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Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça- Brasília

(DF) :
Agravo Regimental em Agravo em Recurso Especial - Nº 1.841.934 - AM (2021/0051427-8)

Odorico Paraguaçu (“Agravante”), já qualificado no Agravo Interno em Agravo em


Recurso Especial – (AREsp), em epigrafe, na qual figura como Recorrido Ministério
Público Estadual do Amazonas (“Agravado”), vem perante Vossa Excelência, com o
devido acato e respeito de estilo, com as homenagens merecidas, por intermédio de seu
patrono, devidamente constituído, que esta subscreve, “in fine”, tomar ciência da decisã o e
com suporte legal, nos termos do art. 994,inciso III e art. 1.021 do Có digo de Processo Civil
, na quinzena legal, (art. 1.003, § 5º, do CPC) e art. 259 do Regimento Interno do Superior
de Tribunal de Justiça (RISTJ), interpor o presente

AGRAVO REGIMENTAL,
inconformado com a decisão monocrá tica, à s (e-STJ Fl.370 - e-STJ Fl.371), desse
Excelentíssimo Senhor Doutor Ministro Presidente dessa Egrégia Corte Superior de Justiça
(STJ), publicada no DJe, em 30.03.2021, à s (e-STJ Fl.372), que não conheceu do Agravo em
Recurso Especial, interposto contra o Acordã o proferido pelo Presidente do (TJ-AM).
Dessa forma por estarem as razõ es do presente Recurso consubstanciada em fundamentos
de direito, requer, apó s intimaçã o do Agravado para, querendo, apresente manifestaçã o,
nos termos do art. art. 1.021, § 2º do CPC , c/c art. 259 do (RISTJ)
Empó s disso, requer sejam apreciadas as Razões do Agravo Regimental e, do exposto,
haja retrataçã o do decisó rio que não conheceu do Agravo do Recurso Especial.
Na hipótese de inexistir retratação, “ad argumentandum”, pede-se que, digne Vossa
Excelência a submeter o presente recurso para ser julgado pelo colegiado, dessa Corte
Superior, nos termos do art. 1.021, § 2º do CPC.
Nesses termos
Pede, acolhimento, deferimento e prosseguimento no feito.
Brasília-DF, 02 de abril de 2021.

OAB/SP 439.329
RAZOES DO AGRAVO REGIMENTAL
Ref: Agravo Regimental em Agravo em Recurso Especial - Nº 1.841.934 - AM
(2021/0051427-8)
Agravo Regimental (AgR),Contra Decisã o que não conheceu do Agravo do Recurso
Especial.

Agravante: Odorico Paraguaçu


Agravado: Ministério Público Estadual do Amazonas
Origem: Recurso Especial em Apelação Criminal; AResp; AGiAresp
Processo Digital : N0 0639284-48.2018.8.04.0001- ( TJ-AM )

EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA


PRECLARO RELATOR
Eminentes julgadores,

I. - DO CABIMENTO DO PRESENTE AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO


ESPECIAL
Tendo como prisma e cabimento, a previsã o legal, nos termos do art. 1.021 do Có digo de
Processo Civil, do (CPC) , c/c art.25999 do (RISTJ).
II. – DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAIS
Verifica-se, mais, que o presente Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial
(AgR no AREsp) é:
(a) O Agravo é Tempestivo, foi ajuizado dentro do prazo previsto na legislação processual
civil, nos temos do art.1.00333§§ 5ºº , c/c o art.21999 e art.1.07000, todos doCPCC, vez que a
decisão monocrá tica em questã o, foi publicada no Diá rio da Justiça Eletrô nico, DJe, em
30.03.2021, à s (e-STJ Fl.372), conforme pesquisa no site do STJ.
(b) O Agravante tem Legitimidade para interpor o presente Agravo em Recurso
Especial, nos termos do art. 996 6 do CPC C;
(c) Do interesse Recursal, ao Duplo Grau de Jurisdição, provisionado no art.5ºº, LXXVIII
e art. 108 8, II, CF/88 8 c/c art.8ºº, inciso 2, letra “h da Convençã o Interamericana de
Direitos Humanos- (Pacto de San José da Costa Rica),a qual o brasil é signatá rio. O binô mio
necessidade e utilidade se faz prevalente, nos termos do art. 994, art. 996, e art. 1.021,
todos do CPC e ;

(d) Há a Regularidade Formal, nos termos da inteligência do art. 997 7, do CPC C.


III. - DAS RAZÕES DO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL-
( § 1º do art. 1.021 do CPC )

III.1 DA DECISÃO AGRAVADA


Trata-se de agravo regimental interposto contra decisã o judicial monocrá tico que “não
conheço do agravo em recurso especial ” (e-STJ Fl.371), interposto por Adriano Barbosa
Pinho, a qual ostenta o seguinte teor, (e-STJ Fl.370) - (e-STJ Fl.371):
“Cuida-se de agravo em recurso especial apresentado contra decisã o que inadmitiu recurso
especial interposto com fundamento no art. 105, inciso III, da Constituiçã o Federal
É , no essencial, o relató rio. Decido.
Mediante aná lise dos autos, verifica-se que a decisã o agravada inadmitiu o recurso especial,
considerando: Sú mula 7/STJ.
Entretanto, a parte agravante deixou de impugnar especificamente o
referido fundamento.
Nos termos do art. 932, inciso III, do CPC e do art. 253, pará grafo ú nico, inciso I, do
Regimento Interno desta Corte, nã o se conhecerá do agravo em recurso especial que "nã o
tenha impugnado especificamente todos os fundamentos da decisã o recorrida".
Conforme já assentado pela Corte Especial do STJ, a decisã o de inadmissibilidade do
recurso especial nã o é formada por capítulos autô nomos, mas por um ú nico dispositivo, o
que exige que a parte agravante impugne todos os fundamentos da decisã o que, na origem,
inadmitiu o recurso especial. A propó sito:
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DIVERGÊ NCIA. IMPUGNAÇÃ O ESPECÍFICA DE TODOS OS
FUNDAMENTOS DA DECISÃ O RECORRIDA. ART. 544, § 4º, I, DO CPC/1973.
ENTENDIMENTO RENOVADO PELO NOVO CPC, ART. 932.
1. No tocante à admissibilidade recursal, é possível ao recorrente a eleiçã o dos
fundamentos objeto de sua insurgência, nos termos do art. 514, II, c/c o art. 505 do
CPC/1973. Tal premissa, contudo, deve ser afastada quando houver expressa e específica
disposiçã o legal em sentido contrá rio, tal como ocorria quanto ao agravo contra decisã o
denegató ria de admissibilidade do recurso especial, tendo em vista o mandamento
insculpido no art. 544, § 4º, I, do CPC, no sentido de que pode o relator "nã o conhecer do
agravo manifestamente inadmissível ou que nã o tenha atacado especificamente os
fundamentos da decisã o agravada" - o que foi reiterado pelo novel CPC, em seu art. 932.
2. A decisã o que nã o admite o recurso especial tem como escopo exclusivo a apreciaçã o dos
pressupostos de admissibilidade recursal. Seu dispositivo é ú nico, ainda quando a
fundamentaçã o permita concluir pela presença de uma ou de vá rias causas impeditivas do
julgamento do mérito recursal, uma vez que registra, de forma unívoca, apenas a
inadmissã o do recurso. Nã o há , pois, capítulos autô nomos nesta decisã o.
3. A decomposiçã o do provimento judicial em unidades autô nomas tem
como parâ metro inafastá vel a sua parte dispositiva, e nã o a fundamentaçã o como um
elemento autô nomo em si mesmo, ressoando inequívoco, portanto, que a decisã o agravada
é incindível e, assim, deve ser impugnada em sua integralidade, nos exatos termos das
disposiçõ es legais e regimentais.
4. Outrossim, conquanto nã o seja questã o debatida nos autos, cumpre registrar que o
posicionamento ora perfilhado encontra exceçã o na hipó tese prevista no art. 1.042, caput,
do CPC/2015, que veda o cabimento do agravo contra decisã o do Tribunal a quo que
inadmitir o recurso especial, com base na aplicaçã o do entendimento consagrado no
julgamento de recurso repetitivo, quando entã o será cabível apenas o agravo interno na
Corte de origem, nos termos do art. 1.030, § 2º, do CPC.
5. Embargos de divergência nã o providos. (EAREsp 746.775/PR, relator inistro Joã o Otá vio
de Noronha, relator p/ Acó rdã o Ministro Luis Felipe Salomã o, Corte Especial, DJe de
30/11/2018.)”.
“Ressalte-se que, em atençã o ao princípio da dialeticidade recursal, a impugnaçã o deve ser
realizada de forma efetiva, concreta e pormenorizada, nã o sendo suficientes alegaçõ es
genéricas ou relativas ao mérito da controvérsia, sob pena de incidência, por analogia, da
Sú mula n. 182/STJ.
Ante o exposto, com base no art. 21-E, inciso V, c/c o art. 253, pará grafo ú nico, inciso I,
ambos do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, nã o conheço do agravo em
recurso especial.
Caso exista nos autos prévia fixaçã o de honorá rios advocatícios pelas
instâ ncias de origem, determino sua majoraçã o em desfavor da parte agravante, no importe
de 15% sobre o valor já arbitrado, nos termos do art. 85, § 11, do Có digo de Processo Civil,
observados, se aplicá veis, os limites percentuais previstos nos §§ 2º e 3º do referido
dispositivo legal, bem como eventual concessã o da gratuidade da
justiça”.
Publique-se. Intimem-se”.
III.2. IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA
Como transcrito acima, deixou-se de conhecer o agravo em recurso especial ao
fundamento de que o Agravante não teria impugnado especificamente todas as
incidências, conforme abaixo explanadas, à s fls: (e-STJ Fl.370), (e-STJ Fl.371).

Fundamentos do acordão, ora infirmados, especificadamente:


a) Sú mulas 07 do Superior Tribunal de Justiça, combinado com
b) Art. 932, inciso III, do CPC; consoante
c) Art. 21-E, inciso V e
d) Art. 253, pará grafo ú nico, inciso I, ambos do RISTJ;
e) Sú mula n. 182/STJ, e
f) Art. 85, § 11, e §§ 2º e 3º do CPC, c/c .
g) Paradigma, (EAREsp 746.775/PR),relator Ministro Joã o Otá vio de Noronha, relator p/
Acó rdã o Ministro,Luis Felipe Salomã o, Corte Especial, DJe de 30/11/2018.)
III.3. DA DIALETICIDADE-
Dos fundamentos do acordão, ora infirmados, especificadamente , nos termos do ( §
1º do art. 1.021 do CPC ).
a) Pelo princípio da dialeticidade, o Agravante, vem infirmar todos os fundamentos da
decisão agravada, que não conheceu do Agravo do Recurso Especial, decisã o proferida
monocraticamente pelo Ministro Presidente do STJ. Senão Vejamos:
Dos fundamentos da decisão agravada, Não é objeto do enunciado da Súmula 07 do STJ. O
debate trazido à baila não importa reexame de matéria fático-probatória, ao revés,
unicamente matéria de direito, nã o incorrendo, portanto, com a regra ajustada no
enunciado da Súmula 07, desta Corte Superior -STJ.
Busca-se o reconhecimento do direito, que foram violados, conforme dispositivos legais
de norma federal, quais sejam: art. 147, do Có digo Penal, e artigos 5º, inciso I e art. 7º,
inciso I, da Lei Federal n.º 1.340/2006, razã o pela qual, faz se necessá ria a revaloraçã o
jurídica dos fatos, com a devida aplicaçã o do direito ao caso concreto, conforme
precedentes dessa Corte Superior
b) Pelo princípio da dialeticidade, o Agravante, vem infirmar todos os fundamentos da
decisão agravada, que não conheceu do Agravo do Recurso Especial pelo Exmo, Senhor
Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça-STJ. Senão Vejamos:
Dos fundamentos da decisão agravada, Não é objeto do art. 932, inciso III, do CPC.
O debate trazido à baila foi amplamente impugnado, não incorrendo, portanto, com a regra
ajustada no art. 932, inciso III, do CPC, foi especificadamente, infirmado.
c) Pelo princípio da dialeticidade, o Agravante, vem infirmar todos os fundamentos da
decisão agravada, que não conheceu do Agravo do Recurso Especial, pelo Ministro
presidente do STJ. Senão Vejamos:
Dos fundamentos da decisão agravada, Não é objeto do art. 21-E, inciso V do RISTJ.
O debate trazido à baila foi amplamente impugnado, não incorrendo, portanto, com a regra
ajustada no art. 21-E, inciso V do RISTJ, foi especificadamente, infirmado.
d) Pelo princípio da dialeticidade, o Agravante, vem infirmar todos os fundamentos da
decisão agravada, que não conheceu do Agravo do Recurso Especial ,pelo Ministro
presidente do STJ. Senão Vejamos:
Dos fundamentos da decisão agravada, Não é objeto do art. 253, pará grafo ú nico, inciso I, do
RISTJ.
O debate trazido à baila foi amplamente impugnado, não incorrendo, portanto, com a regra
ajustada no art.253, parágrafo único, inciso I, do RISTJ, foi especificadamente, infirmado
e) Pelo princípio da dialeticidade, o Agravante, vem infirmar todos os fundamentos da
decisão agravada, que não conheceu do Agravo do Recurso Especial pelo Ministro
presidente do STJ. Senão Vejamos:
Dos fundamentos da decisão agravada, Não é objeto do enunciado da Súmula 182 do STJ. Foi
atacado todos os fundamentos da decisão agravada. O principio da dialeticidade, esta
presente no AREsp, foi especificadamente, infirmado.
f) Pelo princípio da dialeticidade, o Agravante, vem infirmar todos os fundamentos da
decisão agravada, que não conheceu do Agravo do Recurso Especial, pelo Ministro
presidente do STJ. Senão Vejamos:
Dos fundamentos da decisão agravada, Não é objeto do art. 85, § 11, e §§ 2º e 3º do CPC.
Apesar de não ser objeto do AREsp, no entanto, por respeito ao Ministro Presidente do
Superior Tribunal de Justiça, o Recorrente, infirma os fundamentos do art. 85, § 11, e §§ 2º
e 3º do CPC, por não ser matéria, em debate no Agravo em REsp, Ademais, o Agravante é
beneficiá rio da justiça gratuita.
g) Pelo princípio da dialeticidade, o Agravante, vem infirmar todos os fundamentos da
decisão agravada, que não conheceu do Agravo do Recurso Especial o pelo Ministro
presidente do STJ. Nesse fundamento de paradigma (EAREsp 746.775/PR). Senão
Vejamos:
O paradigma, apresentado pelo Ministro Presidente do STJ, qual seja:
“Às fls. (e-STJ Fl.352) e (e-STJ Fl.353), In verbis:
(EAREsp 746.775/PR,relator Ministro João Otávio de Noronha, relator p/ Acórdão
Ministro,Luis Felipe Salomão, Corte Especial, DJe de 30/11/2018).”
O paradigma, acima, não tem relaçã o com o caso concreto, os fundamentos fá ticos e
jurídicos do acó rdã o, acima, nã o tem qualquer relaçã o com o caso concreto.
Portanto, não se aplica, os fundamentos do entendimento do Exmo. Sr. Ministro Presidente do
STJ, à qual não conheceu do Agravo do Recurso Especial, em Exame, à s , (e-STJ Fl.370 ) e
(e-STJ Fl.371), foi especificadamente, infirmado.
Nesse contexto, o Agravante Infirmou todos os fundamentos do “dicisium “ recorrido, do
que, a decisã o não foi conhecida pelo presidente do STJ, nos termos da Sú mula 07 do
Superior Tribunal de Justiça, combinado com art. 932, inciso III, do CPC; consoante art. 21-
E, inciso V, art. 253, pará grafo ú nico, inciso I, ambos do RISTJ; Sú mula n. 182/STJ, e art. 85,
§ 11, e §§ 2º e 3º do CPC, c/c . e paradigma, (EAREsp 746.775/PR).
Dessa feita, nã o há duvidas quanto a plausibilidade do Agravo Regimental no Agravo em
Recurso Especial interposto, na medida que o acordã o, ora infirmado, proferido nos autos
do processo em tela merece ser totalmente reformado por essa Corte Superior, já que, está
em direto confronto e contrariedade com a legislaçã o federal.
Ademais, o STJ reiteradamente admite a revaloraçao jurídica dos fatos, com a devida
aplicação do direito ao caso concreto, conforme precedentes sobre o tema:

Resp1821334/BA, (improbidade) AgIint no Aresp 1322164/RJ; (civil); AgRg no Resp


1678..599/MG (TRAFICO); AgRg no AResp 1387006/MG; AgIint no Aresp 755.082/DF CIVIL.
AGRAVO EM RESP1.412.649/AL; RESP 1.375.539/AL; RESP 1.601.910/SE; AgInt no AgInt no
REsp1655943/RN;
Portanto, fica perfeitamente demonstrado o direito do Agravante, razã o pela qual merece
conhecimento e provimento ao presente Agravo Interno no AREsp, para fins de que seja
dado o devido seguimento ao recurso, com a revaloraçã o jurídica dos fatos delineados na
decisã o recorrida.
IV. - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Ex positis, postula-se a Vossa Excelência, com o devido respeito, seja reconsiderada,


revisada a decisã o agravada que não conheceu o agravo em recurso especial interposto
por Odorico Paraguaçu, a fim de que seja recebido conhecido e provido e em ato continuo,
seu Recurso Especial seja apreciado e, nessa extensã o, seja conhecido e provido, ou, caso
contrá rio, a submissã o do presente agravo interno para julgamento por ó rgã o colegiado do
Superior Tribunal de Justiça
Nesses termos
Pede, acolhimento, deferimento e prosseguimento no feito.

Brasília-DF, 02 de abril de 2021.

OAB/SP 439.329

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