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Excelentíssimo Senhor doutor Juiz de Direito da...

Vara do júri da comarca do


Estado de...

João, já qualificado nos autos n°... que lhe move a justiça publica, por seu
advogado (procuração anexa doc 1), tempestivamente, vem perante vossa
excelência interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fundamento no
artigo 581,IV do Código de processo penal.

Pede a vossa excelência que seja o presente recebido e processado para que seja
feito a reforma prevista no artigo 589 CPP, caso não entenda assim que
encaminhe então com as inclusas razões para o egrégio tribunal de justiça.

DA TEMPESTIVIDADE

Conforme previsto no artigo 586 do CPP o recurso poderá ser interposto


no prazo de 5 dias, mediante contagem prevista no artigo 798 CPP, sendo o
último dia 06/03/2023, segunda-feira.

Termos em que

Pede deferimento

Local, 06/03/2023 segunda-feira

Advogado/OAB..
RAZÕES DE RECURSO EM SENTIDO ESTRITO

Recorrente: João

Recorrido: Ministerio público

Autos n°...

Egrégio tribunal de Justiça

Colenda câmara

Douto representante do Ministério Público

Em que pese o notório saber jurídico o MM. Juiz de primeiro piso, a


decisão merece ser reformada pelas razoes de fato e direito a seguir expostas.

DA TEMPESTIVIDADE

Conforme previsto no artigo 586 do CPP o recurso poderá ser interposto


no prazo de 5 dias, mediante contagem prevista no artigo 798 CPP, sendo o
último dia 06/03/2023, segunda-feira.

DOS FATOS

Narra a inicial que João numa certa noite teria encontrando-se com seu
desafeto Marco e desferido 18 tiros no mesmo pelas costas, razão pela qual o
mesmo veio a óbito, as testemunhas não tem certeza da autoria e João nega ser
o autor do crime, mesmo assim foi denunciado como incurso no crime previsto
no artigo 121, §2°, IV.

DO DIREITO

Ora excelência, preliminarmente a de se destacar as nulidades deste


processo crime, sejam elas o exame de corpo e delito no caso de crime que déia
vestígios previsto no artigo 564, III, b c/c 158 ambos do CPP, se não vejamos:
O artigo 158 do código de processo penal reza que nos crimes em que
deixar vestígios, será indispensável a realização de exame de corpo e delito,
neste mesmo raciocínio o artigo 564, III, b diz ser nulo o processo que faltam a
seguinte formula seja ela a falta de realização de exame de corpo e delito.

No caso em tela a inicial acusatória diz que marco levou 18 tiros pelas
costas, razão pela qual é crime que deixa vários vestígios sendo indispensável
para o curso do processo e sua legitimidade a realização destes; Sendo o corpo
liberado para a família logo após o incidente não fora realizado o exame de
corpo e delito.

Sendo assim, o mesmo deve ser anulado conforme o artigo 564, III, b do
CPP.

Entende também excelência pela nulidade por conta da falta de


intimação da defesa para a audiência de instrução e julgamento, conforme reza
o artigo 564, IV do CPP c/c com os artigos 400 CPP, 5° LV CRFB/88, e sumula
523 do STF, se não vejamos:

Conforme entendimento sumulado pelo STF no numero 523, diz que no


processo penal a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas quando há
apenas deficiência só anulará quando houver prova de prejuízo pelo réu, neste
mesmo entendimento o artigo 5°, LV da CF é assegurado contraditório e a
ampla defesa aos litigantes, entende também o artigo 185 do cpp que ao acusado
que comparecer perante autoridade judiciária no curso do processo devera estar
acompanhado pelo seu defensor.

No caso em tela a denuncia foi recebida e foi marcada audiência para o


dia 06/03/23 sem que a defesa fosse intimada para se fazer presente, caso claro
de violação a vários dispostos legais e constitucionais.

Assim sendo é necessário a aplicação da nulidade do artigo 564, IV do


CPP seja apela falta de elemento essencial do ato, a intimação da defesa para a
audiência de instrução e julgamento.

Não podemos ser omissos também quanto a nulidade sobre a Eloqüência


acusatória cometida pelo MM. Juiz ao proferir decisão, sendo caso de nulidade
do 564, IV c/c com artigo 413, §1° ambos do Código de processo penal.

O artigo 413,§1° diz que a fundamentação de pronuncia devera se limitar


a indicação do fato, da materialidade e da existência de indícios de autoria ou
participação, sendo elemento essencial para o ato.

No caso o juiz disse que “pela frieza dos atos praticados por João” e em
outro momento “deve ele pagar pelos atos cometidos”, sendo inadmissível a sua
opinião quanto ao processo, induzindo as testemunhas.
Sendo assim é caso de nulidade do artigo 564, IV do CPP c/c com artigo
413,§1° do CPP pela eloqüência acusatória, fugindo sua fundamentação do caso
para expor opinião pessoal que prejudica o réu.

Caso entenda por não anular, entende-se também que é caso de


impronuncia prevista no artigo 414 CPP c/c com o artigo 158 CPP, não sendo
possível definir indícios suficientes de autoria ou participação, se não vejamos:

Conforme o artigo 158 cpp, quando a infração deixar vestígios, será


indispensável a o exame de corpo e delito, tendo o juiz pronunciado João
tambem apenas com elementos informativos provenientes da investigação
senão sob o crivo do contraditório como reza também o artigo 155 cpp.

No caso em concreto para ter a confirmação que os tiros foram realmente


desferidos pelas costas, se foram mesmo 18, se existia pólvora na mão de João e
etc coisas era necessário o exame de corpo e delito, sendo a oitiva das
testemunhas incapaz de suprir tal feito conforme parte final do artigo 158 CPP.

Deve desta maneira ser o mesmo impronunciado conforme artigo 414 do


CPP.

DOS PEDIDOS

Ante ao exposto requer seja conhecido e provido o presente recurso para


que, anule conforme o artigo 564, III, b CPP pela falta de exame de corpo e
delito ou que anule conforme o 564, IV CPP pela falta da intimação da defesa
para audiência violando o artigo 5°, LV da CF, ou que anule pelo 564,IV CPP c/c
com o 413 §1° CPP pela eloqüência acusatória, ou nulidade pela formação da
convicção sem provas obtidas em contraditório e ampla defesa do 564, IV c/c
com o 155 ambos do CPP, caso não anule que impronuncie conforme o artigo
414 CPP pela falta de indícios suficientes que comprovem a autoria delitiva de
João.

Termos em que

Pede deferimento

Local, 06/03/2023 segunda-feira

Advogado/OAB...
1- A) Para que o processo não tenha prosseguimento Alexandre na
pessoa do seu defensor deve postular pela absolvição do mesmo
conforme o artigo 386, V, VI c/c 415 caput ambos do CPP.

O artigo 386, V cpp diz que o juiz absolvera o réu desde que
reconheça não existir prova de ter o mesmo concorrido para a infração
penal, ou no caso do VI, se houver fundada duvida sobre sua existência,
ambos c/c 415 caput cpp que trata do rito do júri.

No caso em tela não há provas concretas sobre a autoria do crime,


no que tange as testemunhas todas não confirmaram ser Alexandre o
autor alegando incapacidade de discernir quem foi que cometeu o ato.

Sendo assim é notório que o mesmo deva ser absolvido para que
não tenha mais prosseguimento a ação, conforme o 386, V,VI CPP.

B) deveria o juiz ao fim da instrução absolver o mesmo conforme o


artigo 26 do código penal, pela sua inimputabilidade junto com o artigo 386, VI
CPP e 415 § único CPP.

É isento de pena quem por doença ou retardo mental era ao tempo da


ação inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato, mediante o
artigo 26 cp, e o artigo 415 § único neste mesmo entendimento diz que quando
for a única tese defensiva o juiz poderá absolver caso seja a única tese defensiva.

2- A) Está incorreta a decisão do juiz, pois não foi comprovado o


rompimento do obstáculo sendo crime qu deixa vestigios deveria ser feito
exame de corpo e delito conforme o artigo 158 cpp não podendo suprir a
confissão do acusado.
Neste mesmo sentido o artigo 197 do cpp diz que a confissão se aferira
pelos critérios adotados para os outros elementos de prova, confrontando
com as demais provas do processo, verificando a compatibilidade. Não
sendo respeitado também o direito ao principio do contraditório e ampla
defesa, previsto no artigo 5° LV da CF.

B) a tese de direito processual a ser alegada para que mude a capitulação


jurídica do delito é a prevista no artigo 564, III, b CPP, nulidade pela falta
de exame de corpo e delito nos crimes que deixam vestígios, se não
vejamos.

O crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo


previsto no artigo 155, §4, I, é crime que deixa vestígios se não o
obstáculo rompido, sendo indispensável o exame de corpo e delito
previsto no artigo 158 do cpp.
No caso em concreto o exame de corpo e delito não foi realizado
deixando fundada duvida sobre a qualificadora imposta sobre o acusado.
Ante o exposto requer seja afastada a qualificadora por falta de
prova produzida pelos peritos técnicos conforme o 158 cpp, e anulado
também conforme o 564, III,b cpp.

3- A) Pedido de relaxamento de prisão, conforme o artigo 310, I CPP e ainda


o artigo 5° LXV CF, a prisão ilegal devera ser relaxada imediatamente por
autoridade judiciária.

B) O mesmo não se encontrava em situação de flagrante delito conforme


o 302, IV do CPP, pois foi encontrado logo após mas não tinha nada com
ele que comprovasse a autoria do crime, devendo ser defendida ainda a
tese de absolvição do 386, V do CPP, por não existir prova do réu ter
concorrido para a infração penal.

4- A) Decisão incorreta mediante o artigo 312 cpp, pois somente pode ser
decretada quando houver prova da existência do crime e indicio
suficiente de autoria e também perigo gerado pelo estado de liberdade do
acusado.

B) o juiz poderia sim em face de Maria e não para bruno conforme o


artigo 225 do CPP.
Reza o mesmo que o juiz pode tomar o depoimento antecipado de
testemunha que por velhice com risco de ao tempo da instrução criminal
não comparecer.
Sendo o caso de Maria que encontrase internada com risco de
morte já bruno de 22 anos é inteiramente capaz e não poderia ter sido
colhido seu depoimento antecipado.

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