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AVALIAÇÃO DE GERONTOLOGIA

1. Explique na sua resposta a importância da geriatria para o cuidado da pessoa


idosa na prevenção da sua saúde. (2,0)

R. A geriatria é o ramo da Medicina encarregado de estudar e tratar doenças e condições


que estão relacionadas diretamente ao envelhecimento.
Por conta disso, a geriatria ficou conhecida como a medicina do idoso, sendo que todos
os aspectos da saúde de um paciente na melhor idade são avaliados por médicos dessa
especialidade.
O geriatra é o médico especialista em cuidar da saúde do idoso, através do tratamento
de doenças ou problemas comuns nesta fase da vida, como alterações da memória,
perda do equilíbrio e quedas, incontinência urinária, pressão alta, diabetes, osteoporose,
depressão, além de complicações provocadas por uso de medicamentos ou exames em
excesso. 
Além disso, este médico também poderá orientar formas de prevenir o surgimento de
doenças, bem como ajudar a obter um envelhecimento saudável, no qual o idoso poderá
se manter ativo e independente pelo máximo de tempo possível. Além disso, o
acompanhamento pelo geriatra é uma boa opção para aqueles idosos que são tratados
por diversos médicos de várias especialidades, e acabam se confundindo com tantos
remédios e exames.

2. Para você o que muda na vida da pessoa idosa com os especialistas em


gerontologia? (2,0)

R. O especialista em Gerontologia atua para garantir uma melhor qualidade vida na


pessoa idosa atuando na prevenção de doenças, propondo ações de prevenção aos
problemas que mais impactam os idosos e orienta a criação de condições adequadas
para um envelhecimento com qualidade. Orienta ainda a criação de condições ambientais
para uma vida com qualidade, propõe intervenções à episódios de perdas de saúde e
aspectos sociais para a busca de uma vida digna. Também atua nos cuidados paliativos
abrangendo aspectos físicos, psíquicos, sociais e espirituais, com atenção especial aos
familiares, visando o maior bem-estar possível e a dignidade do idoso até a sua morte.
3.  Quais são os marcos legais que modificaram o futuro da população idosa?
(2,0)

R. As questões ligadas ao idoso se faz presente em alguns marcos legais, que começam
a assegurar em leis os direitos da população idosa, visando inclusive à punição àqueles
que violarem os direitos desse segmento da população, que busca o estabelecimento de
políticas de proteção e defesa dos idosos, a Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988 (CF/88) assume essa perspectiva e em seu artigo 230 apresenta a
seguinte disposição: A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as
pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. Esse contexto reforça a
necessidade de alargar os seus direitos e de aprimorar as formas para melhor protegê-
los. Em 01 de outubro de 2003, com a intenção de regular e proteger especificamente tais
direitos, foi promulgado a Lei nº 10.741, o Estatuto do Idoso.
O estatuto é a forma legal de maior potencial no que se refere a proteção e
regulamentação dos direitos da pessoa idosa.
De acordo com seu artigo 2º, o idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-
lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação
de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social,
em condições de liberdade e dignidade. O Estatuto do Idoso estabeleceu uma série de
direitos que classifica como fundamentais a essa parcela da população. Conheça-os:
1. Vida
Artigo 9º – É obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde,
mediante efetivação de políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento
saudável e em condições de dignidade.
2. Liberdade, Respeito e Dignidade
Artigo 10 – É obrigação do Estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa a liberdade,
o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos,
individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis.
3. Alimentos:
Artigo 14 – Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover
o seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência
social.
4. Educação, Cultura, Esporte e Lazer:
Artigo 20 – O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos,
produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.

5. Profissionalização e Trabalho:
Artigo 26 – O idoso tem direito ao exercício de atividade profissional, respeitadas suas
condições físicas, intelectuais e psíquicas.
6. Previdência Social:
Artigo 29 – Os benefícios de aposentadoria e pensão do Regime Geral da Previdência
Social observarão, na sua concessão, critérios de cálculo que preservem o valor real dos
salários sobre os quais incidiram contribuição, nos termos da legislação vigente.
7. Assistência Social:
Artigo 33 – A assistência social aos idosos será prestada, de forma articulada, conforme
os princípios e diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, na Política
Nacional do Idoso, no Sistema Único de Saúde e demais normas pertinentes.
8. Habitação:
Artigo 37 – O idoso tem direito à moradia digna, no seio da família natural ou substituta,
ou desacompanhado de seus familiares, quando assim o desejar, ou, ainda, em
instituição pública ou privada.
9. Transporte:
Artigo 39 – Aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos fica assegurada a gratuidade dos
transportes coletivos públicos urbanos e semiurbanos, exceto nos serviços seletivos e
especiais, quando prestados paralelamente aos serviços regulares.
10. Saúde:
Artigo 15 – É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema
Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto
articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e
recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam
preferencialmente os idosos.

4. Quais assuntos foram discutidos na II Assembleia Mundial que aconteceu em


Madri de 2002 ? (2,0)

R. Após 20 anos da 1º Assembléia Mundial da ONU sobre envelhecimento realizada em


Viena em 1982 é realizada em 2002, de 8 a 12 de abril em Madrid a 2º Assembléia,
também sob os auspícios, da ONU. Uma das decisões de Viena, em 82, foi que 1999
seria o ano Internacional do Idoso. Este tipo de celebração é importante para aumentar a
consciência da sociedade sobre certos temas e, no Brasil acabou refletindo na elaboração
de um Projeto de Lei (Estatuto do Idoso), propondo os cuidados e direitos desta faixa
etária.
 Neste evento foram aprovados dois documentos: Plano de Ação e a Declaração Política.
Tanto um como outro começaram a ser discutidos e elaborados meses antes, e nos dias
do evento foram debatidos os pontos polêmicos. No caso específico desta Assembléia
fomos informados que o documento estava praticamente pronto, faltando somente três
pontos para fechá-lo, que são os seguintes: 1) Como proceder, em relação aos idosos,
em territórios ocupados. Tema com forte presença no momento (a Palestina está ocupada
por Israel), portanto foi uma polêmica importante. 2) Como dar ao idoso as medidas
paliativas para morrer, e 3) Globalização, que acabou evoluindo para a definição
acordada no encontro de Monterrey (México). Outro tema, não menos importante e de
preocupação crescente polemizado na Assembléia foi a questão dos migrantes, tantos
internos aos países, como externos. O Plano de Ação e a Declaração Política - são
semelhantes e reproduzo parte do conteúdo de ambos – reforçam a necessidade da
cooperação internacional para cuidar do envelhecimento da população e, que os países
devem reconhecer essa mudança demográfica e colocar nas agendas políticas nos níveis
nacional e internacional. Ressalta também que o mundo moderno tem capacidade
tecnológica para atender às condições dos idosos. E, que quando o envelhecimento é
reconhecido, a velhice deixa de ser empecilho para ser um patrimônio da humanidade,
base do futuro e parte da solução. 2 Os países que debateram, elaboraram e aprovaram
os documentos finais assumem o compromisso pela democracia, Estado de direito,
igualdade de gênero e fim das discriminações. As pessoas idosas devem desfrutar de
vida plena com saúde, dignidade, sem violência ou descaso. Importante neste documento
é que se passa a reconhecer, no envelhecimento, a questão de gênero. Estima-se em
mais de 1 milhão as mulheres sozinhas em 2050 e suas necessidades diferenciam-se das
dos homens. Outros pontos importantes também constam dos documentos, como: a
responsabilidade do Estado em todas as áreas (saúde, educação, habitação, transporte,
etc.), para com o idoso; a importância da pesquisa sobre essa faixa etária; que o idoso
deve trabalhar o tempo que desejar, não ser alijado do processo educacional; apoiar e
atender aos idosos em situação de ocupação.
A Declaração Política deu três enfoques: que o desenvolvimento deve levar em
consideração o envelhecimento; a atenção à saúde; e, ambiente favorável, sem violência,
com os direitos humanos garantidos e espaços adequados.
5. Escreva na sua resposta quais são os fatores que influenciam no processo
de depressão na fase idosa. (2,0)

R. Alguns fatores associados ao envelhecimento, como a perda da posição social,


diminuição dos contatos sociais, a solidão, problemas financeiros, incapacidade física e
medo e a perda de amigos, parentes, cônjuges, podem levar o idoso a apresentar
depressão, o que demonstra uma relação direta entre esta situação e a idade mais
avançada.

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