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DIREITO
DAS OBRIGAÇÕES
1. ÂMBITO DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
4. CONSIDERAÇÕES GERAIS
c)Teoria Eclética
DIFERENÇA ENTRE OBRIGAÇÃO E
RESPONSABILIDADE
OBRIGAÇÃO
DEVEDOR CREDOR
PRESTAÇÃO
(depende do ato do devedor)
DESCUMPRIMENTO OBRIGACIONAL
RESPONSABILIDADE
(poder judiciário - ação sobre o devedor)
FONTES DAS OBRIGAÇÕES
Sílvio Rodrigues conceitua fontes das obrigações como
“aqueles atos ou fatos nos quais estas encontram nascedouro”.
As fontes do Direito são diretas ou imediatas ( a lei e o costume)
e indiretas ou mediatas (as demais) e as fontes das obrigações?
1. Direito romano
O contrato (conventio); o quase-contrato (não participa o
acordo de vontades – art. 1.331 do C.C.); o delito e o quase
delito.
2 – Lei como fonte das obrigações
1 – Direito romano
Dar(dare)
POSITIVAS Fazer(facere)
Direito Três espécies
Brasileiro de
obrigações
NEGATIVAS Não fazer
(non facere)
2.1- ESPÉCIE DE OBRIGAÇÕES QUANTO AO SEUS
ELEMENTOS
Dividem-se as obrigações em simples e compostas ou complexas.
OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS
a.uma só prestação devida ( a outra existe para facilitar o pagamento)
b.é inválida, quando há vício na prestação principal (mesmo que não haja vício
na acessória)
c.o credor só pode pedir a prestação principal.
OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS
a.várias prestações devidas
b.para ser válida basta que uma das prestações o seja
c.o credor pede o pagamento das diferentes prestações, que formam o objeto da
obrigação ( o devedor cumpre o pagamento segundo sua liberdade de escolha)
*VISTA A OBRIGAÇÃO FACULTATIVA PELO PRISMA DO
CREDOR-SERIA OBRIGAÇÃO SIMPLES; PELO PRISMA DO DEVEDOR
– MOSTRA-SE COMO OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA SUI GENERIS.
3 - Solidárias
OUTRA CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
*Não há uma uniformidade entre os doutrinadores quanto
à classificação das obrigações.
Ao estudarmos a estrutura da
obrigação vimos que ela apresenta-
se sob dois aspectos: débito
(debitum) e responsabilidade
(obligatio). As obrigações que
possuem todos os seus elementos
constitutivos são ditas perfeitas ou
obrigações civis. A nossa legislação
é omissa quanto ao regime da
obrigação natural.
#Obrigação Moral – é mero dever de consciência. (o seu
cumprimento é mera liberalidade por parte do devedor – não
tem vínculo jurídico). O credor não pode cobrar a dívida do
devedor através do poder judiciário ( o credor carece do
direito à ação). Ex: obrigação de cumprir determinação de
última vontade que não tenha sido expressa em testamento.
1 OBRIGAÇÃO DE DAR
Art. 233 e seguintes (art. 1.226 – tradição– entrega efetiva
do bem; 1.227 - registro). Inclui as modalidades de dar coisa
certa, coisa incerta e restituir.
CONTEÚDO
CONCEITO
É aquela que tem por objeto uma devolução de coisa certa, por
parte do devedor (não era proprietário), coisa essa que por
qualquer título, se encontra em poder do devedor. (A coisa é do
credor, por qualquer motivo está com o devedor. Então a coisa
deve ser específica).
Ex.: contrato de locação, contrato de empréstimo, contrato de
comodato(não é oneroso, porém, quando o dono cobra a
restituição da coisa, esta deve ser devolvida).
•Impossibilidade da execução Com culpa – art. 248, in fine c/c art. 402 C.C.
Sem culpa – art. 248, 1ª parte do C.C. (resolve-se a obrigação, pois
ninguém é obrigado a realizar o impossível (ad impossibilia nemo tenetur)
•*Inadimplemento voluntário da obrigação - se o devedor não quer fazer,
responde por perdas e danos. Assim, se converte em obrigação de dar.
•*Se fungível a prestação e o devedor tornar-se inadimplente por um ato
voluntário – art. 249 do C.C.
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER OU
OBLIGATIO NON FACIENDI
• 1- CONCEITO – é uma obrigação negativa que
normalmente se configura por gerar uma abstenção
– consiste no compromisso do devedor de se
abster de um fato que poderia praticar livremente,
não fosse o vínculo que o prende.
• Abstenção lícita - não pode restringir a liberdade
individual.
• Pode ser por tempo definido ou indefinido.
• 2- DO INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER.
• Sem culpa - resolve-se a obrigação – art. 250, C.C.
• Com culpa - O credor pode exigir - Desfazimento do ato, mais perdas
e danos – art. 251 C.C.
• 3- ESPÉCIES
• TRANSEUNTES ou INSTANTÂNEA - não tem como desfazer o ato e
voltar a situação de origem. São obrigações que, descumpridas,
tornam impossível o seu cumprimento futuro.
• PERMANENTES - são obrigações em que o devedor se obriga a
cumprir por tempo indefinido ou por um lapso temporal (prazo certo).
• 4- OBRIGAÇÃO DE PRESTAR DECLARAÇÃO DE VONTADE (arts.
639 a 641, C.P.C.; ARTS. 463 E 464 do C.C.). há uma espécie de
obrigação de fazer cujo cumprimento coativo não representa qualquer
constrangimento para o devedor.
• Ela se apresenta quando, por meio de um contrato preliminar, o
devedor promete ao credor outorgar-lhe um contrato definitivo
• A sentença não transmite domínio, apenas declara a vontade – o juiz vai
reafirmar uma vontade declarada em um contrato de compra e venda, por
exemplo, que deixaram de cumprir.
• Art. 632, C.P.C. aplica-se em caso de dúvida da recusa por parte do credor
e no caso de impossibilidade da prestação ser útil para o credor.
• JULGADO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO, in RT 582/189:
• “A sentença obtida na execução da obrigação de fazer eqüivale tal qual uma
escritura pública, a um título (art. 221, Lei 6.015/73 – Dos Registros Públicos),
que se sujeita, como qualquer outro, a observância dos princípios básicos que
regem o direito registrário, entre os quais o da continuidade consubstanciada
no art. 195, da lei 6015/76”.
Sentença com poder de transferência de domínio do bem – é a sentença
na ação de adjudicação compulsória. Se a imobiliária, após o pagamento
integral do bem imóvel – contrato irretratável de compra e venda (registrado
em cartório) -, não quer transferir o imóvel, o interessado entra com uma ação
de adjudicação compulsória.
• OBS: As sentenças somente confirmam a declaração de vontade – não
transferem o direito de propriedade – não tem força de transferência de
domínio de bem.
• 5- O CUMPRIMENTO COATIVO DAS OBRIGAÇÕES
DE FAZER E NÃO FAZER- arts. 632 ss. C.P.C.
• 2- CARACTERÍSTICAS
• Seu objeto é composto ou plural (enquanto não houver a
escolha, quando a obrigação se torna simples)
• As prestações são independentes entre si (art. 252, § 1º e art.
253).
• Concedem um direito de escolha ao credor, ao devedor ou a um
terceiro.
• Modalidade de obrigação composta.
• Após a escolha, com a concentração de prestação devida, a
obrigação deixa de ser composta e passa a ser simples. (deixa
de ser alternativa) – passa a ser uma obrigação de dar, fazer ou
não fazer coisa certa.
• Art. 252, C.C. a escolha cabe ao devedor e é irrevogável e indivisível.
• O ato de escolha, de concentração não se reveste de forma especial.
Pode ser expresso pelo devedor até o pagamento e pelo credor até o
momento da propositura da ação.
Ao
Por força da lei, como regra geral.
devedor
ESCOLHA Ao credor
Havendo convenção das partes.
(irrevogável Ao terceiro
Cabe
e
indivisível) Se o terceiro não puder ou não quiser
Ao juiz
realizá-lo.
Sem culpa do
devedor (arts. Concentração do débito remanescente
253 e 254, C.C.).
IMPOSSI- Escolha do devedor Pode concentrar o débito na(s)
BILIDADE (art. 253, C.C.). remanescente(s).
Com culpa do
devedor Escolha do credor Prestação remanescente em
dinheiro da(s) outra(s) mais
(art. 255, C.C.)
perdas e danos.
• Se todas as prestações se impossibilitaram por culpa do credor - a obrigação desaparece, mas o
devedor será ressarcido por perdas e danos.
• PERECIMENTO com culpa do credor (não está prevista no C.C.). - A obrigação desaparece.
• OBSERVAÇÃO
• O primeiro objeto desaparece por caso fortuito e o segundo por culpa do credor ( ou vice-versa) -
resolve-se a obrigação como se a tivesse cumprido.
• O primeiro objeto desaparece por caso fortuito e o segundo por culpa do devedor (ou vice-versa)
resolve-se com a prestação subsistente mais perdas e danos (a outra presta
• prestação já não existia) – se estiver estipulado que a escolha pertence ao credor – art. 255, C.C.
• Se uma das prestações perece primeiramente por culpa do devedor e a outra, posteriormente por
culpa do credor – Quando ocorre o perecimento de uma das prestações por culpa do devedor,
cabendo a ele o direito de escolha, a obrigação alternativa torna-se simples, como se tivesse feito a
concentração. Se perecer a prestação remanescente por culpa do credor, nada este poderá exigir.
• Se uma das prestações desaparece por culpa do credor e a outra por culpa do
devedor.
• Impossibilidade superveniente (sem culpa) -concentração do débito na
remanescente – se transforma em obrigação simples (no caso de dois objetos).
• Subsistirá o débito quanto a outra (art. 253 do C.C.) – a obrigação não se
extingue) o credor não é obrigado a receber outra coisa – o objeto da prestação
permanece a remanescente.
• Com culpa do devedor - escolha do credor – art. 255, 1ª parte do C.C.
• O devedor não se desobriga da obrigação dando parte de uma prestação e parte
de outra. – art. 252, §1º C.C
• 09 – RETRATABILIDADE DA CONCENTRAÇÃO
• O devedor ignorando que a obrigação era alternativa e que portanto, havia o
direito de escolha, efetua o pagamento, supondo-se obrigado a uma única
prestação. Pode ele retratar-se, para exercer posteriormente o direito de escolha,
isto é, pode repetir o pagamento para fazer outro?
• O devedor deverá ajustar uma ação para retratar a escolha (para repetir o
pagamento), mas não pode mais escolher a prestação primitiva que efetuou por
erro.
OBRIGAÇÕES
FACULTATIVAS
(melhor seria obrigações com
faculdade de escolha)
• 1 – Considerações gerais:
• O nosso C.C. não disciplinou a respeito.
• De acordo com o art. 643 do C.C. argentino: “é aquela que não
tendo por objeto senão uma única prestação, dá ao devedor a
faculdade de substituir essa prestação por outra prevista com
caráter subsidiário”.
• Há uma prestação principal que constitui o verdadeiro objeto
da prestação avençada e uma prestação acessória ou
subsidiária.
• Não se confunde com dação em pagamento (art. 356 do C.C.)
• 2– Características:
• É uma obrigação simples;
• Há um direito de opção em benefício do devedor;
• Agrega o conceito de principal e acessório
• 3– Efeitos:
• Nesta obrigação há uma prestação principal e outra acessória. Apenas o
objeto principal é devido, podendo ser substituído por outro in facultate
solutionis
• Se a prestação principal é nula, fica sem efeito a obrigação.
• Se a prestação acessória é nula, ou perece ou deteriora com ou sem culpa do
devedor, este fato não influencia a prestação principal.
• A faculdade da opção é exclusiva do devedor.
• Não há propriamente concentração da prestação, uma escolha, mas o direito
de uma opção.
• O credor ao demandar somente pode exigir o objeto principal
• Como fica se ocorrer perda ou deterioração, com ou sem culpa do devedor
antes da tradição?
• Se ocorrer a perda ou deterioração depois da constituição do devedor em
mora, o credor não poderá reclamar a prestação acessória ou subsidiária.
• Se o devedor cumpre, no caso de erro, a obrigação principal, pois não sabia
que a obrigação era facultativa, poderá haver retratação?
• Se o devedor cumpre, no caso de erro, a obrigação acessória, pois não sabia
que a obrigação era facultativa, poderá haver retratação?
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
• 8- Características
• Unidade da prestação – indivisível.
Credores
A cada um pode Carro ou dinheiro (a Do devedor “D”
B exigir o unidade do objeto
C objeto todo resulta da convenção)
Co-devedores Credor A
B- 20.000,00 Os co-devedores “B” pagou o (R$ 20.000,00) C Havendo
C-20.000,00 Devem objeto à “A”. (R$ 20.000,00) D insolvência de
D-20.000,00 R$60.000,00 Assim, “B” “C”, “B” pode
pode exigir. exigir R$
30.000,00 de
“D”.
MODALIDADES
DE
OBRIGAÇÕES
• 1-Obrigações principais e acessórias
• * A noção de principal e acessório é dada pelos arts. 92 CC. Há
obrigações que nascem e existem por si mesmas, independentes.
• *Pode emanar da vontade das partes (fiança, penhor, hipoteca) e da lei
(evicção - o vendedor além da obrigação inerente à compra e venda,
de entregar a coisa vendida, é obrigado a resguardar o comprador
contra os riscos.)
• * Os juros também figuram como uma obrigação acessória .
• *Pode a obrigação principal surgir concomitantemente com a principal
ou posteriormente. Podem estar presentes no mesmo instrumento ou
em instrumento diverso.
• *Principal conseqüência da distinção: A obrigação acessória segue a
sorte da principal. Desaparecendo a principal, desaparece a acessória.
Porém a recíproca não é verdadeira.
• * A obrigação acessória é diferente da cláusula acessória : Na cláusula
acessória há apenas uma cláusula a mais no contrato, sem a criação
de uma obrigação diversa. Ex: cláusula de irretratabilidade num
compromisso de compra e venda.
• 2- Obrigações líquidas e ilíquidas
• 2.1- Conceito de obrigação líquida.
• 2.2- Conceito de obrigação ilíquida: Quando depende
de prévia apuração para a verificação de seu exato
objeto.
• *A obrigação ilíquida tenderá sempre a se tornar líquida
(por acordo ou em juízo), para possibilitar, se for o caso,
a execução forçada .
• *O inadimplemento de obrigação positiva e líquida
constitui de pleno direito o devedor em mora. É a mora
da própria coisa. Na obrigação ilíquida, há necessidade
da prévia liquidação para a constituição em mora.
• 3- Obrigações quanto ao conteúdo
• 1.8- Responsabilidade
• A responsabilidade do cedido é pagar a dívida. O cedente, ainda que não se
responsabilize pelo solvência do cedido, nem subsidiariamente pelo pagamento, é
responsável pela existência do crédito ao tempo da cessão, se esta se operou a
título oneroso. Podem as partes convencionar que o cedente responde também
pela solvabilidade do devedor (art. 297 C.C.). Uma vez penhorado o crédito, não
pode mais o seu titular cedê-lo (art. 298 C.C.)
• 1.9- Espécies: Pode ocorrer a título gratuito ou oneroso. Distingue-
se a cessão de crédito pro soluto e pro solvendo.
• Pro soluto - quando o cedente, após a transferência, deixa de ter
qualquer responsabilidade pelo crédito, afora a sua existência
(regra geral) –
• Pro solvendo - quando o cedente continua responsável pelo
pagamento do crédito, caso o cedido não o faça.
• * Pode ocorrer a cessão de crédito judicial.
• Em caso de falecimento do credor originário, o crédito é transmitido
aos herdeiros.
• Em caso de morte do credor e deixa créditos a receber a título de
herança, os créditos serão cedidos judicialmente aos herdeiros.
• 1.10 – Forma: A forma é livre, bastando a manifestação da
vontade, visto que o contrato de cessão de crédito é consensual e
não solene. Contudo, para produzir efeitos quanto a terceiros, o
contrato só prevalecerá se for solene(art. 288 c/c art. 129 da Lei
6.015 de 31/12/1973).
• 2- ASSUNÇÃO DE DÍVIDA-CESSÃO DE DÉBITO – 299 A 303 C.C.
• 2.1-Conceito - é um negócio jurídico aonde aconteceu a substituição do devedor com
expresso consentimento do credor e dos garantes do débito.
• Peculiaridade:
• O novo devedor assume uma obrigação que não foi contraída por ele.
• * A assunção pode liberar o devedor primitivo ou mantê-lo preso à obrigação.
• Caso o devedor primitivo mantenha-se preso à obrigação, denominamos de Assunção
Imperfeita, e caso haja a sua liberação teremos a Assunção Perfeita.
• Para que o devedor primitivo seja solidário deve ser convencionado entre as partes
(expressamente).
• Acordo expresso – a solidariedade não se presume.
• * As garantias não acompanham a assunção.
• Ex.: a fiança não admite a interpretação extensiva, bem como a hipoteca.
• Características
• Negócio Jurídico de natureza contratual;
• Bilateral ou plurilateral;
• De forma livre;
• Objeto – dívidas presentes ou futuras.
• 2.2- Efeitos
• Pressupõe a existência de uma obrigação já existente.
• Substituição da figura do devedor com ou sem seu consentimento
• 2.3- Espécies
• Por acordo entre um terceiro e o devedor com expresso consentimento do
credor.
• Por acordo entre o terceiro e o credor com ou sem o consentimento do
devedor.
• 1. CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO (art. 334
a 345 CC, 890 a 900,
CPC) – o credor não
aceita o pagamento, o
devedor propõe ação
de consignação em
pagamento.
• 1.1- Quando ocorre? Quando o credor se recusa a receber o objeto da
prestação, ou quando o credor pretende receber de forma diversa do
contratado, ou quando não é conhecido o paradeiro do credor. O
devedor propõe ação de consignação – depósito em juízo.
• 1.2- Natureza jurídica – mista ou híbrida – porque está regulamentada
tanto no CC quanto no CPC. A decisão judicial é que vai dizer se o
pagamento feito desse modo em juízo terá o condão de extinguir a
obrigação.
• *Normalmente o objeto da consignação é um pagamento, mas com
freqüência tais processos inserem questões mais profundas: quando
quer consignar um aluguel e o réu (locador) se recusa a receber, por
negar a relação locatícia.
• Pela nova sistemática do CPC, art. 890, § 1º,tratando-se de obrigação
em dinheiro, o devedor ou terceiro podem optar pelo depósito em
estabelecimento bancário.
• *A consignação em pagamento tem a ver com a imputação da mora ao
credor, contudo a mora do credor pode ser reconhecida na ação que
este move contra o devedor.
• *A consignação é uma faculdade às mãos do devedor – art. 334.
• 1.3 - Objeto – objeto que envolva uma obrigação de dar
(art. 890) ou uma obrigação de fazer c/c obrigação de
dar. No caso de imóveis o depósito judicial é
simbolizado pela chave. Nas obrigações de fazer e não
fazer devido sua própria natureza não permitem
consignação.
• Quando a obrigação for de coisa fungível, ou
envolvendo uma obrigação alternativa poderá que a
escolha seja do devedor ou do credor(art. 342).
Obrigações ilíquidas não podem ser objeto de
consignação, enquanto não se tornarem líquidas.
• Se a coisa for consumível não é possível o depósito
judicial (desde que se deteriorize em pouco tempo).
• 1.4 - Hipóteses (art. 335)
• 1.5 - Procedimento – Não é obrigado o devedor recorrer à consignação,
mas casso recorra seguirá os arts. 890 a 900 do CPC.
• A pretensão de consignar nasce no momento de vencimento da obrigação.
A lei não estabelece até quando após o vencimento pode ser utilizada a
consignação. Como fica então nas obrigações com prazo incerto? O fato é
que se ainda não está caracterizada a mora do devedor, pode ser proposta
a consignação. A sentença decidirá se a consignação foi oportuna.
• É importante observar que a mora debitoris por si só não inibe a
consignação.
• Com a contestação, a ação segue o rito ordinário, o que permite o
ajuizamento de reconvenção quando seu fundamento for conexo com o
que se prazo de 10 dias (art. 899 do CPC) discute na consignação. Se o
depósito for insuficiente, permite-se ao autor que o complemente.
• 1.6 - Requisitos de validade – art. 336
• 1.7 - Levantamento do depósito (arts. 338 a 340)
• 1.8 - Consignação de coisa certa e incerta (arts 341 e 342)
• 1.9 - Despesa da consignação (art. 343)
• 1.10 - Possibilidade do credor ajuizar a consignatória – art. 345.
DO PAGAMENTO POR
SUB-ROGAÇÃO
arts. 346 a 351
• 2- REQUISITOS
• - Dois ou mais débitos;
• - Mesma Natureza;
• - Um só credor;
• - Líquidas e vencidos.
• * As dívidas sejam líquidas, certas e vencidas.
• 3- AUTOR DA IMPUTAÇÃO
• (devedor – regra geral) 352 – credor, 353. O art. 353 diz que tal imputação
pelo credor só não terá valor se cometida por coação ou dolo. A prova
neste caso cabe ao devedor. Se nenhuma das partes se manifestar
oportunamente, a lei dá parâmetros para fixar qual dos débitos foi pago
(art. 355)- trata-se da imputação legal.
• 1. REQUISITOS
• Dívidas líquidas, vencidas e de coisa fungível – arts. 369 e 370.
• Mesma qualidade (coisa fungível) – “A” deve para “B” 20 sacas de café e “B”
deve para “A” 10 sacas de café – deve ter a mesma qualidade para que haja
a compensação. Art. 370
• 2. EXCEÇÃO À EXIGÊNCIA DA RECIPROCIDADE DE DÍVIDAS – art. 371
• “A” deve a “B” que, por sua vez, deve a “C” (terceiro interessado) que é fiador de “A”.
• Se o fiador compensar seu débito com o que lhe deve o credor de seu afiançado,
poderá exercer contra este o direito de regresso cobrando-lhe o que por ele tiver
pago.