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INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
4.1.3 Princípios e normas que tratam dos poderes – deveres dos juízes e
direitos fundamentais no processo ............................................................................ 18
Prezado aluno!
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perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Bons estudos!
1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS
Há ainda um ramo do direito que trata do estudo das normas que disciplinam a
doutrina da jurisdição constitucional e a denominam Direito Processual Constitucional.
De acordo com DANTAS (2018), existe uma parte da doutrina, que, entende
não existir razão para referida divisão, uma vez que ambas estão atribuídas ao
chamado Direito Processual Constitucional.
Assim, pode se concluir que o Direito Processual Constitucional tem por objeto
o estudo dos princípios e regras constitucionais que tratam do processo, podendo
ainda tratar dos princípios constitucionais de cunho processual, bem como as normas
que tratam da organização do Poder Judiciário, e ainda do conjunto de normas que
dispõem sobre a chamada jurisdição constitucional, ou seja, aquelas que tratam da
tutela das liberdades públicas bem como de disciplinar o controle de
constitucionalidade de leis e atos normativos instituídos pelo Poder Público.
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No momento em que se estuda Direito Processual Constitucional, estuda-se o
caráter processual das normas constitucionais, ou seja, de acordo com BOTELHO
(2003): essa nomenclatura subverte o princípio da hierarquia constitucional, porque
acaba por colocar as normas processuais acima da Constituição que é a Carta Magna.
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sua função, no sistema, para finalizar as garantias ao devido processo legal bem como
os desdobramentos que lhe são necessários.
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SÃO ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO:
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Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime
democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos
humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais
e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV
do art. 5º desta Constituição Federal.
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Assim, o direito constitucional processual está intimamente ligado à ideia de
jurisdição, de processo e de ação, bem como da defesa, que é o contraponto do direito
de ação, e que são os pilares da teoria geral do processo, encontrando fundamento
na Constituição Federal de 1988.
Uma vez que cada ente possui uma função autônoma, observa-se que a função
típica do Poder Judiciário é exercer a função jurisdicional, ou seja, a jurisdição. Desse
modo, podemos dizer que a jurisdição é o poder-dever do Estado, que exercido por
meio de órgãos jurisdicionais, nesse caso juízes e tribunais competentes, conforme
critérios fixados tanto pela Constituição Federal, como por normas
infraconstitucionais, que tem por função a solução dos litígios, ou lides, que lhe forem
submetidos a julgamento, por meio da vontade da lei ao caso concreto.
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As atividades jurisdicionais de cada órgão se encontra vinculada a sua função
que foi estabelecida pela Constituição, ou seja, um procedimento ou processo.
De acordo com o processo irá ocorrer a ação que é o direito que o indivíduo
tem de recorrer a tutela jurisdicional, ou, de pedir que o Estado solucione uma lide.
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Para alcançar seu objetivo, a defesa deverá oferecer contestação bem como
produzir provas.
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meio da dicção da definição, o jurisdicional Autor.
vontade da lei ao processo pode depende de
caso concreto. provocação.
ser definido como
o instrumento
necessário para o
exercício da
jurisdição.
4 CONSTITUIÇÃO X PROCESSO
Ainda assim, por meio do direito de ação e do processo é que o Poder Judiciário
poderá exercer sua atividade jurisdicional com o fim de realizar o chamado controle
de constitucionalidade.
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que também garante o direito de ação e de defesa consagrando assim o devido
processo legal.
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Princípio da ampla defesa.
Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos.
Princípio da necessidade de motivação das decisões.
Princípio da publicidade dos atos processuais.
Princípio do duplo grau de jurisdição.
Princípio da celeridade.
Princípio da tramitação dos processos.
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Além disso o acesso à justiça deve estar disponível a todo e qualquer cidadão
de forma igualitária.
Observa-se a relevância desse direito pelo fato de que sem o acesso à justiça
que é um dos pilares da democracia, onde todas as pessoas respondem à lei
igualmente para que a ordem seja mantida.
Observa-se também que é por meio desse direito que todos os outros direitos
são assegurados, ou seja, o inciso que trata do acesso à justiça (XXXV, art. 5º) atua
como um mecanismo de efetivação de direitos sociais e individuais.
Isso acontece porque, sem acesso à justiça, nada garante que as leis serão
respeitadas, devendo todos os cidadãos reivindicar os seus direitos, caso se faça
necessário, não podendo o Poder Judiciário se esquivar de solucionar tais questões.
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Assim, o acesso à justiça é o principal meio para atingir a função principal do
direito: garantir a pacificação social.
Conciliação.
Mediação.
Arbitragem.
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4.1.2 Princípios e normas sobre a participação popular na função jurisdicional
a) a plenitude de defesa;
4.1.3 Princípios e normas que tratam dos poderes – deveres dos juízes e
direitos fundamentais no processo
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Este artigo busca preservar a estabilidade das relações jurídicas, visam garantir
a proteção jurídica dos cidadãos que se submetem a jurisdição da Lei brasileira, as
leis passam a valer apenas depois de decretadas, de acordo com o que as mesmas
determinar, podendo existir o período de vacatio legis (art. 1º da LINDB, Lei n°
4.657/42) em regra, ou caso a mesma determine começar a ter eficácia no momento
em que é editada.
Dessa forma a lei não pode retirar do cidadão o direito já adquirido por elas,
pela eficácia de lei anterior, assim, o princípio da segurança jurídica visa manter
protegido o direito do cidadão mesmo que a lei já esteja revogada por lei nova.
Direito adquirido.
Ato jurídico perfeito.
Coisa julgada.
Ainda o CPC regula a coisa julgada em seu art. 966, traz as exceções a sua
proteção.
Previsto no art. 5º, inciso XXXV, da Constituição de 1988, “a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. (BRASIL, 1988)
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Princípio do controle jurisdicional.
Princípio do livre acesso ao Poder Judiciário.
Princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional.
Princípio da universalidade.
Princípio da ubiquidade da jurisdição.
Nesse caso de sistema da jurisdição una, mesmo que haja no país, como de
fato os há, órgãos administrativos com função de julgamento, as decisões desses
órgãos sempre poderão ser revistas pelo Poder Judiciário.
O inciso XXXVII do art. 5º da Carta Magna dispõe que “não haverá juízo ou
tribunal de exceção”. (BRASIL, 1988)
Já o inciso LII, do mesmo artigo, declara que “ninguém será processado nem
sentenciado senão pela autoridade competente”. (BRASIL, 1988)
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constitucionais e legais, inclusive relativos à fixação de suas competências, não serem
julgados por tribunais de exceção.
O art. 5º, inciso LIV, da Carta de 1988, “ninguém será privado da liberdade ou
de seus bens sem o devido processo legal”. (BRASIL, 1988)
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O do relaxamento da prisão ilegal.
O art. 5º, inciso LV, da Carta Magna, prevê: “aos litigantes, em processo judicial
ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. (BRASIL, 1988)
O art. 369, do Código de Processo Civil prevê que, as partes têm o direito de
empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados naquele diploma legal, para provar a verdade dos fatos em que se funda
o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
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Por outro lado, o art. 5º, inciso LVI, da Constituição Federal, dispõe
expressamente que “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios
ilícitos”. (BRASIL, 1988)
Toda e qualquer prova obtida por meios ilícitos (que não sejam legais ou
moralmente ilegítimos) será nula, imprestável à comprovação dos fatos que a parte
pretendia demonstrar.
Por prova ilícita pode-se entender, aquela produzida com ofensa aos princípios
e regras constitucionais e legais, sobretudo quando ofender as liberdades públicas,
consagradas pela Constituição Federal de 1988.
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órgãos jurisdicionais de primeira instância e aos acórdãos proferidos pelos tribunais.
Já o art. 93, inciso IX, da mesma Carta Magna, é expresso em determinar que
“todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, [...] podendo a
lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados,
ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do
interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação”. (BRASIL,
1988)
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De forma que à generalidade das pessoas, conforme preconiza a própria Lei
Maior, o princípio da publicidade dos atos e decisões judiciais nada mais é do que a
exteriorização do direito público à informação, só que voltado especificamente para a
seara do direito processual, o qual poderá sofrer restrições, caso referida publicidade
acabe por ferir a intimidade da pessoa, ou quando o interesse social o exigir.
Por dois órgãos jurisdicionais distintos, a verdade é que o referido princípio não
limita a atuação do Poder Judiciário a apenas dois graus de jurisdição, permitindo, na
realidade, que determinada demanda, atendidos certos pressupostos de
admissibilidade, seja examinada por uma pluralidade de instâncias.
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4.1.12 Princípio da celeridade na tramitação dos processos
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A jurisdição, é o poder-dever do Estado, exercido por meio de órgãos
jurisdicionais (juízes e tribunais) competentes, conforme critérios fixados tanto pela
constituição, como pelas demais normas infraconstitucionais, destinado à solução dos
litígios (ou lides) que lhes forem submetidos a julgamento, por meio da dicção da
vontade da lei ao caso concreto. (DANTAS, 2008)
5 RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL
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Egas Moniz de Aragão: A
RECLAMAÇÃO É UM INCIDENTE
SEGUNDA CORRENTE
PROCESSUAL.
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Ada Grinover: A RECLAMAÇÃO É UMA
SIMPLES POSTULAÇÃO PERANTE O
ÓRGÃO QUE PROFERIU A DECISÃO,
OITAVA CORRENTE BUSCANDO SEU CUMPRIMENTO.
A RECLAMAÇÃO É UM EXERCÍCIO DO
DIREITO CONSTITUCIONAL DE
NONA CORRENTE
PETIÇÃO.
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IV. Não está elencada em lei federal
como recurso;
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O STF, ao reconhecer a multiplicidade de posições, concluiu, que em um
primeiro momento, a reclamação é uma manifestação do direito constitucional de
petição conforme prevê o art. 5º, inciso XXXIV, como um instrumento de extração
constitucional.
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reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas
decisões. (BRASIL, 1988)
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5.2 Cabimento da reclamação
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recursos extraordinário ou especial repetitivos, quando não esgotadas as instâncias
ordinárias. (BRASIL, 2015)
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V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem
vinculados. (BRASIL, 2015)
6 SÚMULA VINCULANTE
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De forma que se discute a constitucionalidade do comando:
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6.1 Controle concentrado de constitucionalidade
Havendo, uma conclusão que não seja pacífica na corte, onde, se posicione
em sentido oposto, enxergando que a reclamação, nesse caso, teria natureza
rescisória e que de duas uma: ou o tribunal julgava procedente a reclamação e fazia
cumprir o entendimento, ou julgava a improcedente.
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na vacatio do CPC/15, o regramento acerca dos recursos repetitivos e do recurso
extraordinária com repercussão geral ficou um pouco confuso.
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controle da aplicação de precedente aprofundando em Ações Constitucionais firmado
em recurso especial repetitivo, mesmo que esgotadas as instâncias ordinárias.
6.3 Prazo
A reclamação não pode ser ajuizada após o trânsito em julgado da decisão que
enseja seu cabimento, entendimento, consagrado em súmula do STF, foi positivado
no Código de Processo de 2015.
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7 CONCEITO DE PROCESSO CONSTITUCIONAL
Dessa forma, tem-se aqui como objeto de estudo apenas uma fatia do
fenômeno processual, dentro do direito brasileiro.
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7.1 Processo legal
Diante disso entende-se que o processo legislativo objetiva criar novas normas,
baseado na aplicação de normas anteriores, em particular, das normas constitucionais
que detalham as competências do legislador e as formas de tramitação das propostas
legislativas.
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Conforme citam DIMOULIS, LUNARDI (2016) em regra, o processo tem
natureza dialética, onde, são facultados aos interessados apresentar e fundamentar
suas pretensões e opiniões, podendo o termo processo pode ser empregado de duas
formas:
Assim, quem transgride uma proibição legal ou não cumpre suas obrigações
não recebe punição automática, sendo submetido a um processo no qual serão
discutidas conforme regras formais as provas, tendo ele direito de se defender das
acusações.
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Podendo as sanções ser:
O processo judicial possui uma função que vai além de resolver os litígios
apenas objetiva, ainda, dar publicidade e formalidade a certos acontecimentos, a
exemplo, do divórcio.
Declarar definitivamente a
constitucionalidade de uma lei.
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concordância da norma inferior com a norma superior, não havendo uma pretensão
resistida como no processo tradicional.
Habeas corpus.
Mandado de segurança individual e coletivo.
Habeas data.
Mandado de injunção.
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Desapropriação.
Ação popular.
Ação civil pública.
Procedimento especial no Tribunal do Júri.
Ação direta de inconstitucionalidade por ação ou omissão.
Ação declaratória de constitucionalidade.
Arguição de descumprimento de preceito fundamental.
Processo legislativo.
Impeachment.
8 BIBLIOGRAFIA:
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DANTAS, Paulo Roberto de Figueiredo. Direito processual constitucional. 8. ed.
São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
IATAROLA, Ana Cristina Silva. Direito Processual Civil. Revista Conteúdo Jurídico.
Disponível em: <http://www.conteudojuridico.com.br/> Acesso em: ago de 2021.
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