Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Licenciatura em Direito
Direitos Fundamentais
2º Ano
Licenciatura em Direito
Direitos Fundamentais
2º Ano
1. Introdução........................................................................................................................1
2. Objetivos..........................................................................................................................1
3. Metodologia.....................................................................................................................1
4. Referencial Teórico.........................................................................................................2
4.2.11. O voto...................................................................................................................9
5. Conclusão......................................................................................................................11
6. Referencias bibliográfica...............................................................................................12
1.
2. Introdução
3. Objetivos
3.1. Objetivo geral
Analisar de um modo geral as diferentes conceções jurídico-fundamentais de
Moçambique.
3.2. Objetivos específicos
Falar dos Direitos fundamentais;
Conceituar a Cidadania;
Dizer o que é um dever Cívico;
Et all.
4. Metodologia
Segundo Felipa dos Reis (2010, p. 57), a metodologia pode ser considerada como um
sistema de técnicas, métodos e procedimentos utilizados para a realização de uma pesquisa.
Assim, descrevo aqui, os mecanismos que segui para a realização do presente trabalho.
1
5. Referencial Teórico
5.1. Direitos Fundamentais
Discordando desta posição, Gomes Canotilho sustenta que os direitos fundamentais são
direitos jurídico - institucionalmente garantidos e limitados espácio-temporalmente, são
direitos objectivamente vigentes numa ordem jurídica concreta6 . Para este, os direitos
fundamentais só existem na relação directa com a Constituição, isto é, na medida em que
tenham sido positivados. É preciso constarem da lei fundamental (a Constituição). A
positivação dos direitos fundamentais significa, para este doutrinário, a incorporação na
ordem jurídica dos direitos considerados “naturais” e inalienáveis do indivíduo.
Portanto, para Gomes Canotilho os direitos fundamentais só existem onde existindo uma
Constituição, esta os tenha consagrado e, se justifica citando Cruz Villalon segundo o qual
onde não existir Constituição não haverá direitos fundamentais.
Um outro autor que discute os direitos fundamentais é Vieira de Andrade. Para este, os
preceitos relativos aos direitos fundamentais não podem ser pensados apenas do ponto de
vista dos indivíduos, enquanto posições jurídicas de que estes são titulares perante o
Estado,
designadamente para se defenderem, antes valem juridicamente também do ponto de vista
da
comunidade, como valores ou fins que esta se propõe prosseguir, em grande medida através
da acção estadual.
2
Para Menezes Cordeiro, os direitos fundamentais correspondem à positivação, nas ordens
jurídicas internas do tipo continental, dos direitos do homem. Correspondem às posições
jurídicas activas consagradas na Constituição.
Qualquer que seja o entendimento que se tenha dos direitos fundamentais o certo é que,
perfilhando o Prof. Jorge Miranda, estes não se esgotam nos consagrados na Constituição
(dimensão objectiva), existem outros direitos inerentes à natureza humana para além dos
consagrados na Constituição (dimensão subjectiva). Aliás, este foi o entendimento acolhido
pelo legislador constituinte moçambicano, ao estabelecer no art. 42 da CRM que os direitos
fundamentais consagrados na Constituição não excluem quaisquer outros constantes das
leis.
Isto para dizer que todos os assuntos sobre os direitos fundamentais não se esgotam apenas
na Constituição, existindo outros instrumentos legais ou leis que de forma específica nos
remetem à sua consulta e apreciação. Ou seja, a fonte de reconhecimento dos direitos
humanos em si não é, apenas, a Constituição mas também a Lei ordinária.
Este é o primeiro comum a quaisquer direitos fundamentais. Todos quanto fazem parte da
comunidade política são titulares dos direitos e deveres aí consagrados. Portanto, este
princípio diz respeito aos destinatários das normas.
Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitas aos
mesmos deveres, independentemente da cor, raças, sexo, origem étnica, lugar de
3
nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão ou
opção política.
A lei não distingue as pessoas quanto aos seus direitos de cidadão. Perante a lei não há
ministro nem camponês, nem branco nem negro, nem mulher nem homem, nem macena
nem makonde, nem que este nasceu em Maputo ou em Manica, não há muçulmano nem
católico, não há rico nem pobre, nem doutor nem analfabeto. Não importa se os pais são
casados pelo registo ou não, se trabalham ou não, se são de um Partido ou de outro. Todos
cidadãos são iguais perante a lei e gozam dos mesmos direitos.
Artigo 48º da Constituição da República de Moçambique reconhece que cada um pode ter
as próprias opiniões e pode manifestá-las aos outros. As pessoas têm o direito de falarem
aquilo que sentem, desde que isso não prejudique o bem comum. Todos os cidadãos podem
trocar ideias com os outros e manifestar as suas próprias opiniões sem medo.
Contra este direito vai a proibição de exprimir as próprias opiniões. Também contra a lei é
quando alguém está sendo condenado porque ele tinha a coragem de manifestar as suas
ideias.
A liberdade de expressão tem limites nos direitos dos outros. Há, no entanto, actos que a lei
pune como calúnia ou difamação.
Exemplo:
4
No bairro de Munhava foram presas oito pessoas, porque estas andaram a dizer que o
Presidente da República não está a cumprir com as promessas que fez durante a campanha
eleitoral.
É muito normal que o homem se reúna com outros para conversar, trabalhar, para resolver
problemas, para trocar experiências etc. O homem é um ser social, por isso tem necessidade
de conviver e de se associar aos outros.
Exemplo:
5
Um grupo de moradores do bairro de Manga decidiu de formar uma associação para o
melhoramento do bairro e a defesa dos interesses da população do bairro. Eles já traçaram o
estatuto da associação e entregaram todos os documentos necessários ao Governo
Provincial para o reconhecimento da associação. Já estão a espera há um meio ano,
perguntaram várias vezes, mas ainda não têm um despacho positivo. Depois souberam que
a associação não vai ser reconhecida porque o governo não acha necessária uma associação
deste tipo.
Essas funções, os partidos políticos só podem exercer, quando os cidadãos têm o direito de
livremente constituir e participar em partidos políticos, assim como está consagrado no art.
53º da Constituição da República. Ao mesmo tempo, o Estado deve assegurar que cada
cidadão possa decidir sem pressão, se ele quer aderir a um partido ou não.
6
Exemplo:
Ninguém deve ser forçado a aderir um partido político. Isto seria uma violação do art. 53º
da Constituição da República de Moçambique. Ao mesmo tempo, cada cidadão pode negar
entrar num partido político sem nenhuma consequência à vida dele. A demissão do Carlos
do Serviço do Estado só porque ele não quis aderir ao partido PAZ era violou a
Constituição da República. O Estado deve voltar a contratá-lo.
Exemplo:
Stivin José, pertencente a uma congregação protestante, foi expulso duma escola estatal,
porque ele não é Católico.
Stivin José não deve ser discriminado por causa da sua fé, convicção ou prática religiosa.
Pelo que deve continuar a estudar naquela escola.
Exemplo:
7
Paulo é um residente do bairro de Munhava. No entanto, a E.D.M decidiu colocar mais
postes de energia no bairro de Munhava. Para isto, a casa de Paulo tinha que ser destruída.
Quando a E.D.M coloca um poste de energia, faz isso no interesse público. Consoante art.
82º da Constituição da República, as pessoas prejudicadas por isso terão de ser
indemnizadas. Portanto, o Paulo deve ser pago um justa indemnização para a casa que
perdeu
Nunca se devem confundir os direitos dos povos e os direitos do homem. Quando falamos
dos direitos dos povos estamos a falar do direito a autodeterminação, direito a paz, etc. São
direitos da coletividade bem definidos e em situações variáveis. Direito do homem refere-se
ao direito à vida, à liberdade, às convicções religiosas, direito ao trabalho, etc, etc.
Deveres cívicos são um conjunto de deveres que se impõem ao cidadão para uma justa e
salutar convivência em sociedade. Os direitos cívicos correspondem aos valores
fundamentais dos seres humanos. Por exemplo, o direito à vida, a constituir família, a
escolher livremente o emprego e a religião, o direito à liberdade e defesa em tribunal e o
direito à liberdade de expressão.
Pagar impostos é um dever cívico e de cada um. Consiste em dar parte dos lucros que se
tenha ao estado. Serve para pagar aos polícias, aos médicos, aos professores, etc.
5.2.11. O voto
Votar é um dever cívico e de cada um. Consiste em escolher uma opção duma lista de
opções. É extremamente limitativo, ter que escolher entre duas (no caso de referendo) ou
meia dúzia de hipóteses (eleições), embora o povo fique todo contente a pensar que escolhe
alguma coisa cumprir pena. Num regime político democrático (democracia), os cidadãos
9
têm mais garantias de ver os direitos fundamentais respeitados pois são eles que elegem os
poderes políticos que fazem as leis e as fazem cumprir.
Um cidadão é uma pessoa que se considera em uma fase madura o suficiente desenvolvido
para agir consciente e responsavelmente dentro da sociedade. Cidadania é a prática dos
direitos e deveres de um(a) indivíduo (pessoa) em um Estado. Os direitos e deveres dos
cidadãos devem andar sempre juntos, uma vez que o direito de um cidadão implica
necessariamente numa obrigação de outro cidadão. Conjunto de direitos, meios, recursos e
práticas que dá à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de
seu povo. Em suma, a cidadania é reconhecida como o «direito a ter direitos». Por isso, há
autores que a entendem como um estatuto que confere um leque de direitos
constitucionalmente previstos.
10
6. Conclusão
Contudo, pode concluir que direitos fundamentais são direitos de defesa que se destinam a
proteger determinadas posições subjetivas contra a intervenção do poder público. Os
direitos fundamentais do homem são situações jurídicas objetivas e subjetivas definidas no
direito positivo em prol da dignidade, igualdade e liberdade da pessoa humana.
11
7. Referencias bibliográfica
Legislação:
Websites:
Https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidadania
Http://pinguanenunes.blogspot.com/2014/07/o-exercicio-dos-direitos-civicos-em.html
Https://www.dn.pt/politica/interior/as-manifestacoes-sao-um-exercicio-de-direitos-civicos-
2910665.htm
12