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JURÍDICO
• Condição resolutiva:
a ocorrência do evento futuro e incerto resolve (extingue) o direito transferido pelo
negócio jurídico. Ex.: te dou uma “mesada” enquanto você estudar.
Art. 127 do CC Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o
negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele
estabelecido.
Exemplos de condições resolutivas citados pela Profa. Maria Helena Diniz:
− constituo uma renda em seu favor, enquanto você estudar;
− cedo-lhe esta casa, para que nela resida, enquanto for solteiro;
- compro-lhe esta fazenda, sob a condição do contrato se resolver se gear nos
próximos três anos.
*Quanto à possibilidade
As condições podem ser possíveis e impossíveis. Além disso, subdividem-se em
Condições fisicamente impossíveis: são as que contrariam as leis da natureza.
Ex.: Colocar toda a água do oceano em um copo.
Ex.: Vou te dar uma “mesada” quando o Congresso Nacional (CN) suprimir da
Constituição Federal (CF) o direito à vida.
Condição impossível resolutiva: considera-se inexistente a condição, pois
ela nunca vai ocorrer e, consequentemente, o negócio continuará produzindo
efeitos.
Ex.: Vou te dar uma “mesada”, mas a cancelarei se o Congresso Nacional (CN)
suprimir da Constituição Federal (CF) o direito à vida.
*Como o direito à vida é uma cláusula pétrea nunca haverá tal supressão.
CONDIÇÃO IMPOSSÍVEL
SUSPENSIV Invalida o negócio jurídico.
A
RESOLUTIV Considera-se inexistente a
A condição.
Quanto à licitude
As condições podem ser: lícitas e ilícitas.
Condições lícitas: quando o evento que a constitui não for contrário à lei, à
Condições ilícitas: são aquelas condenadas pela norma jurídicas, pela mo- ral
Art. 131 do CC
O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
Final (dies ad quem ou ad diem) ou resolutivo: determina a data da ces- sação dos
efeitos do ato negocial, extinguindo as obrigações dele oriundas.
Ex.: O contrato de locação se encerra no dia 31 de dezembro do ano que vem.
ENCARGO
O encargo, também chamado de modo, é uma cláusula imposta nos ne- gócios
gratuitos, que restringe a vantagem do beneficiado. Como exemplo, temos a
doação de um terreno a determinada pessoa para lá ser construído um asilo. Trata-se
de uma cláusula acessória aos atos que possuem caráter de liberalidade (doações e
testamentos) pelo qual se impõe um ônus ou obrigação ao beneficiário.
É admitido também em declarações unilaterais de vontade tal como uma promessa de
recompensa.
Pelo art. 553 do CC, concluímos que:
O donatário é obrigado a cumprir os encargos da doação, caso forem a benefício do
doador, de terceiro, ou do interesse geral.
Parágrafo único. Se desta última espécie for o encargo, o Ministério Público poderá
exi- gir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito.
*Se um encargo decorrente de uma doação for de interesse geral, a exigência de seu
cumprimento pode ter como origem o Ministério Público, na hipótese do doador já
haver morrido e ainda não ter feito tal exigência.
Dispõe o art. 136 do CC que:
O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando
expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição
suspensiva.
Dessa forma, a partir do momento em que for aberta a sucessão, o domínio e
a posse dos bens transmitem-se imediatamente aos herdeiros nomeados, com a
obrigação de cumprir o encargo a eles imposto. Se esse encargo não for
cumprido, a liberalidade poderá ser revogada. Ou seja, se uma pessoa recebe
um terreno como herança, com o encargo de construir um asilo em tal terreno,
a propriedade do terreno é adquirida antes da construção do asilo, pois o
encargo (construção do asilo) não suspende a aquisição do direito (propriedade
do terreno).