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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA

VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ____________


Processo nº (...)

NOME DO CLIENTE, já qualificado nos autos da ação penal em


epígrafe que lhe move o Ministério Público do Estado _____/o querelante
(tratando-se de queixa crime), vem, à presença de Vossa Excelência, com
fulcro no artigo 403, §3º do Código de Processo Penal apresentar:

ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS

Pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I – DOS FATOS
Breve resumo dos fatos, com a descrição dos fatos narrados na inicial
acusatória, bem como que ocorreram durante a instrução criminal.

II – DO DIREITO

PRELIMINARES
O que pode ser alegado em preliminares?

– Causas extintivas da punibilidade do art. 107 do CP e outros;

– Prejudiciais de mérito (artigos 92 e 93 do CPP);

– Preliminares processuais (art. 95 do CPP0;

– Outras nulidades: art. 564, III e IV do CPP;


- Ausência de proposta de suspensão condicional do processo ou
outros benefícios despenalizadores.

MÉRITO
Neste ponto, é necessário argumentar e expor teses e provas que
possuam o condão de servir como base para a concessão dos pedidos a
serem formulados pela defesa. É de suma importância demonstrar a
correlação entre o caso em análise e as teses de defesa a serem
apresentadas. Não se deve, por exemplo, simplesmente colacionar um
julgado do STJ ou do STF sem explicar o porquê de seu cabimento no caso
concreto.

III – DOS PEDIDOS


Ao final, deve-se salientar resumidamente os pedidos com base nas
teses levantadas no item supracitado em alegações finais. A título
exemplificativo:
Diante de todo o exposto, requer à Vossa Excelência:
a) A absolvição do acusado com base no artigo 386, V do Código de Processo
Penal, diante da inconteste falta de provas em desfavor do acusado, de sorte
que inexiste suporte probatório apto a afirmar que o réu é o responsável pela
prática da infração penal descrita na inicial acusatória;

b) Subsidiariamente, requer-se o reconhecimento da ilicitude das provas


produzidas em desfavor do acusado, notadamente diante da violação à
inviolabilidade domiciliar prevista no artigo 5º, XI da Constituição Federal,
determinando-se seu desentranhamento dos autos e das provas dela
dependentes, na forma do art. 157, caput e §1º do Código de Processo Penal
e reconhecendo-se sua nulidade, na forma do art. 564, IV do mesmo
Diploma Legal;

c) Se porventura o Juízo entender pela condenação do réu, requer-se, na


dosimetria da pena, seja reconhecida a atenuante XXXX, bem como afastada
a causa de aumento XXXX, para que seja respeitado o princípio da
individualização da pena, previsto no art. 5º, XLVI da Constituição Federal;

d) Ainda, havendo condenação, que seja fixado o regime inicial de


cumprimento de pena aberto, uma vez que restarão preenchidos os requisitos
legais previstos no art. 33, §1º, “c”, do Código Penal OU os requisitos
preenchidos em jurisprudência consolidada, conforme entendimento
colacionado no item anterior.

Termos em que,
Pede deferimento.
Local, data.
Advogado, OAB.

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