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FICHA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

NOME: VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

TURMA: 10/WA0868 RA: T45383-6 CURSO: 50201 DIREITO

CAMPUS:PARAISO TURNO:

CÓDIGO DA ATIVIDADE: 606N ANO GRADE: 2015/1 SEMESTRE: 5º


SEMESTRE

HORAS
DATA DA TOTAL DE HORAS ASSINATURA DO ALUNO ASSINATURA DO PROFESSOR
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ATRIBUÍDAS (1)
ATIVIDADE
13/08/2020 PEÇA SIMULADA - RECURSO DE REVISTA 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA -RELAXAMENTO DA PRISÃO 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA- AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA- LIBERDADE PROVISÓRIA 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA- REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA- RECURSO ORDINARIO 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA- DEFESA PRÉVIA 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA- AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINARIO 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA- AGRAVO - suspensão hipotecaria 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA- AGRAVO DE INSTRUMENTO 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA - OBRIGAÇÃO DE FAZER COM DANOS MORAIS 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA - AUTOS FINDOS 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA - EMBARGOS A EXECUÇÃO 02 HORAS
13/08/2020 PEÇA SIMULADA - CARTA PRECATORIA 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - AÇÃO INDENIZATORIA 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - AÇÃO INDENIZATORIA 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Penal - Tentativa de Homicídio duplamente qualificado 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Penal - Homicídio simples na forma tentada 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Penal - Homicídio Duplamente Qualificado e Constrangimento Ilegal 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Penal - Homicídio Duplamente Qualificado 02 HORAS
13/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Penal - Homicídio Duplamente Qualificado 02 HORAS
(1) Horas atribuídas de acordo com o regulamento dos Estagio Supervisionado do curso.

Declaro que as informações acima são verdadeiras e que possuo os comprovantes a serem entregues ao coordenador do meu curso, no final do período de suspensão emergencial/Covid-19.

ASSINATURA DO ALUNO

TOTAL DE HORAS ATRIBUÍDAS: 50 HORAS

AVALIAÇÃO:
Aprovado ou Reprovado
NOTA:

DATA: / /

CARIMBO E ASSINATURA DO COORDENADOR DO CURSO


FORMULÁRIO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Aluno(a) VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:
Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação Penal - Homicídio simples na forma


tentada

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

HISTÓRICO: EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA .... ª VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE ......... - ESTADO DO ....

Processo nº .../...

.... (qualificação), residente e domiciliada na Rua .... nº ...., Bairro ..... , na Comarca
de ...., por intermédio de seu bastante procurador, ..... , advogado inscrito na
OAB/.... sob o nº ...., com escritório profissional na Rua .... nº .... , na Comarca de
...., onde recebe as intimações de estilo, vem mui respeitosamente à presença de
Vossa Excelência, com fulcro no artigo 310, § único do Código de Processo Penal,
para requerer a concessão de LIBERDADE PROVISÓRIA, pelo que expõe o seguinte:

DOS FATOS

A suplicante vivia em concubinato com ..... (qualificação).

A suplicante encontra-se presa e recolhida no Presídio da Cidade de .../ .. , desde a


data de .../.../. , em alegada flagrância delitiva, e segundo a nota de culpa que lhe
foi entregue pela Autoridade Policial, por ter praticado o crime capitulado no artigo
121, § 1º, Código Penal Brasileiro, contra seu companheiro, isto em sua própria
residência, na Rua .... nº ...., Bairro ...., na Comarca de..... , porém, quanto ao
mérito, Vossa Excelência, indubitavelmente, verá no decorrer da instrução criminal,
que a suplicante é inocente, pois no momento em que era agredida pelo mesmo,
agiu em legítima defesa.

A suplicante é mãe de uma filha menor (doc. j.), que depende de seu trabalho de
dona de casa para sobreviver.

Em seu interrogatório, a mesma confessa o delito, mas confessa que assim agiu
porque estava sendo agredida, e que não fora a primeira vez, mas inúmeras vezes
ao longo de ..... anos, como se pode comprovar com documentos policiais anexo
(.... ocorrências).

O nefasto acontecimento deu-se em virtude da vítima chegar em sua residência


bastante descontrolado, tendo em vista a ingestão de, e mais saber que sua amásia
teria providenciado junto a OAB, a nomeação de um causídico para dar andamento
numa ação de dissolução de sociedade civil de fato (doc. j.), momento em que
irado, passou a quebrar móveis e aparelhos eletrônicos, dando chutes, tapas e
socos na suplicante, isto quando a mesma preparava o jantar e portava uma faca
para o descasque de alho.

OS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

De conformidade com a lição do insigne mestre, Nilo Batista, em seu livro "Decisões
Criminais Comentadas", 2ª Edição, Editora Líber Juris, 1984, páginas 174/179, a
seguir transcritas, a suplicante, indubitavelmente, tem condições de responder o
processo em liberdade.

"Como se sabe, o artigo 310 do CPP, (que dispõe sobre a liberdade provisória
concedida sob certos pressupostos e condições, a presos em flagrante) acrescentou
à Lei nº 6.416 de 24.05.77, o seguinte § único: Igual procedimento será adotado,
quando o Juiz verificar, pelo Auto de Prisão em flagrante, a inocorrência de
qualquer das hipóteses que autorizem a prisão preventiva - Artigos 311/312;

Ou seja, embora formalmente perfeito o Auto de Prisão em flagrante, e embora


inafiançável o delito atribuído ao preso, o efeito de manter-se detido o réu,
somente deve ser prorrogado quando presentes os requisitos que autorizem a
prisão preventiva;"

Não se trata de favor que se deve outorgar ao preso, senão um direito, e quem nô-
lo afirma, é o autor da única e brilhante monografia brasileira sobre o assunto,
Herber Martins Batista:

'A liberdade provisória prevista no artigo 310 e seu § único, desde que satisfeitos
os pressupostos da lei, é um direito do réu ou indiciado, não um simples benefício,
não importa que no texto do artigo se usa o verbo poder; desde que a lei
estabelece pressupostos para a medida se o atendimento depende apenas da
satisfação desses requisitos.' (Liberdade Provisória - Rio, Editora Forense - pág.
118).

Tal entendimento, após compreensível hesitação, começou a predominar na


jurisprudência, como se pode ver da decisão abaixo:
(inserir referências jurisprudenciais)

'Se houver no auto de prisão em flagrante elemento probatório suficiente de molde


a convencer o Juiz de que o agente praticou o delito em legítima defesa, estado de
necessidade, estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular do direito,
cumpre ao Magistrado, nos termos do artigo 310 do Código de Processo Penal,
depois de ouvir o órgão do Ministério Público, conceder ao réu, liberdade provisória,
mediante simples termo de comparecimento a todos os atos do processo, sob pena
de revogação.

Embora o texto fale de concessão provisória ao réu, a providência pode e deve ser
adotada até mesmo na fase pré processual. Note-se que o preceito confere tal
poder ao Juiz, pela simples verificação da excludente de antijuridicidade, no auto de
prisão em flagrante. Se a medida somente pudesse ser tomada em relação aos réus
que estivessem naquela situação, o termo falaria em processo. Permitindo,
contudo, a providência, com base no auto de prisão em flagrante, é induvidoso ser
ela permitida na fase do procedimento informativo.

Evidente que a excludente da antijuridicidade deverá ser extreme de dúvidas. Do


contrário a medida somente poderá ser tomada, desde que não subsistam os
motivos que a vedavam, ou então, com fulcro no § único do citado artigo 310.'
(Processo Penal - Fernando da Costa Tourinho Filho - vol. 3. 5ª Edição - pág. 394).

"Embora o texto empregue a expressão poderá, demonstrativo de mera faculdade,


estamos hoje convencidos de que se trata de um poder discricionário que deve ser
usado, se satisfeitas as condições legais. Não teria sentido ficasse a medida
subordinada ao bel prazer, à vontade, às vezes caprichosa e frívola do Magistrado."

O PEDIDO

Tendo em vista que a suplicante é pessoa que não registra antecedentes, muito
pelo contrário, sempre figurou como vítima e com residência fixa, onde mora e
cuida de seus filhos, agiu em legítima defesa enquanto era surrada (vide laudo de
exame de corpo de delito nos autos), e estando presentes a quaisquer das
hipóteses que autorizem a prisão preventiva (artigo 310 e 312 do CPP), embasado
no disposto parágrafo único do artigo 310 do Código de Processo Penal e no
Princípio Constitucional da Inocência, requer, depois de ouvido o digníssimo
representante do Ministério Público, lhe seja concedida a Liberdade Provisória,
mediante termo de comparecimento a todos os atos do processo sob pena de
revogação e conseqüentemente, seja determinado que se expeça o necessário e
competente Alvará de Soltura.

Termos em que,
Pede Deferimento.

...., .... de .... de ....

..................
Advogado

Audiência online assistida no:


https://audienciasonline.com.br/#/area/5c749e851b4a83555a1ebfa9

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Para uso da Coordenação / Supervisão:

Horas Atribuídas: 2 horas / /


Visto Prof. Orientador
FORMULÁRIO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Aluno(a) VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:
Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação Penal - Homicídio Duplamente


Qualificado e Constrangimento Ilegal

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara do Júri da Comarca


de especificar,

(espaço de 10 linhas)

Inquérito Policial nº

(espaço de 10 linhas)

O Ministério Público do Estadual, por meio de seu representante que esta


subscreve, no uso de suas atribuições legais, nos termos do art. 41 do CPP, com
base no inquérito policial de número em epígrafe (anexo), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, oferecer DENÚNCIA em face
de Nome completo do denunciado, nacionalidade, estado civil, profissão,
nascido aos dia, mês e ano, natural de especificar, RG nº, inscrito no CPF sob
o nº, residente e domiciliado endereço completo, pela infração penal a seguir
descrita:

Consta do incluso inquérito policial que aos dia, mês e ano, por volta
das horas, especificar local do fato, o Denunciado, munido de uma arma de fogo,
modelo especificar, calibre especificar, desferiu contra a vítima, Nome da
vítima, 3 tiros, produzindo-lhe os ferimentos descritos no laudo de necropsia às
fls. nº, os quais foram as causas efetivas de sua morte.

Apurou-se, ainda, que descrever detalhadamente os fatos ocorridos.

Isto posto, denuncio Nome completo do Denunciado como incurso no artigo


121, “caput”, do Código Penal, e requer esta Promotoria de Justiça seja recebida
a presente denúncia e processado o Denunciado, observando o procedimento
especial previsto na legislação processual penal para os crimes dolosos contra a
vida e a eles conexos, requerendo, ainda, seja citado e notificado para responder
os termos da presente e acompanhá-la até decisão interlocutória de pronúncia
para, ao final, ser julgado pelo Egrégio Tribunal do Júri Popular desta comarca,
com sua final condenação, bem como sejam intimadas e ouvidas as testemunhas
abaixo arroladas.

Local, dia de mês de ano.

Assinatura do Promotor
Nome do Promotor

Rol de testemunhas:

1. Nome, nacionalidade, profissão, estado civil e endereço completo;

2. Nome, nacionalidade, profissão, estado civil e endereço completo ;

3. Nome, nacionalidade, profissão, estado civil e endereço completo .

Audiência online assistida no:


https://audienciasonline.com.br/#/area/5c749e851b4a83555a1ebfa9

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Para uso da Coordenação / Supervisão:

Horas Atribuídas: 2 horas / /


Visto Prof. Orientador
FORMULÁRIO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Aluno(a) VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:
Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação Penal - Homicídio Duplamente


Qualificado 3

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUÍZ, DE DIREITO DA VARA CRIMINAL E TRIBUNAL DO


JÚRI DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA NÚCLEO DE CIDADE-UF

Processo nº 000000000000

Autoria: NOME

Origem: Inquérito Policial n.º 00000000 00ª Delegacia De Polícia

URGENTE

RÉU PRESO

NOME DO CLIENTE, brasileiro, solteiro, estoquista, portador da Carteira de


Identidade nº 0000000 SSP/DF, inscrito no CPF sob o nº 00000000, residente e
domiciliado Quadra 00, Conjunto “00”, Casa 00, CEP nº 000000, CIDADE-UF,
vem, por meio de seus advogados, NOME DO ADVOGADO, brasileiro, solteiro,
advogado, inscrito na OAB/UF sob o nº 000000, e Drº NOME DO ADVOGADO,
brasileiro, solteiro, advogado inscrito na OAB/UF 00000, endereço
profissional TAL, BLOCO “TAL”, SALA 000 – ED. TAL – CIDADE-UF,
TEL.: 0000000000, vêm, muito respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, requerer a sua

LIBERDADE PROVISÓRIA

com fundamento no artigo 5º, LXVI da Constituição Federal, em combinação


com os artigos 310, III e 321, todos do Código de Processo Penal, pelos
motivos de fato e de direito a seguir expostos:

DOS FATOS

O autuado foi preso no dia TAL, por volta de 00h, na CIDADE-UF, sob a
acusação da participação na prática, HIPOTETICAMENTE, dos crimes previstos
no artigo 121, caput e artigo 121, caput, c/c art. 14, inciso II, ambos do
Código Penal.

Consta na ocorrência policial que o autuado, na direção do veículo TAL, de


cor TAL, placa TAL, de propriedade de sua genitora, teria supostamente
efetuado a manobra vulgarmente conhecida como “cavalo de pau”, sendo
esta nas proximidades de onde estavam alguns populares, o que causou
descontentamento das pessoas, provocando uma briga.

Adiante, teria deixado o local e retornou posteriormente com outros quatro


indivíduos, sendo identificados como TAL, e outros dois desconhecidos, de
alcunha TAL, ambos de CIDADE-UF, sendo que nesta ocasião todos
supostamente ocupavam um VEÍCULO TAL, cor TAL, placa TAL, também de
propriedade de sua genitora, o qual era conduzido pelo Autuado.

Após os ocupantes do veículo TAL terem desembarcado, a vítima TAL, chegou


a dizer para o Autuado: “para com isso, nós somos todos conhecidos”, todavia
houve uma discussão, ocasião em que um dos passageiros do veículo
conduzido por TAL sacou uma arma de fogo e atirou por diversas vezes,
atingindo TAL e TAL.

Os autos do Inquérito Policial foram aditados para consignar o óbito da


vítima TAL, que se deu por volta das 0h00min.

Conforme os testemunhos preliminares constam NÃO ser o Autuado o autor


dos disparos, as testemunhas que prestaram declarações perante a autoridade
policial, em tese, confirmaram a participação de TAL no suposto delito, pois
disseram que o autor do suposto homicídio e da tentativa de homicídio foi
levado pelo Autuado para o local dos fatos, no veículo TAL. O Autuado
teria supostamente confirmado com tal informação, ao esclarecer ter ido
atrás de outros amigos (NOMES TAL), sendo que estes entraram no carro com
o propósito de ajudá-lo.

De acordo haveria informações no sentido de que o Autuado teria empreendeu


fuga do local no TAL, levando consigo algumas das pessoas que o
acompanharam até o local do crime.

Urge asseverar que a gravidade abstrata do delito, evidenciada nas razões da


convolação em prisão preventiva, não é fundamento hábil para manter o
Acusado encarcerado.

DA DESNECESSIDADE DA MANUTENÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR

Inicialmente cumpre esclarecer que o auto de prisão em flagrante respeitou


os pressupostos de legalidade material e formal, estando atualmente o
indiciado preso e aguardando decisão a ser proferida pelo juízo competente
acerca do flagrante.

Entretanto, a manutenção da prisão em flagrante do acusado é


completamente desnecessária, tendo em vista que não estão presentes, no
caso concreto, os requisitos autorizativos da prisão preventiva constantes no
artigo 312 do Código de Processo Penal, enquadrando-se a hipótese nos
moldes do art. 321 do mesmo diploma legal. Vejamos:
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria.

E além:

Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão


preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o
caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados
os critérios constantes do art. 282 deste Código.

Como se percebe, ao revés, o Acusado, antes negando a prática do delito que


lhe restou imputado, demonstra que É RÉU PRIMÁRIO E DE BONS
ANTECEDENTES, COMPROVANDO, MAIS, POSSUIR RESIDÊNCIA FIXA E OCUPAÇÃO
LÍCITA (anexo).

A hipótese em estudo, deste modo, revela a pertinência da concessão da


liberdade provisória.

Convém ressaltar, sob o enfoque do tema em relevo, o magistério de Norberto


Avena:

“A liberdade provisória é um direito subjetivo do imputado nas hipóteses em


que facultada por lei. Logo, simples juízo valorativo sobre a gravidade
genérica do delito imputado, assim como presunções abstratas sobre a
ameaça à ordem pública ou a potencialidade a outras práticas delitivas não
constituem fundamentação idônea a autorizar o indeferimento do benefício,
se desvinculadas de qualquer fator revelador da presença dos requisitos do
art. 312 do CPP. “(AVENA, Norberto Cláudio Pâncaro. Processo Penal:
esquematizado. 4ª Ed. São Paulo: Método, 2012, p. 964)”.

No mesmo sentido:

“Como é sabido, em razão do princípio constitucional da presunção da


inocência (art. 5º, LVII, da CF) a prisão processual é medida de exceção; a
regra é sempre a liberdade do indiciado ou acusado enquanto não condenado
por decisão transitada em julgado. Daí porque o art. 5º, LXVI, da CF dispõe
que: ‘ninguém será levado à prisão ou nela mantida, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou sem fiança. “(BIANCHINI, Alice. [et al.] Prisão e
medidas cautelares: comentários à Lei 12.403, de 4 de maio de 2011. (Coord.
Luiz Flávio Gomes, Ivan Luiz Marques). 2ª Ed. São Paulo: RT, 2011, p. 136)

É de todo oportuno também gizar as lições de Marco Antônio Ferreira Lima e


Raniere Ferraz Nogueira:

“A regra é liberdade. Por essa razão, toda e qualquer forma de prisão tem
caráter excepcional. Prisão é sempre exceção. Isso deve ficar claro, vez que
se trata de decorrência natural do princípio da presunção de não
culpabilidade. “(LIMA, Marco Antônio Ferreira; NOGUEIRA, Raniere Ferraz.
Prisões e medidas liberatórias. São Paulo: Atlas, 2011, p. 139)

É altamente ilustrativo transcrever notas de jurisprudência:

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO TENTADO. PRISÃO PREVENTIVA. LIBERDADE


PROVISÓRIA. PACIENTE COM CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. AUSÊNCIA DOS
REQUISITOS DO ART. 312 DO CPP. APLICAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES.
ORDEM CONCEDIDA.

1. A prisão preventiva somente se justifica quando presentes as hipóteses do


art. 312 do código de processo penal, caso contrário deve ser concedida a
liberdade ao agente, mediante cumprimento de algumas medidas cautelares.
2. Ordem concedida. (TJRO – HC 0000770-53.2013.8.22.0000; Relª Desª Zelite
Andrade Carneiro; Julg. 07/02/2013; DJERO 18/02/2013; Pág. 101)

HABEAS CORPUS. TENTATIVA DE HOMICÍDIO (ART. 121, CAPUT, C/C ART. 14


DO CÓDIGO PENAL). LIBERDADE PROVISÓRIA CONCEDIDA PLEO JUÍZO DE PISO
MEDIANETE O PAGAMENTO DE FIANÇA NO VALOR DE R$ 6.220,00 (SEIS MIL
DIZENTOS E VINTE REAIS).

Paciente que trabalha fazendo bicos na zona rural e não tem condições de
pagamento do montante arbitrado. Isenção da fiança arbitrada. Imposição das
medidas cautelares previstas no art. 319, da redação atual do CPP. Ordem
concedida. Decisão unânime. (TJSE – HC 2012326516; Ac. 1056/2013; Câmara
Criminal; Relª Desª Geni Silveira Schuster; DJSE 18/02/2013; Pág. 10)

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO NA FORMA TENTADA. PRISÃO PREVENTIVA.


EXCEPCIONALIDADE DA SEGREGAÇÃO PROVISÓRIA. MEDIDAS CAUTELARES
DIVERSAS DA PRISÃO SUFICIENTES. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. ORDEM
CONHECIDA E CONCEDIDA.
1. Paciente preso no dia 30.09.2012, acusado da praticada de crime tipificado
no art. 121, § 2º, inciso II, c/c o art. 14, inciso II, ambos do Código Penal,
aduzindo a carência de fundamentação da decisão que indeferiu sua liberdade
provisória.

2. Analisada a decisão atacada, observase que o juízo a quo condicionou a


necessidade de manutenção da prisão devido à personalidade violenta do
acusado, possuidor de outra ação criminal em andamento e procedimentos
criminais arquivados, além de ser temido na região.

3. Como se sabe, o ordenamento jurídico pátrio entende que a segregação


preventiva, como modalidade de prisão cautelar, é medida excepcional,
regida pelo princípio da necessidade, já que iria de encontro ao princípio
constitucional da presunção de inocência, descrito no artigo 5º, LVII, da
Constituição Federal, segundo o qual ninguém será considerado culpado até o
trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

4. In casu, constatase que o decisum guerreado realmente exacerbouse no


tocante a necessidade de segregação do acusado, haja vista que a aplicação
de medidas cautelares substitutivas da prisão como o comparecimento,
periódico, em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo magistrado a quo e
a proibição de contato com quaisquer das pessoas relacionadas ao fato,
suprem a excepcionalidade do cárcere, inclusive porque o acusado é idoso,
contando com 72 (setenta e dois) anos e com a saúde debilitada.

5. Ademais, é válido destacar que na análise da legalidade da custódia


provisória devem ser levados em consideração os dados concretos do próprio
processo, sem vinculação a prática de outro delito, sob pena de desvirtuar a
função da prisão preventiva. Precedentes.

6. Ordem conhecida e concedida, ratificando a liminar anteriormente deferida


para que o paciente possa responder ao processo em liberdade, devendo ser
revogada a prisão domiciliar e aplicadas as medidas cautelares previstas no
art. 319, incisos I e III, do Código de Processo Penal. (TJCE – HC 0080204-
72.2012.8.06.0000; Primeira Câmara Criminal; Rel. Des. Paulo Camelo Timbó;
DJCE 05/02/2013; Pág. 56)

HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. DECISÃO DESFUNDAMENTADA.


CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. ORDEM CONCEDIDA.

1 – Não demonstrada concretamente a necessidade da custódia cautelar para


garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal e aplicação da
Lei Penal, e ante a comprovação dos requisitos necessários para a concessão
da liberdade provisória, a prisão do paciente revela grave constrangimento
ilegal, impondo-se sua soltura mediante cumprimento de medidas cautelares
estipuladas na liminar. Ordem concedida. (TJGO – HC 385547-
89.2012.8.09.0000; Campinorte; Rel. Des. Ivo Favaro; DJGO 04/02/2013; Pág.
115)

A prisão preventiva, medida extrema, é cabível em casos excepcionais, pois a


liberdade, em razão do princípio constitucional da presunção da inocência, é
regra que ocupa patamar superior à prisão. No caso em tela, trata-se de
tentativa de homicídio, com paciente primário. Ademais, ele comprovou
residência fixa. Evidente a desproporcionalidade da medida, pois, se
condenado, irá cumprir pena em regime menos gravoso que a segregação
provisória. Liminar confirmada. Ordem concedida. (TJRS – HC 528447-
14.2012.8.21.7000; Caçapava do Sul; Terceira Câmara Criminal; Rel. Des.
Nereu José Giacomolli; Julg. 06/12/2012; DJERS 24/01/2013)

HABEAS CORPUS PLEITO VISANDO O DEFERIMENTO DE LIBERDADE PROVISÓRIA


TENTATIVA DE HOMICÍDIO QUALIFICADO DECISÃO DE PRONÚNCIA DA QUAL NÃO
CONSTAM QUAIS OS FUNDAMENTOS EXPENDIDOS PELO D. JULGADOR PARA
MANTER A CUSTÓDIA CAUTELAR DO ORA PACIENTE. NECESSIDADE DE CUSTÓDIA
CAUTELAR NÃO DEMONSTRADA A CONTENTO PELO D. Magistrado de 1º Grau
Delito cometido em sua forma tentada, por paciente primário Concessão
parcial da ordem, com imposição das medidas cautelares previstas nos incisos
I, III, IV e V, do Código de Processo Penal, determinando-se a expedição do
competente alvará de soltura clausulado em seu favor. (TJSP – HC 0219682-
40.2012.8.26.0000; Ac. 6423076; Barueri; Décima Sexta Câmara de Direito
Criminal; Rel. Des. Borges Pereira; Julg. 18/12/2012; DJESP 11/01/2013)

Ora, excelência, A regra é liberdade. Por essa razão, toda e qualquer forma
de prisão tem caráter excepcional. Prisão é sempre exceção. Desta forma, o
Código de Processo Penal em seu art. 319 nos ensina que:

Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

I – comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo


juiz, para informar e justificar atividades;

II – proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer
distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;

III – proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por


circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela
permanecer distante;

IV – proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja


conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;

V – recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o


investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;

VI – suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza


econômica ou financeira quando houver justo receio de sua utilização para a
prática de infrações penais;
VII – internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com
violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou
semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;

obs.dji.grau.1: Art. 26, Inimputáveis – Imputabilidade Penal – Código Penal –


CP – DL-002.848-1940

VIII – fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a


atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de
resistência injustificada à ordem judicial;

IX – monitoração eletrônica.

E além, No plano constitucional, após a promulgação da Magna Carta, verdade


que a obrigatoriedade da imposição das prisões processuais, determinadas
pelo Código de Processo Penal, as mesmas constituem verdadeiras
antecipações de pena, conquanto afrontam os princípios constitucionais da
Liberdade Pessoal (art. 5º, CF), do Estado de Inocência (art. 5º, LVII, CF), do
Devido Processo Legal (art. 5º, LIV, CF), da Liberdade Provisória (art. 5º, LXVI,
CF) e a garantia de fundamentação das decisões judiciais (arts 5º, LXI e 93, IX,
CF).

Desta feita, a obrigatoriedade da prisão cautelar não pode provir de um


automatismo da lei ou da mera repetição judiciária dos vocábulos
componentes do dispositivo legal, e sim do efetivo “periculum libertatis”,
consignado em um dos motivos da prisão preventiva, quais sejam, a garantia
da ordem pública ou econômica, a conveniência da instrução criminal ou para
assegurar a aplicação da lei penal (art. 312, CPP). Dessa forma, em todas as
hipóteses, a natureza cautelar da prisão deve emergir a partir da realidade
objetiva, de forma a evidenciar a imprescindibilidade da medida extrema.

De efeito, não resta, nem de longe, quaisquer circunstâncias que justifiquem


a prisão em liça, quais sejam, a garantia de ordem pública, a conveniência da
instrução criminal ou assegurar a aplicação da lei penal, abaixo
demonstraremos os aspectos aqui referidos.

DA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA

As garantias da ordem pública e da ordem econômica estão ligadas a real e


intensa perspectiva de existência de novos delitos. Havendo evidente perigo
social decorrente da demora em se aguardar o trânsito em julgado da
decisão condenatória, pode ser decretada a prisão preventiva, o que no caso
em estudo não ocorre. Conforme demonstrados nos autos, o autuado é réu
primário e possui bons antecedentes.

O perigo à ordem pública a justificar a manutenção da prisão cautelar precisa


ser minuciosamente descrita pela autoridade, que não deve a ele referir-se de
modo genérico e aleatório, pois o que está em jogo é o status “libertatis” do
cidadão. Como dito não há de prosperar qualquer argumento de que em
liberdade o Requerente colocará em risco a ordem pública, pois poderá causar
um mal injusto, ora, data máxima vênia, essa presunção é maldosa.

DA CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL

A conveniência da instrução criminal liga-se principalmente às provas


circunstanciais de que o réu venha a intimidar testemunhas ou ocultar provas.
Evidente que assim o periculum in mora, pois não se chegaria à verdade real
se o réu permanecesse solto até o final do processo.

No caso em estudo esse argumento é superado, de modo que não há indício


algum que isso poderá acontecer, ao revés.

DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL

O próprio nome esclarece sua função. Será utilizada para, em caso de


iminente fuga do agente do distrito da culpa, evitar inviabilização da futura
execução da pena.

Ora, mais uma vez esse argumento também não há de prosperar a


manutenção da prisão cautelar, de maneira que, conforme consta nos autos, o
Requerente possui residência fixa, residindo em Candangolândia -DF e
morando lá a vários anos, o que nos leva a acreditar que não há indícios algum
de que pretende furtar-se à aplicação da lei penal.

Sem a presença de tais requisitos, não há que se falar em decretação,


requisição ou manutenção da prisão cautelar, visto que aqui não se discute
culpa ou dolo pelo ilícito que deu origem ao processo, mas tão somente a
existência dos requisitos acima mencionados, que autorizam a prisão
processual.
Percebe-se, então, que a prisão cautelar funciona com a finalidade de
prevenção, e não punição, que é característica apenas da prisão definitiva.

Além disso, é certo que a prisão se caracteriza como critério de absoluta


exceção, devendo-se observar o disposto no artigo 282, § 6º, do Código de
Processo penal o qual estabelece a possibilidade de aplicabilidade das
medidas cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal antes
da decretação da prisão preventiva. “in verbis”:

Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão ser aplicadas
observando-se a:

§ 6º A prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua


substituição por outra medida cautelar (art. 319).

No caso concreto, patente a ausência de qualquer dos pressupostos da prisão


preventiva, pois o requerente, conforme se depreende de seu depoimento
perante a autoridade policial, possui bons antecedentes, identidade certa,
residência fixa, primariedade e trabalho, da mesma forma que não demonstra
qualquer conduta que pudesse justificar sua custódia cautelar pelos requisitos
indicados no art. 312 do Código de Processo Penal, razão pela qual pode
responder ao presente processo em liberdade.

QUANTO AO PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE

Estabelecer uma proporção entre a prisão provisória e a sua real finalidade é


nada mais que um dever do juiz. Jamais poderá o magistrado aplicar uma
prisão cautelar, sem estabelecer sua devida proporção, justificar os meios
pelos fins, nada mais é do que ter uma visão maquiavélica. O meio jamais
poderá ser mais gravoso, que o próprio fim, isso explica o caráter acessório e
instrumental que é a medida cautelar.

Ser ponderável é ser mais do que razoável, é procurar aplicar um justo meio
para atingir um justo fim, não só de uma maneira legal, mais de forma
legítima.
Observe-se a necessidade de afastar-se o aforisma no sentido de que em sede
de procedimento penal cautelar não se examina o mérito, para fugir-se a pré-
julgamento. Aliás, nada mais inexato, pois a própria lei determina a
necessidade de examinar-se os fatos no caso concreto para deles retirar o
“fumus commisi delicti”. Ao contrário do que comumente se admite, o exame
da espécie com projeção do apenamento é fundamental, para que se
tenha certeza de que o Estado não estará a cometer injustiça através de
medida coativa que a prestação jurisdicional não comportará.

DA AUSÊNCIA DO PERICULUM LIBERTATIS

No que pese a reprovabilidade da conduta imputada ao Requerente, verifica-


se que o seu “suposto” comportamento ilícito não foi outro senão aquele
conforme o tipo penal, o que, por si só, não basta para demonstrar seja
pessoa portadora de grande periculosidade e capaz de colocar em risco a
ordem pública.

Como se vê, trata-se de fato corriqueiro que perturba a ordem pública, é


verdade, mas de rotina. E, a custódia cautelar deve ser reservada para as
hipóteses de excepcional gravidade, posto que todo delito realmente agasta a
ordem pública e, nem por isto, deve ser afastada a regra de que o infrator
aguarde em liberdade o seu julgamento, ainda mais quando se trata de
autuado primário.

RESSALTE-SE QUE O REQUERENTE POSSUI OCUPAÇÃO LÍCITA, POSSUI


PRIMARIEDADE, BONS ANTECEDENTES E RESIDÊNCIA FIXA.

DOS PEDIDOS

Ante o exposto, postula-se a Vossa Excelência, nos termos no artigo 5º, LXVI
da Constituição Federal, em combinação com os artigos 310, III e 321, todos
do Código de Processo Penal, A CONCESSÃO DA LIBERDADE PROVISÓRIA,
Sem Fiança, de acordo com os art. 323 e 324 ambos do CPP, mediante termo
de comparecimento a todos os atos do processo, quando intimado;

Caso não sendo o entendimento, requer a Vossa Excelência, nos termos do


art. 325, do Código de Processo Penal, o arbitramento de fiança, colocando-se
o indiciado em liberdade, que, antecipadamente compromete-se a
comparecer a todos os atos do processo, quando intimado

Apenas por cautela, Vossa Excelência não entendendo pela tese ora
sustentada, requer a aplicação do art. 319 do Código de Processo Penal,
sendo estas medidas diversas a prisão;

Termos em que, ouvido o ilustre representante do Ministério Público e


expedindo-se o alvará de soltura.

Termos em que,

Pede deferimento.

CIDADE, 00, MÊS, ANO

ADVOGADO

OAB Nº

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Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação Penal - Homicídio Duplamente


Qualificado 2

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

HISTÓRICO:
ARQUIVADO

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Nome da atividade: PEÇA SIMULADA -RELAXAMENTO DA PRISÃO

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .....ª VARA CRIMINAL DA


COMARCA DE ....

..................................... (qualificação), portador da Cédula de Identidade/RG nº


...., com .... anos de idade, natural de ...., residente e domiciliado na Rua ..... nº
...., vem, com o devido acatamento na presença de V. Exa., por intermédio dos
advogados que esta subscreve (mandato anexo), para requerer:

RELAXAMENTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE - A CONCESSÃO DE LIBERDADE


PROVISÓRIA MEDIANTE TERMO DE COMPARECIMENTO A TODOS OS ATOS
PROCESSUAIS, SOB PENA DE REVOGAÇÃO,

com fulcro na Lei nº 5.941/73, com as modificações da Lei nº 6.41677, pelas


razões de fato e de direito a seguir articuladas:

1. DOS FATOS

O Requerente encontra-se preso em flagrante delito, em um dos cubículos da


Delegacia de Polícia local, razão de ter infringido, de acordo com o inquérito policial
nº.... , as disposições do artigo 121, art. 14, inciso II e art. 29 do Código Penal, isto
é, tentativa de homicídio em co-autoria, sendo que a referida prisão se deu no dia
.../.../...;

2. Quando de seu interrogatório pelo Delegado de Polícia na Delegacia local, no


auto de flagrante, o Requerente confessou a prática do delito pelo outro acusado,
seu irmão .... , inclusive com detalhes, o que vale dizer que contribuiu com a
Justiça, não colocando nenhum óbice na ação investigatória da Polícia;
3. Que, o outro acusado ...., irmão do Requerente, em seu interrogatório de fls ..... ,
confessou com minúcias a prática do crime, abraçando para si toda a
responsabilidade daquele ato, e em nenhum momento apontou o seu irmão, o
Requerente, como partícipe, nem mesmo com palavras;

4. DA LIBERDADE PROVISÓRIA

Nesta oportunidade, o Requerente requer se digne V. Exa. conceder-lhe a liberdade


provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob
pena de revogação, face o que dispõe o artigo 310, parágrafo único, do Código de
Processo Penal, com redação da Lei 6.416/77, isto porque, é primário, possui bons
antecedentes e residência no local da culpa. Via de conseqüência, caso fique
provado que seu ato foi contrário à Lei, o que não é, será o primeiro em sua vida, o
que por certo tornará um ato isolado e ocasional, consequentemente não refletirá
em sua existência, e neste caso vejamos:

RT 512/340 - Egrégio Tribunal de Justiça de S.P.- "Tratando-se de réu radicado no


foro do delito, com família numerosa e profissão definida, faz à juz à liberdade
"provisória nos termos do artigo 310 parágrafo único, do Código de Processo
Processo Penal, com redação da Lei 6.416/77".

Consta anexo para provar primariedade do Requerente, certidão de antecedentes


criminais emitido pelo R. Cartório do Crime desta Comarca.

Consta anexo para provar residência do acusado no local da culpa, atestado de


residência emitido pelo Dr. Delegado de Polícia desta cidade.

Consta anexo para provar que o Requerente tem profissão definida, inclusive como
bom funcionário, carteira de trabalho e declaração emitida pela empresa ....

Só para argumentar

Excelência, sem entrar no mérito do inquérito policial, é explícito e evidente que o


Requerente não cometera nenhum delito para estar ilegalmente, via de
conseqüência, não há motivo justo para que permaneça nesta situação horrível, e
sendo assim a lei lhe protege:

RT 523/376 - TJSP - "Embora preso em flagrante por crime inafiançável, pode o réu
ser libertado provisoriamente, desde que inocorram razões para a sua prisão
preventiva."

Fica então evidente que o Requerente merece ser posto em liberdade, pois não há
motivo para a decretação de sua prisão preventiva, devido à todos os motivos já
expostos anteriormente.

Outro detalhe muito importante é o fato de o Requerente estar trabalhando como


carreteiro na firma .... , e sendo assim a empresa precisa do mesmo com urgência,
pois está com falta de motorista e seu caminhão está "parado", dando prejuízos
para a empresa e para a família do Requerente, vez que, o mesmo ajuda na
manutenção de sua casa, sem levar em consideração que poderá perder o emprego
se ficar mais tempo preso.

Diante do exposto, espera o Requerente o restabelecimento de sua liberdade, com


o relaxamento de sua prisão em flagrante e conseqüente concessão da liberdade
provisória, nos termos da Lei, a fim de que solto, trabalhando, possa responder a
acusação que lhe será dirigida, por ser de inteira Justiça.
Termos em que,

pede deferimento.

...., .... de .... de ....

..................
Advogado OAB/...

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Nome da atividade: PEÇA SIMULADA- LIBERDADE PROVISÓRIA

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

A Liberdade Provisória está fundamentada no artigo 5º, LXVI, da Constituição


Federal, que prescreve: "Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando
a lei admitir liberdade provisória, com ou sem fiança".

A Liberdade Provisória é uma medida que visa substituir a prisão provisória por
outra providência que logre assegurar a presença do acusado em juízo sem o
sacrifício da prisão.

Relaxamento da Prisão e Liberdade Provisória

Relaxamento da Prisão: No relaxamento não há deveres e obrigações, e ocorre


quando a prisão for ilegal.

Liberdade Provisória: Na liberdade provisória, há deveres e obrigações, e ocorre


quando a prisão for legal.

A liberdade é provisória porque o beneficiado fica sob determinadas condições e


com isto poderá perder esse beneficio a qualquer momento. Em geral, a
Liberdade Provisória é obtida mediante o pagamento de fiança que pode ser
prestada pelo próprio preso ou mesmo por outra pessoa.

Pode ser requerida em qualquer face do processo, enquanto não transitar em


julgado a sentença condenatória, sendo que a Liberdade Provisória é obrigatória
sem fiança e sem condições quando a pena for exclusivamente de multa e
quando o máximo da pena privativa de liberdade não exceder a 3 meses.
A liberdade provisória é vedada quando couber a prisão preventiva e nas
hipóteses em que a lei estabelecer expressamente a proibição, exemplo: crime
hediondo.

Requisitos

a) Réu não reincidente em crime doloso;


b) Bons antecedentes;
c) Trabalhador;
d) Residência fixa;
e) O juiz deve pedir opinião ao Ministério Público.

Recursos

a) Da decisão que concede liberdade provisória cabe RESE (artigo 581, V, CPP);
b) Da decisão que denega liberdade provisória cabe "Habeas Corpus" (coação
ilegal).

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Nome da atividade: PEÇA SIMULADA- AGRAVO DE INSTRUMENTO

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE


DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 14ª REGIÃO

PROCESSO n. 0000002-80.2013.5.14.0007

CONSTRUÇÕES E COMÉRCIO CAMARGO CORRÊA


S/A, já qualificada nos autos da reclamação trabalhista que lhe é movida por
REGILSON BATISTA DA SILVA, por seu advogado, inconformado com a
respeitável decisão que negou seguimento ao RECURSO DE REVISTA
tempestivamente apresentado pela ora Agravante, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, interpor o presente recurso de

AGRAVO DE INSTRUMENTO

nos próprios autos, com fundamento no artigo 897, alínea “b”, da CLT,
esperando o seu recebimento, após a análise preliminar de admissibilidade,
remetendo os presentes autos ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho, com
as inclusas razões de recurso em anexo.

PRELIMINARMENTE
DA RESOLUÇÃO ADMINISTRATIVA Nº 1418 DO TST

A Resolução Administrativa nº 1418, em vigor a partir de


30.08.2010, que regulamenta o processamento do Agravo de Instrumento
interposto de despacho que negar seguimento a recurso de competência do
Tribunal Superior do Trabalho dispõe, em seu artigo 1º que:

Art. 1º O agravo de instrumento interposto de despacho


que negar seguimento a recurso para o Tribunal Superior
do Trabalho deve ser processado nos autos do recurso
denegado.

Diante do exposto, informa que o presente Agravo é


interposto nos termos da Resolução acima, mediante protocolo eletrônico.

DOS PRESSUPOSTOS RECURSAIS

A Recorrente tomou ciência do despacho de fls., por meio


da publicação no Diário Oficial do dia 25 de abril de 2014, iniciando-se a
contagem para a apresentação desta medida em 28 de abril de 2014.

Considerando este fato, o prazo final para a apresentação


desta medida judicial é o dia 05 de maio de 2014, restando cabalmente
comprovada à tempestividade do presente remédio processual.
Ainda, informa a reclamada que não se faz necessário o
depósito recursal, tendo em vista que o juízo foi garantido quando da
interposição do Recurso Ordinário e de Revista.

Requer a juntada do incluso instrumento de


representação, procuração e substabelecimentos, e ainda, declara-se para
todos os fins de direito que os documentos de representação são autênticos,
sob sua responsabilidade pessoal, nos termos do artigo 830 da CLT (com a
redação dada pela Lei nº 11.925/2009).

Requer, por derradeiro, através da juntada da anexa


procuração e substabelecimento, que sejam todos os avisos, notificações e
intimações alusivas ao presente ultimadas, EXCLUSIVAMENTE, em nome do
advogado .

Termos em que,
Pede deferimento.
São Paulo

MINUTA DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo n. 0000523-56.2012.5.14.0008

Origem: 8ª Vara do Trabalho da Comarca de Porto Velho-

RO

Agravante: Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A

Agravado: Jerfeson dos Prazeres Mota

COLENDO TRIBUNAL,
EMÉRITOS JULGADORES.

FINALIDADE DA MEDIDA

A agravante interpôs recurso de revista, o qual o


magistrado a quo negou seguimento.

O Agravo de Instrumento no Direito do Trabalho tem a


finalidade única e exclusiva de destrancar o recurso, cujo seguimento foi
negado pelo magistrado a quo.

Para justificar a medida é importante valer-se das


palavras do jurista Amauri Mascaro Nascimento:

“Como o juiz aprecia os pressupostos do recurso e pode indeferir o


processamento se os entender descumpridos, impedindo, assim, o
normal andamento do processo na via recursal, é preciso garantir às
partes um meio impugnatório contra o despacho que nega seguimento
ao recurso, para esse fim é cabível o agravo de Instrumento. Portanto,
quando um recurso não é processado, o meio de fazer com que
continue sua tramitação é o Agravo de Instrumento” (Nascimento,
Amauri Mascaro. Curso de direito processual do trabalho. 22. Ed, São
Paulo; Saraiva, 2007. P. 632).

O agravo de instrumento é exercitável em qualquer dos


graus de jurisdição, sempre na função de liberar o recebimento de qualquer
recurso trancado pelo Juízo a quo. Seu julgamento, entretanto se restringe aos
graus superiores.

A medida é assegurada pelo artigo 897, b, da


Consolidação das Leis do Trabalho:

Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela
Lei nº 8.432, 11.6.1992)
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de
recursos. (Redação dada pela Lei nº 8.432, 11.6.1992).

O agravo de instrumento deve ser interposto ao Juízo que


denegou o seguimento ao recurso, acompanhado das razões.

DO CERCEIO DE DEFESA
VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, INCISOS LIV e LV, CF

Desrespeito ao principio da Simplicidada

O v. aresto que não conheceu do Recurso Ordinário por


ausência de dialeticidade o direito da Recorrente de ter, ao menos, recebido e
apreciado seu recurso ordinário, incide em violação frontal ao disposto no
artigo 5º, incisos LIV e LV, da Constituição Federal, já que exaustivamente
demonstrado o atendimento dos pressupostos necessário à interposição do
apelo.

Nesse sentido, ressalta a Agravante que a garantia da


ampla defesa e do contraditório, como se sabe, está contida em preceito
constitucional integrante do capítulo referente às garantias individuais.

Dispõe o artigo 5°, LV da Constituição Federal, in verbis:

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos


acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes;

In casu, a ofensa à garantia da ampla defesa e do


contraditório, bem como ao devido processo legal, é patente.

De fato, não há qualquer justificativa legal para a não


admissão do Recurso Ordinário, visto que a Agravante interpôs o recurso
cabível com a devida comprovação do depósito recursal e custas corretamente,
contudo, não teve seu apelo julgado.

Dessa forma, houve flagrante violação aos dispositivos


constitucionais previstos no art. 5º, incisos LIV e LV, da CF/88, razão pela qual
merece ser conhecido o Recurso Ordinário interposto pela Agravada.

Sendo certo, ainda, que na justiça do trabalho vige o


principio da simplicidade recepcionado pelo artigo 8º, da Lei Consolidada,
sendo assim não se deve ter extremo apego as formalidades.

Em que pese o notável saber jurídico dos magistrados de


piso, poderiam ter apreciado a reclamatória sob os argumentos trazidos nas
demais peças processuais, assim há ofensa direta ao principio do contraditório
e ampla defesa e da simplicidade.

CONCLUSÃO

Resta demonstrado que o Recurso de Revista é cabível e


deve ter seu seguimento deferido, por ser da melhor exegese do direito.

Considerando que, houve ofensa direta ao artigo 5º, LV


da CF, o recurso de revista deve ser destrancado e recebido para os
necessários reparos.
Destarte, a Agravante espera ver acolhido o presente
Agravo, para o fim de ser determinado o regular processamento do RECURSO
DE REVISTA oportunamente interposto.

Requer, por derradeiro, através da juntada da anexa


procuração e substabelecimento, que sejam todos os avisos, notificações e
intimações alusivas ao presente ultimadas, EXCLUSIVAMENTE, em nome do
advogado
Termos em que,
Pede e espera deferimento.

São Paulo

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Nome da atividade: PEÇA SIMULADA- REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

ART 5 CF - ART 647 CPP - INQUÉRITO POLICIAL - PRISÃO PREVENTIVA -


TENTATIVA DE ROUBO - APRESENTAÇÃO espontânea - ART 649 CPP

EXMO. SR. DR. JUIZ PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE ALÇADA DO ESTADO


DO ....

.... (qualificação), inscrito na OAB/..., sob nº .... e no CPF/MF nº..... ,


respectivamente, com escritório na Rua .... nº ...., na Comarca de .... , onde recebe
notificações e intimações, vem perante Vossa Excelência, com fundamento no art.
5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal, c/c arts. 647 e 649 do CPP, para
impetrar a presente

ORDEM DE HABEAS CORPUS

em favor do paciente ..... (qualificação), portador da Cédula de Identidade/RG nº


...., residente e domiciliado na Rod. ...., Km ...., no Município de ....., pelos motivos
que passa a expor:

BREVE EXPOSIÇÃO DOS FATOS

Em data de .... de ..... do corrente, mediante Portaria da Autoridade Policial da


Cidade de .... , foi instaurado Inquérito Policial para esclarecimento dos fatos
envolvendo a tentativa de roubo ocorrido no dia .... de .... de ...., por volta das ....
horas, na BR ...., na Vila ...., sentido ...., tendo como acusados, ...., ...., ..... e o
paciente ....

Em seguida, aquela autoridade policial representou pela prisão preventiva dos Srs.
...., .... e .... perante o Juízo da Vara Criminal da Comarca de ...., Estado .... , assim
acolhendo manifestação do digno representante do Ministério Público, o MM. Juiz
daquela Comarca deferiu o presente pedido com amparo no art. 312 do Código de
Processo Penal, porém não fora pedido pela autoridade policial e obviamente não
expedido o mandado contra o paciente ....., por não terem qualquer qualificação do
mesmo, enfim faltavam requisitos necessários para tal pedido.

Ocorre que o ora paciente, justamente, para colaborar com a devida ação penal se
apresentou com seu defensor à Delegacia do Distrito do Alto .... , como demonstra
nos autos para expor os fatos ocorridos. Após esclarecer na mais pura sinceridade,
mostrou verdadeiramente os fatos ocorridos, então retornando ao se trabalho e
residência.

O respeitável Juízo da Comarca de ....., não entendeu tal colaboração do paciente e


conseguindo seu endereço, nome, etc., expediram o mandado de prisão vindo
posteriormente ser cumprido pela autoridade policial.

Irresignado com a decretação de sua prisão preventiva, o paciente ingressou com


pedido de revogação da medida odiosa, alegando em seu favor a ausência dos
motivos previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, juntando farta
documentação a respeito de sua vida pregressa, pessoal, familiar e profissional,
entretanto, foi indeferido após parecer contrário do representante do Ministério
Público, entendendo que ainda estão presentes as razões que levaram à decretação
da prisão cautelar.

Assim, diante da flagrante ausência de causa motivadora justificativa da constrição,


não restou outra alternativa ao paciente senão invocar a esse Egrégio Tribunal, a
concessão de liminar da presente Ordem de "Habeas Corpus" para obter a
declaração de nulidade do decreto judicial, já que está sofrendo constrangimento
ilegal.

DA REPRESENTAÇÃO PELA PRISÃO PREVENTIVA

O douto representante do Ministério Público em exercício na Vara Criminal de .....,


representou pela prisão preventiva do paciente, argumentando, em síntese, o
seguinte:

a) que existem nos autos indícios da autoria do crime de tentativa de roubo ou


prova de materialidade do mesmo;

b) logo após a prática do delito, os indiciados empreenderam fuga, demonstrando


assim a sua intenção de se subtraírem da ação da Justiça;

c) o grave crime praticado pelos mesmos revela a alta periculosidade deles, ou


melhor, evidencia o fato de que em liberdade eles voltarão a delinqüir;

d) que o paciente .... , reside fora da Comarca podendo evadir-se da lei penal.

DA AUSÊNCIA DAS HIPÓTESES QUE AUTORIZAM A DECRETAÇÃO DA


PRISÃO PREVENTIVA

1. Após atenta leitura das peças que instruem os autos de inquérito policial, a
ilação que se extrai é a de que não estão presentes, "in casu", os requisitos
ensejadores do decreto da prisão preventiva com relação ao paciente ....

Equivocadamente, em virtude da ausência nos autos de melhores informações


pessoais a respeito de cada um dos indiciados, o representante do Ministério
Público requereu a prisão preventiva de todos, igualando o paciente aos demais, o
que se constitui em flagrante injustiça. Portanto, faz-se necessário um relato fiel e
detalhado da vida pessoal, familiar e profissional do mesmo, assim como de sua
vida pregressa, a fim de que se reestabeleça a justiça.

2. Apesar de recair sobre a pessoa do paciente, a acusação de ter tido participação


no ilícito penal de tentativa de roubo ocorrido no dia .... de .... de .... , observa-se
que, a priori, não restou demonstrado qualquer sinal de periculosidade do agente a
justificar a sua prisão cautelar, os autos de inquérito policial o isentam de
participação ativa no fato. Por outro lado, é necessário enfatizar ainda o seguinte:

a) o paciente não empreendeu fuga logo após a ocorrência dos fatos, indo logo
para sua residência e de sua mãe, sito à Vila ....

b) os termos de declarações das vítimas e testemunhas não revelam nada contra o


ora paciente ....

c) a eventual participação do paciente restringe-se tão somente ao fato do mesmo


ter permanecido no interior do ônibus, porém sem qualquer agressão ou ameaça
aos passageiros do mesmo.

Portanto, a fim de que injustiça alguma seja concedida, é preciso separar o "joio do
trigo". Não há possibilidade de se admitir que a liberdade do acusado venha em
prejuízo da instrução criminal e da aplicação da lei penal, assim como temer por
possível perigo à ordem pública. É portador da qualidade de primário, ostenta o
requisito de possuir bons antecedentes, residência fixa, além de ter família
constituída, com pai e mãe.

DO DIREITO

1. O paciente, repita-se, é portador da qualidade de primário, ostenta o requisito de


possuir bons antecedentes, residência fixa, ocupação lícita e família constituída,
composta de pai e mãe, pelo que se conclui que não há possibilidade de se admitir
que a sua liberdade venha em prejuízo da instrução criminal e da aplicação da lei
penal, assim como temer por possível perigo à ordem pública.

Segundo a doutrina e a jurisprudência, a medida construtiva de caráter cautelar,


exarada de forma a coagir a liberdade individual, somente deve ser mantida
quando absolutamente indispensável.

...., vendo a prisão preventiva como atentado contra o direito individual à


liberdade, diz que ela somente se justifica se tiver por objetivo evitar a fuga do
indiciado à justiça:

"O objetivo da prisão preventiva é evitar que o indiciado fuja à ação da justiça. Por
este motivo a idéia de necessidade social casa-se com a idéia de justiça, porque é
um dever para todos responder em Juízo pelas acusações que lhe aí são feitas, e,
por isso, é que esta qualidade é denominada custódia. Onde faltar este motivo,
deve cessar a prisão preventiva." (Apud Borges da Rosa, in Comentários ao Código
de Processo Penal, Ed. Revista dos Tribunais, 1982, pg. 418).

Daí a irresiginação do paciente com relação ao decreto de sua prisão preventiva. As


atuais circunstâncias não demonstram a recomendação da custódia, tanto no que
se refere às suas condições pessoais, quanto ao seu comportamento após a
ocorrência do noticiado fato. Ora, o agente que tivesse a clara intenção de fugir à
ação da justiça, certamente não prestaria esclarecimentos à delegacia de polícia do
Distrito do Alto ..... Sua atitude seria imediatamente evadir-se para não se expor e
assim manter desconhecida sua identidade. Acrescente-se, ainda, que o dia dos
fatos o paciente não teve participação ativa no evento, preferindo, repita-se,
aguardar passivamente os acontecimentos no interior do ônibus.

O Tribunal de Alçada do Estado do Paraná, em sessão de julgamento do HC nº


191/89 - Ac nº 215, tendo como relator o Juiz Sérgio Mattioli, decidiu que:

1. "A prisão preventiva, é medida de exceção, somente decretável, em situações


especiais, presentes as hipóteses que a autorizem, como garantia da ordem
pública, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei
penal."

2. "Ausentes os motivos previstos no art. 312 do CPP, tratando-se do réu primário,


sem antecedentes, com profissão definida e residente no foro delicti, o decreto
judicial, carente de suporte e fundamento, configura coação ilegal amparável por
via de 'habeas corpus'. Ordem de 'Habeas Corpus' concedida ao efeito de revogar o
Decreto de Prisão Preventiva."

Assim sendo, o paciente sofre constrangimento ilegal, debitável ao MM. Juiz da


Vara Criminal da Comarca de .... , que mesmo após tomar ciência sobre a vida
pregressa, familiar, pessoal e profissional do paciente, negou-lhe, arbitrariamente,
a revogação da custódia cautelar, ainda que bem demonstrado nos autos que o
mesmo reúne todas as condições de responder ao processo penal em liberdade.

O fundamento para retirar a liberdade de locomoção do paciente teve como


sustentáculo mera possibilidade. As assertivas utilizadas para a decretação da
prisão preventiva são por demais vagas, não sendo de forma alguma, aptas a
autorizar a restrição da liberdade de quem quer que seja.

DO PEDIDO

Requer-se, em face do exposto que, liminarmente, seja concedida a presente


ordem de "habeas corpus" em favor do paciente, com a expedição de competente
Alvará de Soltura e, após, quando do julgamento da presente, seja-lhe concedido
em definitivo a ordem de "habeas corpus", revogando-se, por conseqüência o
decreto cautelar do MM. Juiz da Comarca de ....

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

...., .... de .... de ....

..................
Advogado

Audiência online assistida no:


https://audienciasonline.com.br/#/area/5c749e851b4a83555a1ebfa9

-------------------------------------------------------------------------------------------
Para uso da Coordenação / Supervisão:

Horas Atribuídas: 2 horas / /


Visto Prof. Orientador
FORMULÁRIO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Aluno(a) VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:
Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: PEÇA SIMULADA- RECURSO ORDINARIO

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XXª VARA DO TRABALHO


DE XXXXXXX - XX

Processo n. XXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, por seus


advogados, nos autos da reclamação trabalhista proposta por
XXXXXXXXXXXXXXXXX, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, inconformada com a respeitável sentença decisão proferida por
este Digno Juízo, com fulcro inciso “I”, do artigo 895, da Consolidação das Leis
do Trabalho, interpor o presente.

RECURSOORDINÁRIO

para o Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região, pelo que junta à
presente suas razões de recurso.

Os signatários declaram para todos os fins de direito


que os documentos anexados ao presente recurso são autênticos, sob
sua responsabilidade pessoal, nos termos do artigo 830, da CLT (com a
redação dada pela Lei nº 11.925/2009).

Requer, por derradeiro, a juntada da anexa procuração


e substabelecimento, e que sejam todos os avisos, notificações e
intimações alusivas ao presente ultimadas, EXCLUSIVAMENTE, em nome
do advogado Dr. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX – Rua
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, sob pena de nulidade absoluta.

Pede e espera deferimento.

São Paulo, XX de XXXXXX de XXXX.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
OAB/RO Nº XXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
OAB/RO Nº XXXXX

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE


DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA XXª REGIÃO

Recorrente: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Recorrido: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Origem: X ª Vara do Trabalho da Comarca de XXXXX (XX)
Processo n. XXXXXXXX-XX.XXXX.X.XX.XXXX

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

EGRÉGIO TRIBUNAL,
ÍNCLITOS JULGADORES,

COLENDA TURMA,

O presente recurso ordinário deve ser integralmente


provido, a fim de que seja reformada a respeitável sentença, que condenou a
Recorrente ao pagamento de horas in itinere, eis que, nos pontos, ora
atacados, se encontram desprovidos de fundamentos fáticos e jurídicos, sendo
necessária sua reforma.

HISTÓRICO

Ingressou o Recorrido com reclamação trabalhista,


argumentando que faria jus às horas in itinere, reflexos e devolução da taxa de
alojamento. Além disso, afirmou que eram devidas diferenças salariais por
desvio de função, bem como os benefícios da gratuidade da justiça e
honorários advocatícios contratuais.

A recorrente apresentou sua defesa, alegando em


síntese, o total descabimento do pleito autoral.

Sobreveio a respeitável sentença que julgou parcialmente


procedente a reclamatória, que condenou a Recorrente ao pagamento de horas
in itinere e concedeu os benefícios da justiça gratuita.

Inconformada com a respeitável sentença a quo, entende


à recorrente que a sentença merece reforma.

DA TEMPESTIVIDADE

O presente Recurso Ordinário encontra-se tempestivo,


cumprindo aduzir que a respeitável sentença foi publicada no Diário Oficial
Eletrônico do TRT da 14ª Região no dia 13.03.2014 (quinta-feira) e tendo em vista
que o prazo começa a fluir somente no próximo dia útil, este se iniciou em
14.03.2014 (sexta-feira).
Portanto, respeitado o octídeo legal para a interposição do
presente recurso na medida em que este se finda em 21.03.2014 (sexta-feira),
comprovada está a tempestividade do presente recurso.

DO REGULAR PREPARO

Para viabilizar a interposição deste remédio processual, a


recorrente requer a juntada da inclusa guia de depósito recursal no valor de R$
4.400,00 (quatro mil e quatrocentos reais) e custas no valor de R$ 88,00
(oitenta e oito reais).

Portanto o preparo está satisfeito.

Por fim, os signatários declaram para todos os fins de


direito que as guias anexadas ao presente recurso são autênticas, sob sua
responsabilidade pessoal, nos termos do artigo 830, da CLT (com a redação
dada pela Lei nº 11.925/2009).

RAZÕES DE REFORMA
DO PEDIDO DE HORAS IN ITINERE E SEUS REFLEXOS
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS BÁSICOS DO TEMPO DE DESLOCAMENTO
INTELIGÊNCIA DO ART. 58, §2º, DA CLT E SÚMULA 90 DO C. TST.

A respeitável sentença entendeu que o recorrido faria jus


ao recebimento das horas de percurso, uma vez que laborava em local de
difícil acesso e não servido por transporte público.

Com todo o respeito a respeitável sentença partiu de


premissa equivocada, carecendo de retorque.

Em primeiro lugar, é importante destacar que no ato da


contratação o recorrido afirmou que não se valeria de transporte, declinando
indiretamente que ficaria alojado.
É indiscutível que o alojamento esteve à disposição do
reclamante e se decidiu e ir todo dia à Porto Velho partiu da livre escolha do
recorrido, sendo certo que a recorrente não pode ser penalizada pelas
escolhas do obreiro.

Pondere-se, ainda, que o próprio reclamante afirmou que


ficava alojado de sexta para sábado, porque a empresa não disponibilizava
ônibus no trajeto até o canteiro de obras.

Em outras palavras, confirmou que tinha o alojamento a


sua disposição, mas decidiu ir à Porto Velho, por sua livre escolha.

Comprovado nos autos que a reclamada forneceu ao


reclamante a opção de ficar alojado, como também comprova o oferecimento
do alojamento ao recorrido.

Em casos como este a nobre corte assim decidiu:

RECURSO ORDINÁRIO. HORAS IN ITINERE. ALOJAMENTO.


UTILIZAÇÃO. PAGAMENTO INDEVIDO. Comprovado que o
alojamento estava disponível para uso da reclamante durante todo o
contrato de trabalho, conforme documentos apresentados,
devidamente assinados pela reclamante, frise-se, indevido falar-se
em pagamento de horas in itinere (RO n. 0000899-60.2012.5.14.0002
– Relatora Desembargadora Maria Cesarineide de Souza Lima –
Revisora DESEMBARGADORA ELANA CARDOSO LOPES –
Julgado em 30 de abril de 2013 -.

De qualquer modo, o caso em referência é idêntico ao


acima julgado, desta forma, merece a mesma sorte, uma vez que restou
comprovado que o reclamante deixou o alojamento por sua livre vontade.
Com todo respeito que se tem ao entendimento exarado
pelo magistrado a quo a respeitável sentença merece reparo neste particular,
uma vez que está em descompasso a realidade fática e jurídica.

Ademais, perceba-se, que o recorrido foi alojado e se saiu


do alojamento foi por sua conveniência, não podendo a Recorrente arcar com
os custos da escolha do recorrido.

Em ocasiões como este o tribunal assim decidiu:

“Caso comprovado que o alojamento foi fornecido, mas por vontade


própria o obreiro simplesmente deixou de utilizar tal moradia e passou
a utilizar o transporte da empresa com objetivo de deslocar-se até a
cidade, não há falar em direito às horas “in itinere”. (AIRO n. 0001067-
56.2012.5.14.0004).

Assim, na remota hipótese de não se reconhecer que o


reclamante esteve alojado, passa a demonstrara que o local de labor não é de
difícil acesso.

DO LOCAL DE FÁCIL ACESSO

Restou consignado pela r. sentença que o local de


trabalho do recorrido não era de fácil acesso e determinou o pagamento das
horas de percurso.

A conclusão da r. sentença não esta em acordo com os


fatos, tampouco com a realidade vivida pelo recorrido, devendo ser
reformada.
Destaque-se, que em nenhum momento em nenhum
julgado que embasou a demanda existe a definição do local de difícil
acesso e tampouco qual seria o motivo de tal consignação.

Antes de tudo é importante esclarecer que o canteiro de


obras da Usina Hidroelétrica de Jirau é localizado na Zona Urbana de Nova
Mutum Paraná.

O município de “Nova Mutum Paraná” e o “Pólo Industrial


Nova Mutum Paraná” foram criados através da Lei Complementar Municipal 431,
de 04 de outubro de 2011.

A criação do distrito Urbano decorre de lei, por iniciativa do


poder público, a criação do Núcleo Urbano “Nova Mutum Paraná”, decorre de lei,
e apontar que o local é de difícil acesso é o mesmo que indicar que a lei não tem
validade.

Para sepultar qualquer dúvida se o local é ou não de difícil


acesso, basta perceber que o distrito possui ruas asfaltadas, tratamento de água
e esgoto, rede de telefonia fixa e móvel, acesso à internet banda larga, coleta
seletiva de lixo, praças e áreas de lazer, escolas de ensino fundamental e médio,
terminal rodoviário, Correios, agência bancária, posto de saúde, central de
abastecimento, além de setor para instalação de indústrias de médio e grande
porte, centro comercial e feira livre dos produtores rurais.

De acordo com o plano diretor ora em vigor, aprovado e


sancionado através da Lei Complementar 311, de 30 de junho de 2008, foi
realizado um levantamento das condições básicas – população, infra-estrutura,
urbana e serviços - de cada um dos doze Distritos que compõem o Município
sede de Porto Velho. São eles: Porto Velho (distrito-sede), Abunã, Calama,
Demarcação, Extrema, Fortaleza do Abunã, Jaci-Paraná, Mutum Paraná, Nazaré,
Nova Califórnia, São Carlos e Vista Alegre do Abunã (conforme informações
obtidas junto ao site do IBGE na internet
(http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/rondonia/portovelho.pdf).

Por fim, vale dizer que em termos de planejamento urbano e


organização territorial, as Diretrizes de Uso do Solo, de Mobilidade Urbana e de
Meio Ambiente estabelecidas para o Distrito Sede de Porto Velho são válidas
para a totalidade do Município.

Conforme nos ensina Mauricio Godinho Delgado, na sua


obra “Curso de Direito do Trabalho”, 10ª Edição, págs. 814 e 815

“De um lado, cabe notar-se que a jurisprudência tem


considerado, de maneira geral, que ‘sítios estritamente
urbanos’ (espaços situados em cidades, portanto) não
‘tendem’ a configurar local de trabalho de difícil acesso. É
que a urbanização se caracteriza pela socialização e
democratização do acesso geográfico às pessoas
integrantes do respectivo grupo populacional. Por tal razão,
a primeira alternativa do segundo requisito da ordem jurídica
(art. 58, § 2º, CLT, e Súmula 90, I) tende a configurar-se,
predominantemente, no meio rural (embora, é claro, boas
condições de acesso a locais de trabalho no campo também
possam elidir este requisito).
Percebe-se em decorrência do exposto, que a prática
jurisprudencial tem formulado duas presunções
concorrentes, que afetam, é claro, a distribuição do ônus da
prova entre as partes processuais: presume-se de ‘fácil
acesso’ local de trabalho situado em ‘espaço urbano;’ em
contrapartida, presume-se de ‘difícil acesso’ local de trabalho
situado em ‘regiões rurais’ (presunção júris tantum, é claro).”

Deste modo, é nítido que o local de trabalho do demandante


é localizado em perímetro urbano, de fácil acesso.

DO TRANSPORTE PÚBLICO REGULAR, ADEQUADO E SUFICIENTE

Apesar de consignado pela r. sentença que o local de


trabalho do recorrido não era servido por transporte público regular.
Entretanto, no comando condenatório, pelos motivos já consignados
determinou o pagamento das horas de percurso.
A conclusão da r. sentença não esta em acordo com os
fatos, tampouco com a realidade vivida pelo recorrido, devendo ser
reformada.

De qualquer forma, destaque-se, que o canteiro de Obras da


Usina Hidroelétrica de Jirau está localizado a beira da Rodovia Federal, BR 364,
este trecho faz parte de uma Rodovia Federal, asfaltada, que é coberto por
transporte público.

É um tanto quanto forçoso crer que da Comarca de Porto


Velho, a Capital do Estado de Rondônia, não existe transporte público regular
para a principal Rodovia Federal, que a liga aos demais Municípios da Região,
através da BR 364.

Igualmente é fato público e notório que a rodovia que liga


Porto Velho ao trevo de acesso à obra da Recorrente é servida por transporte
público regular, pois nesta rodovia há diversas linhas de ônibus, em diversos
horários, ligando Porto Velho a Guajará-Mirim e Porto Velho a Rio Branco, linhas
de ônibus que funcionam por concessão do Poder Público para transporte de
passageiros e executam serviço de transporte público regular.

Além disso, é matéria de conhecimento público que o


transporte público desta região é realizado pelas empresas TEKLA, REAL
NORTE e VIAÇÂO RONDÔNIA, concessionárias de serviço público de
transporte, que partem da Comarca de Porto Velho até a portaria do Canteiro de
Obras da Usina Hidroelétrica de Jirau, local da prestação de serviços.

Ainda, caso algum colaborador venha a perder o referido


transporte publico regular, ainda poderão utilizar-se dos transportes
disponibilizados pela Recorrente.

De par com isso, imperioso destacar que os


documentos colacionados a defesa demonstram a existência de transporte
público, com horários compatíveis com a higidez dos trabalhadores e
respectiva jornada laboral.

Destaque-se, que em nenhum momento em nenhum


julgado apontou o motivo pelo qual desconsidera a existência de
transporte publico regular fornecido, sem ao menos pedir ofício a
Secretária de Transportes para que seja informado a existência ou não
de transporte público.

Deste modo, resta comprovado que o trajeto,


percorrido pelo demandante é coberto por transporte público regular, não fazendo
jus ao percebimento de horas in itinere.

TRANSPORTE PÚBLICO INSUFICIENTE


NÃO GERA DIREITO A HORAS IN ITINERE
SUMULA 90, III DO COLENDO TST

Apenas a título de argumentação, caso se entenda que o


transporte público regular não é suficiente para ensejar ao pagamento de Horas in
Itinere, desta forma também consignou n. magistrada em seu raciocínio jurídico
na r. sentença

Nesse sentido, o Colendo Tribunal Superior do Trabalho, na


Resolução n.129/2005, consolidou todo o entendimento sobre as horas in itinere,
com a incorporação dos textos das Ex-Súmulas 324 e 325, canceladas naquela
ocasião:

Súmula 90 - HORAS IN ITINERE - TEMPO DE SERVIÇO

III - A MERA INSUFICIÊNCIA DE TRANSPORTE PÚBLICO NÃO


ENSEJA O PAGAMENTO DAS HORAS IN ITINERE. (ex- Súmula
n. 324 - RA 16/1993, DJ 21.12.1993).

Ou seja, independente da quantidade de funcionários do local,


é dever do Estado fornecer transporte público regular.
Note-se, que o Estado não disponibiliza transporte público
porque quer, mas sim, porque decorre de sua obrigação legal. Que normalmente
é passada a uma empresa privada, através de licitação, e é uma das atividades
econômicas mais rentáveis.

Se o transporte público é insuficiente para atender todos os


colaboradores da recorrente, esta não tem qualquer culpa. Isso porque é dever do
Estado fornecê-lo. Ao deixar de fazer isto o Estado deixa de gerar receita e
empregos e aquecer a sua economia.

Aliás, para melhorar o transporte público da região, o Estado


não gastaria nenhuma receita. Isso porque o desenvolvimento do transporte
público na região é feito por empresas particulares, autorizados através de
licitações, que lucrariam muito com a exploração do transporte na região.

Porém, o Estado permanece inerte, as questões essenciais e


de sua responsabilidade.

Por outro lado, a questão em discussão é de


responsabilidade do poder público e não pode “pedir que o empregador supra as
carências do transporte coletivo dificilmente encontraria justificativa jurídica para
não dizer econômica”, conforme entende o ilustre jurista Homero Batista Mateus
da Silva em sua obra “Curso de Direito do Trabalho Aplicado – Jornadas e
Pausas”, pag. 21.

Qualquer decisão neste sentido será o mesmo que


determinar que pessoa que não causou um dano a ressarci-lo. É incabível e
desproporcional.

É impossível transferir a responsabilidade do Estado para o


particular.

Outrossim, ainda que ultrapassados os argumentos


esposados, mesmo que não seja esse o entendimento deste digno Juízo, o que
se admite somente por amor ao debate, deve ser observado que a inércia do
Poder Executivo Municipal em regulamentar o transporte público não pode ser
transferida para a empregadora.

Assim, verifica-se o fundamento utilizado pelo, qual seja não


pode o empregador ser penalizado pela ineficiência do poder público quanto ao
transporte público, não podendo haver transferência da responsabilidade dos
entes estatais para o empregador.

Nesse sentido, expressou que o empregador não pode ser


penalizado quando o Poder Público não forneça transporte público, reformando a
decisão de 1º grau, e declarando improcedente o pedido de indenização quanto
ao vale-transporte, vejamos:

PROCESSO: 0000207-55.2009.5.14.0141 - RECURSO


ORDINÁRIO - ÓRGÃO JULGADOR: 2ª TURMA - ORIGEM: VARA
DO TRABALHO DE VILHENA – RO - RECORRENTE: JBS S/A -
RECORRIDO: LADEILTON CAETANO DA SILVA - RELATORA:
JUÍZA CONVOCADA ARLENE REGINA DO COUTO - REVISOR:
DESEMBARGADOR CARLOS AUGUSTO GOMES LÔBO –
Julgado em 06.03.2010. VALE-TRANSPORTE. INEXISTÊNCIA
DE TRANSPORTE PÚBLICO. LEI N. 7.418/85. Não há como
subsistir a indenização sob essa rubrica quando inexiste na
localidade serviço de transporte coletivo. A INÉRCIA DO PODER
EXECUTIVO MUNICIPAL EM REGULAMENTAR O
TRANSPORTE PÚBLICO, NÃO PODE SER TRANSFERIDA
PARA A EMPREGADORA. Recurso provido.
(…) ATÉ SE ADMITE QUE PODE ESTAR HAVENDO INÉRCIA
DO PODER PÚBLICO DAQUELA MUNICIPALIDADE, PORÉM,
ESSA OMISSÃO NÃO PODE SERVIR DE SUBSTRATO PARA
SE CONDENAR UMA EMPRESA QUE NÃO DEU CAUSA PARA
O FATO.
Vale consignar que o fato de a recorrente ter passado a
disponibilizar transporte para seus empregados a partir do final de
2008 não pode ser usado como fundamento de que poderia ter
adotado essa providência anteriormente, uma vez que não se
pode imputar a pessoas de direito privado as obrigações dos
entes públicos.
Assim, não há como subsistir a condenação imposta pelo MM.
Juízo a quo. (Grifo Nosso)
Perceba-se, que a respeitável sentença dirimiu
completamente a questão, apontou todos os pontos necessários ao entendimento
da matéria, um exemplo que deveria ser seguido.

Assim, resta claro que as horas in itinere são indevidas.

CONCLUSÃO
HORAS IN ITINERE

Conforme amplamente demonstrado acima as horas in


itinere são indevidas. Isso porque:

a) a recorrente oferece estrutura de alojamento aos seus colaboradores


para que permaneçam alojados, em local de ótima estrutura, como foi
oferecida ao demandante que por seu turno decidiu fazer o percurso de
sua residência até o seu posto de trabalho diariamente; sendo que a
recorrente não pode ser obrigada ao pagamento de horas de percurso
por uma escolha do demandante;

b) o trajeto realizado pelo transporte gratuito fornecido pela recorrente


é realizado na Rodovia Federal, BR 364, que é servida por transporte
público regular;

c) o local de trabalho do demandante é de fácil acesso, uma vez que


está localizado na zona urbana de Nova Mutum Paraná, criados
através da Lei Complementar Municipal 431, de 04 de outubro de 2011;

d) o prejuízo da eventual falta de transporte público, não pode ser


repassado ao particular por conta da inércia do Estado, inteligência da
súmula 90, IV do Colendo Tribunal Superior do Trabalho;

e) a obra executada pela recorrente é oriunda do programa de


aceleração do crescimento (PAC) do governo federal, fica às margens
da rodovia federal – BR-364, e se o transporte público não for eficaz é
de responsabilidade do estado, pois sabiam do acréscimo de milhares
de trabalhadores ao local da obra, com muita antecedência, mesmo
antes do seu início, e nenhuma das esferas governamentais
providenciou meios de transporte terrestre, que fossem adequados,
suficiente e compatível com os horários de trabalho da empresa, esta
não pode ser penalizada;

f) o transporte fornecido pela recorrente coexiste com o transporte


público regular e que realizam o mesmo trajeto e que todo o trecho
percorrido desde Porto Velho até a sede da recorrente, em outras
palavras todo o trecho percorrido é servido de transporte público
regular e

g) o tempo gasto pelo demandante até o local de trabalho é inferior a


média de 1 hora e 30 minutos que os trabalhadores de outras regiões
gastam para chegar ao labor;

AD CAUTELAM
DA IMPUGNAÇÃO DA MÉDIA
DE HORAS IN ITINERES

Apenas a título de argumentação, no pior dos cenários, caso


o nobre Magistrado entenda que as horas in itinere são devidas, inclusive o tempo
gasto na Rodovia Federal, BR 364, servida por transporte público – e não são – é
necessário estabelecer alguns critérios para a fixação do tempo gasto e ponto de
partida.

Na r. sentença restou consignado que o recorrido gastava 3


horas para chegar de Porto Velho até o seu posto de trabalho no canteiro de
Obras da Usina Jirau.

Com todo o respeito, o tempo deferido na r. sentença está


em desacordo, com a realidade fática.

Em primeiro lugar, importa a recorrente destacar que o


caminho que dá acesso ao Canteiro de obras da Usina Hidroelétrica de Jirau é
feito através da Estrada Federal BR 364, que tem a velocidade máxima de 110
km e a mínima de 80, conforme mapa abaixo (mapa extraído do portal
https://maps.google.com/maps).

A distância entre a cidade Porto Velho e do Canteiro de Obras


da Usina Jirau é de 84,9 km, conforme atesta a inclusa imagem extraída do portal
da internet o Google.

Pois bem, considerando estas informações, para saber aferir


o tempo gasto entre os locais, vale-se do Movimento Retilíneo, que é uma formula
matemática aplicada, em casos em que há variação de velocidade.

A fórmula utilizada para realizar o cálculo é:

v=Δs/Δt
Onde;
Δs= variação de espaço ou descolamento
Δt= variação de tempo, ou intervalo de tempo

Para a elaboração dos cálculos foram utilizados os seguintes


elementos distância de 84,9km e a variando entre 80km/h e 110km/h.

Realizando o cálculo para 80km/h tem-se:

80km/h=84,9km/Δt
Δt=1h 3' 40'' 30'''

Realizando o cálculo para 110km/h tem-se:

110km/h=84,9km/Δt
Δt=46' 18'' 33'''

Assim, o tempo de percurso varia de quarenta e seis


minutos (0:46)' até uma hora e três minutos (01:03m), da Comarca de Porto Velho
ao Canteiro de Obras, incluindo o deslocamento dentro da Recorrente.

Deste modo, resta de forma clara que a quantidade de horas


apontadas pelo recorrido extrapola a quantidade de tempo utilizada para chegar
ao seu posto de trabalho, restando impugnadas as horas indicadas no julgado.
Desta forma, conforme o cálculo acima é possível perceber
que o tempo médio gasto de 54 minutos e 30 segundos.

CONCLUSÃO

Por fim, bastam estas sucintas considerações para


demonstrar, permissa maxima venia, que o respeitável decisum, não poderá
ser integralmente mantido, sob pena de se concretizar injustiça desmedida à
Recorrente, tendo em vista que os pedidos acolhidos por àquele douto Juízo
são infundados, devendo, desta forma, ser julgados improcedentes por este E.
Tribunal.

E, em assim agindo, estará essa Colenda Turma, uma vez


mais, aplicando o melhor Direito e distribuindo a tão almejada JUSTIÇA!

Por derradeiro, requer a ora Recorrente, que todas as


notificações e publicações no Diário Oficial sejam expedidas e encaminhadas aos
cuidados do advogado Dr. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, com
endereço na XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, para os fins de que trata o
artigo 39, I, do CPC e a Súmula nº 427 do Colendo Tribunal Superior do Trabalho.

Pede e espera deferimento.

São Paulo, XX de XXXXXX de XXXX.

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
OAB/RO Nº XXXXX

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
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Nome da atividade: PEÇA SIMULADA- DEFESA PRÉVIA

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

Excelentíssimo Sr. Juiz de Direito da ª Vara da Comarca de Belo Horizonte/MG

Processo n°............

JOSÉ DAS COUVES, já qualificado nos autos da ação penal que lhe move a Justiça
Pública, vem, com fulcro no art. 395 do CPP, apresentar DEFESA PRÉVIA, nos
termos que se seguem.

1) Das Preliminares

É nulo de pleno direito o interrogatório policial do acusado, uma vez que não lhe foi
nomeado curador.

Por inexistência da figura do curador, impõe-se a declaração da nulidade do


referido auto, porquanto não resguardado um dos princípios norteadores da ampla
defesa constitucionalmente assegurado.
Ainda, nulo é também o interrogatório judicial, porquanto após relatada a peça
inquisitória, o acusado foi citado para este em tempo inferior a 24 horas após sua
citação não lhe permitindo tempo hábil para sequer constituir defensor e menos
ainda qualquer forma de autodefesa.

Portanto é nulo de pleno direito todo o processo, desde o interrogatório policial,


cuja anulação se requer, para que sejam refeitas, cumprindo-se os ditames do
contraditório e da ampla defesa.
2) Do Mérito

Com relação ao mérito, a defesa se resguarda o direito de apreciá-lo na ocasião das


alegações finais.
Nesses Termos,

Pede Deferimento.

.............., ...... de ................ de ..........


(local e data)

.......................................
Advogado (nome)..........
OAB/.... no...............

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Nome da atividade: PEÇA SIMULADA- AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINARIO

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

HISTÓRICO: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE


DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

xxxxxxxxxxx, já qualificada no bojo do RECURSO EXTRAORDINÁRIO nº


0000000-00.0000.0.00.0000, por intermédio da Defensoria Pública do Estado de São
Paulo, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no
art. 544 e seguintes do Código de Processo Civil (com a redação dada pela Lei nº
12.322/10), interpor AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO contra a respeitável
decisão que negou seguimento ao recurso.

Requer seja recebido e processado o presente recurso, encaminhando-


o, juntamente com os autos, ao Supremo Tribunal Federal.

Termos em que,
Pede deferimento.

São Paulo, 00 de XXXXXXXX de 0000


RAZÕES DO AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Agravante: xxxxxxxxxxxxxxxxx

Supremo Tribunal Federal,

Eminentes Ministros,

Douta Procuradoria-Geral da República.

Colendo Supremo Tribunal Federal


Eminentes Ministros
Douta Procuradoria Geral da República

Respeitosamente, em que pese o indiscutível saber jurídico da


colenda Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo, pelas razões as seguir
expostas, impõe-se a reforma da respeitável decisão que NEGOU SEGUIMENTO ao
recurso extraordinário.
1) Histórico processual

O agravante foi processado como incurso no artigo 33, caput, em


conjunto com o art. 34, ambos da Lei 11.343/06.

A sentença de primeiro grau (fls. 137/140) julgou improcedente a ação


penal e absolveu o acusado pela insuficiência do conjunto probatório.

Houve recurso por parte da acusação (fls. 144/152).

A defesa técnica apresentou suas contrarrazões de apelação (fls.


159/165), afirmando que os requisitos previstos em lei para a incidência da redução de
pena estavam presentes neste feito. Alegou-se que a quantidade de drogas não
encontra previsão legal para afastamento do §4º do artigo 33 da Lei de Drogas, bem
como ausência de provas de que o agente se dedicava às atividades lícitas.

O Tribunal de Justiça de São Paulo, por sua vez, deu provimento ao


recurso de acusação para condenar o recorrente como incurso no art. 35 da Lei de
Drogas (fls. 193/202).

Contra o acórdão foi interposto Recurso Extraordinário com


fundamento no artigo 102, inciso III, alíneas a, pois o Tribunal de Justiça de São Paulo
contrariou o artigo 5º, incisos XI, LVI e LIV da Constituição Federal, negando-lhe
vigência.

Além disso, argumentou-se ofensa ao princípio do ne bis in idem,


corolário da dignidade humana, bem como fixação de regime inicial de cumprimento
de pena com base em alegada incidência de norma declarada inconstitucional por
esse Supremo Tribunal Federal.

Proferiu o Tribunal de Justiça de São Paulo decisão não admitindo o


Recurso Especial sob o fundamento de que não foram preenchidos os requisitos (fls.
268/270).

Tal decisão, contudo, não merece prosperar, pelas razões abaixo


expostas.

2- Da fundamentação suficiente
Ao negar seguimento ao recurso, o Douto Desembargador Presidente
da Seção Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça Bandeirante argumentou que o
Recurso Extraordinário foi interposto sem fundamentação necessária, consoante
determina o artigo 26 da Lei nº 8.038/1990.

Ocorre que tal decisão, com o devido respeito, não contem qualquer
exposição do caso concreto. Seus genéricos termos são adequados a qualquer feito e,
por isso mesmo, descumpre a norma que se extrai do artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal.

Como se vê, o texto do aresto hostilizado é amplamente genérico e


aplicável a qualquer caso, notadamente porque não há nenhuma palavra relativa ao
caso vertente. O direito ao processo razoável não pode ser logrado a esse preço. Há
que se interpretar a Constituição em seu todo e não isoladamente.

Com a devida vênia, houve violação direta do direito fundamental à


ampla defesa, ao contraditório, ao dever de motivação e ao devido processo legal,
normas jurídicas de eficácia direta e aplicabilidade imediata, segundo a tranqüila
jurisprudência da Suprema Corte. Ademais, a afronta às referidas normas acaba por
implicar violência contra o próprio Estado de Direito.
Nessa linha, fica inviabilizada a concreta e específica impugnação do
decisum, porquanto a Defesa não tem prévio conhecimento das razões que fizeram o
Tribunal afirmar a inadequação da fundamentação da peça processual.

Seja como for, analisando as razões recursais apresentadas pela


Defensoria Pública, contata-se que os requisitos delineados no artigo 26 da Lei nº
8.038/1990 foram integralmente cumpridos.

Com efeito, em capítulo destinado à exposição dos fatos, foram


narrados os principais eventos do processo criminal. Foi identificada, ademais, a
garantia constitucional violada.

No tópico “DO DIREITO” (fl. 237 e seguintes) apontou-se que a


matéria encontra-se devidamente prequestionada, que o recurso é tempestivo e que
não se trata de reexame de prova.

Além disso, foi demonstrada a repercussão geral da matéria


constitucional em capítulo próprio (fl. 236 e seguintes).

Também foram exaustivamente expostas as razões do pedido de


reforma da decisão recorrida.

Basta uma simples leitura da peça da Defesa para se concluir que o


pleito de reconhecimento da violação ao disposto no artigo 5º, incisos XI, LVI e LIV da
Constituição Federal, da Constituição Federal, com a declaração de nulidade absoluta
do acórdão proferido, foi devidamente fundamentado.

Sem razão, portanto, a decisão que não admitiu o recurso.

3- Da desnecessidade do reexame do conjunto fático-probatório

Para fundamentar a r. decisão que negou seguimento ao Recurso


Extraordinário, o Tribunal a quo entendeu ainda que se tratava de hipótese de mero
reexame de provas, inadmissível a teor da Súmula nº 279 desta c. Corte Superior.

Contudo, análise mais técnica do feito conduz a conclusão distinta.

Isso porque, não se pretende mero reexame de provas, mas busca a


Defesa alcançar a interpretação/aplicação constitucionalmente adequada da norma
fundamental positivada no art. 5º, inciso LXIII, da Constituição Federal.

Por essa razão, inclusive, o recurso especial interposto teve como


fundamento o art. 105, inciso III, alínea “a” da CF.

Vale observar ainda que a melhor doutrina entende que a limitação


prevista nas Súmulas 7/STJ e 279/STF não veda que os Tribunais Superiores adentrem
em matéria de prova. Com efeito, o que não se admite é o mero reexame de provas,
tornando o recurso excepcional como uma terceira instância de julgamento.

No mesmo sentido, ADA PELLEGRINI GRINOVER também assevera:1

Observe-se que nem sempre é nítida a distinção entre questão de fato


e questão de direito: para chegar a uma conclusão a respeito da

1 GRINVER, Ada Pellegrini. GOMES FILHO, Antônio Magalhães. FERNANDES, Antônio Scarance. Recursos no Processo
Penal, 6ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009, p. 201.
pretensão que lhe é apresentada, deve o juiz, num primeiro
momento, verificar a ocorrência do acontecimento histórico que é
colocado como base do pedido: isso se faz através da análise do
material probatório que está nos autos. Todavia, é bem e ver que já
nessa avaliação judicial pode estar condicionada a certas regras
legais, tendo-se então questões de direito atinentes à prova. A
segunda tarefa do julgador consistirá na qualificação desses mesmos
fatos, à luz do ordenamento: aqui também se tem uma questão de
direito, embora intimamente relacionada aos fatos tidos como
comprovados.

Assim, nos recursos extraordinário e especial, o que não se


admite é o simples reexame de provas, como enfatizam as duas
súmulas mencionadas. Isso implica em que o STF e o STJ não avaliam
mais as provas que foram aceitas ou rejeitadas pelo órgão inferior
como base da decisão recorrida. Não se exclui, entretanto, a
reapreciação de questões atinentes à disciplina legal da prova e
também à qualificação jurídica de fatos assentados no julgamento
dos recursos ordinários.

Não se questiona, portanto, a possibilidade de os Tribunais


Superiores adentrarem em matéria probatória, em especial em hipóteses em que se
pretende a discussão acerca do regime legal das provas.

Na espécie, com o recurso extraordinário interposto, visa-se não à


(re)análise de provas, mas sim à correta aplicação dos dispositivos constitucionais ao
caso concreto, consideradas as balizas previamente definidas no v. acórdão. A questão
restringe-se à impossibilidade de valoração do silêncio do acusado em seu desfavor,
tendo em vista o direito ao silêncio, previsto na Constituição Federal.

Dessa forma, não deve prevalecer a decisão que negou seguimento


ao recurso extraordinário, merecendo ele ser CONHECIDO para posterior análise de
seu mérito.

4- Do pedido definitivo e demais requerimentos

Sendo assim, em face das razões, requer-se seja CONHECIDO e


PROVIDO o presente AGRAVO, para reformar a r. decisão hostilizada, e, por
consequência, determinar o regular recebimento e processamento do recurso
extraordinário.

São Paulo, 00 de XXXXXXX de 0000

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Nome da atividade: PEÇA SIMULADA- AGRAVO - suspensão hipotecaria

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO RELATOR DA XXª CÂMARA CÍVEL DO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO

xxxxxxxxxxxxxxxxxxx, já qualificado nos autos nº


1000/2013 da EXECUÇÃO HIPOTECÁRIA em trâmite na 100ª Vara Cível de São
Paulo, que move contra VIOLA VIOLÃO, vem respeitosamente, através de seu
advogado infra firmados, a presença de Vossa Excelência, interpor AGRAVO DE
INSTRUMENTO, com pedido de efeito suspensivo ativo, pelos seguintes motivos:

A instituição financeira agravante é credora dos mutuários


agravados, em razão de contrato de mútuo com garantia hipotecária (fls. 07/13), com
saldo devedor em aberto de R$ 206.468,83, para a data base de 09.06.2000 (fls. 24/35),
tendo inclusive ingressado em 30.06.2000, com Execução Hipotecária distribuída à 8ª
Vara Cível de Londrina, tombada sob o nº 404/2000.

Na exordial (fls. 01/05), noticiou-se inclusive a existência


de Ação Ordinária proposta pelos agravados perante a Justiça Federal, ressaltando-se a
inexistência de qualquer decisão impeditiva da propositura e prosseguimento da ação
executiva.

Após regular processamento da execução, penhorou-se o


imóvel hipotecado (fls. 61), tendo os agravados sido regularmente intimados da
penhora, deixando transcorrer “in albis” o prazo para propositura de embargos,
conforme certificado pela escrivania às fls. 71 dos autos de origem.

Dando prosseguimento ao feito, em atendimento a pedido


do agravante (fls. 108) foi designado o dia 29 de maio de 2002, às 10:00h, para o
praceamento do imóvel constritado (fls. 110), tendo sido publicados os necessários
editais (fls. 119/123), a um custo de R$ (fls. 124).

Em 23.05.2002, ou seja, 06 (seis) dias antes da data


designada para a hasta pública, os agravados – que, frisa-se, não interpuseram embargos
- comparecem ao processo (fls. 143/144), através de advogado sem o devido
instrumento de mandato, pleiteando a suspensão do praceamento, ante a existência de
Ação Ordinária onde se discute o contrato de financiamento em execução.

Para desagradável surpresa do credor hipotecário, foi


acatado tal pedido, através da decisão interlocutória de fls. 149, que suspendeu a praça
designada, com o que, evidentemente, não pode concordar o agravante.

Ocorre que, salvo melhor juízo, a demanda deve ter seu


curso retomado imediatamente – através da atribuição de efeito suspensivo ativo ao
presente recurso -, já que não se configuram nenhuma das hipóteses de suspensão do
processo executivo, previstas no rol exaustivo do Art. 791 do CPC, bem como afronta-
se, por meio da decisão hostilizada, a regra do Art. 585, parágrafo 1º do mesmo
“Codex”.
Dentre as hipóteses específicas de suspensão do processo
executivo, arroladas no Art. 791 do Estatuto Processual, não se encontra previsto o
julgamento de outra causa (Ação Ordinária), conforme elencado na regra geral da alínea
“a” do inciso IV do Art. 265 do CPC.
Muito menos de outra ação, que não guarda qualquer tipo
de conexão ou prejudicialidade externa com a Execução Hipotecária, já que discute
matéria diversa da execução das prestações em atraso. Além disto, não há que se falar
também em conexão entre a Execução e a Ordinária, em face da inexistência da ação
incidental de Embargos do Devedor.

Em tese, “ad argumentandum”, poderia existir algum tipo


de liame apenas entre a Ação Ordinária e os Embargos do Devedor, jamais entre aquela
e a Ação Executiva. Sobre tema idêntico, já se manifestou o Egrégio Tribunal de Alçada
das Araucárias, no julgamento do Agravo de Instrumento nº 0155512-2, no voto do Dr.
JUCIMAR NOVOCHADLO, cuja transcrição de um pequeno trecho é oportuna:

“A interposição de ação revisional não impede o curso de ação de execução


hipotecária, especialmente quando as matérias levantadas nesta ação
deveriam ter sido objeto de embargos à execução, que não foram
interpostos.” (TAPR – 6ª C.Cível – Ag. Instrumento nº 0155512-2 – Rel.
Juiz Jucimar Novochadlo– DJP de 11.08.2000 – pág. 37)

Ademais, o rol taxativo do Art. 791 do CPC, incluí, dentre


outras, apenas as hipóteses previstas nos incisos de I a III do Art. 265, deixando de fora
a regra elencada no inciso IV (conexão/prejudicialidade), do mesmo dispositivo, senão
vejamos:

Art. 791. Suspende-se a execução:


I – no todo ou em parte, quando recebidos os embargos do devedor (art.
739, §2º);
II – nas hipóteses previstas no art. 265, ns I a III;
III – quando o devedor não possuir bens penhoráveis.

Logo, para suspender o curso da execução, o remédio


processual assegurado por lei aos executados, seriam os embargos, que não foram
opostos e não podem ser substituídos pela lacônica petição de fls. 143/144, tão pouco
pela inicial da noticiada Ação Ordinária, que não é substitutiva daqueles, conforme já
mencionado.
Assim, deve prevalecer o princípio comezinho de direito,
no sentido de que a norma específica se sobreponha à genérica, retomando-se
imediatamente o curso da execução.

Ademais, a regra do Art. 585, parágrafo 1º do CPC é


extremamente clara no sentido de que “a propositura de qualquer ação relativa ao
débito constante do título executivo não inibe o credor de promover-lhe a
execução”.

Esta é a orientação do Superior Tribunal de Justiça:

“O curso de ação paralela, visando à anulação dos títulos extrajudiciais,


não autoriza a suspensão da execução” (STJ – 3ª T. – Ag. 52.082-0-SP-
AgRg-Edcl, rel. Min. Waldemar Zveiter, j. 6.12.94, rejeitaram os
embargos, v.u., DJU 20.2.95, p. 3.181).

Como não poderia deixar de ser, a jurisprudência do


Tribunal de Alçada do Paraná segue a mesma trilha acima:

AGRAVO DE INSTRUMENTO – EXECUÇÃO DE TÍTULO


EXTRAJUDICIAL – AÇÃO PARALELA – ORDINÁRIA (REVISIONAL
DE DÉBITO RURAL), CUMULADA COM MANDAMENTAL (PEDIDO
DE SECURITIZAÇÃO) E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA – NÃO
TEM O CONDÃO DE SUSPENDER O RESPECTIVO FEITO DE
EXECUÇÃO – DECISÃO MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO.
1. As hipóteses de suspensão do processo executivo estão previstas no Art.
791 do CPC, entre elas aquelas dispostas no Art. 265, incisos I a III, do CPC
(do Processo de Conhecimento), como sendo de aplicação subsidiária. Nesse
rol não se inclui a hipótese prevista no inciso IV, alínea “a”, do mesmo
artigo.
2. Na interpretação do Art. 598 do CPC, “existindo norma específica no
processo executivo, não se aplicam subsidiariamente normas do processo de
conhecimento” (RSTJ 6/419)
3. A propositura de qualquer ação relativa ao débito constante do título
executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
(TAPR – 7ª C.Cível – Ag. Instrumento nº 0175857-2 – Rel. Juiz Jorge
Wagih Massad – DJP de 23.11.2001 – pág. 59)

EXECUÇÃO – SUSPENSÃO PELO AJUIZAMENTO DE AÇÃO


REVISIONAL DE CONTRATO PROPOSTA PELO DEVEDOR –
IMPOSSIBILIDADE.
A propositura de ação ordinária de revisão de contrato pelo devedor não
pode obstar prosseguimento da execução promovida pelo credor, pena de
infração ao disposto no art. 585, parágrafo 1º do CPC. Agravo Provido.
(TAPR – 4ª C.Cível – Ag. Instrumento nº 0100345-6 – Rel. Juiz Ruy Cunha
Sobrinho – DJP de 18.04.1997 – pág. 85)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO ORDINÁRIA DE APURAÇÃO


E REVISÃO DE DÉBITOS BANCÁRIOS – EXECUÇÃO DOS MESMOS
TÍTULOS PROPOSTA PELO BANCO – SUSPENSÃO DESTA
ADMITIDA – IMPOSSIBILIDADE.
A disposição do inciso IV do artigo 265 do Código de Processo Civil não se
aplica ao processo de execução por disposição do artigo 791 inciso II do
mesmo diploma, que de caráter especial.
Com o advento da Lei n. 8.953 de 13.12.94, que deu nova redação ao
parágrafo 1º do artigo 585, do Código de Processo Civil, ficou perfeitamente
assegurado o direito da parte credora, de promover a execução mesmo, na
pendência de outra ação relativa ao débito constante do título executivo.
Obstar o andamento da execução proposta, contraria tal disposição e viola o
direito de livre acesso ao Poder Judiciário previsto no inciso XXXV, do
artigo 5º, da Constituição Federal. A análise da caracterização de eventual
conexão, só advirá observando os termos dos embargos à execução, em
confronto com o objeto da ação ordinária em trâmite, e encontra solução na
reunião dos processos.” (TAPR – 7 C.Cível – Rel. Juiz Miguel Pessoa – DJP
de14.03.1997 – pág. 104)
Portanto, resta evidente o equívoco da decisão
hostilizada, que deve ser corrigido de imediato, com a atribuição de efeito
suspensivo ativo ao presente Agravo, determinando-se liminarmente ao MM.
Juízo “a quo” que incontinenti designe nova data de praceamento do imóvel
hipotecado.

Aliás, em caso exatamente idêntico, o MM. Juiz de Direito


WALDEMIR LUIZ DA ROCHA, relator do Agravo de Instrumento nº 0126950-7, da
7ª C. Cível do TAPR, deferiu liminarmente efeito suspensivo a decisão, nos seguintes
termos:

“ A toda evidência o prejuízo do credor na paralização do processo


executivo pelo prazo determinado pelo Dr. Juiz, ao arrepio do disposto no
§1º do art. 585 do Código de Processo Civil, restando presentes os requisitos
permissivos a concessão da liminar de efeito suspensivo pleiteada pelo
agravante, razão pela qual defiro-a.”

Diante do exposto, após processado regularmente, requer-


se seja o presente recurso de AGRAVO DE INSTRUMENTO conhecido, deferindo-se
de plano, o efeito suspensivo ativo pleiteado - determinando-se liminarmente ao MM.
Juízo “a quo” que incontinenti designe nova data de praceamento do imóvel hipotecado
-, e ao final, lhe seja dado provimento, para o fim de reforma da decisão de fls. 149,
prosseguindo-se a execução em seus ulteriores termos, na forma dos artigos
anteriormente prequestionados.

Nestes Termos,

Pede e Espera Deferimento.

São Paulo, 00 de XXX de 0000

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Nome da atividade: PEÇA SIMULADA - OBRIGAÇÃO DE FAZER COM DANOS MORAIS

Data: 13/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

HISTÓRICO: ARQUIVADO

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