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AULAS DIREITO CIVIL I-II – PROF. PHD.

CLODOALDO
MOREIRA – INSTAGRAM PHD.CLODOALDO MOREIRA

SISTEMA PIRAMIDAL DAS LEIS – HANS KELSEN


OBS: Constituição da República Federativa do Brasil

• CONSTITUIÇÃO
UNIÃO FEDERAL
ESTADOS • CONSTITUIÇÃO ESTADUAL

DF • LEI ORGÂNICA DO DF

MUNICÍPIOS • LEI ORGÂNICA MUNICIPAL

❖ Existe prisões com base no direito civil: depositório infiel e pensão


alimentícia.
 Depositório infiel é aquele que recebe sua herança, fiscalizada pelo judiciário
e que gasta de forma indevida.
A – Aspectos históricos do Código Civil:
No ano de 1804, Napoleão Bonaparte criou o Código Civil francês no qual
serviu de base para os demais códigos civis.
No Brasil, vigoravam as ordenações Manuelinas, Afonsinas e Filipinas, as quais
regulamentavam sobre os direitos que envolviam as pessoas. Com a criação da
Constituição da República de 1891 por Ruy Barbosa ficou determinado que o Brasil
teria um Código Civil próprio e essa atribuição foi destinada a Teixeira de Freitas,
porém o mesmo foi substituído por Cloves Devilacqua e no dia 01 de outubro de 1916
entra em vigor o novo Código Civil em sua época.
O novo Código Civil teve como seu idealizador Miguel Reale o qual organizou o
novo Código Civil de acordo com a visão constitucional (direito civil constitucional).
OBS: No concurso da magistratura de 1951 no Estado de Goiás, o examinador da OAB
perguntou na prova dissertativa sobre “Teoria tridimensional do Direito Civil” criada
por Miguel Reale.
Miguel Reale criou o novo Código Civil com três fundamentos:
1. Eticidade: as partes ao realizarem negócio jurídico sempre devem agir de boa fé
(art. 113 do CC).
2. Socialidade: no novo CC não faz distinção de direitos entre homens e mulheres,
porque prevalece a regra do poder familiar.
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3. Operabilidade: no novo CC é de fácil manuseio.


I. DIREITO DE PERSONALIDADE
No artigo 1 do CC diz que todas as pessoas são titulares de direitos e obrigações no
ordenamento jurídico brasileiro.
O início da personalidade é conforme a doutrina assim dividida:
1. Teoria Consepcionalista: os defensores dessa teoria dizem que a personalidade
se dá a partir da inseminação do espermatozoide no óvulo.
2. Teoria Condicional: os defensores dessa teoria dizem que o início da
personalidade se dá na oitava semana de gestação, pois o indivíduo tem forma
humana e atividade cerebral.
3. Teoria Natalista: os defensores dessa teoria dizem que o início da
personalidade se dá a partir do nascimento com vida.
OBS: O Supremo Tribunal Federal adotou a teoria consepcionalista. Por exemplo o
Caso Rafinha Bastos; direito de herança; direito de doação; alimentos gravídicos.
O CC em seu artigo 2 diz que os direitos da personalidade se dão desde a
concepção até o nascimento com vida.
II. DA CAPACIDADE CIVIL
CONCEITO: Código Civil diz que a capacidade civil será adquirida aos 18 anos
completos e de acordo com o artigo 104 inciso I do CC este requisito é essencial a
realização do negócio jurídico.
i. DA INCAPACIDADE ABSOLUTA:
O artigo 3 do CC com a redação dada pela lei 13146/15 diz que os absolutamente
incapazes são aqueles que não podem praticar quaisquer atos da vida civil, sob pena de
ser considerado nulo.
Assim o caput (cabeça) do artigo 3 diz que os menores de 16 anos são
considerados absolutamente incapazes.
OBS: Excepcionalmente se admite casamento da mulher gestante que tenha menos de
16 anos mediante autorização judicial. Como também o menor aprendiz aos 14 anos na
relação trabalhista.
ii. DOS RELATIVAMENTE INCAPAZES:
Diz o artigo 4 do CC que os relativamente incapazes são aqueles que podem
praticar certos atos da vida civil, todavia poderão anular o negócio jurídico desde que:
a) As pessoas maiores de 16 anos e menores de 18 anos;
b) Os ébrios habituais (quem bebe diariamente) e os viciados e tóxicos;
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c) Aqueles que por causa transitória ou permanente não puderem exprimir a sua
vontade;
d) Os pródigos, são aqueles que dilapidam todo o seu patrimônio (vende tudo que
tem para manter o vício);
OBS: O artigo 4, parágrafo 1 do CC diz que os índios serão regulamentados por uma
lei especial conhecida como o Estatuto do Índio, lei 6001/63.
iii. DA EMANCIPAÇÃO:
O artigo 5 do CC diz que é possível a emancipação para as pessoas maiores de 16
anos e menores de 18 anos e a emancipação consiste na possibilidade de conceder uma
certa capacidade para que estas pessoas realizem certos negócios jurídicos.
A emancipação pode ser dos pais; judicial ou legal.
*Emancipado não pode possuir CNH;

*Só pode realizar negócio jurídico;

a) Emancipação dos pais: o CC diz que os pais em conjunto ou separadamente


poderão comparecer no cartório de registro de imóveis juntamente com o interessado
maior de 16 anos e na presença do tabelião elaborarão um instrumento público de
emancipação devidamente assinado por todos e por 2 testemunhas.
b) Emancipação judicial: havendo uma LIDE (conflito de interesse) entre os pais,
caberá ao juiz resolver a controvérsia.
c) Emancipação legal: o CC enumera algumas hipóteses de emancipação a saber:
• Casamento (casamento putativo, também gera emancipação para aquele que
contraiu de boa fé);
• Colação de grau em nível superior;
• Exercício de emprego público efetivo;
• Estabelecimento civil, comercial ou emprego com economia própria;
iv. DA CESSAÇÃO DA CAPACIDADE:
a) Da morte real: o artigo 6 do CC diz que a morte real é aquela de fácil
constatação, pois existe o corpo.
b) Morte presumida: diz o artigo 7, I que será considerado morte presumida se
for extremamente provável a morte da pessoa que se encontra em risco de vida
(morte).
c) Pessoa em campanha ou feita prisioneira se não for encontrada até 2 anos após o
término da guerra (artigo 7, II do CC).
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OBS: A morte civil é um instituto previsto no CC francês, e no Brasil essa teoria não é
codificada. Porém, a doutrina diz que a morte civil ocorre quando uma pessoa se
encontra viva para fins morais e morta para fins patrimoniais.
*a pessoa está viva, mas não recebe a herança. É herdeiro aparente.

EX: - Indigno (art. 1814 do CC);


- Militar que comete crime no decreto lei 1001/89 e é aposentado
compulsoriamente.
III. COMORIÊNCIA:
Diz o artigo 8 do CC que a comoriência ocorre quando 2 ou mais pessoas morrem
ao mesmo tempo sem saber determinar quem morre primeiro.
Ex: um acidente aéreo em que todos os passageiros morrem.
i. DO REGISTRO: O artigo 9 do CC diz que serão registrados em registro
público:
• Nascimento, casamento e óbito;
• Emancipação dos pais ou com sentença do juiz;
• Da interdição do absolutamente incapaz ou do relativamente capaz;
• Da sentença que reconhece a ausência e a morte presumida;
ii. DA AVERBAÇÃO DO REGISTRO PÚBLICO: O artigo 10 do CC diz que
cabe averbação:
• Da sentença que anula o casamento ou quando ocorrer o divórcio;
• Os atos judicias e extrajudiciais que reconheçam a filiação;
iii. DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE: O artigo 11 do CC diz que os
direitos a personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo seu
exercício sofrer mutação voluntária, salvo os casos previstos em lei.
Diz o artigo 12 CC que se houver ameaça ou lesão ao direito da personalidade poderá
a parte prejudicada reclamar perdas e danos.
OBS: O prazo para a propositura de ação de indenização será de 3 anos – art. 206 § 3,
V do CC.
iv. DANO REFLEXO OU DANO RICOCHETE:
CONCEITO: É o ato pelo qual uma ação atinge um morto, todavia os reflexos dessa
atitude acabam atingindo os seus parentes. O artigo 12, parágrafo único diz que
possuem legitimidade na defesa da honra do de cujus (falecido) o cônjuge sobrevivente;
parentes em linha reta (ascendentes e descendentes e colaterais de até 4º grau).
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v. DA DISPOSIÇÃO DO CORPO: diz o artigo 13 do CC que salvo por exigência


médica, é proibida a disposição do próprio corpo quando importar em diminuição
permanente.
A lei 9434/97 em seu artigo 3 assegura a doação de órgãos por exigência médica
àqueles que necessitam nos limites dessa lei.
O artigo 14 do CC diz que é válida a disposição do corpo post mortem (depois de
morto) para fins científicos ou altruísticos. O CC diz que ninguém é obrigado a sofrer
tratamento médico ou intervenção cirúrgica, salvo risco de morte.
vi. DIREITO AO NOME:
O artigo 15 CC diz que toda pessoa tem direito a um nome (prenome), podendo
este ser simples (ex: Marcus); ou composto (ex: Marcus Antônio); neles
compreendidos o sobrenome.
Pessoas que possuem o mesmo nome na família podem ser diferenciadas pelo
agnome (ex: Junior Primeiro, Segundo, etc).
A partícula é o que dá significado ao nome: de; dos; da.
• HIPÓTESE DE ALTERAÇÃO DE NOME:
a) Nomes ridículos: a lei 6015/73 (Lei de Registro Público) proíbe a inclusão de
nomes que expõe as pessoas a situações vexatórias.
b) Erro de grafia: artigo 55 da LRP; exemplo: Ulício no lugar de Ulices.
c) As pessoas maiores de 18 e menores de 19 anos, independentemente de qualquer
motivo.
d) Nos casos de adoção.
e) Homônimos: pessoas que possuem mesmo nome;
f) Lei de proteção às testemunhas: Lei 9807/99.
g) Casamento.
*Hipocorístico: é o apelido que se incorpora ao nome.
Exemplo: Maria das Graças Xuxa Meneghel
O pseudônimo é o apelido que não se incorpora ao nome, mas é protegido como
se fosse o próprio nome. (Artigo 19 do CC)
O nome de uma pessoa não pode ser utilizado pela outra sem a devida
autorização, e ainda o nome de uma pessoa não pode ser exposta ao ridículo (Artigo 17
e 18 do CC)
Por fim a vida privada é inviolável, e o juiz a pedido da parte irá coibir este
aviso.
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IV. AUSÊNCIA (ART. 21 AO 39 CC)


CONCEITO: Ocorre a ausência quando uma pessoa desaparece de seu domicílio em
situação normal e não houver paradeiro deste ou representante legal.
Ex: Luiz sai para comprar um cigarro na esquina e desaparece.
Qualquer interessado poderá propor ação judicial solicitando reconhecimento da
ausência. O juiz ao receber a petição inicial nomeará curador que tem a atribuição de
administrar os bens do ausente.
O CC em seu artigo 24 e 25 dispõe sobre a ordem de nomeação de curador:
1. O cônjuge do ausente desde que este não estejam divorciados ou separados de
fato há mais de 2 anos;
2. Na falta do cônjuge serão nomeados os pais;
3. Na falta dos ascendentes serão nomeados os descendentes, sendo que os mais
próximos excluem os mais remotos;
V. SUCESSÃO PROVISÓRIA:
O artigo 26 do CC dispõe que cabe ao curador fazer a arrecadação do ausente,
tendo este um prazo de 1 ano, se tratando de cônjuge (ascendente, descendente) e 3 anos
quando se tratar de curador dativo (pode ser alguém indicado pelo juiz ou uma pessoa
indicada para ser representante do ausente – advogado).
O artigo 28 do CC diz que cabe ao juiz proferir sentença determinando a abertura
de sucessão provisória a qual só produzirá efeitos depois de 180 dias contados da
publicação da imprensa.
Ultrapassando o prazo supracitado poderão os herdeiros ingressar com a ação
judicial denominada inventário que deverá ser proposta no prazo de 60 dias cabendo ao
juiz da Vara de Família e Sucessões conceder o formal de partilha para os herdeiros.
Cabe ao juiz reservar a parte legítima do ausente.
Se o juiz verificar que os bens nobres embora pertencentes ao ausente são bens
perecíveis poderá determinar a venda do mesmo e o valor apurado deverá ser
depositado em uma conta judicial.
Os herdeiros durante a sucessão provisória fazem jus dos frutos percebidos.
Por fim se o ausente aparecer cessa a posse provisória devendo o ex-ausente emitir
na posse.
i. Da sucessão definitiva:
Diz o artigo 37 do CC que passados 10 anos da sentença que concedeu a
sucessão provisória teremos as seguintes consequências.
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a) Se o ausente retornar antes dos 10 anos, terá direito aos bens no estado que
se encontrar ou subrrogados em seu lugar;
b) Se retornar depois dos 10 anos não terá direito nenhum sobre os bens;
OBS: Se na época do sumiço do ausente ele estava com 80 anos ou mais, o
prazo para a sucessão definitiva será reduzida para 5 anos.
VI. PESSOA JURÍDICA:
O CC nos artigos 40 a 69 dispõe sobre as pessoas jurídicas as quais são criadas por
particulares (direito empresarial; ex: Sociedades anônimas; sociedades limitadas, etc) ou
pela própria administração pública (direito administrativo; ex: fundações públicas,
empresas públicas, etc).
O artigo 40 do CC diz que as pessoas jurídicas podem ser: direito público
interno; direito público externo e de direito privado.
1. Pessoa jurídica de Direito Público Interno: o artigo 41 do CC diz que são
pessoas jurídicas de Direito Público Interno:
a) União: pertence a administração direta;
b) Estado e DF: pertence a administração direta;
c) Municípios: pertence a administração direta;
d) Territórios: pertence a administração indireta, pois quem manda é a União;
e) Autarquias: pertence a administração indireta; ex: INSS (presta serviço à
União);
f) Associações públicas: pertence a administração indireta, que são criadas pelo
governo federal e estadual, distrital para auxiliarem a administração pública;
g) Demais pessoas de caráter público criadas por lei. Ex: Fundação Municipal
Laide das Neves: pertence a administração indireta, pois quem manda é o
município.
2. Pessoa jurídica de Direito Público Externo: o artigo 42 do CC diz que os
países estrangeiros e as entidades internacionais, ex: ONU, OEA, OTAN,
UNICEF, etc. são pessoas jurídicas de direito público externo.
3. Pessoa jurídica de Direito Privado: o artigo 44 do CC diz que são:
a) Associações;
b) Sociedades;
c) Fundações;
d) Partido Político;
e) Organizações Religiosas;
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f) EIRL: Empresa Individual de responsabilidade limitada.


OBS: - Os atos praticados pelos agentes públicos que causarem prejuízo a terceiros
serão atribuídos as pessoas jurídicas de Direito Público Interno. Em se tratando de
Pessoa Jurídica de Direito Privado a responsabilidade será ao empregador pelos atos dos
seus empregados conforme o artigo 932, III do CC.
- O Estado é responsável pelos prejuízo causados por seus agentes, cabe ao Estado
entrar com ação regressiva contra o agente que tenha causado prejuízo.
O artigo 45, parágrafo único do CC diz que decai 3 anos o direito de anular a
Constituição das Pessoas Jurídicas de direito privado, por defeito do ato respectivo,
contado o prazo da publicação de suas inscrições no registro.
As pessoas jurídicas de direito privado em seu registro deverão declarar:
1. A empresa deverá ter uma denominação (EX: SA); deverá demonstrar o seu fim
(EX: Locadora); o tempo de duração (EX: indeterminado); e o social (EX:
Patrimônio da empresa; Sede.
2. O nome da empresa (EX: Locadora Mario Bros); quem é o fundador ou
instituídos como também os diretores e gerentes.
3. Como será feita a administração da empresa e quem a representa ativa e
passivamente nas causas judiciais e extrajudiciais.
4. Como se dá a reforma do ato constitutivo.
5. Se os membros respondem ou não de forma subsidiária pelas obrigações sociais.
6. Como se dá a extinção da empresa e o destino do seu patrimônio.
i. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA:
O artigo 28 do CC criou a desconsideração da personalidade jurídica, ou seja, se o
patrimônio da empresa não for suficiente para pagar as dívidas, é possível que o juiz
desconsidere a pessoa jurídica e busque o patrimônio individual do sócio resguardados
os bens de família. O CC em artigo 50 consagra a desconsideração quando ficar
caracterizado desvio de finalidade ou confusão patrimonial.
O artigo 52 do CC diz que se aplica as pessoas jurídicas no que couber os
direitos da personalidade. (Para o STJ na Súmula 227 a pessoa jurídica poderá sofrer
difamação).
ii. ASSOCIAÇÕES:
O CC no artigo 53 diz que as associações são constituídas pela União de pessoas
que se organizam para explorar a atividade sem fins lucrativos.
Exemplo: Associações dos Moradores do Edifício Tal.
Não há entre os associados direitos e obrigações recíprocas.
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O artigo 54 do CC dispõe sobre os requisitos essenciais de uma associação, sob


pena de nulidade.
O artigo 55 do CC diz que os associados devem ter iguais direitos, contudo o
Estatuto da Associação poderá criar vantagens diferenciando os associados.
O artigo 56 do CC diz que o direito de associado é intransmissível, salvo
disposição diversa do Estatuto.
A exclusão de qualquer associado deverá ser feito mediante processo administrativa
sendo assegurado ampla defesa e direito de recurso. (Artigo 57 do CC)
As associações poderão fazer assembleias gerais com intuito de destituir os
administradores como também alterar o seu Estatuto. A convocação da Assembleia
Geral far-se-á conforme Estatuto da Associação, garantindo a 1/5 dos associados o
direito de promove-la.
O CC em seu artigo 61 diz que é possível a dissolução de uma associação e seu
patrimônio remanescente e será destinado a entidade de fins não econômicos designados
no Estatuto e no silêncio deste será destinado a entidade de fins não econômicos
designados no Estatuto e no silêncio deste será destinado a entidade municipal, estadual,
distrital ou federal.
iii. FUNDAÇÕES (ARTIGOS 62 A 69 DO CC)
O artigo 62 do CC diz que uma fundação pode ser criada mediante escritura
pública ou por testamento, desde que a pessoa indique e se desejar, a maneira de
administrá-lo.
No ano de 2015, o artigo 62, parágrafo único sofreu alteração incluindo diversos
fins de uma fundação.
As fundações deverão ser fiscalizadas pelo Ministério Público de cada Estado e o
patrimônio das fundações serão fiscalizados pelo MP seja ele estadual ou federal.
O artigo 67 do CC diz que é possível a alteração do Estatuto de uma fundação por
2/3 de seus membros e posteriormente será encaminhado ao MP para que este aprove
ou rejeite no prazo de 45 dias;
Por fim o artigo 69 do CC diz que no caso de extinção de uma fundação, o seu
patrimônio será incorporado a outra fundação em regra com o mesmo fim, todavia
também é possível que este patrimônio seja destinado ao munícipio, DF, estados e
federal (União).

VII. DOMICÍLIO (ARTIGO 70 A 78)


Morada é o local em caráter provisório; exemplo: casa de praia, hotéis.
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Residência é o local de caráter transitório; exemplo: lei de inquilinato (aquele que


vive de aluguel).
Domicílio é o local em caráter definitivo (quem tem casa própria).
O artigo 71 do CC diz que se uma pessoa tiver dois ou mais domicílios, considera-
se domicílio ser qualquer um destes.
O artigo 72 do CC criou o domicílio profissional possibilitando a citação ou a
intimação de uma pessoa em seu local de trabalho.
O artigo 73 do CC diz que o domicílio do itinerante (cigano, circense, ermitã) será
o lugar onde for encontrado.
O artigo 74 do CC diz que todo aquele que muda de domicílio tem a obrigação de
comunicar as municipalidades de onde deixa e para onde vai, salvo em situações
excepcionais.
i. DOMICÍLIO DAS PESSOAS JURÍDICAS:
O artigo 75 do CC diz:
a) Domicílio da União: Distrito Federal
b) Estados e territórios: respectivas capitais
c) Municípios: será o lugar onde funcionar a administração municipal
d) Demais pessoas jurídicas: será o lugar onde funcionar as respectivas diretorias
e administrações ou ainda um domicílio especial indicado no seu estatuto ou ato
constitutivo.
OBS: 1. Se a pessoa jurídica tiver diversos estabelecimentos em lugares diferentes,
cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
*Itinerante: cigano, nômade
*Olhar o artigo 109 da CF e a súmula 38 do STJ – contravenção penal

2. O artigo 75, § 2º diz que se a empresa tiver administração, diretoria de sede no


estrangeiro ter-se-á como domicílio seu o lugar do estabelecimento, sito no Brasil.
ii. DOMICÍLIO NECESSÁRIO:
O artigo 76 do CC criou um domicílio legal (necessário) para o incapaz, servidor
público, militar, marítimo e o preso.
A) O domicílio do incapaz é o de seu representante ou assistente;
B) Servidor público: é o lugar em que exerce permanentemente as suas
funções;
C) Militar (marinha, exército e aeronáutico): se for militar do exército será o
local onde servir; se for da marinha ou aeronáutica será a sede do comando
em que se encontra imediatamente subordinado.
D) Marítimo: será o local onde o navio estiver matriculado;
E) Preso: será o lugar em que cumprir a sentença;
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iii. DOMICÍLIO DO DIPLOMATA:


O artigo 77 do CC admite a citação do agente diplomático brasileiro no
exterior, todavia poderá alegar extraterritorialidade (que não deseja ser citado no
estrangeiro), e assim sendo, poderá ser citado em seu último domicílio sito no Brasil ou
no DF.
iv. CLAÚSULA GERAL DE FORO DE ELEIÇÃO:
O artigo 78 do CC diz que as partes podem especificar em seus contratos escritos
onde será exercitado e cumprido os direitos e obrigações deles resultantes.
VIII. DOS BENS
Os bens conforme o CC podem ser imóveis ou móveis.
i. DOS BENS IMÓVEIS: O artigo 79 do CC diz que são imóveis o solo e tudo
que se corpora naturalmente (ascensão natural).

Exemplo: uma árvore; uma plantação ou artificialmente (ascensão intelectual,


exemplo: uma casa; prédio)
O artigo 80 do CC diz que ainda se consideram como bens imóveis:
a) Os direitos reais e as ações que lhes asseguram;
OBS: Se uma propriedade se encontrar ameaçada (ameaça de invasão), caberá ao
proprietário propor ação de interdito proibitório. No caso de turbação, caberá ao
proprietário propor ação de manutenção de posse. Por fim, no caso de esbulho
caberá ao proprietário propor ação de reintegração de posse.
b) Direito à sucessão aberta: o prazo de abertura de inventário será de 60 dias
contados a morte sob pena de multa.
Por fim o artigo 81 do CC diz que não perde a característica de bens imóveis as
edificações que separadas do solo mantenham a sua mesma unidade. Por fim os
materiais provisoriamente separadas de um prédio para nele se reempregarem.
*CADI: cônjuge, ascendente, descendentes.
ii. DOS BENS MÓVEIS: O CC no artigo 82 diz que são móveis todos os bens
que tem movimento próprio (semoventes – animais) os objetos que podem ser
levados de um lugar para outro decorrente de força alheia.
Consideram ainda bens móveis:
1. As energias que tem valor econômico;
2. Os direitos reais sobre os bens móveis e as suas ações respectivas;
3. Os direitos pessoais de caráter patrimonial e as respectivas ações.
OBS: O artigo 84 do CC diz que os materiais destinados a uma constrição enquanto
não foram utilizados são considerados bens móveis; readquirem a qualidade de bem
móvel os provenientes da demolição de algum prédio.
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iii. DOS BENS FUNGÍVEIS, INFUGÍVEIS E CONSUMÍVEIS:


Bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros da mesma
espécie, quantidade e qualidade.
Exemplo: Óculos, caneta, relógio;
Bens infungíveis são aqueles que não podem ser substituídos por outro da mesma
espécie, quantidade e qualidade.
Ex: Jaqueta do Michael Jackson; capacete do Ayrton Senna.
OBS: O CC diz em seu artigo 86 que são consumíveis os bens móveis cujo o uso
importa na destruição mediata da própria substância.
iv. DOS BENS SINGULARES E COLETIVOS (RTIGOS 89 A 91 DO CC):
O artigo 89 do CC diz que são bens singulares aqueles que embora reunidos se
consideram per si (por si só), independente dos demais. Já a universalidade é a
pluralidade de bens singulares que tem destinação unitária.
v. DOS BENS PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS:

Bem principal é aquele que existe sobre si abstrata ou concretamente; o


acessório é todo aquele cuja existência supõe a do principal.
OBS: o artigo 93 do CC diz que são pertencentes os bens que não constituindo partes
integrantes, se destinam de modo duradouro do uso ao serviço ou ainda ao
aformoseamento de outra pessoa.
vi. DAS BENFEITORIAS: benfeitorias são acréscimos realizados em
propriedades privadas em regra com a autorização de seu proprietário. Conforme o
artigo 96 do CC as benfeitorias podem ser necessárias, úteis ou voluntárias.
1. Benfeitoria necessária: o artigo 96, § 3º diz que são necessárias as benfeitorias
que conservem o bem ou evite que se deteriore.
Ex: concerto de um encanamento;
2. Benfeitoria útil: o artigo 96, § 2º diz que são necessárias as benfeitorias que
conservem o bem ou evite que se deteriore.
Ex: Colocação de toldo para proteger o auto móvel do sol; portão elétrico;
câmera de vigilância.
3. Benfeitoria voluntária: o artigo 96, § 1º diz que são aquelas que mero deleite
ou recibo que não aumenta nem facilita o uso do bem ainda que a torne mais
agradável e seja de elevado valor.
Ex: Piscina
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vii. DOS BENS PÚBLICOS: O CC no artigo 98 diz que são públicos os bens
pertencentes as pessoas jurídicas de direito público, todos os outros são
particulares seja qual for a pessoa jurídica que pertencerem.

1. Espécies de bens públicos – artigo 99:


a) Bens públicos de uso comum do povo: o artigo 99, I, diz que são rios, mares,
estradas, ruas e praças.
b) Bens públicos de uso especial: o artigo 99, I, diz que são os edifícios ou terrenos
destinados ao serviço ou ao estabelecimento da administração federal, estadual,
municipal, distrital e autarquias.
c) Bens públicos dominicais: o artigo 99, III, diz que são patrimônio das pessoas
jurídicas de direito público como objeto de direito pessoal ou real de cada uma
dessas entidades.
Obs 1: os bens de uso comum do povo e os especiais são inalienáveis (não podem ser
vendidos) enquanto conservarem essa qualificação (Artigo 100 do CC)
Obs 2: os bens públicos dominicais (poderão ser alienados) conforme a lei 8666/93.
Obs 3: bens públicos não são sujeitos a uso capião (Artigo 102 do CC)
Obs 4: o artigo 103 do CC diz que os bens públicos no tocante ao seu uso podem ser
gratuitamente ou retribuídos, conforme estabelecido legalmente pela entidade
administrativa que pertence.

IX. NEGÓCIO JURÍDICO


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ATO ILÍCITO

NJ
ATO FATO
JURÍDICO JURÍDICO

Ato Jurídico é tudo aquilo que decorre exclusivamente da atividade humana.


Ex: Nascimento e morte;
Fato Jurídico é tudo aquilo que decorre exclusivamente da lei, e assim sendo temos
que os negócios jurídicos são consequências lógicas previstas em lei.
Ex: Doação, comodado, compra e venda etc.
OBS: O fato jurídico pode ser afetado pelo caso fortuito ou pela força maior; o STJ diz
que caso fortuito ou força maior são sinônimos.
Ato ilícito: os negócios jurídicos quando realizados de má fé (artigo 187 CC) ou
quando praticados mediante culpa (imprudência, negligência ou imperícia – artigo 186
CC) possibilitam direitos de indenização.
i. REQUISITO DO NEGÓCIO JURÍDICO:
O artigo 104 do CC diz que são requisitos:
a) Agente capaz (artigo 3 e 4 do CC)
b) Objeto lícito, possível, determinado ou determinável
c) Forma prescrita e não defesa em lei
O artigo 105 do CC diz que a incapacidade relativa de uma das partes, não pode ser
invocada pela outra em benefício próprio ou de terceiros, salvo se a obrigação for
indivisível quanto ao seu objeto ou for comum entre as partes.
Em regra a validade do negócio jurídico não depende de declaração de vontade de
forma especial, salvo quando a lei exigir. (Artigo 107 do CC)
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O artigo 108 do CC dispõe que a escritura pública é essencial a validade dos


negócios jurídicos que visem a constituição, transferência, modificação ou renúncia
sobre bens imóveis cujo valor seja superior a 30 vezes o salário mínimo vigente no
país.
O artigo 111 do CC diz que o silêncio importa anuência (aceitação) quando as
circunstâncias autorizam, salvo se a lei solicitar declaração de vontade expressa.
(escrita)
O artigo 112 do CC diz que nas declarações de vontade se atenderá a intenção dela
consubstanciada do que o sentido literal da linguagem.
Por fim, os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa fé e os
lugares de sua celebração.
X. DIREITO DE REPRESENTAÇÃO
O artigo 115 do CC diz que a representação (procuração) será conferida por lei ou
pelo interessado.
O artigo 116 do CC dispõe que a representação se dá nos limites conferidos na
procuração.
O artigo 117 do CC diz que é anulável o negócio jurídico o qual o representante
do seu interesse ou por conta de outrem celebra contrato consigo mesmo.
O artigo 119 do CC, parágrafo único diz que o prazo decadencial para se anular
um negócio jurídico que exista conflito entre o representante e o representado é de 180
dias, contados da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade.
XI. DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO
Os negócios jurídicos podem apresentar algumas cláusulas contratuais contendo certas
situações as quais influenciam a viabilidade ou não de um contrato.
Condição é toda cláusula contratual ligada a um evento futuro e incerto.
Ex: Cassiano pai promete a Cassiano filho um carro zero km se este passar em primeiro
lugar no ITA.
Termo é uma cláusula contratual que faça referência a um evento futuro e certo.
Ex: As aulas do professor Baltazar se iniciam no dia 08 de agosto com término do dia
23 de dezembro.
Encargo é uma clausula contratual que obriga uma pessoa a cumprir uma
prestação pecuniária (na obrigação de pagar alguma coisa)
OBS: o artigo 132 do CC, em seu parágrafo 2 em seu meado (metade) de qualquer
mês será o seu 15º dia.
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Se o vencimento de uma prestação cair em dia não útil prorroga-se


automaticamente para o próximo dia útil subsequente.
Por fim os prazos fixados por hora contar-se-ão minuto após minuto.
ii. DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
CONCEITO: os negócios jurídicos podem apresentar certos defeitos (vícios), os quais
possibilitam a parte prejudicada o direito de anular o negócio quando ficar constatado
erro; dolo; coação; estado de perigo; lesão ou fraude contra credores.
1. Erro ou ignorância: os artigos 138 a 144 ocorre quando uma pessoa se engana
por si só sobre determinado objeto ou determinada pessoa, possibilitando assim
o direito de anular o negócio jurídico.
Ex: Cássio se casa com Márcia, porém na noite de núpcias descobre que Márcia não
pode ter filhos e diante desse fato poderá propor a ação de anulação do casamento no
prazo de 2 anos contados da celebração do casamento.
2. Dolo: os artigos 145 a 150 preceituam que o dolo ocorre quando uma pessoa age
de má fé com o intuito de enganar terceira pessoa.
Ex: Gel redutor
O artigo 146 do CC criou a figura do dolo acidental, que ocorrendo este o negócio será
realizando tendo a parte prejudicada o direito de indenização.
Exemplo: José comprou um carro da marca Jeep Renegate da cor prata. Porém, no dia
de pegar o carro observa que mandaram a cor laranja, assim José decide ficar com o
carro, tendo o direito de indenização.
3. Coação: os artigos 151 a 155 do CC dizem que a coação é um vício que anula o
negócio jurídico, porém esta deve causar fundado terror referencial a pessoa, a
sua família ou aos seus bens.
Ex: casamento mediante ameaça.
4. Estado de perigo: o artigo 156 do CC diz que configura estado de perigo
quando uma pessoa encontra-se premida da necessidade de se salvar ou pessoa
de sua família de grave dano conhecido pela outra parte e acaba assumindo
obrigação onerosa.
Ex: cheque calção e hospital
5. Lesão: o artigo 157 do CC diz que ocorre lesão quando uma pessoa se encontra
com necessidade financeira e diante da sua inexperiência (desespero) se obriga a
pagar prestação manifestamente desproporcional ao valor da dívida original.
Ex: com juros no cheque especial
6. Fraude contra credores: ocorre fraude contra credores quando o indivíduo
realiza um negócio jurídico (doação) com outra pessoa (geralmente seu
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comparça) com o intuito de causar prejuízo ao credor e assim sendo, um credor


poderá anular essa doação tendo direito ao bem doado.
Obs: O CC diz que a simulação de compra e venda é considerado ato nulo, ou seja, não
possui qualquer validade.

iii.
DA INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
A) Dos negócios jurídicos nulos (artigo 166 do CC):
1. Quando for praticado por absolutamente incapaz;
2. Quando o contrato for ilícito, impossível ou indeterminado;
3. Quando houver motivo determinante que torne ilícito para ambas as partes do
negócio jurídico;
4. Não observar a forma legal;
5. For preterida alguma solenidade que a lei considere essencial;
6. Tiver por objeto fraudar lei de quando a própria lei declarar nulo;

B) Dos negócios jurídicos anuláveis (artigos 171 do CC):


1. Praticado por relativamente incapaz;
2. Quando o negócio jurídico apresentar erro, dolo, estado de perigo, lesão ou
fraude contra credores;
OBS: O artigo 178 do CC diz que o prazo é de 4 anos decadencial para se propor a ação
de anulação do negócio jurídico quando:
a) No caso de coação será no dia em que esta cessar;
b) Quando houver erro, dolo, fraude contra credores, lesão ou estado de perigo será
no dia em que se realizou um negócio jurídico;
c) Nos atos de incapazes será no dia em que cessar a incapacidade;

iv. DA PRESCRIÇÃO
CONCEITO: É a perda da possibilidade jurídica de um pedido diante da inércia da
patê que deixou transcorrer in-albes (em branco) o prazo previsto em lei.
O artigo 190 do CC diz que a exceção prescreve no mesmo prazo que a pretensão. Seja
autor seja réu, a prescrição deverá ser observada por todos.
O artigo 191 do CC dispõe que as partes podem renunciar os prazos prescricionais
desde de que não prejudique terceiros. As partes não podem alterar os prazos
prescricionais. (Artigo 192 do CC)
No artigo 193 do CC diz que a prescrição poderá ser reconhecida em qualquer grau de
jurisdição. Por fim, a prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o
seu sucessor.
1. Das causas que impedem ou suspendem a prescrição:
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- Não corre prazo:


a) Entre os cônjuges na constância do casamento;
b) Entre ascendentes e descendentes durante o poder familiar;
c) Entre tutelados e curatelados na constância da tutela e curatela;
d) Contra os absolutamente incapazes;
e) Contra os ausentes no país em serviço da União, dos Estados ou Municípios;
f) Contra aqueles que acharam servindo às forças armadas em tempo de guerra;
2. Das causas que interrompem os prazos prescricionais:
O artigo 202 do CC diz que interrompe a prescrição:
a) Por despacho do juiz, mesmo que incompetente em determinar a citação;
b) Por protesto judicial ou cambial;
c) Por apresentação de título de crédito em juízo de inventário;
d) Qualquer ato judicial ou extra judicial de reconhecimento de dívida;

XII. DECADÊNCIA
A decadência tem previsão nos artigos 207 a 211 e consiste no reconhecimento do poder
judiciário sobre a ocorrência do fenômeno prescricional e, assim sendo, o juiz deixa de
julgar o processo extinguindo o mesmo pela perda do direito.
A decadência poderá ser reconhecida em qualquer grau de jurisdição.
1. Das pessoas (artigos 212 a 232 CC): o artigo 212 CC aduz que são meios de
prova:
a) Confissão: os artigos 213 e 214 do CC dizem que a confissão só pode ser feita
por quem tem capacidade para confessar e em regra a confissão é irrevogável,
salvo se houver erro ou coação.
b) Documentos: os artigos 215 a 226 do CC admitem como documentos, escrituras
públicas, documentos particulares com ou sem firma reconhecida, telegrama,
fotografia, filmagem, livros e fichas de empresários (livro, caixa) como também
qualquer meio eletrônico que comprove dano.
c) Testemunho: o artigo 228 do CC diz que não pode ser testemunhas: menor de
16 anos, interessado no litígio, inimigo capital, amigo íntimo, cônjuge,
ascendente, descendentes e colaterais até 3º grau seja por consanguinidade ou
afinidade;
d) Presunção e perícia: os artigos 231 e 232 do CC dizem que aquele que se
recusa a realizar exame médico necessário não poderá se aproveitar da sua
recusa e assim sendo, o juiz ao observar essa recusa poderá reconhecer a prova
que se pretendia fazer. Ex: reconhecimento de paternidade.
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