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Direitos da

criança e do
adolescente
Arts. 5º e 227 da
CF/88
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
1.
Brasil → Direitos Humanos → fundamento do Estado Democrático de Direito.

Texto Constitucional, art. 5º → previu e garantiu os direitos fundamentais.

Crianças e Adolescentes → art. 227 da CF/88

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao


jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
Âmbito de aplicação do eca
Crianças e Adolescentes (?) → art. 2º, Lei n. 8069/90

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Caráter universal do sistema de garantia de direitos fundamentais estabelecidos pelo ECA

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade.

Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de
moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
Âmbito de aplicação do eca
Critério BIOLÓGICO → objetivo, igualitário e mais seguro.

A questão da formação do cérebro segundo estudos:

A questão da emancipação → poder familiar.

- Os direitos fundamentais e normas e normas de garantia à formação do adolescente até


o alcance de sua maturidade fisiológica continuam aplicáveis ao menor emancipado.
“Na adolescência o córtex pré-frontal ainda não refreia
emoções e impulsos primários. Também nesta fase de
formação o cérebro adolescente reduz as sensações de
prazer e satisfação que os estímulos da infância
proporcionam, o que impulsiona a busca de novos
estímulos. Atitudes impensadas, variações de humor,
tempestade hormonal, onipotência juvenil são
características comuns a esta fase de formação fisiológica
do adolescente, justificando tratamento diferenciado por
meio da lei especial que o acompanha durante esta etapa
de vida.”
01
DIREITO À VIDA
DIREITO À vida
O mais elementar e absoluto dos direitos → indispensável para o exercício de todos os demais.

- Vida = Sobrevivência?
02
DIREITO À saúde
Direito à saúde
O que é saúde?

OMS: “é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não apenas ausência
de doenças”.

ECA: dever da família, comunidade e Poder Público assegurar esse direito fundamental
estreitamente vinculado ao direito à vida.

Cuidados médicos (bem estar físico), psicológico ( bem estar mental), vacinação, saúde
pela alimentação.

- SUS, MP, Judiciário.


Direito à saúde
- Nascituro e atendimento à gestante.

Código Civil → corrente natalista: início da personalidade civil a partir do nascimento com vida.

Nascituro → ser em expectativa → direitos desde a concepção.

- Às mulheres é assegurado o acesso a programas e às políticas de saúde da mulher e de


planejamento reprodutivo. Às gestantes, assegura a lei nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto, ao puerpério, atendimento pré-natal, perinatal e
pós-natal no âmbito do SUS.

Saúde de crianças e jovens → integridade física e psíquica.

- A questão das DROGAS: a vontade do menor deve ser respeitada, inclusive na recusa a
tratamento?
JULGADO TJMG EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - ALIMENTOS GRAVÍDICOS - VALOR -
MAJORAÇÃO - TERMO INICIAL - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - BASE DE
CÁLCULO - ANUIDADE - PRESTAÇÃO ALIMENTAR.

- Os alimentos gravídicos previstos na Lei 11.804/08 destinam-se a


cobrir as despesas decorrentes da gravidez, perdurando até o
nascimento, quando, confirmada a paternidade se convertem em
alimentos.

- Os Alimentos Gravídicos têm como termo inicial a concepção e


termina com o nascimento, quando se converte em pensão
alimentícia.

- Os alimentos gravídicos serão fixados dentro do binômio


necessidade/possibilidade, tomando por base "valores suficientes
para cobrir despesas adicionais do período de gravidez e que sejam
dela decorrentes", inclusive alimentação especial e atendimento
médico, constituindo-se de obrigação destinada a propiciar o
desenvolvimento saudável do feto que repercutirá para o resto da
vida do nascituro.

(TJMG - Apelação Cível 1.0000.20.044897-5/002, Relator(a): Des.(a) Renato


Dresch , 4ª CÂMARA CÍVEL, j. em 04/11/2021, p. súmula em 05/11/2021)
DROGADIÇÃO
Os diversos atores do sistema de garantias não podem se manter inertes
diante de quadro de tamanha gravidade. O argumento de que a vontade do
menor precisa sempre ser respeitada, inclusive na recusa a tratamento, não
se sustenta. O entorpecente impede o pleno discernimento quanto ao seu
alcance, retirando a capacidade de compreensão, mormente quando se trata
de pessoa ainda em formação, como no caso dos menores. Some-se a isso
que, ao valorar a vontade de crianças e adolescentes, temos de analisá-la sob
a ótica do superior interesse. Ou seja, se ao manifestar sua vontade
coloca-se em risco, viola seus próprios direitos com sua forma de agir, passa
a ser paciente de medida específica de proteção, como, por exemplo,
inclusão obrigatória em programa ou unidade de tratamento para
drogadição, nos termos do art. 98, III, c/c o art. 101, VI, da Lei n. 8.069/90.
Direitos da
criança e do
adolescente
Arts. 5º e 227 da
CF/88
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
1.
Brasil → Direitos Humanos → fundamento do Estado Democrático de Direito.

Texto Constitucional, art. 5º → previu e garantiu os direitos fundamentais.

Crianças e Adolescentes → art. 227 da CF/88

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao


jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
Âmbito de aplicação do eca
Crianças e Adolescentes (?) → art. 2º, Lei n. 8069/90

Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Caráter universal do sistema de garantia de direitos fundamentais estabelecidos pelo ECA

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as
oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e de dignidade.

Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência,
condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de
moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
Âmbito de aplicação do eca
Critério BIOLÓGICO → objetivo, igualitário e mais seguro.

A questão da formação do cérebro segundo estudos:

A questão da emancipação → poder familiar.

- Os direitos fundamentais e normas e normas de garantia à formação do adolescente até


o alcance de sua maturidade fisiológica continuam aplicáveis ao menor emancipado.
“Na adolescência o córtex pré-frontal ainda não refreia
emoções e impulsos primários. Também nesta fase de
formação o cérebro adolescente reduz as sensações de
prazer e satisfação que os estímulos da infância
proporcionam, o que impulsiona a busca de novos
estímulos. Atitudes impensadas, variações de humor,
tempestade hormonal, onipotência juvenil são
características comuns a esta fase de formação fisiológica
do adolescente, justificando tratamento diferenciado por
meio da lei especial que o acompanha durante esta etapa
de vida.”
01
DIREITO À VIDA
DIREITO À vida
O mais elementar e absoluto dos direitos → indispensável para o exercício de todos os demais.

- Vida = Sobrevivência?
02
DIREITO À saúde
Direito à saúde
O que é saúde?

OMS: “é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não apenas ausência
de doenças”.

ECA: dever da família, comunidade e Poder Público assegurar esse direito fundamental
estreitamente vinculado ao direito à vida.

Cuidados médicos (bem estar físico), psicológico ( bem estar mental), vacinação, saúde
pela alimentação.

- SUS, MP, Judiciário.


Direito à saúde
- Nascituro e atendimento à gestante.

Código Civil → corrente natalista: início da personalidade civil a partir do nascimento com vida.

Nascituro → ser em expectativa → direitos desde a concepção.

- Às mulheres é assegurado o acesso a programas e às políticas de saúde da mulher e de


planejamento reprodutivo. Às gestantes, assegura a lei nutrição adequada, atenção
humanizada à gravidez, ao parto, ao puerpério, atendimento pré-natal, perinatal e
pós-natal no âmbito do SUS.

Saúde de crianças e jovens → integridade física e psíquica.

- A questão das DROGAS: a vontade do menor deve ser respeitada, inclusive na recusa a
tratamento?
JULGADO TJMG EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - ALIMENTOS GRAVÍDICOS - VALOR -
MAJORAÇÃO - TERMO INICIAL - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - BASE DE
CÁLCULO - ANUIDADE - PRESTAÇÃO ALIMENTAR.

- Os alimentos gravídicos previstos na Lei 11.804/08 destinam-se a


cobrir as despesas decorrentes da gravidez, perdurando até o
nascimento, quando, confirmada a paternidade se convertem em
alimentos.

- Os Alimentos Gravídicos têm como termo inicial a concepção e


termina com o nascimento, quando se converte em pensão
alimentícia.

- Os alimentos gravídicos serão fixados dentro do binômio


necessidade/possibilidade, tomando por base "valores suficientes
para cobrir despesas adicionais do período de gravidez e que sejam
dela decorrentes", inclusive alimentação especial e atendimento
médico, constituindo-se de obrigação destinada a propiciar o
desenvolvimento saudável do feto que repercutirá para o resto da
vida do nascituro.

(TJMG - Apelação Cível 1.0000.20.044897-5/002, Relator(a): Des.(a) Renato


Dresch , 4ª CÂMARA CÍVEL, j. em 04/11/2021, p. súmula em 05/11/2021)
DROGADIÇÃO
Os diversos atores do sistema de garantias não podem se manter inertes
diante de quadro de tamanha gravidade. O argumento de que a vontade do
menor precisa sempre ser respeitada, inclusive na recusa a tratamento, não
se sustenta. O entorpecente impede o pleno discernimento quanto ao seu
alcance, retirando a capacidade de compreensão, mormente quando se trata
de pessoa ainda em formação, como no caso dos menores. Some-se a isso
que, ao valorar a vontade de crianças e adolescentes, temos de analisá-la sob
a ótica do superior interesse. Ou seja, se ao manifestar sua vontade
coloca-se em risco, viola seus próprios direitos com sua forma de agir, passa
a ser paciente de medida específica de proteção, como, por exemplo,
inclusão obrigatória em programa ou unidade de tratamento para
drogadição, nos termos do art. 98, III, c/c o art. 101, VI, da Lei n. 8.069/90.

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