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DISCIPLINA:

DIREITO PENAL III

Docente:

CLEITON Marcio Santos SOUZA.


71 98173-6176 (whatsapp)
cleiton704@gmail.com
DIREITO PENAL III

Tema a ser abordado:

1) Crimes contra a PESSOA.


1.1 Crimes contra a VIDA.
CRIMES EM ESPÉCIE

 CÓDIGO PENAL

DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE
DEZEMBRO DE 1940
TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A
PESSOA
 Crimes que atingem a pessoa em seus PRINCIPAIS
VALORES FÍSICOS OU MORAIS (vida, integridade física,
honra, liberdade etc.);

 Capítulo I — DOS CRIMES CONTRA A VIDA;

 Capítulo II — Das lesões corporais;

 Capítulo III — Da periclitação da vida e da saúde;


TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A
PESSOA
 Capítulo IV — Da rixa;

 Capítulo V — Dos crimes contra a


honra;

 Capítulo VI — Dos crimes contra a


liberdade individual.
TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A
PESSOA

 REGRA = a pessoa humana (física).

 Obs: EXCEPCIONALMENTE = há
crime contra a pessoa jurídica.

Ex: crime de violação de correspondência comercial


(art. 152).
TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A
PESSOA
 Destacam-se aqueles que ELIMINAM A VIDA
HUMANA, considerada o bem jurídico mais
importante do homem;

 INTRAUTERINA (biológica) = produto da


concepção (esperança de homem)

 EXTRAUTERINA = pessoa humana vivente.


TÍTULO I - DOS CRIMES CONTRA A
PESSOA
Código Criminal do Império do Brasil (1830)

 Código Penal dos Estados Unidos do Brasil (1890)

 Iniciavam sua Parte Especial com os crimes contra a


existência política do Império e República

 Preponderância do Estado sobre o cidadão.


CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA
 A Convenção Americana de Direitos Humanos
(PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA)

ARTIGO 4º: “toda PESSOA tem o direito de que se


respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei
e, em geral, desde o momento da CONCEPÇÃO.
Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente”
CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA
 MOMENTO INICIAL DA PROTEÇÃO À VIDA:

 CÓDIGO CIVIL

Art. 2º - A personalidade civil da pessoa começa do


nascimento com vida; mas a LEI PÕE A SALVO,
desde a CONCEPÇÃO, os direitos do nascituro.
CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA

 ARTIGO 121 AO 128 DO CÓDIGO PENAL;

 Artigo 121 e seguintes – crime de homicídio;

 Artigo 122 e seguintes – crime de


induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou
a automutilação;
CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA

 ARTIGO 121 AO 128 DO CÓDIGO PENAL;

 Artigo 123 e seguintes – crime de infanticídio;

 Artigo 124 e seguintes – crime de aborto.


CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA

 A PROTEÇÃO À VIDA, bem maior do ser


humano, tem seu fundamento jurídico na
Constituição Federal;

 Artigo 5º, caput, “[...] inviolabilidade do


direito à VIDA” – artigo 227 e 230.

 Pontes de Miranda: SUPRAESTATAL.


CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA

 O DIREITO À VIDA É ABSOLUTO?

 TEMPO DE GUERRA, permitido pena de


morte (art. 5.º, XLVII, alínea “a”);

 Código Penal Militar estabelece as hipóteses de


sua aplicação;
CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA
DELITOS DE TRAIÇÃO:

“Art. 355. Tomar o NACIONAL armas contra o


Brasil ou Estado aliado, ou prestar serviço nas forças
armadas de nação em guerra contra o Brasil:

Pena – MORTE, grau máximo;


Reclusão, de 20 (vinte) anos, grau mínimo”
CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA
 AUTORIZAÇÃO LEGAL: excludente de ilicitude no
aborto terapêutico e no humanitário:

CP: Art. 128 - NÃO SE PUNE o aborto praticado por médico:

 Aborto necessário, inciso I;


 Aborto no caso de gravidez resultante de estupro,
inciso II.
CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA
 LEGÍTIMA DEFESA;

Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando


moderadamente dos meios necessários, repele INJUSTA
AGRESSÃO, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste


artigo, considera-se também em legítima defesa O AGENTE DE
SEGURANÇA PÚBLICA que repele agressão ou risco de agressão a
VÍTIMA mantida refém durante a prática de crimes.
HISTÓRIA DO 1º HOMICÍDIO:
HISTÓRIA DO 1º HOMICÍDIO:
 BÍBLIA: GÊNESIS 04 = CAIM MATA ABEL!

10. Então Deus disse: —Por que você fez isso? Da terra, o sangue do seu irmão está
gritando, pedindo VINGANÇA.

11. Por isso você será AMALDIÇOADO e não poderá mais cultivar a terra. Pois,
quando você matou o seu irmão, a terra abriu a boca para beber o sangue dele.

13. Caim disse a Deus, o SENHOR: —Eu não vou poder aguentar esse CASTIGO
tão pesado.

14. Hoje tu estás me expulsando desta terra. Terei de andar pelo mundo sempre
fugindo e me escondendo da tua presença. E QUALQUER PESSOA QUE ME
ENCONTRAR VAI QUERER ME MATAR.
HOMICÍDIO
O vocábulo homicídio vem do latim homicidium.

Compõe-se de dois elementos:

 HOMO, que significa homem, provém de húmus, terra,


país, ou do sânscrito bhuman.

 O sufixo CÍDIO derivou de coedes, de cadere, matar.


DEFINIÇÃO DE HOMICÍDIO – NELSON
HUNGRIA
"O homicídio é o TIPO CENTRAL de crimes contra a
vida e é o ponto culminante na orografia dos crimes. É o
CRIME POR EXCELÊNCIA. É o PADRÃO DA
DELINQUÊNCIA VIOLENTA OU SANGUINÁRIA,
que representa como que uma reversão atávica às eras
primevas, em que a luta pela vida, presumivelmente, se
operava com o uso normal dos meios brutais e
animalescos. É a MAIS CHOCANTE VIOLAÇÃO DO
SENSO MORAL MÉDIO da humanidade civilizada."
CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA
 CRIME DE HOMICÍDIO = Artigo 121.
06 MODALIDADES:

a) doloso simples (caput);

b) doloso privilegiado (§ 1 °);

c) doloso qualificado(§ 2');


CAPÍTULO I - CRIMES CONTRA A VIDA
 CRIME DE HOMICÍDIO = 06
MODALIDADES:

d) culposo(§ 3°);

e) culposo majorado (§ 4°, primeira parte);

f) doloso majorado (§ 4°, segunda parte, e § 6°).


a) doloso simples (caput);

HOMICÍDIO SIMPLES

Art. 121. Matar alguém:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.


a) doloso SIMPLES (caput);

ANÁLISE TÍPICA:

 NÚCLEO: MATAR significa eliminar a vida;

 ELEMENTO OBJETIVO: ALGUÉM é a


pessoa humana.
a) doloso simples (caput);
 SUJEITOS DO CRIME: ATIVO

 Qualquer pessoa pode cometer;

 ISOLADA ou ASSOCIADA à outra, pode praticar o


delito de homicídio (monossubjetivo ou de concurso
eventual);

 NÃO exigindo o tipo penal nenhuma condição particular


do seu agente (crime comum).
a) doloso simples (caput);

 SUJEITOS DO CRIME: ATIVO

 GÊMEOS XIFÓPAGOS / INDIVÍDUOS


DUPLOS / IRMÃOS SIAMESES.

 COMUM ACORDO – crime de homicídio;


a) doloso simples (caput);
 SUJEITOS DO CRIME: ATIVO = GÊMEOS
XIFÓPAGOS

 DIVERGÊNCIA DE VONTADE:

 1ª CORRENTE = Bento Faria e Euclides Custódio da


Silveira - separação cirúrgica for impraticável,
abvolvição para ambos:

Princípio da Individualização da Pena, Art. 5º,


a) doloso simples (caput);
 SUJEITOS DO CRIME: ATIVO = GÊMEOS XIFÓPAGOS

 DIVERGÊNCIA DE VONTADE:

 2ª corrente = Flávio Augusto Monteiro de Barros, autor do crime deve ser


PROCESSADO e CONDENADO por homicídio, inviabilizando-se,
porém, o cumprimento da reprimenda: princípio da intransmissibilidade da
pena / princípio da personalidade da pena..

 Se, no FUTURO, o OUTRO também vier a delinquir e a ser


condenado, ambos poderão cumprir as respectivas penas.
a) doloso simples (caput);
 SUJEITOS DO CRIME: PASSIVO

 O ser vivo, nascido de mulher;

 Magalhães Noronha aponta, ainda, o


ESTADO como vítima do crime de homicídio
= “um interesse ético-político”
a) doloso simples (caput);

 SUJEITOS DO CRIME: PASSIVO = XIFÓPAGOS

 DESEJAVA A MORTE DE AMBOS:

 Responde por 02 crimes de homicídio, em


concurso formal impróprio / desígnios
autônomos, parte final do art. 70 do Código
Penal,
a) doloso simples (caput);
 SUJEITOS DO CRIME: PASSIVO = XIFÓPAGOS

 DESEJAVA A MORTE DE UM:

 Hungria = 02 homicídios, concurso material, (individuo A =


dolo direto / individuo B = dolo eventual).

Exceção: cirurgia – salva um, responde por homicídio


consumado, em concurso com a tentativa de homicídio.
a) doloso simples (caput);
 OBJETO JURÍDICO: VIDA HUMANA
EXTRAUTERINA.

 VIDA VIÁVEL (vitalidade, capacidade de vida


autônoma),

 O ataque à vida intrauterina é incriminado, pelos


tipos de aborto (arts. 124 a 126).
a) doloso simples (caput);

 QUANDO SE INICIA A VIDA


EXTRAUTERINA?

 começa com o INÍCIO DO PARTO.

 Doutrina diverge!
a) doloso simples (caput);
 Alfredo Molinario = completo e total
desprendimento do feto das entranhas maternas;

 Sebastian Soler = inicia-se desde as dores do


parto;

 Magalhães Noronha = dilatação do colo do útero.


a) doloso simples (caput);
 LUIS REGIS PRADO:

"Infere-se dai que o crime de homicídio tem como LIMITE MÍNIMO O


COMEÇO DO NASCIMENTO, marcado pelo início das contrações
expulsivas. Nas hipóteses em que o nascimento não se produz
espontaneamente, pelas contrações uterinas, como ocorre em se tratando de
CESARIANA, por exemplo, o começo do nascimento é determinado pelo
início da operação, ou seja, pela incisão abdominal. De semelhante, nas
hipóteses em que as contrações expulsivas são induzidas por alguma técnica
médica, o início do nascimento é sinalizado pela execução efetiva da
referida técnica ou pela intervenção cirúrgica (cesárea)“.
a) doloso simples (caput);
 CEZAR ROBERTO BITENCOURT:

“A vida começa com o INÍCIO DO PARTO, com o


rompimento do saco amniótico; é suficiente a vida,
sendo indiferente a capacidade de viver. Antes do início
do parto, o crime será de aborto. Assim, a simples
destruição da vida biológica do feto, no início do parto,
já constitui o crime de homicídio”.
a) doloso simples (caput);

 MORTE encerra-se a proteção pelo art. 121 do


Código Penal.

 A Lei nº 9.434/97 – dispõe sobre a remoção de


órgãos, tecidos e partes do corpo humano para
fins de transplante e tratamento.
a) doloso simples (caput);
 A LEI Nº 9.434/97:

Art. 3º A retirada post mortem de tecidos, órgãos ou partes do


corpo humano destinados a transplante ou tratamento deverá
ser precedida de diagnóstico de MORTE ENCEFÁLICA,
constatada e registrada por dois médicos não participantes das
equipes de remoção e transplante, mediante a utilização de
critérios clínicos e tecnológicos definidos por resolução do
Conselho Federal de Medicina.
a) doloso simples (caput);

 CRIME DE DANO, na medida em que sua


configuração exige efetiva lesão ao bem jurídico.

 NÃO basta que a vítima tenha corrido perigo de


vida, sendo necessário o evento morte.
a) doloso simples (caput);
 CPP: CRIMES MATERIAIS

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável


o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo
supri-lo a confissão do acusado.

Art. 167. NÃO SENDO POSSÍVEL o exame de corpo de


delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
a) doloso simples (caput);
 EXAME NECROSCÓPICO: trata-se de exame de
corpo de delito direto.

 infrações penais que deixam vestígios.

 O CPP, em seu art. 162, utiliza o termo “autópsia”

 laudo de exame necroscópico.


a) doloso simples (caput);
 EXUMAÇÃO: exumar significa desenterrar, no
caso, o cadáver.

 Realizado após a morte da vítima e antes de seu


enterramento ou depois de sepultada

 DÚVIDA acerca da causa de sua morte ou sobre a


sua identidade.
a) doloso simples (caput);

 CRIME DE AÇÃO LIVRE: A conduta típica


“matar” admite qualquer meio de execução;

 CRIME COMISSIVO = (ação)


ou
 OMISSIVO = (omissão).
a) doloso simples (caput);
 ELEMENTO SUBJETIVO: o dolo, ou seja, a
vontade livre e consciente de matar alguém.

 animus necandi ou animus occidendi.

 A conduta é dirigida finalisticamente a causar


a morte de um homem.
a) doloso simples (caput);

 CRIME PLURISUBSISTENTE: A execução


do crime PODE ser fracionada em vários atos;

 TENTATIVA: possível, quando o resultado


morte não sobrevém por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
a) doloso simples (caput);

 CRIME DE DANO, na medida em que sua


configuração exige efetiva lesão ao bem jurídico.

 NÃO basta que a vítima tenha corrido perigo de


vida, sendo necessário o evento morte.
a) doloso simples (caput);
 HOMICÍDIO SIMPLES, HEDIONDO?

 art. 1º, I, da Lei n. 8.072/90, o delito de


homicídio simples (tentado ou consumado),
quando cometido em ATIVIDADE TÍPICA DE
GRUPO DE EXTERMÍNIO, ainda que por
um só executor, passou a ser considerado crime
hediondo.
a) doloso simples (caput);
 Lei n. 8.072/90:

Art. 1o São considerados HEDIONDOS os seguintes crimes, todos


tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Código Penal, consumados ou tentados:

I - HOMICÍDIO (art. 121), quando praticado em atividade típica de


GRUPO DE EXTERMÍNIO, ainda que cometido por um só
agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V,
VI, VII e VIII);
a) doloso simples (caput);
 HOMICÍDIO SIMPLES, HEDIONDO?

 O homicídio praticado em atividade típica de


grupo de extermínio é causa de AUMENTO
DE PENA do tipo penal do homicídio (art.
121, § 6º, do CP).

 Artigo 288-A = Milícia privada?


a) doloso simples (caput);
 CONSTITUIÇÃO DE MILÍCIA PRIVADA

Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou


custear organização paramilitar, milícia
particular, grupo ou esquadrão com a finalidade
de praticar qualquer dos crimes previstos neste
Código:
b) doloso PRIVILEGIADO (§ 1 °);
 Artigo 121; CASO DE DIMINUIÇÃO DE PENA

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo


de RELEVANTE VALOR SOCIAL ou MORAL, ou
sob o DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO,
LOGO EM SEGUIDA A INJUSTA PROVOCAÇÃO
DA VÍTIMA, o juiz pode reduzir a pena de um sexto
a um terço.
b) doloso privilegiado (§ 1 °);
 03 MODALIDADES:

1) Motivo de relevante valor social;

2) Motivo de relevante valor moral;

3) Sob o domínio de violenta emoção, LOGO EM


SEGUIDA a injusta provocação da vítima
b) doloso privilegiado (§ 1 °);
1) Motivo de relevante valor SOCIAL?

Hungria “O motivo é o ‘adjetivo’ do elemento moral do


crime” o “porque”.

 é aquele que corresponde ao interesse coletivo

 satisfação de um anseio social. Ex: por amor à pátria,


elimina um traidor.
b) doloso privilegiado (§ 1 °);
2) Motivo de relevante valor MORAL?
aquele motivo nobre, aprovado pela moralidade média.

 motivo egoisticamente considerado,

Ex: eutanásia - por compaixão, ante o irremediável


sofrimento dá vítima;
Pai que mata o estuprador de sua filha.
b) doloso privilegiado (§ 1 °);
 Circunstâncias atenuantes

Art. 65. São circunstâncias que SEMPRE ATENUAM a


pena:

III – ter o agente:

a) cometido o crime por motivo de relevante valor social


ou moral;
b) doloso PRIVILEGIADO (§ 1 °);
2) Sob o DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, LOGO
EM SEGUIDA a injusta provocação da vítima?

 CP, art. 28, I: “Não excluem a imputabilidade penal a


emoção ou a paixão”

 Diferente de Artigo 65, III, “c” = sob a influência de


violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
b) doloso PRIVILEGIADO (§ 1 °);

EMOÇÃO - NÉLSON HUNGRIA,

“é um estado de ânimo ou de consciência


caracterizado por uma viva excitação do
sentimento. É uma forte e transitória
PERTURBAÇÃO DA AFETIVIDADE, a que
estão ligadas certas variações somáticas ou
modificações particulares das funções da vida
orgânica [...]”
b) doloso PRIVILEGIADO (§ 1 °);
 EMOÇÃO VIOLENTA: refere-se à intensidade da emoção;

 É aquela que se apresenta forte, provocando um verdadeiro


choque emocional

 Emoção estênica ou reacionária = ira,

 furor brevis.
b) doloso privilegiado (§ 1 °);
 PROVOCAÇÃO INJUSTA DO OFENDIDO: é aquela
sem motivo razoável, injustificável, antijurídica.

 CRITÉRIOS CULTURAIS – objetividade

 agressão em momento anterior ao homicídio; injúria real;


sedução e corrupção da filha; xingar o agente; xingar a
mãe do agente
b) doloso privilegiado (§ 1 °);
Nélson Hungria: “A injustiça da provocação deve ser apreciada
objetivamente, isto é, não segundo a opinião de quem reage, mas
segundo a OPINIÃO GERAL, sem se perder de vista, entretanto, a
qualidade ou condição das pessoas dos contendores, seu nível de
educação, seus legítimos melindres. Uma palavra que pode ofender a
um homem de bem já não terá o mesmo efeito quando dirigida a um
desclassificado. Por outro lado, não justifica o estado de ira a
hiperestesia sentimental dos alfenins e mimosos. Faltará a objetividade
da provocação, se esta não é suscetível de provocar a indignação de
uma PESSOA NORMAL e de BOA-FÉ.
b) doloso PRIVILEGIADO (§ 1 °);

 Nélson Hungria:

É bem de ver que a provocação injusta deve ser


tal que contra ela NÃO HAJA
NECESSIDADE DE DEFESA, pois, de outro
modo, se teria de identificar na reação a
LEGÍTIMA DEFESA, que é causa excludente
de crime.”
c) doloso QUALIFICADO (§ 2º);

 Damásio de Jesus:

“Circunstâncias são elementos acessórios


(acidentais) que, agregados ao crime, têm
função de aumentar ou diminuir a pena. Não
interferem na qualidade do crime, mas sim
afetam a sua GRAVIDADE (quantitas
delicti).
c) doloso QUALIFICADO (§ 2º);

 As QUALIFICADORAS estão divididas em 04 GRUPOS, a saber:

a) MOTIVOS = recompensa + torpe + fútil + feminicídio + funcional;

b) MEIOS = veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou


cruel, ou de que possa resultar perigo comum

c) MODOS = traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso


que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido

d) FINS = assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro


crime.
c) doloso QUALIFICADO (§ 2º);

 CIRCUNSTÂNCIAS OBJETIVAS são as que se relacionam


com os meios e modos de realização do crime, tempo, ocasião,
lugar, objeto material e qualidades da vítima.

 CIRCUNSTÂNCIAS SUBJETIVAS (de caráter pessoal) são as


que só dizem respeito à pessoa do participante, sem qualquer
relação com a materialidade do delito, como os MOTIVOS
determinantes, suas condições ou qualidades pessoais e
relações com a vítima ou com outros concorrentes.
c) doloso qualificado(§ 2º);

 Artigo 121;

HOMICÍDIO QUALIFICADO

§ 2° Se o homicídio é cometido:

I - mediante paga ou promessa de RECOMPENSA, ou


por outro motivo TORPE;
QUALIFICADORAS: QUANTO AOS MOTIVOS;

 I (paga ou promessa de RECOMPENSA, ou por


motivo TORPE = imoral, vergonhoso, repudiado
moral e socialmente, algo desprezível, causa
repulsa; asqueroso);

Ex. matar para receber uma herança, ou matar por ter


qualquer tipo de preconceito.
c) doloso qualificado(§ 2');

 Artigo 121; Homicídio qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:

II - por motivo FÚTIL;


QUALIFICADORAS: QUANTO AOS MOTIVOS;

 II (motivo FÚTIL) = insignificante, banal,


desproporcional, frívolo.

Ex: matar pelo fim do namoro, tomou uma


fechada no trânsito, não deu um copo de
refrigerante;
c) doloso qualificado(§ 2');

 Artigo 121; Homicídio qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:

III - com emprego de veneno, fogo, explosivo,


asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel,
ou de que possa resultar perigo comum;
QUALIFICADORAS: QUANTO AOS MEIOS;

VENENO = substância química;

FOGO = sofrimento atroz;

EXPLOSIVO = traz perigo, também, a um número


indeterminado de pessoas

ASFIXIA = supressão da respiração,


QUALIFICADORAS: QUANTO AOS MEIOS;

TORTURA = sofrimento, ou;

OUTRO MEIO INSIDIOSO = dissimulado/enganador, ou;

CRUEL = aumenta inutilmente o sofrimento da vítima; ou de


que;

POSSA RESULTAR PERIGO COMUM = estende a


possibilidade de dano a terceiros
c) doloso qualificado(§ 2');

 Artigo 121; Homicídio qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:

IV - à traição, de emboscada, ou mediante


dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossível a defesa do ofendido;
QUALIFICADORAS: QUANTO AOS MODOS;

TRAIÇÃO = quebra de confiança, enganar,


ser infiel.

Ex: colhe a vítima por trás, desprevenida, sem


ter esta qualquer visualização do ataque.
QUALIFICADORAS: QUANTO AOS MODOS;

EMBOSCADA = significa ocultar-se para


poder atacar, o que, na prática, é a tocaia.

 Ex: agente fica à espreita do ofendido para


agredi-lo.
QUALIFICADORAS: QUANTO AOS MODOS;

DISSIMULAÇÃO = é ocultar a verdadeira


intenção, agindo com hipocrisia.

 Ex: o agressor, fingindo amizade ou


carinho, aproxima-se da vítima com a meta
de mata-la.
c) doloso qualificado(§ 2');

 Artigo 121; Homicídio qualificado

§ 2° Se o homicídio é cometido:

V - para assegurar a EXECUÇÃO, a OCULTAÇÃO, a


IMPUNIDADE ou VANTAGEM de OUTRO CRIME:

 Pena - reclusão, de DOZE A TRINTA ANOS.


QUALIFICADORAS: QUANTO AOS FINS;

V - para assegurar OUTRO CRIME:

 EXECUÇÃO – única hipótese de conexão


teleológica/finalidade;

CRIME MEIO: assegure a execução de UM CRIME


FUTURO – AINDA NÃO REALIZADO.

 de qualquer espécie, contra a vida ou não.


QUALIFICADORAS: QUANTO AOS FINS;

V - para assegurar OUTRO CRIME:

 OCULTAÇÃO – conexão consequencial;


QUALQUER OUTRO CRIME JÁ
COMETIDO.

 IMPUNIDADE – conexão consequencial. Ex:


Queima de arquivo;
QUALIFICADORAS: QUANTO AOS FINS;

V - para assegurar OUTRO CRIME:

 VANTAGEM – conexão consequencial;

 do produto, preço ou proveito de crime

Ex: homicídio contra o coautor de roubo ou furto para


apossar-se da res furtiva.
QUALIFICADORAS: CASO CONCRETO;

Analisar a denúncia de crime de homicídio qualificado!


QUALIFICADORAS: QUANTO AOS MOTIVOS;

FEMINICÍDIO:

 VI (contra a MULHER por razões da condição de sexo


feminino) e

HOMICÍDIO FUNCIONAL:

 VII (agentes das forças armadas e seus parentes).


c) doloso qualificado(§ 2º);

 Artigo 121; Homicídio qualificado

FEMINICÍDIO

VI – contra a MULHER por razões da condição de sexo


feminino;

 Pena – reclusão, de doze a trinta anos.


c) doloso qualificado(§ 2º);

 Artigo 121; Homicídio qualificado: FEMINICÍDIO

§ 2º-A. Considera-se que há razões de CONDIÇÃO DE


SEXO FEMININO quando o crime envolve:

I – violência doméstica e familiar;

II – menosprezo ou discriminação à condição de mulher.


c) doloso qualificado(§ 2º);

I VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR; art. 5º da Lei


nº 11.340:

 qualquer ação ou omissão baseada no gênero

I – no âmbito da unidade doméstica;


II – no âmbito da família;
III – em qualquer relação íntima de afeto;
LEI MARIA DA PENHA: LEI Nº 11.340, DE 07/08/2006

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER qualquer
ação ou omissão BASEADA NO GÊNERO que lhe cause morte,
lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial:

I - no ÂMBITO DA UNIDADE DOMÉSTICA, compreendida


como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem
vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
LEI MARIA DA PENHA: LEI Nº 11.340, DE 07/08/2006

Art. 5º - Omissis:

II - no ÂMBITO DA FAMÍLIA, compreendida como a comunidade


formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos
por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;

III - em QUALQUER RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO, na qual o


agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida,
INDEPENDENTEMENTE DE COABITAÇÃO.
c) doloso qualificado (§ 2º);

MULHER: caracterização:

 critérios PSICOLÓGICO - síndrome de disforia sexual - Jeferson


Botelho Pereira;

 critérios BIOLÓGICO; - identifica homem ou mulher pelo sexo


morfológico/somático, sexo genético/cromossômico e sexo
endócrino: Francisco Dirceu Barros;

 critérios JURÍDICO – Rogério Greco.


LEI MARIA DA PENHA: LEI Nº 11.340, DE 07/08/2006

Art. 5º - Omissis: Parágrafo único. As relações


pessoais enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual.

 Resguardam QUEM EXERCE O PAPEL


SOCIAL DE MULHER, seja biológica,
transgênero, transexual ou homem
homossexual.
FEMINICÍDIO MAJORADO: (§ 7º);

 ARTIGO 121:

§ 7º - A pena do feminicídio é AUMENTADA de 1/3 (um


terço) até a metade se o crime for praticado:

I – durante a GESTAÇÃO ou nos 3 (três) meses


POSTERIORES ao parto;
FEMINICÍDIO MAJORADO: (§ 7º);

 ARTIGO 121:

§ 7o A pena do feminicídio é AUMENTADA de 1/3 (um


terço) até a metade se o crime for praticado:

II – contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60


(sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças
degenerativas que acarretem condição limitante ou de
vulnerabilidade física ou mental;
FEMINICÍDIO MAJORADO: (§ 7º);

 ARTIGO 121: Pena AUMENTADA de 1/3


(um terço) até a metade se o crime for
praticado:

III – na presença FÍSICA ou VIRTUAL de


descendente ou de ascendente da VÍTIMA;
FEMINICÍDIO MAJORADO: (§ 7º);

 ARTIGO 121: Pena AUMENTADA de 1/3 (um


terço) até a metade se o crime for praticado:

IV – em descumprimento das MEDIDAS


PROTETIVAS DE URGÊNCIA previstas nos
incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340,
de 7 de agosto de 2006.
LEI MARIA DA PENHA

Art. 22. CONSTATADA A PRÁTICA DE VIOLÊNCIA doméstica e familiar


contra a mulher, nos termos desta Lei, o JUIZ PODERÁ aplicar, DE
IMEDIATO, ao agressor, em CONJUNTO ou SEPARADAMENTE, as
seguintes MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA, entre outras:

I - SUSPENSÃO DA POSSE OU RESTRIÇÃO DO PORTE DE ARMAS,


com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003;

II - AFASTAMENTO DO LAR, DOMICÍLIO OU LOCAL DE


CONVIVÊNCIA com a ofendida;
LEI MARIA DA PENHA

III - PROIBIÇÃO DE DETERMINADAS CONDUTAS, entre as quais:

a) APROXIMAÇÃO da ofendida, de seus familiares e das testemunhas,


fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;

b) CONTATO com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer


meio de comunicação;

c) FREQUENTAÇÃO de determinados lugares a fim de preservar a


integridade física e psicológica da ofendida;
LEI MARIA DA PENHA

IV - RESTRIÇÃO OU SUSPENSÃO DE VISITAS aos dependentes


menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço
similar;

V - prestação de ALIMENTOS PROVISIONAIS ou PROVISÓRIOS.

VI – COMPARECIMENTO do agressor a programas de recuperação


e reeducação; e 

VII – ACOMPANHAMENTO PSICOSSOCIAL do agressor, por meio


de atendimento individual e/ou em grupo de apoio.
c) doloso qualificado(§ 2º);

 Artigo 121; Homicídio FUNCIONAL

VII – contra AUTORIDADE ou AGENTE descrito nos arts. 142 e


144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da
Força Nacional de Segurança Pública, NO EXERCÍCIO DA
FUNÇÃO OU EM DECORRÊNCIA DELA, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição:

 Pena – reclusão, de doze a trinta anos.


c) doloso QUALIFICADO (§ 2º);

 FERNANDO CAPEZ:

"Basta uma única circunstância qualificadora para se deslocar o


caput para o § 2° do art. 121.

E demais qualificadoras? Existem 02 posições:

a) 01 qualificadora e as DEMAIS circunstâncias


AGRAVANTES se previstas em lei – Art. 61 do CP;
c) doloso QUALIFICADO (§ 2º);

 2ª ENTENDIMENTO:

b) 01 qualificadora - fixa-se a pena de doze a trinta anos.


As demais são consideradas como circunstâncias
judiciais do art. 59 do CP, pois o art. 61 do CP é expresso
ao afirmar que as circunstâncias não podem funcionar
como agravantes quando forem, ao mesmo tempo,
qualificadoras.”
c) doloso QUALIFICADO (§ 2º);

 CRIME HEDIONDO: tentado ou consumado, o homicídio


doloso qualificado, nos termos do art. 1º, I, da Lei n. 8.072/90;

 Inicialmente fechado

 Progressão de regime
a)40%, para o réu primário e 60% para o reincidente;
b)50%, para o réu PRIMÁRIO e 70% para o REINCIDENTE
= CH + morte.
c) doloso privilegiado x qualificado (§§ 1º+2º)

 HOMICÍDIO PRIVILEGIADO-QUALIFICADO:

1 - posição topográfica;

2 - Possível a coexistência: circunstâncias privilegiadoras


(§ 1°), todas de natureza subjetiva, com qualificadoras de
natureza OBJETIVA (meio + modo).
c) doloso qualificado(§ 2º);

 O STF, a propósito, já decidiu:

"A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido


da possibilidade de homicídio privilegiado-qualificado, desde
que não haja incompatibilidade entre as circunstâncias do caso.
Noutro dizer, tratando-se de qualificadora de CARÁTER
OBJETIVO (meios e modos de execução do crime), é possível o
reconhecimento do privilégio (sempre de natureza subjetiva) [HC
97.034/MG, DJe 07/05/2010]
f) doloso majorado (§ 4°, segunda parte).

 ARTIGO 121:

 § 4º - [....] Sendo DOLOSO o homicídio, a


pena é AUMENTADA de 1/3 (um terço) se o
crime é praticado contra pessoa menor de 14
(quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
f) doloso majorado (§ 4°, segunda parte).

 A pena é AUMENTADA de um terço se o ·crime é


praticado contra:

 MENOR de 14 (quatorze) ou;

 MAIOR de 60 (sessenta) anos (§ 4° do art. 121,


segunda parte, com redação dada pela Lei 10.741/2003-
Estatuto do Idoso).
f) doloso majorado (§ 4°, segunda parte).

 A sua natureza é OBJETIVA;

 Cuida-se de causa OBRIGATÓRIA de aumento


de pena;

 “da prática do crime”/”ação ou omissão”, ainda


que outro seja o momento do resultado, ex vi o
disposto no art. 4° do CP.
f) doloso majorado (§ 6°).

 ARTIGO 121:

 § 6º - A pena é AUMENTADA de 1/3 (um terço)


até a metade se o crime for praticado por
MILÍCIA PRIVADA, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança, ou por
GRUPO DE EXTERMÍNIO.
f) doloso majorado (§ 6°).

 MILÍCIA PRIVADA

Constituição de milícia privada

Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou


custear organização paramilitar, MILÍCIA
PARTICULAR, grupo ou esquadrão com a finalidade de
praticar QUALQUER dos crimes previstos neste
Código:
f) doloso majorado (§ 6°).

 MILÍCIA PRIVADA

Quantidade de agentes? Silêncio da lei!

1º corrente: 03 ou + = associação criminosa, art. 288 do


CP

2º corrente: 04 ou + = organização criminosa, Lei


12.850/2013.
d) Culposo (§ 3°);

 Artigo 121;

Homicídio CULPOSO

 § 3º - Se o homicídio é culposo:

 Pena – detenção, de um a três anos.


d) Culposo (§ 3°);

Quando o agente, com manifesta IMPRUDÊNCIA,


NEGLIGÊNCIA ou IMPERÍCIA,

Deixa de empregar a atenção ou diligência de que era


capaz, provocando, sua conduta, o resultado lesivo
(morte), PREVISTO (culpa consciente) ou
PREVISÍVEL (culpa inconsciente)

 Contudo, jamais aceito ou desejado.


d) Culposo (§ 3°);

a) IMPRUDÊNCIA: é a precipitação, afoiteza, agindo o


agente sem os cuidados que o caso requer; (positivação)

b) NEGLIGÊNCIA: é a ausência de precaução.


Diferentemente da imprudência (omissão);

c) IMPERÍCIA: é a falta de aptidão técnica para o


exercício de arte ou profissão.
e) culposo MAJORADO (§ 4°, primeira parte);

Artigo 121: Aumento de pena

§ 4º - No homicídio culposo, a pena é AUMENTADA de


1/3 (um terço), se o crime resulta de INOBSERVÂNCIA
DE REGRA TÉCNICA DE PROFISSÃO, ARTE OU
OFÍCIO, ou se o agente DEIXA DE PRESTAR
IMEDIATO SOCORRO À VÍTIMA, NÃO PROCURA
DIMINUIR AS CONSEQUÊNCIAS DO SEU ATO, ou
FOGE PARA EVITAR PRISÃO EM FLAGRANTE.
e) culposo MAJORADO (§ 4°, primeira parte);

1) INOBSERVÂNCIA DE REGRA TÉCNICA DE


PROFISSÃO, ARTE OU OFÍCIO;

2) DEIXA DE PRESTAR IMEDIATO SOCORRO À


VÍTIMA;
e) culposo majorado (§ 4°, primeira parte);

3) NÃO PROCURA DIMINUIR AS


CONSEQUÊNCIAS DO SEU ATO

4) FOGE PARA EVITAR PRISÃO EM


FLAGRANTE.
d) Culposo (§ 5°);

 Artigo 121; PERDÃO JUDICIAL

§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz


PODERÁ deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio
agente de forma TÃO GRAVE QUE A
SANÇÃO PENAL SE TORNE
DESNECESSÁRIA.
e) culposo majorado (§ 4°, primeira parte);

 AÇÃO PENAL: Pública incondicionada;

 COMPETÊNCIA: CF, artigo 5º:

XXXVIII - é reconhecida a instituição do JÚRI, com a


organização que lhe der a lei, assegurados:

d) a competência para o julgamento dos CRIMES DOLOSOS


CONTRA A VIDA;
CLASSIFICAÇÃO: HOMICÍDIO;

 Crime simples = único bem jurídico

 Crime comum = qualquer pessoa

 Crime material = ação + resultado

 Crime de dano = exige a lesão

 Crime de ação livre = qualquer meio


CLASSIFICAÇÃO: HOMICÍDIO;

 Crime comissivo (regra) ou omissivo impróprio


(exceção);

 Crime instantâneo (ou para alguns, instantâneo


de efeitos permanentes)

 Crime unissubjetivo (regra) = uma ou + pessoa


FIM...

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