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FICHA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

NOME: VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

TURMA: 10/WA0868 RA: T45383-6 CURSO: 50201 DIREITO

CAMPUS:PARAISO TURNO:

CÓDIGO DA ATIVIDADE: 606N ANO GRADE: 2015/1 SEMESTRE: 8 º


SEMESTRE

HORAS
DATA DA TOTAL DE HORAS ASSINATURA DO ALUNO
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ATRIBUÍDAS (1)
ATIVIDADE
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação de Cobrança de Seguro Obrigatório 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação para Concessão de Benefício Previdenciário 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Monitória - Cheque 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação de Indenização por Acidente de Trânsito 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação de Reparação de Danos e Obrigação de Fazer 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação de Usucapião Extraordinário 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação de Obrigação de Fazer contra Operadora de Plano de Saúde 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação de Reintegração de Posse com pedido liminar 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - USUCAPIÃO DE BEM IMOVEL 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Acidentária contra o INS 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Reivindicatória 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Possessória 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ESTETICO , DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRANSITO 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Protesto Indevido de Título 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Usucapião 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Indenização por Dano Material 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Rescisão / Resolução 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Ação Monitória 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Instrução e Julgamento 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Usucapião 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Usucapião 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Usucapião 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Usucapião 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Usucapião 02 HORAS
14/08/2020 AUDIENCIA ONLINE - Usucapião 02 HORAS
(1) Horas atribuídas de acordo com o regulamento dos Estagio Supervisionado do curso.

Declaro que as informações acima são verdadeiras e que possuo os comprovantes a serem entregues ao coordenador do meu curso, no final do período de suspensão emergencial/Covid-19.

ASSINATURA DO ALUNO

TOTAL DE HORAS ATRIBUÍDAS: 50 HORAS

AVALIAÇÃO:
Aprovado ou Reprovado
NOTA:

DATA: / /

CARIMBO E ASSINATURA DO COORDENADOR DO CURSO


FORMULÁRIO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Aluno(a) VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:

Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Usucapião 2

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

HISTÓRICO: EXCELENTISSIMO (A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ (A)


DIREITO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE ....

QUALIFICAÇÕES DAS PARTES....COM REGIME DE BENS ... ENDEREÇO DO


IMOVEL...... com fundamentos nos (arts. 1.240 a 1.244) do Código Civil-2002, (arts.
941 a 945 do CPC), vem, mui respeitosamente à honrada presença de Vossa
Excelência, requerer a presente.

AÇÃO DE USUCAPIÃO

Imóvel urbano, constituído de casa de morada, com área de ..... , e seu respectivo
terreno com área de ....”, situado na Rua....., nº..., Bairro ....., Na Comarca........ ,
Estado de ..... , dentro das seguintes dimensões, divisas e confrontações; pela frente, na
extensão de ....., com Rua...... ; pelo lado direito, na extensão de 16,230m com a
propriedade da Sra. Maria .....; pelo lado esquerdo, na extensão de ......... com a
propriedade do Sr........ ; e pelos fundos, na extensão de .... , com propriedade
da.....Conforme planta topográfica anexa e seu respetivo ART/CREA ....... (Doc.
Anexo).

· ORIGEM DA POSSE

- Os requerentes encontram-se na posse do imóvel usucapiendo há mais de 20 (vinte)


anos. Sendo a área considerada até então devoluta; cuja posse nunca questionada
porque quem que seja; até a presente data; ou seja, sempre mansa, pacífica e
ininterrupta, sendo os requerentes sempre reconhecidos e respeitados como dono.

- E por isso, a posse dos Requerentes sobre o imóvel sempre foi e contínua, mansa,
pacifica e ininterrupta, sem oposição.
1- O imóvel encontra-se cadastrado na Prefeitura Municipal de ........ , sob o número
........

2- Assim sendo, comprovado retro a origem da posse há mais de 20 (vinte) anos e


para fins de contagem do tempo (doc.anexo), para os efeitos legais, (arts. 1.207 e
1.243) do Código Civil.

3- O referido imóvel não se encontra registrado ou matriculado no Cartório de


Registro de Imóveis desta Comarca, conforme Certidão do C.R. I (anexo).

4-Os requerentes, não possuindo título de domínio do referido imóvel vêem através
desta Ação, requerer à V. Ex.ª se digne conceder aos mesmos, por sentença o domínio
do Imóvel Usucapiendo, com a expedição do Competente Mandado Judicial ao
Cartório de Registro de Imóvel desta Comarca, para a devida transcrição e matricula
do imóvel, em nome dos Requerentes, nos termos da legislação atual, já referida retro.

5-Os Autores pretendem provocar o alegado através dos documentos já anexos e, por
todos os meios de provas em direito admitidos especialmente, provas testemunhais
arroladas

Isto posta, requerer:

1) Nos termos do (art.942 do CPC), a citação por Mandado, através de Oficial de


Justiça, dos confrontantes nos endereços indicados, para todos os termos desta Ação.

·Vizinha do Lado direito

·Vizinho de Lado esquerdo

2) A citação por Edital dos Réus em lugar incerto e dos eventuais interessados, no
prazo disposto no inciso IV do (art.232 do C.P. C).

3) Nos termos do (art. 943 do C.P. C), sejam intimados por via postal, para
manifestarem interesse ou não na causa, ora Representantes da Fazenda Pública, da
União, do Estado e Município.

4) Nos termos do art. (944 do C.P. C); seja intimado o Ilustre Representante do
Ministério Público, para todos os atos e termos desta Ação.

Face ao exposto, citados e intimados todos os interessados, certos e incertos bem


como os confrontantes acima, os Autores, com o devido respeito, requerem à V. Ex.ª,
e esperam seja a Ação Julgada Procedente, para os efeitos de lhes serem concedida,
por sentença o domínio do imóvel usucapiendo, descrito retro, com a expedição do
competente MANDADO JUDICIAL, AO Cartório de Registro de Imóveis desta
Comarca, para que o mesmo proceda a transcrição ou matrícula do referido imóvel em
nome dos Requerentes, após cumpridas as formalidades legais.

Dá- se o presente o valor Venal ..........para efeito de custas e taxas Judiciais.

Nestes Termos
Pede Deferimento,

Audiência online assistida no:


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Para uso da Coordenação / Supervisão:

Horas Atribuídas: 2 horas / /


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Aluno(a) VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:

Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação Possessória

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

PROCESSO nº 0000000000000000000

Ação Possessória

REQUERIDO(A): xxxxxx

De acordo com a cópia da certidão da matrícula anexa, o autor é


proprietário e possuidor indireto do imóvel localizado na Rua na
XXXXXXXXX, nº XXXX, Bairro XXXXXXX, nesta Comarca.
Nessa qualidade, emprestou gratuitamente o imóvel ao réu, tendo, assim,
celebrado contrato de comodato por prazo indeterminado no dia
XX/XX/XXXX, conforme documento anexo.

Cumpre assinalar que nesse contrato ficou convencionado que:


“Na hipótese de o comodante necessitar do imóvel ora dado em comodato
para qualquer fim, o comodatário será previamente notificado dessa
intenção, com prazo de 30 (trinta) dias para desocupação do imóvel,
obrigando-se o comodatário e seus familiares a restituir o imóvel em
perfeito estado de conservação, higiene e habitabilidade, inteiramente livre
e desembaraçado de pessoas e coisas em perfeito estado de conservação e
uso, tal como está recebendo, sob pena de responder por perdas e danos.”
O autor promoveu notificação do réu, em XX/XX/XXXX, / /

visando à rescisão do comodato, assegurando ao


comodatário o prazo de 30 (trinta) dias para
desocupação voluntária, nos termos do contrato.

Apesar disso, e não obstante as insistentes tentativas


do autor que, sem sucesso, tentou amigavelmente
fazer com que o réu restituísse o imóvel emprestado, a
verdade é que este permanece irredutível, negando-se
a devolver a posse ao autor.

Sendo assim, em XX/XX/XXXX, o autor, constituiu o réu


em mora, tendo notificado para que desocupasse o
imóvel no prazo de 30 (trinta) dias, conforme
demonstrado no
documento anexo.
Entretanto, decorrido o prazo concedido, quedando-se
inerte, o réu não desocupou o imóvel que, diante da
sua permanência, passou a caracterizar-se esbulho
possessório.

Portanto, a partir do prazo concedido a posse do réu


passou a ser viciada, precária e não restou alternativa
ao autor senão ingressar com a presente ação.

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Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação para Concessão de Benefício


Previdenciário

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

PROCESSO nº 00000000000000000000000000

AÇÃO PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIO

REQUERIDO(A): xxxxxxxxxxxxxxx

A Parte Autora é segurada da Previdência Social, e, desde 00/00/0000, sofre de


problemas psíquicos.
Ocorre que, apesar de devidamente requerido, não foi concedido o benefício de
auxílio-doença/aposentadoria por invalidez pela Autarquia Previdenciária.
Tal requerimento e sua negatória estão devidamente comprovados nos documentos
anexos a essa exordial.
Quanto ao resultado do pedido administrativo, sem dúvida alguma, merece reparo o
trabalho realizado pela perícia da Autarquia-Ré. Isso porque a análise do caso realizado
pelo perito da Autarquia-Ré foi feita de forma incorreta e superficial, desconsiderando
o tratamento feito desde 2000 pela Parte Autora bem como os exames e laudos
apresentados.
In casu, a Parte Autora é portadora das enfermidades denominadas por F41.0 –
Transtorno de Pânico/ F31.4 – Transtorno Afetivo Bipolar Episódio Atual Depressivo
Grave sem Sintomas Psicóticos/ F40.9 – Transtorno Fóbico Ansioso não especificado/ e
F33.1 – Transtorno Depressivo Recorrente, e, por estar ainda em tratamento, não se
encontra em condições de voltar às suas atividades laborais.
Inconformada com o erro cometido pela Autarquia-Ré, vem, a Parte Autora, perante
este Emérito Julgador, requerer a concessão de seu benefício de auxílio-doença e
posterior conversão em aposentadoria por invalidez.

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RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:

Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação de Usucapião Extraordinário

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

1) Os Autores, por si e por seus antecessores, há mais de 17 (dezessete) anos, vem


mantendo a posse de forma mansa e pacífica, contínua, sem oposição e com "animus
domini", sobre uma área de terreno rural, situada no (bairro), município de (Município)
comarca de (Cidade), Estado de (Estado), com área de 4.8 hás.

2) O referido imóvel ficou pertencendo aos Autores, através de Doação feita por
(Nome) e sua esposa (Nome), pela Escritura Pública de Doação lavrada no xxº
Tabelionato de Notas de São Paulo/SP, livro nº xxxxx, fls. xxxxº, de xx/xx/xx, e
registrada na matrícula nº xxxxxx - R.xx, livro x, do Cartório de Registro de Imóveis da
Comarca de (Cidade) (Doc. 03).

3) O Autor (Nome), ao divorciar-se de (Nome), ficou constando do plano de partilha,


que lhe coube (ao cônjuge varão) a parte referente ao imóvel objeto da presente ação,
conforme constam dos Autos da Ação de Divórcio Consensual, processo nº xxxxxxxx
(controle xxxx), fls. xx (Doc. 04), que tramitou pela xª Vara da Família e Sucessões do
Foro Regional II - (Cidade), município e comarca de (Cidade/Estado).

4) A Autora (Nome) ao divorciar-se de (Nome), ficou constando do plano de partilha,


que lhe coube (a cônjuge varoa) a parte referente ao imóvel objeto da presente ação,
conforme constam dos Autos da Ação de Divórcio Consensual, processo nº xxxxxxx
(controle xxxx), fls. xx (Doc. 05), que tramitou pela xª Vara da Família e Sucessões do
Foro Central do município e comarca de (Cidade/Estadi).
5) A posse dos Autores (xx/xx/xx), somada com a de seus antecessores (xx/xx/xx),
(artigo 1.243, do Código Civil), muito embora fundada em justo título devidamente
registrado, embora imperfeito, ultrapassa o lapso temporal previsto no artigo 1.238 do
Código Civil e sempre foi exercida de forma mansa, pacífica, ininterrupta e de boa-fé,
o que os legitima a promover a presente ação de usucapião extraordinário.

6) O imóvel esta registrado no R. xx da matrícula nº xxxxxx, livro x, como parte ideal, e


o Justo título não se refere ao documento perfeito e hábil para a transcrição, o "titulus"
ou "justa causa" é a causa ou razão pela qual alguém recebeu a coisa do precedente
possuidor, o fato gerador da posse. Título é o fundamento do direito, de sorte que o
título é apreciado no processo de usucapião. A noção de justo título está
intrinsecamente ligada à da boa fé.

7) Necessitando obter o seu título de propriedade da área usucapienda, os Autores


providenciaram o devido levantamento planimétrico realizado pelo Engenheiro (Nome)
- CREA UF nº xxxxxx, conforme mapa, memorial descritivo e ART, anexo, (Doc.
06/08), com os devidos rumos e confrontações que estão assim descritas:

"O referido imóvel possui uma área de xxxxm² (Área expressa) ou xxxxx hás,
perímetro de xxxxxm, e esta situado no bairro de (bairro), município de (município),
comarca de (Cidade), Estado de (Estado).

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RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

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Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação de Indenização por Acidente de


Trânsito

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

HISTÓRICO: No dia 25 de junho de 2016, trafegava a autora pela Avenida ...,


pista da esquerda, com seu veículo (DOC.02), Marca e Modelo Ford Ecosport
SE 1.6 de placas ..., cor cinza, ano 2013, quando foi surpreendido pelo ônibus
da empresa requerida, placas ..., que se encontrava na mesma via e sentido,
ocupando a princípio a pista da direita, sendo que este último passou a mudar
de faixa sem se atentar ao fato de que pela faixa da esquerda transitava o
veículo Ecosport, vindo a colidir com a lateral direita do veículo
de propriedade da requerente, causando avarias.

Após a colisão, as partes envolvidas conversaram e o condutor do


ônibus assumiu a responsabilidade pelo ocorrido, orientando a condutora do
veículo avariado sobre os procedimentos para ressarcimento, como envio de
orçamentos para consequente ressarcimento, sem, contudo, sucesso nestas
trativas.

Diante da demora em solucionar este problema, não viu outra saída a


proprietária do veículo danificado, senão buscar no Poder Judiciário o remédio
para o ressarcimento de seu prejuízo.

Diante disto,vem à presença deste Juízo requerer a reparação dos


danos sofridos, como medida de justiça.
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Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Rescisão / Resolução

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

HISTÓRICO: AUDIENCIA CANCELADA

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Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Indenização por Dano Material

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

HISTÓRICO: AUDIENCIA CANCELADA

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Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação de Reintegração de Posse com pedido


liminar

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

HISTÓRICO: AUDIENCIA CANCELADA

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Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Protesto Indevido de Título

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA

CÍVEL DA CIDADE.

EMPRESA XISTA LTDA, sociedade empresária de direito privado,


estabelecida na Rua Delta, nº. 000, em Cidade (PP) – CEP .55.444-333, inscrita no CNPJ
(MF) sob o nº. 11.333.777/0001-88, com endereço eletrônico xista@xista.com.br, vem,
com o devido respeito a Vossa Excelência, por intermédio de seu patrono –
instrumento procuratório anexo --, causídico inscrito na Ordem dos Advogados do
Brasil, Seção do Estado, sob o nº 112233, com seu escritório profissional consignado
no timbre desta, motivo qual, em atendimento à diretriz do art. 77, inc. V c/c art. 287,
caput, um e outro do Código de Processo Civil, indica-o para as intimações necessárias,
para, com fulcro no art. 148, 166, 171, 186, 927, 942, todos do Código Civil Brasileiro,
ajuizar a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO


C/C REPARAÇÃO DE DANOS
COM PEDIDO DE TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA,
contra

( 01 ) BANCO CLERO S/A, instituição financeira de direito privado, com sua sede na Av.
Y, nº. 0000, em Cidade (PP) – CEP nº. 33444-555, inscrita no CNPJ (MF) sob o nº.
55.444.333/0001-22, com endereço eletrônico clero@clero.com.br;
e solidariamente, (CC, art. 942)

( 02 ) EMPRESA ZETA LTDA, sociedade empresária de direito privado, com sua sede na
Av. Y, nº. 0000, em Cidade (PP) – CEP nº. 33444-555, inscrita no CNPJ (MF) sob o nº.
55.444.333/0001-22, endereço eletrônico zeta@zeta.com.br, em decorrência dos fatos
jurídicos, abaixo evidenciados.

( a ) Quanto à audiência de conciliação (CPC, art. 319, inc. VII)

Opta-se pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319,


inc. VII), razão qual se requer a citação da Promovida, por carta (CPC, art. 247, caput),
para comparecer à audiência, designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput c/c §
5º). Antes, porém, avaliando-se o pleito de tutela de urgência.

1 - Quadro fático

A Autora nunca tivera qualquer enlace jurídico com a segunda


demanda. Todavia, em 09 de setembro próximo passado, fora surpreendida pelo
apontamento de protesto da duplica mercantil nº. 335566. (doc. 01)

Inegável, por isso, a nulidade desse título de crédito,


sobremaneira porquanto emitido sem qualquer lastro.

O apontamento para protesto fora feito pela primeira Ré. Atuou


na qualidade de endossatária do título. Quanto à segunda Ré, procedera com o
endosso àquela.

Nada obstante a Autora haver enviado correspondência, pedindo


providências para se evitar o aludido protesto, ambas Promovidas foram negligentes. É
dizer, sequer chegaram a respondê-la. (doc. 02)

Por conta desse fato, o nome daquela fora inserto nos órgãos de
restrições. Além disso, junto ao Cartório de Notas e Títulos Xista. (docs. 03/06)

Essa situação, de pretensa inadimplência, permanece até o


momento. Desse modo, requer-se a análise do pedido de tutela provisória de urgência,
além do pleito indenizatório.

2 - Legitimidade passiva
Na espécie, observa-se que o Banco-Requerido acolheu o título
de crédito, por meio de endosso translativo. Assim, a cártula fora alvo de operação
bancária denominada desconto. É dizer, por meio disso, a titular da duplicata, segunda
Promovida, mediante recebimento de valor, transferiu seu direito sobre o título ao
banco-réu. Assim, esse se tornou novo credor, decorrência do endosso-translativo.

Diferente situação, porém, seria se a primeira Requerida figurasse


como mera procuradora da segunda Requerida (endosso-mandato), maiormente para
efetuar a cobrança do título (prestação de serviços). Não é a hipótese, repise-se.

Nesse compasso, cabia a instituição financeira postulada verificar a


licitude do título. Ao contrário, mostrou-se negligente ao realizar a operação bancária
com título sem qualquer lastro de origem. Desse modo, deve ser solidariamente
responsabilizada (CC, art. 942).

Perlustrando esse caminho, Marlon Tomazette assevera, in verbis:

De outro lado, como o proveito é do endossante-mandante, o risco também será dele.


Se o endossatário-mandatário causar algum dano no exercício da sua função, ele
estará agindo em nome e em proveito do endossante. Assim sendo, a responsabilidade
pelos danos causados será, a princípio, do endossante-mandante. Se o proveito é dele,
o risco também será dele [ ... ]

Com esse mesmo enfoque, é altamente ilustrativo transcrever o


magistério de Arnaldo Rizzardo, in verbis:

. . . como é sabido, constitui a duplicata um título com cláusula à ordem, o que acarreta
a possibilidade de sua circulação. (...) O endossatário pode ser acionado por vícios do
título, porquanto recebeu-o sem a devida averiguação de sua autenticidade e
veracidade. O Superior Tribunal de Justiça adota essa solidariedade passiva: ‘O Banco
que recebe por endosso duplicata sem causa e a leva a protesto responde pelo dano
que causa ao indicado devedor e pelas despesas processuais com as ações que o
terceiro foi obrigado a promover, ressalvado o direito do banco de agir contra o seu
cliente’. É que, reafirmando orientação da Corte, justifica o voto do relator: ‘O Banco
comercial que recebe por endosso duplicata sem causa e a leva a protesto contra o
indicado devedor responde pelo dano a este causado, uma vez que corre o risco do
exercício de sua atividade. Também porque age com descuido ao receber o título
causal sem correspondência com a efetiva operação de compra e venda ou prestação
de serviço [ ... ]

É ancilar a orientação jurisprudencial nesse tocante:


APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE TÍTULO C/C
CANCELAMENTO DE PROTESTO C/C DANO MORAL. DUPLICATA MERCANTIL.
ENDOSSO-MANDATO. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA MANDATÁRIA. COMPROVANTE DE
ENTREGA DAS MERCADORIAS. INEXISTÊNCIA. PROTESTO INDEVIDO. NEGLIGÊNCIA
CARACTERIZADA. DANO MORAL CONFIGURADO. QUANTUM DEVIDO. PRINCÍPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE.
Não se desconhece que as instituições bancárias, diuturnamente, realizam apontes e
protestos de títulos com base em endosso-mandato. Todavia, também não se pode
olvidar que, quem recebe estes títulos para cobrança e, por isso mesmo, acatam
ordem do mandante para efetivar o protesto, assumem o risco e a responsabilidade
pelas consequências do protesto indevido. A Instituição Financeira, enquanto
mandatária, age com negligência ao levar cártula sem aceite a protesto,
desacompanhada do comprovante da entrega das mercadorias, que comprovasse que
o protesto deveria ser realizado. O STJ já sufragou entendimento no sentido de que
nos casos de protesto indevido de título ou inscrição irregular em cadastros de
inadimplentes, o dano moral se configura in re ipsa, isto é, prescinde de prova, ainda
que a prejudicada seja pessoa jurídica. O quantum indenizatório por dano moral não
deve ser a causa de enriquecimento ilícito nem ser tão diminuto em seu valor que
perca o sentido de punição [ ... ]

APELAÇÃO CÍVEL. " AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA


C/C CANCELAMENTO DE PROTESTO, PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
ANTECIPATÓRIA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS". SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA. RECURSO INTERPOSTO PELA CASA BANCÁRIA RÉ. ILEGITIMIDADE
PASSIVA. PRELIMINAR QUE SE CONFUNDE COM O MÉRITO. RESPONSABILIDADE DA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA ENDOSSATÁRIA. ALEGAÇÃO DE QUE NÃO SERIA TITULAR
DA OBRIGAÇÃO CONTRATUAL COM A AUTORA. DUPLICATA MERCANTIL. CAMBIAL
SEM LASTRO COMERCIAL. ENDOSSO TRANSLATIVO. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.
PROTESTO INDEVIDO CARACTERIZADO. EXISTÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR.
MANUTENÇÃO DO PRONUNCIAMENTO JUDICIAL RECORRIDO. APELO DESPROVIDO.
1.Para efeito do art. 543-C do CPC: O endossatário que recebe, por endosso
translativo, título de crédito contendo vício formal, sendo inexistente a causa para
conferir lastro a emissão de duplicata, responde pelos danos causados diante de
protesto indevido, ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e
avalistas. 2. Recurso Especial não provido. (RESP 1213256/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28/09/2011, DJe 14/11/2011) Consoante
entendimento do Superior Tribunal de Justiça, responde por danos materiais e morais
o banco endossatário que recebe o título por endosso translativo. Inquestionável a
legitimidade passiva da instituição financeira ora apelante para figurar no polo passivo
da demanda em que se busca a declaração de inexigibilidade de duplicata emitida sem
lastro comercial, bem como inarredável a responsabilidade da mesma pelo protesto
indevido do título, caso em que a jurisprudência é pacífica no sentido de que o dano
moral é presumido (in re ipsa).MONTANTE INDENIZATÓRIO. ABALO MORAL.
INEXISTÊNCIA DE CRITÉRIOS OBJETIVOS PARA A FIXAÇÃO. ANÁLISE DO CASO
CONCRETO. PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE. CAPACIDADE FINANCEIRA DAS
PARTES. PROTESTO QUE PERMANECEU POR 5 (CINCO) ANOS. QUANTIA ARBITRADA NO
PRIMEIRO GRAU EM R$ 20.000,00 (VINTE MIL REAIS). PLEITO DE MINORAÇÃO DO
QUANTUM. INVIABILIDADE. VALOR ABAIXO DO PARÂMETRO DESTA CÂMARA.
REBELDIA INACOLHIDA. IMPOSSIBILIDADE DE AUMENTO DO MONTANTE SOB PENA DE
INCORRER EM REFORMATIO IN PEJUS. Inexistindo critérios objetivos para a fixação do
quantum indenizatório, cabe ao Magistrado examinar as peculiaridades do caso
concreto, ponderando, dentre outros fatores, a capacidade financeira/econômica das
partes e o lapso temporal de permanência do ilícito. Na espécie, considerando que a
recorrente, responsável reparação, é instituição financeira de grande renome e amplo
poderio econômico e a parte lesada é pessoa física, qualificada na exordial como
auxiliar de cozinha, e, ainda, o lapso de permanência do protesto dos títulos pelo
interregno de 5 (cinco) anos, afigura-se inviável a minoração do valor da reparação
arbitrado pelo Juízo a quo em R$ 20.000,00 (vinte mil reais). Destaque-se, por
oportuno, que referida quantia encontra-se, inclusive, aquém do usualmente arbitrado
por esta Câmara, sendo impossível de majoração, sob pena de reformatio in pejus.
PRETENSÃO DE REFORMA QUANTO AOS "DANOS MATERIAIS". PEDIDO SEQUER
FORMULADO PELO AUTOR NA EXORDIAL RAZÃO PELA QUAL TAMBÉM NÃO FOI
OBJETO DA SENTENÇA. NÃO CONHECIMENTO NO TÓPICO. HONORÁRIOS RECURSAIS.
EXEGESE DO ART. 85, § 11, DA Lei ADJETIVA CIVIL. DESPROVIMENTO DO RECLAMO E
APRESENTAÇÃO DE CONTRARRAZÕES PELA ADVERSÁRIA. MAJORAÇÃO CABIDA NA
ESPÉCIE, EM PROL DO CAUSÍDICO DA RECORRIDA. Sob a premissa de que o estipêndio
patronal sucumbencial é devido em função do trabalho realizado pelos causídicos,
prevê a legislação processual civil a possibilidade de majoração de honorários por
ocasião do julgamento do recurso (art. 85, § 11).Nesse viés, na situação dos presentes
autos, a apresentação de contrarrazões ao recurso desprovido justifica a majoração de
honorários recursais no percentual de 5% (cinco por cento) sobre o valor da
condenação em favor do patrono da parte autora [ ... ]

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
PROTESTO DE DUPLICATA. FALTA DE COMPROVAÇÃO DA COMPRA E VENDA.
PROTESTO INDEVIDO. CANCELAMENTO. DANO MORAL CONFIGURADO. RE IPSA
DANO IN.
1. A duplicata é título eminentemente causal, originando-se de uma compra e venda
mercantil ou prestação de serviços (Lei nº 5.474/68), restando inviável, dessa forma, a
sua emissão com fundamento em nota fiscal desacompanhada do comprovante da
entrega da mercadoria. O indicativo de existência de obrigações inadimplidas entre as
partes não obsta o cancelamento do protesto indevidamente lavrado, tampouco o
reconhecimento da inexistência da dívida representada pelo título irregularmente
emitido. 2. Cuidando-se de endosso translativo, a instituição financeira endossatária
responde, juntamente com o endossante, pelos prejuízos causados ao suposto
devedor. Cabia a esta verificar se o título possuía todos os requisitos necessários à
cobrança, o que não se evidenciou. 3. Danos morais decorrentes do protesto indevido
que se afiguram in re ipsa, o qual prescinde de comprovação, ante os efeitos nefastos
que da própria inscrição advém. Quantum indenizatório fixado em atenção aos
parâmetros desta corte em casos análogos. Apelação provida [ ... ]

Essa abordagem, até mesmo, encontra-se pacificada no STJ, ad


litteram:
STJ, Súmula 475: Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o
endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal
extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os
endossantes e avalistas.

Por esses motivos, a primeira demandada deve, igualmente,


figurar no polo passivo. De mais a mais, ser responsabilizada civilmente, máxime em
face dos ditames contidos na Legislação Substantiva Civil. (CC, art. 942)

3 - Dever de indenizar

3.1. Duplicata simulada

É cediço que a duplicata mercantil constitui título de crédito


fundamentalmente causal. Por esse ângulo, deve se apresentar vinculada ao negócio
subjacente que lhe deu causa, emitido em decorrência da compra e venda mercantil.
Aqui, ao invés disso, a duplicata não tem origem lícita; sequer
houve negócio jurídico entabulado entre a Autora e quaisquer das partes demandadas.
Noutro giro, não se deve perder de vista que quaisquer provas,
em sentido contrário, deverão ser produzidas pelas Rés. (CPC, art. 373, inc. II)
Nesse sentido:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO, COM PEDIDOS


DE ANULAÇÃO DE PROTESTO E DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, PROMOVIDA
EM FACE DA EMPRESA SACADORA E DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA ENDOSSATÁRIA.
Protesto indevido de duplicata mercantil. Sentença de procedência. Reclamo da casa
bancária endossatária. Preliminar de ilegitimidade passiva ad causam. Matéria que se
confunde com o mérito. Análise conjunta. Pretendida reforma da sentença de
procedência. Alegada ausência de responsabilidade pelo ilícito, dada a apresentação
do título a protesto na condição de mera mandatária da credora endossante. Tese
rejeitada. Ausência de prova nos autos da ocorrência de endosso mandato. Ônus que
incumbia à casa bancária arguente, dado o caráter excepcional da respectiva a
modalidade de transmissão de título. Presunção da transferência da cambial por
endosso translativo. Regra geral. Precedentes desta corte. Ausência de irresignação
quanto à ilegalidade do protesto. Dever de indenizar por parte da casa bancária
inarredável. Súmula nº 475 do Superior Tribunal de Justiça. Dano moral presumido.
Manutenção da sentença que se impõe. Pleito subsidiário de redução do quantum
indenizatório. Desprovimento. Importe estabelecido na origem. R$ 10.000,00 (dez mil
reais), dos quais a apelante é responsável por metade. Adequado. Observância à
extensão do dano e aos valores aplicados pela câmara em situações semelhantes.
Quantum preservado. Reclamo conhecido e não provido. Necessidade de análise, ex
officio, dos honorários advocatícios de sucumbência, ante a atuação do advogado da
autora em grau recursal. Impossibilidade de majoração da verba na hipótese, ante a
fixação pela magistrada sentenciante do estipêndio advocatício em favor da autora no
máximo legal previsto no art. 85, § 2º, do código de processo civil vigente (20% [vinte
por cento] sobre o valor atualizado da condenação). Precedentes desta corte [ ... ]

Inarredável que a anotação de protesto traz abalo de crédito a


qualquer empresa. Por reflexo, obviamente, inúmeros reflexos de prejuízos
financeiros. Nesse passo, trata-se de dano in re ipsa.
Doutro giro, a negligência, a ilicitude, foram francamente aqui
demonstradas. Assim, patente o dever de indenizar.
Quanto ao montante indenizatório, nesse âmbito de discussão, é
preciso lembrar que o STJ:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RECURSAL. SÚMULA Nº 284/STF. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA Nº 211/STJ. REEXAME DE MATÉRIA PROBATÓRIA.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA Nº 7/STJ. CONSONÂNCIA DO ACÓRDÃO RECORRIDO
COM O ENTENDIMENTO DESTA CORTE. SÚMULA Nº 83/STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. A ausência de correta especificação, clara e objetiva, sobre a alegada violação dos
dispositivos tidos por violados, bem como a falta de arrazoado jurídico impugnativo
congruente com os fundamentos do acórdão que embasam o especial, caracterizam
argumentação deficiente a impossibilitar a compreensão exata da controvérsia,
atraindo a incidência da Súmula nº 284/STF. 2. A matéria dos dispositivos tidos por
violados não foi objeto de prequestionamento pelo tribunal de origem, mesmo após a
oposição de embargos de declaração. Persistindo a omissão, cabia à recorrente ter
alegado, nas razões do Recurso Especial, violação ao art. 535 do CPC/73, ônus do qual
não se desincumbiu. (Súmula nº 211/STJ). 3. O tribunal de origem consigna que a
notificação realizada in casu não tem o condão de evitar o pagamento da duplicata à
devedora originária, na medida que se trata de mera comunicação de cessão de
crédito desacompanhada do título, da anuência da cedente ou de qualquer elemento
que possibilitasse o ajuizamento de consignação em decorrência de dúvida. Logo, foi
regular o pagamento efetuado pela sacada à sacadora da duplicata e indevido o
protesto realizado pela recorrente, devendo arcar com a indenização correspondente
pelos danos morais in re ipsa causados à autora. A reforma do aresto, neste aspecto,
demanda inegável necessidade de reexame de matéria probatória, providência inviável
de ser adotada em sede de Recurso Especial, ante o óbice da Súmula nº 7 desta corte.
4. De acordo com a jurisprudência do STJ, é razoável a indenização por danos morais,
decorrentes de protesto indevido, se for fixada em até cinquenta salários mínimos.
Precedentes. 5. Agravo interno não provido [ ... ]

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO (ART. 544 DO CPC/73).


AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS DECORRENTE DE INCLUSÃO INDEVIDA
EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU
PROVIMENTO AO AGRAVO REGIMENTAL A FIM DE RECONSIDERAR A DECISÃO
MONOCRÁTICA ANTERIORMENTE PROFERIDA PARA, DE PLANO, NEGAR
PROVIMENTO AO RECLAMO POR FUNDAMENTAÇÃO DIVERSA. INSURGÊNCIA
RECURSAL DA RÉ.
1. Para acolhimento do apelo extremo, seria imprescindível derruir a afirmação contida
no decisum atacado no sentido de que houve a inscrição indevida, o que demandaria o
revolvimento das provas juntadas aos autos e forçosamente ensejaria em rediscussão
de matéria fática, incidindo, na espécie, o óbice da Súmula nº 7 deste Superior Tribunal
de Justiça. Precedentes. 1.1 O STJ já firmou entendimento que "nos casos de protesto
indevido de título ou inscrição irregular em cadastros de inadimplentes, o dano moral
se configura in re ipsa, isto é, prescinde de prova, ainda que a prejudicada seja pessoa
jurídica" (REsp 1059663/MS, Rel. Min. NANCY ANDRIGHI, DJe 17/12/2008).
Precedentes. 2. A indenização por danos morais, fixada em quantum em conformidade
com o princípio da razoabilidade, não enseja a possibilidade de interposição do
Recurso Especial, ante o óbice da Súmula n. 7/STJ. 2.1 Este Tribunal Superior tem
prelecionado ser razoável a condenação no equivalente a até 50 (cinquenta) salários
mínimos por indenização decorrente de inscrição indevida em órgãos de proteção ao
crédito. Precedentes. 3. Agravo interno desprovido [ ... ]

É digno também de aplausos o entendimento que emana da


jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO COM PEDIDO


DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS.
Duplicata mercantil. Cessão do crédito para duas empresas de fomento mercantil.
Sacada que efetua o pagamento a uma das faturizadoras e sofre protesto pela outra.
Sentença de parcial procedência. Irresignação da autora. Relação de consumo.
Inexistência. Autora pessoa jurídica que não era destinatária final dos produtos
adquiridos da sacadora e que não comprovou situação concreta de vulnerabilidade.
Cessão de crédito. Documentação carreada aos autos insuficiente à comprovação da
notificação da devedora. Ineficácia perante a sacada. Inteligência do art. 290 do Código
Civil. Dano moral. Restrição creditícia provada nos autos. Concorrência para o evento,
ante a omissão em comunicar a devedora da condição de cessionária. Prejuízo à
imagem da pessoa jurídica e ao desenvolvimento da sua atividade que são presumidos.
Reconhecimento do abalo anímico que se impõe. Quantum indenizatório. Fixação de
acordo com as peculiaridades do caso concreto e em respeito aos preceitos da
razoabilidade e da proporcionalidade. Levantamento do protesto efetivado
anteriormente ao deferimento da liminar pelo juízo. Ausência de comunicação à ré
sobre o pagamento a terceiro, quando da intimação pelo tabelionato. Recurso
conhecido e parcialmente provido [ ... ]

DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO CUMULADA COM MEDIDA


CAUTELAR DE SUSTAÇÃO DE PROTESTO E DANOS MORAIS. PROCEDÊNCIA.
PRESTÍGIO.
Oralidade indisputável sufragou a emissão da duplicata sem lastro. Protesto indevido.
Ausência de qualquer prova que caracterize fato extintivo, modificativo ou impeditivo
do direito da autora, nas letras do artigo 373, inciso II, do CPC. Danos morais.
Cabimento. Existência ante a presunção de abalo de crédito. Dever de reparar
configurado. Dosimetria imune a críticas. Compensa-se monetariamente o abalo
econômico sofrido e desestimula-se o causador do aborrecimento na faina de se evitar
a recidiva. Hipótese do artigo 252 do RITJSP. Sentença mantida. Recurso improvido [ ...
]

Ademais, é consabido que o abalo, suportado pela empresa


autora, seja mesmo na esfera moral, pode ser alvo de pleito indenizatório.

Súmula 227(STJ) - A pessoa jurídica pode sofrer dano moral.

Não bastasse isso, as instituições financeiras são sabedoras que


essa fraude é comum. Dessarte, deveriam redobrar os cuidados na realização desses
contratos, minimante certificando-se de que as pessoas interessadas não estejam
praticando atos ilícitos.
É verdade que a dinâmica das transações, diárias, praticamente
inviabiliza que todas as medidas de precaução sejam realizadas. Tal-qualmente é
verdadeiro que existem diversas formas de falsificação, que dificultam, cada vez mais,
sua identificação.
Ingressa-se, no entanto, em área de arbítrio da instituição
financeira, que, ao optar por meios vulneráveis de contratação, assume o risco por
eventual contratação fraudulenta.

Audiência online assistida no:


https://audienciasonline.com.br/#/area/5c749e851b4a83555a1ebfa9

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Para uso da Coordenação / Supervisão:

Horas Atribuídas: 2 horas / /


Visto Prof. Orientador
FORMULÁRIO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Aluno(a) VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:

Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Ação Monitória

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ª VARA CÍVEL


(JUIZADO ESPECIAL) DA COMARCA DE CIDADE–ESTADO

… (nome completo em negrito do reclamante), … (nacionalidade), … (estado


civil), … (profissão), portador do CPF/MF nº …, com Documento de Identidade de n°
…, residente e domiciliado na Rua …, n. …, … (bairro), CEP: …, … (Município –
UF), vem respeitosamente perante a Vossa Excelência propor:

AÇÃO MONITÓRIA

em face de … (nome em negrito do reclamado), … (indicar se é pessoa física ou


jurídica), com CPF/CNPJ de n. …, com sede na Rua …, n. …, … (bairro), CEP: …, …
(Município– UF), pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no final
requer.:

PRELIMINARMENTE
A Autora, em razão de não poder fazer frente às custas do processo e honorários
de advogados, sem prejuízo para o sustento de seu sócio e de sua próprio família,
REQUER os benefícios da GRATUIDADE DE JUSTIÇA, com fundamento no
artigo 5º da Constituição Federal, inciso LXXIV e a Lei nº. 1.060/50.

Com o advento da Constituição Federal de 1988, o conceito de assistência judiciária


deve ser interpretado ampliativamente, ante a aplicação do Artigo 5o, inc. LXXIV.
Dessa forma, as pessoas jurídicas, podem ser beneficiadas com a isenção de
despesas processuais e honorários sucumbenciais.

Data maxima venia, deve ser aplicado o mesmo principio que norteia a concessão
do benefício à pessoa jurídica, qual seja, a relevância dos direitos envolvidos. Logo,
se aos necessitados em geral lhes são garantidos condições mínimas para acesso à
Justiça, de igual forma, também, deve ser a concedida a Autora o beneficio da
justiça gratuita.

A pessoa jurídica pode ser beneficiada pela gratuidade de justiça, uma vez que a Lei
concessiva não faz distinção entre pessoa física (natural) e pessoa juridica para
conceder tal beneficio. Provimento do recurso. (Grifos Nossos)

Assim, considerando a impossibilidade da Autora que seja momentânea, nomeia e


constitui seu bastante procurador nos termos do instrumento em anexo, como seu
patrono que esta subscreve, o qual declara aceitar o encargo, condicionando a
percepção de seus honorários profissionais, à procedência dos pedidos.

DOS FATOS

A requerente é credora da requerido, na importância de R$ 6.400,00 (Seis mil e


quatrocentos reais), representada pela Nota Fiscal nº ……, devidamente assinados
(aceite).

A NF acima mencionada refere-se a serviços realizados pela empresa requerente de


produção de vídeo institucional veiculado no
Até o presente momento a requerida não resgatou a sua dívida e vem negando-se
a fazê-lo pelas vias amigáveis.

Diante destes fatos, exauridas todas as tentativas amigáveis possíveis, não resta
alternativa a Requerente, senão recorrer aos meios judiciais para receber o que lhe
é de direito através da presente AÇÃO MONITÓRIA.

DO DIREITO

O art. 700 do NCPC dispõe que:

Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que
afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título
executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:

I – o pagamento de quantia em dinheiro;

O direito do requerente está evidenciado ante a prova escrita ou


seja, ante a nota fiscal do serviço como também demonstra-se
que foi entregue ante a gravação anexo do produto (vídeo anexo
em cd).

Destaca-se também que evidenciado o direito do requerente será imediatamente


deferido a expedição do mandado de pagamento.

Art. 701. Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a


expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou
para execução de obrigação de fazer ou de não fazer,
concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento
e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do
valor atribuído à causa

III – DO PEDIDO

Isto posto, requer a Vossa Excelência:


a) a expedição do mandado de pagamento do débito atualizado
de R$ 6.400,00 (seis mil e quatrocentos reais) com
a conseqüente citação do réu para que, em 15 dias, cumpra a
obrigação e pague 5% sobre o valor da causa à título de
honorários advocatícios, ou ofereça embargos, sob pena de
constituir-se de pleno direito o título executivo judicial,
convertendo-se o mandado inicial em executivo e prosseguindo
na forma dos artigos 513 e seguintes do Novo Código de Processo
Civil;

b) a produção de todas as provas em direito admitidas,


especialmente provas documental, depoimento pessoal do réu,
sob pena de confissão e oitiva de testemunhas.

Dá-se o valor de R$ R$ 6.400,00 (seis mil e quatrocentos reais) à


causa.

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

… (Município – UF), … (dia) de … (mês) de … (ano).

ADVOGADO

OAB n° …. – UF

Audiência online assistida no:


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Visto Prof. Orientador
FORMULÁRIO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Aluno(a) VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:

Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS E ESTETICO , DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRANSITO

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

EXCELENTÍSSIMO SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DO … ° JUIZADO


ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE …

… (nome completo em negrito da parte), … (nacionalidade), … (estado


civil), … (profissão), portador do CPF/MF nº …, com Documento de Identidade
de n° …, residente e domiciliado na Rua …, n. …, … (bairro), CEP: …, …
(Município – UF), vem respeitosamente perante a Vossa Excelência propor:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE


ACIDENTE DE TRÂNSITO

em face de … (nome em negrito da parte), … (indicar se é pessoa física ou


jurídica), com CPF/CNPJ de n. …, com sede na Rua …, n. …, … (bairro), CEP:
…, … (Município– UF), pelas razões de fato e de direito que passa a aduzir e no
final requer.:
PRELIMINARMENTE I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O Autor requer que lhe seja concedido o benefício da ASSISTÊNCIA GRATUITA


em virtude de não poder arcar com o ônus financeiro decorrente do presente
processo, sem que com isso, sacrifique o seu sustento e de seus familiares,
consoante prescreve o art. 5º, LXXIV da Constituição Federal, Lei nº 1.060/50
e demais normas legais que se relacionem com a espécie, haja vista que não
tem rendimento fixo e os trabalhos eventuais foram interrompidos com o
acidente de que trata a presente ação, além de ser idoso com mais de 60
anos.

II – DOS FATOS

Aos XXXXXX dias do mês de XXXXXX do ano de XXXXXX por volta das 09:00 h da
Hmanhã, o REQUERENTE trafegava com sua motocicleta Yamaha XXXXXXX,
XXXXXXXXX de placa XXXXXXXX (doc. Anexo), pela Avenida XXXXXXXXXXXX em
direção à Avenida XXXXXXXXX, portanto, no sentido leste – oeste, tendo nesta
via a sua preferência, quando foi colhido pelo veículo Fiat Palio azul de placas
XXXXXXXXX conduzido por XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, que surgiu da Rua
XXXXXXXXXXXXXXXXXXX, no sentido norte – sul, invadindo a via preferencial
em que o REQUERENTE seguia normalmente (mapa de localização em anexo).

O REQUERENTE foi atendido no local do acidente pelo Serviço Móvel de


Urgência – SAMU, que foi acionado por terceiros que trafegavam no local no
momento do ocorrido (Registro de atendimento do SAMU em anexo), que em
seguida dirigiu-se com o REQUERENTE para o Hospital São Marcos para as
devidas providências conforme prontuário e laudo do hospital em anexo.

A REQUERIDA, mesmo tendo consciência do fato ocorrido, não parou seu


veículo e evadiu-se do local do acidente sem prestar nenhum tipo de socorro à
vítima QUE É IDOSO COM 63 ANOS DE IDADE, tendo sido a ocorrência
devidamente registrada pelo Autor, onde a autoridade policial incluiu a RÉ no
crime de Lesão corporal culposa no trânsito (art. 303 do CTB) conforme B. O
(em anexo).
A REQUERIDA adentrou inadvertidamente ao local onde o autor trafegava com
sua motocicleta, colidindo com o mesmo e o arremessando de encontro a
pista de rolamento, ocasionando-lhe diversos ferimentos, bem como seqüelas
no crânio conforme laudo de Tomografia do Crânio (em anexo), como também
fratura no ombro direito como mostra a conclusão do raio x do ombro em
anexo.

O Dr. XXXXXXXXXXXXX informa no atestado (em anexo) que o REQUERENTE


deve afastar-se do trabalho por 90 dias. É necessário destacar aqui,
Excelência, o Laudo de Exame Pericial realizado no Instituto Médico Legal,
assinado pelo Perito XXXXXXXXXXXXXX (em anexo), onde entre outros itens a
serem considerados, está o quesito de número 4 que consta a seguinte
pergunta:

Resultará incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, ou


perigo de vida, ou debilidade permanente do membro, sentido ou função?
Resposta do perito: SIM PARA INCAPACIDADE PARA AS OCUPAÇÕES HABITUAIS
POR MAIS DE 30 DIAS E SIM PARA DEBILIDADE PERMANENTE EM 10% DE MEMBRO
SUPERIOR DIREITO.

Com isso, Excelência, o REQUERENTE agora possui limitações dos movimentos


do braço direito. Também em decorrência do acidente, além dos danos
estéticos e outros já citados, o autor ficou impossibilitado de trabalhar por
longo período, além de todo o prejuízo patrimonial com sua motocicleta.

É IMPRESCINDÍVEL destacarmos aqui, que em consulta realizada ao banco de


dados do DETRAN-PI (em anexo) encontramos o veículo Fiat Palio de
propriedade da REQUERIDA, envolvido no acidente, com débitos referentes
aos licenciamentos desde o ano de 2012, o que de pronto já impossibilitaria
que o mesmo estivesse trafegando pelas ruas, o que nos leva a levantar a
hipótese de que esse seria um dos motivos que levaram a RÉ a não prestar
socorro no momento do acidente, tendo em vista que, com a presença da
autoridade de trânsito o veículo seria imediatamente apreendido devido sua
situação irregular perante o DETRAN-XXXXX.
A motocicleta do REQUERENTE foi adquirida a duras penas, pois o mesmo não
tem renda fixa e a conduta culposa da REQUERIDA acabou por ocasionar danos
ao veículo do Autor no valor de R$ XXXXXXXXXXXXXX
(XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX) conforme orçamento (em anexo), fornecido
pela concessionária autorizada Yamaha em XXXXXXXXXX, considerando que o
veículo foi adquirido e está registrado em nome de sua esposa,
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, tem menos de um ano de uso, estando, assim, sob
garantia para efeito de troca de peças defeituosas, fato que afasta a
possibilidade de recuperação em outra oficina mecânica. O evento danoso
deixou marcas físicas, estéticas e morais, além de ter redundando em danos
patrimoniais e lucros cessantes.

III – DO DIREITO

Consultando o ordenamento jurídico pátrio, vamos encontrar: CTB – Lei


nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997 Institui o Código de Trânsito Brasileiro.
Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas – detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. Parágrafo
único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer qualquer
das hipóteses do § 1o do art. 302. (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
(Vigência) Prescreve o atual Código Civil:

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único.
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade
normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.

Art. 942. Os bens do responsável pela ofensa ou violação do


direito de outrem ficam sujeitos à reparação do dano
causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos
responderão solidariamente pela reparação.

Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor


indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos
lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum
outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.

Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido


não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua
a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas
do tratamento e lucros cessantes até ao fim da
convalescença, incluirá pensão correspondente à importância
do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele
sofreu.

O jurista João Casillo, in “Dano a pessoa e sua indenização”, Editora Revista


dos Tribunais, ensina o seguinte: “Na apuração dos lucros cessantes, também
o critério é o dos rendimentos.

Aquele que vê sua saúde abalada, ou deixa de produzir ou passa a fazê-lo em


escala menor, sofrendo, portanto, perda em seus ganhos, deve ser
indenizado, e, se algum é responsável pelo evento, deve arcar com o dano
causado. Na apuração do quantum, a base de cálculo é o valor da
remuneração, real ou presumida.”[5] Infelizmente, a vítima, que sobrevive
com serviços eventuais não documentados, após ultrapassar os 60 anos de
idade, não pode provar na Justiça o montante dos seus lucros cessantes,
deixando com a autoridade judicial a possibilidade de arbitrar o valor que
venha a ser reputado como justo ao caso em comento.

Todos os danos são indenizáveis: os patrimoniais, morais e estéticos. É


entendimento já consolidado na jurisprudência pátria que: SÚMULA n.º 37 do
STJ – São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos
do mesmo fato. O inesquecível Pontes de Miranda, citando Hermenegildo de
Barros, in “Tratado de Direito Privado, tomo 53, págs. 228 e 229, salienta:”…
Embora o dano seja um sentimento de pesar íntimo da pessoa ofendida, para
o qual se não encontra estimação perfeitamente adequada, não é isso razão
para que se lhe recuse em absoluto uma compensação qualquer.

Essa será estabelecida, quando e como possível, por meio de uma soma, que
não importando uma exata reparação, todavia representará a única salvação
cabível nos limites das forças humanas.

O dinheiro não os extinguirá de todos; não os atenuará mesmo por sua


natureza; mas pelas vantagens que o seu valor permutativo poderá
proporcionar, compensando, indiretamente e parcialmente embora, o suplício
moral que os vitimados experimentem”. Segundo a mais realista
jurisprudência, fundada em Silvio Rodrigues, amparada por Ripert e Boulanger
(A Reparação nos acidentes de Trânsito, 2ª edição revista e ampliada, Revista
dos Tribunais, 1986, pág. 121): “Se a vítima experimenta ao mesmo tempo um
dano patrimonial defluente da diminuição de sua capacidade para exercer seu
ofício e um dano moral derivado do aleijão, deve receber dupla indenização,
aquela proporcional à deficiência experimentada e esta fixada
moderadamente.” O próprio Silvio Rodrigues, in”Direito Civil”, 4º Volume,
pág. 242, segue na mesma linha do entendimento esposado, dizendo que”se a
vítima experimenta, ao mesmo tempo, um dano moral derivado do aleijão e
um dano patrimonial defluente da diminuição de sua capacidade para exercer
seu ofício, deve receber dupla indenização”.

Uma coisa é a indenização reparadora do dano moral e do dano estético,


disciplinada pelo artigo 949 do Código Civil, e outra a indenização do dano
patrimonial, consistente na diminuição ou perda definitiva da capacidade
laborativa de que cuida o artigo 950 do mesmo codex.

Ante o exposto, forçoso verificar que a ré se coloca sob o império da lei


naquilo que percute à sua responsabilidade pelos diversos danos causados a
terceiro, conforme as regras que vão do Código de Trânsito
Brasileiro ao Código Civil. Em sendo assim, o Direito é suficientemente
pródigo na defesa da parte inocente, especificamente no caso de acidentes de
trânsito.

IV – DOS PEDIDOS
Isto posto, requer que Vossa Excelência se digne determinar:

a) a citação da ré via Correio, na forma autorizada pelos


artigos 221, inciso I e 223, ambos do Código de Processo Civil,
a ser dirigida aos endereços inicialmente declinados, com
registro de horário de recebimento, para que tome
conhecimento, advertindo-a do prazo que dispõe para
oferecimento de contestação, caso queira, sob pena de
revelia, como estabelecem os artigos 285 e 319 do Estatuto
Processual.

b) a procedência dos pedidos, saindo a ré condenada nas


seguintes verbas e obrigações:

b.1) – pagamento dos lucros cessantes pelo período em que


ficou o REQUERENTE sem trabalhar, no valor que venha a ser
arbitrado pela autoridade judicial, conforme dito alhures,
pela ausência de documentação que possa permitir o cálculo
de uma média do rendimento mensal do autor;

b.2) – pagamento de uma indenização pelos danos morais e


estéticos, em quantia suficiente para mitigar efetivamente o
sofrimento da vítima, sob todos os aspectos atingidos pelo
sinistro, correspondente a R$ XXXXXXXXXX
(XXXXXXXXXXXXXX);

b.3) – o pagamento no valor de R$ XXXXXXXXXXX referente ao


orçamento (em anexo) para reposição das peças e serviço de
mão-de-obra da motocicleta do autor, vítima do acidente;

b.4) – seja a ré condenada ao pagamento das indenizações


supramencionadas, acrescidas de juros e correção monetária
a contar da data do acidente, que serão calculados na fase de
execução, na data da condenação bem como custas
processuais e honorários advocatícios, que deverão ser
fixados em 15% (quinze por cento) do total da condenação;
c) seja concedido ao autor, o benefício da justiça gratuita,
nos exatos termos da Lei 1.060/50, por ser pessoa pobre na
acepção jurídica da palavra e não ter a mínima condição de
suportar custa e despesas processuais, sem prejudicar seu
próprio sustento e de sua família, conforme declaração
anexada.

d) que, caso algum ato tenha que ser realizado por


intermédio do Sr. Oficial de Justiça, que seja ele realizado
conforme dispõe o 172, § 2º do Código de Processo Civil.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em


direito admitidos, em especial prova de natureza pericial
médica, que desde já requer, depoimento pessoal do réu sob
pena de revelia, oitiva das testemunhas cujo rol segue
abaixo, que comparecerão mediante intimação, e, ainda,
juntada posterior de documentos;

Dá-se à causa o valor de …

Nestes termos,

pede e espera deferimento.

… (Município – UF), … (dia) de … (mês) de … (ano).

ADVOGADO

OAB n° …. – UF

Audiência online assistida no:


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Para uso da Coordenação / Supervisão:

Horas Atribuídas: 2 horas / /


Visto Prof. Orientador
FORMULÁRIO – ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Aluno(a) VICTOR HENRIQUE BAPTISTA MAGALHÃES RAGHI

RA: T45383-6 Turma/Período: 10/WA0968 Campus: PARAISO

Professor Orientador:

Tipo de Estágio: (X) Visita Orientada ( )Prática Simulada ( )Prática Real

Nome da atividade: AUDIENCIA ONLINE - Usucapião 6

Data: 14/08/2020 Visto/Carimbo

Relatório Circunstanciado do Estágio

EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA ÚNICA DE


JUSTIÇA DA COMARCA DE XXXXXXXXX

FULANO DE TAL, brasileiro, casado, empresário, inscrito no CPF/MF


sob nº XXXXXXX e portador da Cédula de Identidade XXXXXXX , e sua
mulher FULANA DE TAL, brasileira, secretaria, inscrita no CPF/MF nº
XXXXXXX, e portadora da CI/RG XXXXXXXXX, casados sob o regime de
Comunhão Parcial de Bens, conforme certidão de casamento em anexo,
ambos residentes e domiciliados à Rua XXXXXX, por intermédio de seus
advogados, com procurações em anexo, vem respeitosamente, à presença de
Vossa e Excelência, propor AÇÃO DE USUCAPIÃO ORDINÁRIA com fulcro
no art. 1.242 do CC, sob imóvel localizado na zona Rural de Caririaçu-CE.
Pelos fatos e fundamentos que a seguir expõem:

I - DOS FATOS
Os autores possuem o imóvel, localizado no Município de XXXXX, que
foi adquirido da Sra. DONA MARIA em XXXXX, conforme CONTRATO DE
COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL, em anexo. O referido
imóvel, que tinha como antiga proprietária a Sra. DONA MARIA, fora adquirido
pela mesma na data de XXXXXX, conforme ESCRITURAS PARTICULARES
DE COMPRA E VENDA, em anexo.

O contrato de compromisso de compra e venda firmado entre os


autores e a antiga proprietária foi quitado por meio do Recibo de Quitação de
Divida, documento colocado em anexo, que foi assinado pela Sra. XXX na data
de XXXXXX desonerando o referido imóvel de qualquer obrigação econômica
que havia anteriormente entre as referidas partes contratuais.

Os autores em momento algum tiveram ciência de que não eram donos


do referido imóvel, tendo, inclusive, duas escrituras particulares de compra e
venda em anexo que a antiga possuidora possuía para comprovar que o imóvel
lhe pertencia, buscando agora através desta ação a escrituração pública do
imóvel, tendo em vista que apenas o registro público em cartório é capaz de
transferir reconhecer a propriedade de bem imóvel, como denota o artigo 108
do CC:

“Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial


à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição ,transferência,
modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a
trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.

II - DO DIREITO
A ação tem como natureza a declaração de direito estabelecido pelo
magistrado, que é o que requer nesse momento, a declaração de direito de
posse e propriedade. Até por que os autores compraram o imóvel, do qual se
tornaram possuidores. Segundo artigo 1241, do Código Civil, eis que:

“Art. 1.241: Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida,


mediante usucapião, a propriedade imóvel.

Parágrafo único. A declaração obtida na forma deste artigo constituirá


título hábil para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.”
Assegura o art. 1.242 do CC que adquirirá a propriedade do imóvel,
mediante usucapião na modalidade ordinária, a situação fática que apresentar
a junção de alguns elementos fundamentais, quais sejam: posse mansa,
pacífica e ininterrupta de um determinado imóvel; lapso temporal de 10 (dez)
anos, e ainda a constatação de que o possuidor esteja agindo de boa-fé e
tenha a seu favor um justo título.

a) Da posse mansa e pacifica

Enquanto seu, período que compreende entre XX de Fevereiro do ano


de XXX a XX de Janeiro do ano de XX (Oito anos, onze meses e quinze dias),
a senhora DONA MARIA exerceu posse mansa e pacifica, além de ininterrupta
sob o referido imóvel, zelando e cuidando do mesmo, com “animus” de
proprietária. Requisitos legais para presente ação.

Os autores nunca sofreram qualquer tipo de contestação ou


impugnação por parte de quem quer que seja, sendo a sua posse, portanto,
mansa, pacífica, e ininterrupta durante o período compreendido entre XX de
XXX do ano de XX até esta data (XXX DE XXXX DE XXXX), totalizando um
ano, um mês e onze dias de posse. Ressalta-se que os autores, desde que
entraram para o imóvel, agiram como se fossem os proprietários.

Os autores em momento algum tiveram ciência de que não eram donos


do referido imóvel, tendo, inclusive, duas escrituras particulares de compra e
venda em anexo que a antiga possuidora possuía para comprovar que o imóvel
lhe pertencia, buscando agora a escrituração pública do imóvel, tendo em vista
que apenas o registro público em cartório é capaz de transferir reconhecer a
propriedade de bem imóvel, como denota o artigo 108 do CC:

“Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial


à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência,
modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a
trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País.
b) Da transferência do tempo de posse

O imóvel foi prometido a venda para o Sr. FULANO DE TAL e sua


esposa a Sra. FULANA DE TAL conforme CONTRATO DE COMPROMISSO
DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL datado no dia XX de XXXXX do ano de
XXXX, em anexo.

O artigo 1.243 do Código Civil vigente, denota acerca do “acessio


possesionis”, instrumento jurido que permite a soma das posses para formação
de requisito necessário à presente ação, como podemos verificar:

“ Art. 1.243: O possuidor pode, para o fim de contar o tempo exigido pelos
artigos antecedentes, acrescentar à sua posse a dos seus antecessores (Art.
1.207), contanto que todas sejam continuas, pacificas e , nos casos do art.
1.242, com justo titulo e de boa fé.
Na presente ação os autores possuem o imóvel desde a data de XX de
XXXX do ano de XXXX, contabilizando até a data presente ( XX de XXX do ano
de XXXX), totalizando um período de posse de UM ANO, UM MÊS E DEZOITO
DIAS, que somados ao período de posse de DONA MARIA, período
compreendido entre XX de XXXXX do ano de XXXX até a data da venda aos
autores desta, dia XX de XXXX do ano de XXXX, totalizando um período de
posse de OITO ANOS, ONZE MESES E QUINZE DIAS, representando após o
exposto um tempo total de Posse de DEZ ANOS, UM MÊS E TRÊS DIAS,
requisito legal para a presente ação.

c) Do justo titulo e boa fé

Como ressaltado anteriormente os autores até a presente data não


tiveram ciência de qualquer ônus que recaia sobre o imóvel, estabelecendo
inclusive, um ponto de energia elétrica tendo como titular o Sr. FULANO DE
TAL(Documento de Comprovação em anexo) que vai facilitar obras futuras no
imóvel.
Trata-se da usucapião ordinária na forma originária de aquisição da
propriedade, pois inexiste a transmissão da propriedade do antigo proprietário
para o usucapiente, denota-se que sobre o referido imóvel inexiste escrituração
pública em cartório, conforme certidão negativa de registro público emitida pelo
Cartório XXXXXXX de XXXXX, na data de XX de XXXX do ano de
XXXX.(Documento em anexo)

Importante, pois, verificar a existência do requisito do justo titulo, nas


escrituras particulares que transmitem o imóvel para a antiga possuidora – Sra
DONA MARIA - emitidas na data de XX de XXXX do ano de XXXX, bem como
o contrato de compromisso de compra e venda pactuado entre esta e os
autores desta ação na data de XXX de XXX do ano de XXX. Salienta-se que
aquele que possui um justo título, tem a seu favor a presunção de que é
possuidor de boa-fé, conforme determina o art. 1.201, parágrafo único, do CC:

“Art. 1201. É de boa fé a posse, se o possuidor ignora o vicio, ou o


obstáculo que o impede a aquisição da coisa.

Paragrafo Único: O possuidor com justo titulo tem por si a presunção de


boa fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite
esta presunção.
A jurisprudência também anuncia os requisitos indispensáveis para a
configuração da ação de usucapião ordinária e esclarece, ainda, a
conceituação do que seria justo título, conforme julgados do TJ/MG:

APELAÇÃO CÍVEL - USUCAPIÃO ORDINÁRIO - REQUISITOS


PREENCHIDOS - PROCEDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL. Para o
reconhecimento da prescrição aquisitiva delineada pelo artigo 551 do antigo
Código Civil erigem-se como requisitos a) posse mansa, pacífica, e ininterrupta,
exercida com intenção de dono; b) decurso do tempo de dez anos entre
presentes, ou de quinze anos entre ausentes; c) justo título, mesmo que este
contenha algum vício ou irregularidade; e boa-fé. Justo título não quer dizer
título perfeito. É qualquer fato jurídico apto à transmissão de domínio, ainda
que não registrado. A ação de usucapião compete também ao possuidor a non
domino. (Número do processo: 2.0000.00.446409-7/000 1 Relator: DOMINGOS
COELHO Data do acordão: 23/02/2005. Data da publicação: 05/03/2005).

III - DOS PEDIDOS


Ante o exposto, requer que a ação seja julgada PROCEDENTE,
concedendo à Requerente o domínio útil do imóvel em questão, declarando por
sentença a posse e o domínio do imóvel, bem como:

1. Que seja citada a qualquer momento a antiga possuidora do imóvel a


ser usucapido a fim de esclarecer eventuais questões que se originem no
decurso processual
2. Que, nos termos do artigo 246 II do CPC, sejam citados todos os
confrontantes, por oficial de justiça, nos termos do artigo 246 § 3º do CPC, para
querendo, contestem a presente ação, oferecendo a resposta que tiverem, no
prazo legal a ser fixado pelo juizo, sob pena de não o fazendo, presumirem-se
aceitos como verdadeiros os fatos alegados na peça exordial, conforme
estabelece o artigo 218 § 1º do CPC;

3. Que sejam intimados, por via postal, os representantes da Fazenda


Pública da União, Estados, Distrito Federal e Municípios para que manifestem
eventuais interesses na causa.

4. A citação dos réus certos e incertos e terceiros interessados, por


Edital (art. 221, III CPC), para querendo, contestarem a presente ação,
oferecendo a resposta que tiverem, no prazo legal de 15 dias, sob pena de não
o fazendo, presumirem-se aceitos como verdadeiros os fatos alegados na peça
exordial.

5. A intimação do Ministério Público, cuja manifestação se faz


obrigatória no presente feito, conforme manda o artigo 178 inciso I do CPC.

6. Que a sentença seja transcrita no registro de imóveis, mediante


mandado, por constituir esta, título hábil para o respectivo registro junto ao
Cartório de Registro de Imóveis, de acordo com o art. 945 do CPC c/c com art.
1.241, parágrafo único do Código Civil.

IV. DAS PROVAS


Pretendem os Requerentes provarem suas argumentações fáticas, por
toda e qualquer forma de prova permitida legalmente, dando ênfase a forma
documental, apresentando, desde já, os documentos acostados à peça
exordial, protestando pela produção das demais provas que eventualmente se
fizerem necessárias no curso da lide.

Atribui-se à causa o valor de R$ XXXXX (VALOR DO BEM).

Nestes termos,

Requer deferimento.

XXXX-CE, XX de XXXX de XXXX

ADVOGADO

OAB XXXX
Audiência online assistida no:
https://audienciasonline.com.br/#/area/5c749e851b4a83555a1ebfa9

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Para uso da Coordenação / Supervisão:

Horas Atribuídas: 2 horas / /


Visto Prof. Orientador

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