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Do Código de Menores de Mello Mattos ao Estatuto da

Criança e do Adolescente: definição e principais


mudanças
O Estatuto da criança e do adolescente (ECA) é um documento que
reúne as leis específicas que asseguram os direitos e deveres de
crianças e adolescentes aqui no Brasil. Ele nasce da luta de
diversos movimentos sociais que defendem os direitos de crianças
e adolescentes, já que antes do estatuto existia apenas o “Código
de Menores” que tratava de punir as crianças e adolescentes
consideradas infratores.
Desde 1990 com o ECA as crianças e os(as) adolescentes são
reconhecidos como sujeitos de direitos e estabelece que a família, o
Estado e a sociedade são responsáveis pela sua proteção, já que
são pessoas que estão vivendo um período de intenso
desenvolvimento físico, psicológico, moral e social.

O que o estatuto garante?

"Crianças e adolescentes são sujeitos de Direitos" - Sujeitos de


Direitos são pessoas que têm os seus direitos garantidos por lei.
"Seus direitos devem ser tratados com prioridade absoluta" - Isso
quer dizer que os direitos das crianças e dos/ das adolescentes
estão em primeiro lugar.
"Para tudo deve ser levada em conta a condição peculiar de
crianças e adolescentes serem pessoas em desenvolvimento" - A
criança e o adolescente têm os mesmos direitos que uma pessoa
adulta e, além disso, têm alguns direitos especiais, por estarem em
desenvolvimento físico, psicológico, moral e social. As crianças e os
adolescentes não conhecem todos os seus direitos e por isso não
têm condições de exigir, então é muito importante que todos
conheçam o ECA para que se possa conseguir uma sociedade mais
justa para todos.

Dos Princípios e Fins da Educação Nacional

Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios


de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
. Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber.

III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;


IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da
legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais
DO DIREITO À VIDA E À SAÚDE

Art. 7º - A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à


saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que
permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso,
em condições dignas de existência.
Art. 8º - É assegurado à gestante, através do Sistema Único de
Saúde, o atendimento pré-natal .
§ 1º. A gestante será encaminhada aos diferentes níveis de
atendimento, segundo critérios médicos específicos, obedecendo-
se aos princípios de regionalização e hierarquização do Sistema.
§ 2º. A parturiente será atendida preferencialmente pelo mesmo
médico que a acompanhou na fase pré-natal.
§ 3º. Incumbe ao Poder Público propiciar apoio alimentar à gestante
e à nutriz que dele necessitem.
Art. 11. É assegurado atendimento médico à criança e ao
adolescente, através do Sistema Único de Saúde, garantido o
acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção,
proteção e recuperação da saúde.
§ 1º. A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão
atendimento especializado.
§ 2º. Incumbe ao Poder Público fornecer gratuitamente àqueles que
necessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos
relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação.
Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde de verão
proporcionar condições para a permanência em tempo integral de
um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou
adolescente.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra
criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao
Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras
providências legais.
Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de
assistência médica e odontológica para a prevenção das
enfermidades que ordinariamente afetam a população
infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores
e alunos.
Parágrafo único. É obrigatória a vacinação das crianças nos casos
recomendados pelas autoridades sanitárias.

DO DIREITO À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao


respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de
desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e
sociais garantidos na Constituição e nas leis.
Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,
ressalvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente,
abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da
autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos
pessoais.
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do
adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano,
violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

DO DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA

DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e
educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família
substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em
ambiente livre da presença de pessoas dependentes de
substâncias entorpecentes.
Art. 20. Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas
qualquer designações discriminatórias relativas à filiação.
Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação
dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.
Art. 23. A falta ou a carência de recursos materiais não constitui
motivo suficiente para a perda ou a suspensão do pátrio poder.
Parágrafo único. Não existindo outro motivo que por si só autorize a
decretação da medida, a criança ou o adolescente será mantido em
sua família de origem, a qual deverá obrigatoriamente ser incluída
em programas oficiais de auxílio.
Art. 24. A perda e a suspensão do pátrio poder serão decretadas
judicialmente, em procedimento contraditório, nos casos previstos
na legislação civil, bem como na hipótese de descumprimento
injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art. 22.

Do Direito à Educação e do Dever de Educar

Art. 4º. O dever do Estado com a educação escolar pública será


efetivado mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os
que a ele não tiveram acesso na idade própria;

II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao


ensino médio;
III - atendimento educacional especializado gratuito aos
educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede
regular de ensino;
IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de
zero a seis anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
criação artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do
educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos,
com características e modalidades adequadas às suas necessidades
e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as
condições de acesso e permanência na escola; características e
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades,
garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso
e permanência na escola;
VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público,
por meio de programas suplementares de material didático-
escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a
variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos
indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-
aprendizagem.

Art. 5º. O acesso ao ensino fundamental é direito público


subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos,
associação comunitária, organização sindical, entidade de
classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério
Público, acionar o Poder Público para exigi- lo.
§ 1º. Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de
colaboração, e com a assistência da União:
I - recensear a população em idade escolar para o ensino
fundamental, e os jovens e adultos que a ele não tiveram acesso;
II - fazer- lhes a chamada pública;
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à
escola.
§ 2º. Em todas as esferas administrativas, o Poder Público
assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos
termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e
modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e
legais.
§ 3º. Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem
legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do §
2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito
sumário a ação judicial correspondente.
§ 4º. Comprovada a negligência da autoridade competente para
garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser
imputada por crime de responsabilidade.
§ 5º. Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o
Poder Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes
níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.
Art. 6º. É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos
menores, a partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental.
Art. 7º. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
seguintes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do
respectivo sistema de ensino;

II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo


Poder Público;
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no
art. 213 da Constituição Federal.

Atuação do Assistente Social no CREAS medidas


socioeducativas.

No que se refere as seguranças que devem ser afiançadas pelos


serviços de proteção social de Assistência Social, o CREAS busca
garantir, por meio da execução de seus serviços, três delas: a
segurança de acolhida, a segurança de convívio ou vivência
familiar, comunitária e social, e, a segurança de desenvolvimento
de autonomia individual, familiar e social. As outras duas
seguranças, a de renda e a de sobrevivência a riscos
circunstanciais são garantidas a partir de benefícios e de
programas de transferência de renda, os quais são ofertados
pelas instituições da proteção social básica ,sendo que o CREAS
busca sua garantia através do encaminhamento das famílias às
instituições que executam a Proteção Social Básica. Para que a
segurança de acolhida seja garantida na execução dos serviços
ofertados pelo CREAS, a Tipificação define que é preciso afiançar
as seguintes provisões para o usuário(a). O que se percebe no
CREAS Carazinho em relação à garantia desta segurança é que a
equipe proporciona um ambiente favorecedor da expressão e do
diálogo. No entanto, a estrutura física não dispõe de condições
apropriadas de sigilo,O usuário e sua família são estimulados a
expressar suas necessidades e interesses, tendo sua identidade,
integridade e história de vida preservadas pelos 6 profissionais
que os atendem, no entanto, conforme já referido, há limites no
que se refere às condições físicas para garantia do sigilo. As
famílias sempre são orientadas, porém, a equipe nem sempre
consegue garantir a efetividade dos encaminhamentos
realizados. Em relação à segurança de as famílias e sujeitos
terem reparados ou minimizados os danos por vivências de
violações e riscos sociais, não existem dados ou levantamentos a
respeito de quanto, ou, em que medida os serviços contribuem
ou não para que os danos sejam reparados ou minimizados. A
equipe do CREAS atualmente não utiliza um instrumento formal
para que esta avaliação seja realizada com a participação da
família. Entretanto, a equipe analisa que os serviços vêm
contribuindo para a reparação ou minimização de danos
causados pela vivência de situações de violência, a partir das
avaliações técnicas que são realizadas no processo de
acompanhamento das famílias, e, principalmente através do
retorno dado pela família no decorrer do acompanhamento ou
mesmo após o encerramento deste. A acolhida junto ao serviço é
realizada com os sujeitos que comparecem ao CREAS, momento
em que o profissional que realiza a acolhida se apresenta,
apresenta o CREAS e os serviços ofertados, e é iniciado o
processo de conhecimento da situação vivenciada pela família. O
processo de escuta do usuário e sua família é privilegiado em
detrimento da preocupação com o preenchimento de
instrumentos ou formulários de coleta de dados, que poderão
ser preenchidos no decorrer do acompanhamento da família.
A partir da legislação vigente, as Medidas Socioeducativas
passam a ter uma nova orientação e nova condição jurídica para
os adolescentes que cometem atos infracionais. Desde então,
exigiu a implantação de um novo modelo institucional de
atendimento, diferente do que até então vigorava por meio da
Fundação Estadual do Bem Estar do Menor - FEBEM. Rompe-se
com a divisão, até então existente, entre infância, adolescência e
“menor”, pois se consolida e se reconhece a existência de um
novo sujeito político e social que possuem direitos e, justamente
por isso, pode responder pelos seus atos a partir das formas de
responsabilização adotadas pelas medidas socioeducativas. Cabe
destacar que na era do Código de Menores o termo “menor” não
se referia a toda e qualquer criança e adolescente, mas sim,
àqueles de seguimentos de classe com condições desiguais de
socialização e de sociabilidade, ou seja, os pobres. O tratamento
dado pelo ECA ao nomear os crimes cometidos pelos
adolescentes como ato infracional é diferente da utilizada para
nomear o crime dos adultos. Nesse sentido, a legislação vigente
reconhece o adolescente como ser em formação, passível de
transformação e, por isso, não trata somente de puni-lo pela
prática de atos infracionais, mas de promover um processo
socioeducativo e de responsabilização. Entende-se também que
os adolescentes são sujeitos de direitos e detentores de deveres,
o que deve orientar o processo socioeducativo.
ADOLESCENTE EM CONFLITO COM A LEI,
SOCIOEDUCAÇÃO E A LEI DO SINASE: O QUE MUDA?

O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei nº 8.069, de 13 de


junho de 1990), em seu artigo 103, considera ato infracional a conduta
caracterizada como crime ou contravenção penal, e no artigo 104, reitera
o artigo 228 da Constituição Federal de 1988, considerando que são
penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas
de legislação especial. Em seu artigo 112, o ECA dispõe sobre as medidas
socioeducativas (MSEs), considerando que, verificada a prática de ato
infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as
seguintes medidas: I – advertência; II – obrigação de reparar o dano; III –
prestação de serviços à comunidade; IV – liberdade assistida; V – inserção
em regime de semiliberdade; VI – internação em estabelecimento
educacional; VII – qualquer uma das previstas no artigo 101 do ECA.
É importante que se reconheça, no entanto, que com a aprovação da Lei
do SINASE em 2012, o Sistema de Atendimento passa a ter um
instrumento norteador na execução das MSEs e, a exemplo de demais
sistemas de promoção de direitos já existentes – no âmbito da saúde, da
assistência, da segurança pública e etc. – tem-se a configuração da sócio
educação como política pública em uma visão de sistema. A definição do
SINASE, conforme o artigo 1º, §1º é: No § 2º do mesmo artigo, são
apresentados os objetivos das MSEs:
Portanto, a Lei reafirma que a MSE para materializar seu cunho
responsabilizador, implica a garantia de direitos do adolescente
(considerado enquanto sujeito credor de direitos em que
vulnerabilidades específicas e também potências e fortalezas
devem ser levadas em conta na individualização do
atendimento.). Além disto, ao reconhecer que as medidas
restringem direitos e a própria liberdade, a nova Lei supera a
visão romântica ainda existente em nossa sociedade de que as
medidas socioeducativas são um bem, um benefício ao
adolescente. Ora, se direitos ou a liberdade são restritos,
nenhum direito a mais pode ser suprimido do adolescente que
não aqueles assim limitados por decisão judicial. Esta definição,
garantia por natureza, que associa a inserção social do
adolescente ao processo de responsabilização, modifica
radicalmente todo o enquadre do que se entende por sócio
educação. A Política de Atendimento Socioeducativo, no art. 35
da Lei do SINASE, aponta para princípios norteadores claros para
a execução das MSEs, quais sejam:

A posição da categoria profissional sobre a redução da


maioridade penal e seus respectivos argumentos.

Nesta terça-feira (31/3), por 42 votos a 17, parlamentares


aprovaram a admissibilidade da Proposta de Emenda Constitucional
(PEC 171/1993) que passa de 18 para 16 anos a idade penal. Isso
significa dizer que, para a CCJ, a PEC é constitucional, ainda que
juristas e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto,
confirmem que a proposta fere cláusula pétrea da Constituição
Federal.
Entretanto, mesmo que a votação do dia 31 seja considerada uma
derrota para quem defende o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), como o CFESS e outras entidades, é preciso que as
entidades e os movimentos sociais continuem mobilizadas,
fortalecendo o#NãoàReduçãoDaMaioridadePenal, especialmente
no ano em que serão realizadas as Conferências da Criança e do
Adolescente em todo o país e que a PEC tramitará no Congresso
Nacional.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), criou nesta


terça-feira a comissão especial de parlamentares que analisará o
conteúdo da PEC. A comissão terá o prazo de até quarenta
sessões do Plenário para proferir parecer. Nesse meio tempo,
parlamentares podem ouvir especialistas no assunto, receber
emendas, etc. Depois de analisada, a Proposta de Emenda
Constitucional deverá ser votada duas vezes no Plenário da
Câmara. E, em seguida, passar pelo Senado, também em dois
turnos, para virar lei. A tramitação da PEC ainda pode ser
questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).

Entidades contrárias à redução da maioridade penal, além de


deputados e deputadas, garantiram que utilizarão todos os recursos
nessas instâncias para que a PEC não se transforme em lei.

Vale lembrar que caso a proposta aprovada e promulgada pelo


Congresso, adolescentes de 16 e 17 anos de idade poderão
responder e ser punidos criminalmente da mesma forma que
pessoas adultas, seguindo o Código Penal, e não mais seguindo as
normas do ECA.
Serviço Social se mantem firme na luta!
Como é de conhecimento da categoria, o Conjunto CFESS-CRESS
é contrário à PEC, fundamentando seu posicionamento no Código
de Ética profissional. Além disso, esta posição é uma deliberação
do Encontro Nacional CFESS-CRESS, que reúne assistentes
sociais da base e das direções dos Conselhos e é o maior espaço
deliberativo da categoria.

Nesse sentido, o Conselho Federal e os Regionais defendem que


crianças e adolescentes são sujeitos de direitos. Em razão de sua
condição específica de pessoa em desenvolvimento, necessitam de
uma proteção e justiça especializada, diferenciada e integral. Por
isso, dizem não para qualquer proposta de redução da maioridade
penal e defendem intransigentemente as políticas públicas para a
infância e juventude e a implementação do ECA em sua totalidade.

Referência bibliográfica
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990
Estatuto da Criança e do Adolescente

Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e


bases da educação nacional

www.cfess.org.br/visualizar/noticia/cod/1167

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