispostos na DN Copam 232/2019.

QUANTITATIVO TOTAL
TRANSPORTA DO SEMESTRE
DESTINAÇÃO FINAL
DOR
RESÍDUO
(tonelada/semestre)

Taxa Quanti-
Denomina de Destinador / Empresa dade Quanti- OBS.
Quanti-
ção e geraçã Ra- Endere- responsável Destina dade
dade
código da Orige Class o ço Tecnolo- da Armaze
zão Gerada
lista IN m e (kg/mê social comple- gia (*) nada
IBAMA s) to
13/2012 Razão Endereço
social completo

(*)1- Reutilização 6 - Co-processamento

2 – Reciclagem 7 - Aplicação no solo

8 - Armazenamento temporário (informar quantidade


3 - Aterro sanitário
armazenada)

4 - Aterro industrial 9 - Outras (especificar)

5 - Incineração

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Observações

● O programa de automonitoramento dos resíduos sólidos e rejeitos não abrangidos pelo Sistema
MTR-MG, que são aqueles elencados no art. 2º da DN 232/2019, deverá ser apresentado,
semestralmente, em apenas uma das formas supracitadas, a fim de não gerar duplicidade de
documentos.

● O relatório de resíduos e rejeitos deverá conter, no mínimo, os dados do quadro supracitado,


bem como a identificação, registro profissional e a assinatura do responsável técnico pelas
informações.

● As doações de resíduos deverão ser devidamente identificadas e documentadas pelo


empreendedor.

● As notas fiscais de vendas e/ou movimentação e os documentos identificando as doações de


resíduos deverão ser mantidos disponíveis pelo empreendedor, para fins de fiscalização.

Superintendência Regional de Meio Ambiente do Triângulo Mineiro


Praça Tubal Vilela, 03 – Centro, Uberândia/MG 38.400-186.
Parecer (40188580) SEI 1370.01.0065877/2021-86 / pg. 24
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PU 38955010/2021
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Data: 02/12/2021
Subsecretaria de Regularização Ambiental
Pág. 23 de 23
Superintendência Regional de Meio Ambiente do Triângulo Mineiro

ANEXO III
Relatório Fotográfico do “Diego Naves de Santana – UDI AQUA”.
Empreendedor: Diego Naves de Santana
Empreendimento: UDI AQUA
CPF: 013.895.376-76
Município: Uberlândia/MG
Atividade(s): “Aquicultura em Tanque Rede”
Código(s) DN 217/17: G-02-13-5
Processo: 5754/2021
Validade: 10 anos

Foto 01. Área Antrópica Consolidada em APP. Foto 02. Vegetação característica da APP.
Estrada e galpão de ração

Foto 03. Composteira para tratamento dos Foto 04. Vista geral da Aquicultura. Linhas de
resíduos de peixes. Tanque e tablado ao fundo.

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Praça Tubal Vilela, 03 – Centro, Uberândia/MG 38.400-186.
Parecer (40188580) SEI 1370.01.0065877/2021-86 / pg. 25

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