Você está na página 1de 9

UNIVERCIDADE ABERTA ISCED

Licenciatura em Gestão Ambiental

Modulo de Hidrologia

2º Ano

Tema: Bacia do Rio Pungue

Feliciano Carimo Fulumeiro

Beira, Março 2023


UNIVERCIDADE ABERTA ISCED

Licenciatura em Gestão Ambiental

Modulo de Hidrologia

2º Ano

Tema: Bacia do Rio Pungue

Feliciano Carimo Fulumeiro

Trabalho de pesquisa remetida a Universidade


Aberta ISCED, na Faculdade de Economia e Gestão
para a Avaliação.

Tutores: MSC. Helio Serafim Candido

Beira, Março, 2023


Índice
1. Introdução........................................................................................................................ 1

2. Referencial teórico .......................................................................................................... 2

2.1. Gestão da Bacia do Rio Pungue ............................................................................... 2

2.2. Caracterização do Rio Pungue ................................................................................. 2

2.3. Potenciais impactos que podem advir das actividades e as respectivas medidas de
mitigação ............................................................................................................................. 4

3. Conclusão ........................................................................................................................ 5

4. Referencias bibliograficas ............................................................................................... 6


1. Introdução

A água é fundamental para a sobrevivência, saúde e dignidade humana e é um pré-requisito


para o desenvolvimento humano. No entanto, em vários locais no mundo inteiro os recursos
hídricos de água doce estão a sofrer uma pressão crescente devido à utilização excessiva e à
poluição das actividades humanas. O Rio Pungué não é excepção. Apesar da situação actual
ser, em termos gerais, boa, as projecções dos requisitos de água futuros indicam uma
competição crescente entre os vários consumidores. Além disso, o problema actual da
mineração informal de pequena escala que cria, periodicamente, sedimentos suspensos no rio
indica que o Rio Pungué e os consumidores a jusante estão vulneráveis às actividades
humanas nas secções de montante.

1
2. Referencial teórico
2.1.Gestão da Bacia do Rio Pungue

O Rio Púnguè é um rio de 400 km de extensão que banha o Zimbabwe e Moçambique. Nasce
abaixo do Monte Nyangani nos planaltos da África Oriental, Zimbabwe, corre para o leste
através das províncias de Manica e Sofala em Moçambique e desagua no Canal de
Moçambique, na Cidade da Beira, formando um grande estuário. É um dos maiores rios de
Moçambique e frequentemente causa inundações.

Imagens 1 e 2: ilustra o rio Pungue.

2.2.Caracterização do Rio Pungue

A bacia hidrográfica do rio Púnguè é caracterizada por uma diversidade de formas de


ocupação e usos de terra (ocupação por habitações, actividades agrícolas tanto de subsistência
como mecanizadas, sistemas de captação de água, pastagem, mineração artesanal, exploração
de madeira, etc.), entretanto, nota-se ausência de conhecimentos sistematizados sobre a
fragilidade ambiental face as particularidades da Geodiversidade e da biodiversidade, que
podiam servir de base para definição de medidas de prevenção ou de correcção de riscos ou
impactos ambientais associados.

2
Imagens 3 e 4: ilustra inundações e destruição de plantações diversas.

Grande área do extremo este da bacia hidrográfica do rio Púnguè (junto a costa do oceano
indico) a fragilidade varia de muito fraca a fraca, na medida em que a declividade dominante
não ultrapassa os 6%, seguida de áreas de predominância de declividades que variam de 6 a
12 %. Portanto, nesta sub- região da bacia a susceptibilidade à ocorrência de erosão é
relativamente fraca sob ponto de vista da declividade, podendo ser uma área susceptível a
inundações. Não obstante, na mesma sub-região, a nordeste da bacia, notam-se manchas de
ocorrência de níveis de fragilidade média, coincidindo com a sub-região do planalto de
Cheringoma com altitudes não superiores a 400 metros, podendo ocorrer focos de processos
erosivos. O uso da terra muito intenso e menos regrado pode tornar o ecossistema mais frágil
mesmo com os declives inferiores a 6% no caso dos distritos de Nhamatanda e Dondo no
baixo Púnguè ao longo do corredor da Beira que apresenta elevada densidade populacional
e usos da terra relativamente intensos.

Imagem 5: ilustra o rio Pungue via satélite.

3
2.3.Potenciais impactos que podem advir das actividades e as respectivas medidas
de mitigação

Os produtos gerados a partir dos mapeamentos da cobertura vegetal realizado na planície


fluviomarinha do rio Pungué demonstraram que o desmatamento do manguezal do rio
Pungué tem sido estimulado pela construção de obras de infraestrutura e empreendimentos
privados no litoral e por outras atividades antropogênicas de carácter local. Verifica-se ainda
como consequência do desmatamento, uma crescente erosão que percorre toda a linha da
costa da cidade, provocando desabamento de várias infraestruturas com destaque para as
localizadas nas comunidades que vivem nas margens do rio Pungue.

Recomenda-se o desenvolvimento de estratégias de urbanização que considerem as


possibilidades de riscos e vulnerabilidades ambientais e que estabeleça um plano de
urbanização que insira infraestruturas e serviços urbanos adequados às limitações locais e
aos problemas presentes nas margens do rio Pungue.

4
3. Conclusão

A gestão dos recursos hídricos é essencial para ultrapassar os problemas actuais e futuros de
fornecer água em quantidade e de qualidade adequada a todos os consumidores na Bacia do
Rio Pungoé. Esta gestão deve levar em consideração os interesses de todas as partes e
sectores, incluindo factores ecológicos, para permitir uma utilização sustentável e equitativa
da água a nível da bacia. Actualmente, isto é conhecido como Gestão Integrada dos Recursos
Hídricos ou, para abreviar, GIRH. A GIRH é um processo de planeamento participativo, com
uma sólida base científica, que une as partes interessadas para determinar a forma de
corresponder às necessidades de recursos hídricos de longo prazo da sociedade mantendo, ao
mesmo tempo, valores ecológicos e económicos essenciais. É um processo interdisciplinar e
conjunto que promove uma coordenação transversal entre os sectores na gestão dos recursos
hídricos.

5
4. Referencias bibliográficas

NETO, Baptista e ANTÓNIO, João. Meio ambiente, poluição, Biologia Marinha. 2014.

MACHADO, José Oliveira e TAMIOZZO, Filipe, Introdução à Hidrogeografia, Cengage


Learning, São Paulo, 2013.

RESENDE et al; Pedologia: base de distinção de ambientes, 4ª edição, Viçosa –Minas Gerais,
2002

TORRES, Fillipe Tamiozzo Pereira Torres, NETO, Roberto Marques e MENEZES,


Sebastião de Oliveira; Cengage Learning, São Paulo, 2013.

ALFERES, Julião et al.; Monografia da bacia do rio Púngué, edição ligeira. Parte do projecto:
Desenvolvimento da estratégia conjunta de gestão integrada dos recursos hídricos da bacia
do rio Púngué, Moçambique, 2006.

CHRISTOFOLETTI, António, Modelagem de sistemas ambientais, editora Edigar Blucher


Ltda., São Paulo, 1999.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA – EMBRAPA. Serviço


Nacional de Levantamento e Conservação de Solos. Súmula da 10ª Reunião Técnica de
Levantamento de Solos. Rio de Janeiro, 1979.

LEPSCH, Igo F.; Formação e conservação dos solos, Oficina de Textos, São Paulo, 2010.

Você também pode gostar