O documento descreve a evolução histórica dos direitos da criança no Brasil desde o início do século XX, quando apenas restavam rodas de expostos em poucas cidades, até a atualidade com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, que assegura os direitos fundamentais como saúde, educação e proteção. Uma pesquisa da UNICEF em 2005 apontou que muitas crianças ainda não têm acesso a serviços básicos como água tratada e esgoto.
O documento descreve a evolução histórica dos direitos da criança no Brasil desde o início do século XX, quando apenas restavam rodas de expostos em poucas cidades, até a atualidade com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, que assegura os direitos fundamentais como saúde, educação e proteção. Uma pesquisa da UNICEF em 2005 apontou que muitas crianças ainda não têm acesso a serviços básicos como água tratada e esgoto.
O documento descreve a evolução histórica dos direitos da criança no Brasil desde o início do século XX, quando apenas restavam rodas de expostos em poucas cidades, até a atualidade com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, que assegura os direitos fundamentais como saúde, educação e proteção. Uma pesquisa da UNICEF em 2005 apontou que muitas crianças ainda não têm acesso a serviços básicos como água tratada e esgoto.
• No início do século XX restavam somente as rodas de expostos de São Paulo, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro, pois as demais haviam sido extintas. Começaram a surgir então, a partir de 1930, outros tipos de instituições, com caráter filantrópico, para acolher as crianças abandonadas. Algumas delas tinham grande amplitude de ação, como a Liga das Senhoras Católicas e o Rothary Club. • Somente em 1960 ocorrem mudanças significativas de assistência à infância. Em 1964 foi criada a FUNABEM, Fundação Para o Bem Estar do Menor, com o objetivo de criar e implantar programas para menores em situação de risco de marginalização, oferecendo-lhes oportunidades de integração social. • Na Constituição elaborada em 1988 é explicitada uma série de direitos do cidadão que incluem, é claro, a criança e o adolescente, bem como a responsabilidade das famílias em relação à proteção e educação do menor de dezoito anos. O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, na Lei 8069, de 13 de julho de 1990, apresenta considerações importantes, entre elas, no Título I - Das Disposições Preliminares, a determinação da faixa etária da criança e do adolescente: • Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos e, adolescente, aquela entre doze e dezoito anos de idade. • Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Ainda no Título I, a lei estabelece a garantia ao desenvolvimento integral da criança enquanto pessoa que é e aos privilégios de proteção, e deve ter como direito:
• Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. • Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. • Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. • Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. • Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. No Título II sobre os Direitos Fundamentais, o Capítulo I trata do Direito à Vida e à Saúde e explicita que todo cidadão deve ter direito à vida:
• Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à
vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência. Ou seja, atualmente, os governos precisam dar condições para que as mães realizem o pré-natal, a fim de que a criança seja acompanhada na fase gestacional e possa nascer com saúde. Também é obrigatório o exame laboratorial ou triagem neonatal, popularmente chamado de teste do pezinho, assim que a criança nasce. .Além disso, a mãe que abre mão de seu filho deve contar com o respaldo do serviço social no próprio hospital em que deu à luz, pois os casos de abandono que coloquem em risco a sobrevivência do bebê serão considerados atos criminosos. Ainda no Título II sobre os Direitos Fundamentais, o Capítulo I, que trata do Direito à Vida e à Saúde, esclarece a responsabilidade do poder público:
• Art. 9º O poder público, as instituições e os
empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade. • Isso significa que toda e qualquer criança tem direito de ser amamentada pela mãe. Mesmo no caso de mães presidiárias, os bebês devem ser amamentados pelo período que reza a lei, permanecendo em sua companhia. Portanto, é inadmissível que sejam apresentados casos em que a mulher corra o risco de perder seu emprego por conta da amamentação, pois é um duplo direito, o dela e o da criança. Também no Título II sobre os Direitos Fundamentais, o Capítulo I, que trata do Direito à Vida e à Saúde, esclarece o direito da criança aos serviços gratuitos de assistência à saúde:
• Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de
assistência médica e odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e alunos. • Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias. • Além desses documentos, também a LOAS, Lei Orgânica da Assistência Social, dispõe sobre a organização da assistência social no Brasil, incluindo a infância e a adolescência. Assim, o estado acaba por assumir suas responsabilidades sobre a infância e a adolescência desamparadas e, pelo menos nos aspectos legais, as crianças passam a ser cidadãs com direitos na história do país. Mas, apesar da importância das leis, na prática ainda há muito o que se fazer para melhorar a qualidade de vida das crianças, não só no Brasil, mas no mundo. • Em 2005, a UNICEF, Fundo das Nações Unidas para a Infância, desenvolveu uma pesquisa em oito comunidades brasileiras localizadas nas periferias de grandes cidades, regiões de fronteiras, do semiárido e comunidades indígenas, com o objetivo de levantar informações acerca do tratamento destinado às crianças entre o nascimento e os seis anos de idade. • Nos resultados da pesquisa observa-se que a maioria das crianças possui acesso à água potável, porém, o mesmo não se aplica ao saneamento básico: Em todas as comunidades estudadas, o direito à proteção da criança, no que se refere ao saneamento básico, está sendo violado. Muitas moram em casas sem sanitário ou sem ligação com a rede de esgoto, o que não assegura a destinação adequada do esgoto doméstico, contaminando o meio ambiente e aumentando o risco de se contrair doenças infecciosas, particularmente diarréia (UNICEF, 2005, p. 25). • Para que tenha boa saúde, a primeira necessidade de uma pessoa é dispor dos serviços básicos, mas nem sempre é o que acontece com nossas crianças: Como era de se esperar, as comunidades rurais apresentaram menor acesso aos serviços públicos de água, esgoto e energia elétrica. Mas, nem mesmo nas áreas urbanas, onde esses serviços estão amplamente disponíveis, a cobertura é universal. • Provavelmente, muitas famílias pobres não conseguem pagar a taxa mínima por esses serviços. É importante ampliá-los para toda a população, assegurando o direito de toda criança a morar em uma casa com acesso aos serviços básicos de água, esgoto e energia elétrica (UNICEF, 2005, p. 25). 01) (Conselho Tutelar) - A garantia de prioridade expressamente estabelecida no Estatuto da Criança e do Adolescente compreende:
(A)possibilidade de receber conforto e estímulo em algumas circunstâncias.
(B) precedência de atendimento nos estabelecimentos privados de recreação. (C) preferência no atendimento nos estabelecimentos bancários e no comércio. (D) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. (E) identificação, por meio de carteira a ser emitida pela Secretaria de Justiça, para livre acesso aos meios de transportes coletivos. De acordo com o ECA, considera-se: • (A) criança – pessoa até dez anos de idade incompletos; adolescente – pessoa entre dez e dezessete anos de idade. • (B) criança – pessoa até doze anos de idade incompletos; adolescente – pessoa entre doze e dezoito anos de idade. • (C) criança – pessoa até treze anos de idade incompletos; adolescente – pessoa a partir de treze anos até dezesseis anos completos. • (D) criança – pessoa até quatorze anos de idade incompletos; adolescente – pessoa que tem entre quatorze e dezoito anos completos. • (E) criança – pessoa até quatorze anos de idade completos; adolescente – pessoa entre quatorze e dezoito anos completos. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), institui no seu artigo 4.º, que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Para tanto, a garantia de prioridade compreende: I. primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; II. precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; III. preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; IV. destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude; V. proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais que assegurem o desenvolvimento físico. Está correto o contido em (A)I, II e III, apenas. (B)I, III e IV, apenas. (C) I, II, III e IV, apenas. (D) II, III, IV e V, apenas. (E) I, II, III, IV e V.
Adolescentes em conflito com a lei: um estudo com os adolescentes da Casa Marista de Semiliberdade nas práticas discursivas acerca dos direitos fundamentais do Estatuto da Criança e do Adolescente