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RECURSO EXTRAORDINÁRIO
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em razão do v. acórdão de fls. 347/358 do recurso em espécie, onde, para tanto, apresenta
as Razões acostadas.
Beltrano de Ta
Advogado – OAB/PR 112233
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RAZÕES DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PRECLAROS MINISTROS
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O Recorrente fora condenado pelo d. Juiz de Direito da
00ª Vara Criminal de Curitiba (PR) pela prática de tentativa de roubo, sendo a pena
majorada tendo em conta o emprego de arma de fogo. ( CP, art 157, § 2º, inc. I c/c art.
14, inc. II) Da análise das circunstâncias judiciais, o MM Juiz de Direito processante do
feito fixou a pena-base em seis anos e seis meses de reclusão . (fls. 259)
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Destarte, certamente houve error in judicando. Há notória
inadequação da análise das circunstâncias judiciais do artigo 59 do Estatuto
Repressivo, maiormente com o ensejo de majorar-se a pena-base aplicada ao
Recorrente. Por este norte, o acórdão merece reparo, especialmente quando
contrariou texto de lei federal, dando azo à interposição do presente Recurso Especial.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
( i ) PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
Neste sentido:
(STF) – Súmula:
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Súmula nº 281 - É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber,
na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada.
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RECURSO. EXTRAORDINÁRIO. EXAURIMENTO DAS INSTÂNCIAS
ORDINÁRIAS. NÃO OCORRÊNCIA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO.
SÚMULA Nº 281. Não se admite recurso extraordinário quando ainda
cabível a interposição de recurso nas instâncias ordinárias. (STF
(STF - AG-RE-AgR
654.168; SP; Tribunal Pleno; Rel. Min. Presidente; Julg. 21/03/2012; DJE
25/04/2012; Pág. 24)
STF - Súmula nº 356 - O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram
opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do pré-questionamento.
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AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRANSPOSIÇÃO
DO REGIME CELETISTA PARA O ESTATUTÁRIO. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO
JURISDICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA.
PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO E DA
AMPLA DEFESA. OFENSA REFLEXA. SENTENÇA PROFERIDA PELA JUSTIÇA
DO TRABALHO. EFEITOS. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. REEXAME
DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES.
1. A jurisdição foi prestada pelo tribunal de origem mediante decisão
suficientemente fundamentada.
2. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos
constitucionais que nele se alegam violados não estão devidamente
prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF.
3. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional,
quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à
Constituição da República.
4. O entendimento desta corte é no sentido de que os efeitos da sentença
condenatória proferida na justiça do trabalho limita-se à data da instituição
do regime jurídico único.
5. Não há direito adquirido às diferenças remuneratórias reconhecidas em
sentença trabalhista.
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6. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame das provas dos autos.
Incidência da Súmula nº 279/STF.
7. Agravo regimental não provido. (STF
(STF - RE-AgR 430.842; RS; Primeira
Turma; Rel. Min. Dias Toffoli; Julg. 27/03/2012; DJE 08/05/2012; Pág. 17)
STF - Súmula nº 279. Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
(4) – PRELIMINARMENTE
DA EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL
(Constituição Federal, art. 103, § 3º )
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O Recorrente, em obediência aos ditames do art. 103, § 3º, da
Constituição Federal, bem como do art. 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil c/c art.
327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal , em preliminar ao mérito, ora
demonstra, fundamentadamente, a existência de repercussão geral no caso em apreço.
(5) – DO DIREITO
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(Lei 8.038/90, art. 26, inc. I )
CÓDIGO PENAL
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Em que pese a orientação fixada pela norma penal supra-
aludida, entendemos que a decisão combatida pecou ao apurar as circunstâncias judicias
para assim exasperar a pena base, confirmando a sentença monocrática condenatória .
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judiciais e administrativas, ligadas ao regimento penitenciário, à suspensão
da pena, ao livramento condicional etc.
Quanto ao momento judicial, deve ser a pena fixada inicialmente
entre os limites mínimo e máximo estabelecidos para o ilícito penal. Nos
termos do art. 59, o julgador, atendendo às circunstâncias judiciais, deve
não só determinar a pena aplicável entre as cominadas alternativamente
(reclusão ou detenção, reclusão ou multa, detenção ou multa) como
também fixar, dentro dos limites legais, a quantidade da sanção (incisos I e
II). “ (MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal.
Penal. 26ª Ed. São Paulo:
Atlas, 2010, vol. 1. Pág. 298)
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mas ainda pendente de recurso, não têm o condão de permitir com que a
sua pena seja elevada.
(...)
Entendemos, também, que o documento hábil que permite que o
vetor da pena possa ser movimentar é a certidão do cartório no qual houve
a condenação do agente. A folha de antecedentes penais servirá de norte
para a procura dos processos que por ela apontados, mas não permitirá que,
com base somente nela, a pena do sentenciado seja elevada. “ (GRECO,
Rogério. Curso de Direito Penal.
Penal. 13ª Ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2011, vol. 1.
Pág. 554-555)
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porque violaria a presunção de inocência. “ (BITENCOURT, Cezar Roberto.
Tratado de Direito Penal.
Penal. 16ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2011, vol. 1. Pág. 664)
(7) – D O S P E D I D O S
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Em suma, tem-se que a decisão guerreada, na parte citada em
linhas anteriores, com o devido respeito, merece ser recorrida e reformada, onde, por conta
disto, postula-se que:
Beltrano de Tal
Advogado – OAB/PR 112233
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