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Direito do Trabalho II 2
AULA 09 2
1. Definição de decadência e de prescrição 2
2. Diferença entre prescrição e decadência 2
3. Particularidades na prescrição trabalhista 4
I. HIPOTESES DE DECADÊNCIA TRABALHISTA 7
II. HIPOTESES DE PRESCRIÇÃO TRABALHISTA 9

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Direito do Trabalho II
Karina Martins

Direito do Trabalho II
AULA 09

1. Definição de decadência e de prescrição

A semelhança fundamental dos dois institutos é que ambos fulminam direitos


em virtude de inércia de seu titular. A diferença básica entre ambos diz respeito à
natureza do direito: a decadência se refere a direito material; a prescrição, a
direito instrumental, no sentido de que a ação judicial para fazer valer o direito
perde força jurídica. O acolhimento de qualquer uma delas extingue o processo
com resolução do mérito, ou seja, a sentença faz coisa julgada material.
Decadência é a “queda ou perecimento de um direito pela falta de seu
exercício no interregno assinalado pela lei” — De Plácido e Silva. Ex.: é de 30
dias o prazo, a contar da suspensão do empregado, para o patrão propor
inquérito judicial para apuração de falta grave.
Prescrição, em termos singelos, é a extinção da pretensão, em face do não
exercício do direito de ação no prazo assinalado por lei. O art. 189 do CC
preceitua: “Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue,
pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206”.
Extingue-se a pretensão e não a ação, dado que o direito de ação nunca
perece, pois é um direito subjetivo, público e abstrato, garantindo o ajuizamento
da ação, ainda que esta não prossiga, em virtude da declaração judicial,
mediante provocação ou de ofício pelo juiz.

2. Diferença entre prescrição e decadência

A prescrição atinge a pretensão em face da inércia do titular do direito. É


um instituto de direito material, que suprime a coercibilidade do direito. O direito,
entretanto, permanece, subsistindo uma obrigação natural. Assim, o prescribente
pode renunciá-la, expressa ou tacitamente — se a dívida prescrita for paga, o
pagamento é válido, não se repete.

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Enquanto a prescrição “aniquila” a pretensão que nasce do direito, a


decadência mata o próprio direito, e, “salvo disposição legal em contrário, não se
aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a
prescrição” — art. 207 do CC. Contudo, a decadência não corre contra os
absolutamente incapazes.
É nula a renúncia à decadência fixada em lei; a prescrição pode ser
renunciada; a decadência, quando estabelecida por lei, deve ser conhecida e
declarada de ofício pelo juiz; mas quando fixada contratualmente, cabe a quem
aproveita alegá-la em qualquer grau de jurisdição, não podendo o juiz suprir a
alegação. O juiz pronunciará de ofício a prescrição, cf. art. 219, § 5º, do CPC,
com a redação da Lei n. 11.280/06. Contudo, mesmo percebendo a ocorrência
da prescrição em tese, antes de decidir, o juiz mandará ouvir o autor da ação,
para dar-lhe oportunidade de alegar alguma causa impeditiva, interruptiva ou
suspensiva.
A prescrição nem mata o direito de ação, nem o direito material. O direito
(poder) de ação é subjetivo, público e abstrato; entretanto, pode ser neutralizado
mediante a ocorrência da prescrição. E em todo caso, ainda que declarada a
prescrição, extinguindo-se o processo com resolução do mérito, o direito
material permanece como obrigação natural, que não tem força para cobrança
judicial, mas persistirá legítima a coação moral e social (dizer em público que
Fulano não paga o que deve etc.).
A prescrição atinge os direitos subjetivos; a decadência, os potestativos. É
decadencial o prazo estabelecido por lei, pela vontade unilateral ou bilateral,
quando prefixado ao exercício do direito pelo seu titular; é prescricional quando o
prazo é fixado para o exercício da ação e não do direito. São exemplos de
decadência os prazos para: exercer o direito de preferência na compra de um
bem, que não será superior a 180 dias; para doação a entidade futura, se esta
não for constituída no prazo de dois anos; para o representante legal requerer
anulação de casamento de menor em idade núbil, 180 dias (arts. 513, 554 e
1.555, respectivamente, do C. Civil).
Por fim, para saber se o prazo é prescricional, basta ver se está
discriminado nos arts. 205 e 206 do C. Civil; os decadenciais encontram-se
disseminados nos diversos direitos de que trata o Código.
Verificada a prescrição ou a decadência, o processo será extinto com
resolução do mérito (art. 269, IV, do CPC), ou seja, a ação não pode mais ser
ajuizada. São questões pré-meritórias, ou prejudiciais de mérito, que devem ser
alegadas antes do mérito propriamente dito. O Código Civil reafirma que, tanto a
prescrição como a decadência convencional, podem ser invocadas em qualquer

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grau de jurisdição (arts. 193 e 211 do CC). E o art. 219, § 5º, do CPC, em sua
nova redação, impõe ao juiz o dever de declarar de ofício a prescrição
constatada.

3. Particularidades na prescrição trabalhista

Alinhamos, por fidelidade ao leitor, as seguintes particularidades:

a motivo impeditivo — a menoridade de 18 anos ou incapacidade.


Contra menores de 18 anos não corre qualquer prazo prescricional — art. 440
da CLT;
b motivo interruptivo — ajuizamento de reclamação trabalhista, ainda
que arquivada, em relação aos pedidos idênticos — Súmula n. 268 do TST e art.
219, § 1º, do CPC. Por interpretação, é de entender-se que a consignatória
movida pelo empregador interrompe a prescrição dos créditos do consignado;
ajuizamento de protesto judicial (OJ n. 392, SBDI-1);
c motivo suspensivo — da provocação da Comissão de Conciliação
Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de
conciliação ou do esgotamento do prazo de dez dias para realização da sessão
conciliatória (art. 625-D da CLT);
d início da contagem — a prescrição bienal começa a contar da
rescisão contratual. Se o aviso-prévio for indenizado, conta-se do último dia
deste. Já a Súmula n. 156 do TST dita que em contratos descontínuos o início
da prescrição conta-se do final do último.
Por sua vez, conta-se a prescrição a partir da data da ruptura do contrato
ou da homologação? Entendo que se conta da homologação, porque esta
completa o ato complexo rescisório, composto de duas partes: o fato ruptivo e
sua formalização. Ademais, só após a homologação o empregado saberá ao
certo quais as verbas efetivamente quitadas, ressalvadas e as não pagas, a
ensejar a pretensão.
Cumpre advertir que o dies a quo (início) da prescrição em geral é o dia
seguinte ao do vencimento da obrigação. Logo, como o salário pode ser pago
até o quinto dia útil do mês seguinte, a prescrição do salário de um mês começa
a fluir do 6º dia útil. Assim, a prescrição do salário mensal dá-se mês a mês e
não dia a dia (p. ex., o salário do mês de janeiro de 2008 só estará prescrito,
por inteiro, no dia 6 de fevereiro de 2013; é errado dar a prescrição dia a dia,
pois a prestação é mensal). Pela mesma razão, a prescrição do 13º salário é

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ano a ano, pois se trata de prestação anual (é errado dar a prescrição mês a
mês, porque a prestação é anual);
e segundo a Súmula n. 308 do TST, da propositura da ação, contam-
se cinco anos para trás, e os direitos anteriores a esse prazo estarão fulminados
pela prescrição. Com efeito, o correto seria contar os cinco anos da cisão
contratual, tendo a partir desta o trabalhador dois anos para reclamar, porque se
trata de dois institutos diferentes: dois anos, a partir da ruptura, para reclamar os
direitos relativos aos últimos cinco anos do contrato;
f a prescrição das férias conta-se do final do ano concessivo, cf. art.
149 da CLT. Ex.: João foi admitido no emprego no dia 2 de janeiro de 2008; o
primeiro período aquisitivo completou-se em 1º.1.2009, e o período concessivo
vai até 1º.1.2010; logo, a contagem do período de prescrição do primeiro
período aquisitivo começa a contar em 2.1.2010 e consumar-se-á em 1º.
1.2015;
g FGTS — é trintenária, cf. § 5º do art. 23 da Lei n. 8.036/90, mas a
partir do julgamento do RE n. 70.912, em 13.11.2014, será de 5 anos, no
entanto, havendo a rescisão contratual, o prazo para ajuizar reclamação é de dois
anos;
h CTPS — o art. 11, § 1º, da CLT preceitua que tais regras não se
aplicam às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à
Previdência Social. Ou seja, não prescreve o direito de reclamar ausência de
registro ou retificação do contrato na CTPS, em virtude de sua natureza
declaratória.


Em relação a servidores públicos que tiveram o regime celetista convertido


para o estatutário, a Súmula n. 382 do TST enuncia que a prescrição bienal
começa a correr da data da conversão do regime. Parece-nos equivocada, pois
o vínculo trabalhista continuou, tendo apenas mudado a sua natureza jurídica, por
força de decisão unilateral do empregador, sem ao menos um termo de adesão
do servidor. Destarte, a conversão do regime de trabalho de celetista para
estatutário não tem validade para os que não foram admitidos mediante concurso
público, cf. ADI n. 1.150-2, Rel. Min. Moreira Alves, 1998. Logo, neste caso, não
se configura a prescrição bienal por esse motivo.


Espécies — distinguem-se as espécies de prescrição:


a) total — atinge o total dos direitos, a exemplo da bienal,


que se dá decorridos dois anos da rescisão contratual;

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b) parcial — atinge o direito apenas parcialmente, a exemplo


das diferenças salariais decorrentes de correção de
desvio de função, de complementação de aposentadoria,
de diferenças salariais para o salário mínimo etc. cf.
Súmulas ns. 275, 327 e 452 do TST;
c) intercorrente — é a que se consuma durante o curso da
ação. O TST entende ser incompatível com o Processo
do Trabalho (Súmula n. 114); já o STF entende
compatível (Súmula n. 327). Entendo que ambas as
posições têm razão de ser: na fase de conhecimento, não
se materializa a prescrição intercorrente no Processo do
Trabalho; porém, na fase de execução, entendemos ser
compatível. Assim, extingue-se a execução no prazo de
cinco anos da suspensão do feito por falta de patrimônio
do devedor, ou por inércia do credor. Mas a questão é
polêmica, por isso já tramita Projeto de Lei no Congresso
Nacional.


A propósito, a Lei n. 11.051/04, acrescentou o § 4º ao art. 40 da Lei n.


6.830/80 (Lei de Execução Fiscal, aplicável subsidiariamente à execução
trabalhista), para franquear ao juiz decretar de ofício a prescrição intercorrente de
tributo, quando verificar haver decorrido o prazo prescricional a partir da decisão
que determinou o arquivamento dos autos. Este arquivamento dá-se após
decorrida a suspensão da execução pelo prazo máximo de um ano sem que
seja localizado o devedor ou encontrados bens penhoráveis.
Outros direitos trabalhistas — é de entender-se que os direitos não
trabalhistas incorporados à competência da Justiça do Trabalho prescrevem de
acordo com suas naturezas de origem (arts. 205 e 206 do C. Civil), cf. Instrução
Normativa n. 27/2005 do TST, não estando sujeitos aos prazos do Direito do
Trabalho.
A ação civil de indenização por danos morais decorrentes de acidente de
trabalho ou por outro motivo, por exemplo, prescreve em dez anos, de acordo
com o caput do art. 205 do C. Civil, visto tratar-se de direito personalíssimo,
incompatível com a regra do inciso V do § 3º do art. 206, que bem se
compatibiliza com reparações de danos materiais. Há outras duas posições
extremas a esse respeito, uma de que se aplica ao caso o prazo da prescrição
trabalhista (posição predominante do TST), e outra de que se trata de direito
imprescritível.

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Por fim, é incompatível com o Direito do Trabalho a regra segundo a qual o


juiz pronunciará de ofício a prescrição, cf. art. 219, § 5º, do CPC, com a redação
da Lei n. 11.280/06. Mudamos nosso entendimento para seguir a jurisprudência
do TST, com a qual comungamos.

I. HIPOTESES DE DECADÊNCIA TRABALHISTA

Exemplo de prazo decadencial nos domínios do direito do trabalho é aquele


de 30 (trinta) dias entre a suspensão do empregado estável e a propositura do
inquérito judicial para apuração de falta grave. É dizer, se o empregador resolve
suspender o empregado, terá, a partir daí, o prazo decadencial de 30 dias para
ajuizar a ação de inquérito.
Nesse sentido, a Súmula 403 do STF: “É de decadência o prazo de trinta
dias para a instauração de inquérito judicial, a contar da suspensão, por falta
grave, de empregados estável”.
No âmbito do TST, diversas orientações jurisprudenciais dispersas foram
aglutinadas nas Súmulas 62 e 100:

62 - Abandono de emprego (RA 105/1974, DJ 24.10.1974)


O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em
face do empregado que incorre em abandono de emprego é contado a
partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço.

100 - Ação rescisória. Decadência. (RA 63/1980, DJ 11.06.1980. Redação


alterada - Res. 109/2001, DJ 18.04.2001. Nova redação em decorrência da
incorporação das Orientações Jurisprudenciais nºs 13, 16, 79, 102, 104,
122 e 145 da SDI-II - Res. 137/2005, DJ 22.08.2005)
I - O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia
imediatamente subseqüente ao trânsito em julgado da última decisão
proferida na causa, seja de mérito ou não. (ex-Súmula nº 100 - Res.
109/2001, DJ 18.04.2001).

II - Havendo recurso parcial no processo principal, o trânsito em julgado


dá-se em momentos e em tribunais diferentes, contando-se o prazo
decadencial para a ação rescisória do trânsito em julgado de cada decisão,
salvo se o recurso tratar de preliminar ou prejudicial que possa tornar
insubsistente a decisão recorrida, hipótese em que flui a decadência a partir

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do trânsito em julgado da decisão que julgar o recurso parcial. (ex-Súmula


nº 100 - Res. 109/2001, DJ 18.04.2001).

III - Salvo se houver dúvida razoável, a interposição de recurso intempestivo


ou a interposição de recurso incabível não protrai o termo inicial do prazo
decadencial. (ex-Súmula nº 100 - Res. 109/2001, DJ 18.04.2001).

IV - O juízo rescindente não está adstrito à certidão de trânsito em julgado


juntada com a ação rescisória, podendo formar sua convicção através de
outros elementos dos autos quanto à antecipação ou postergação do "dies
a quo" do prazo decadencial. (ex-OJ nº 102 - DJ 29.04.2003).

V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na


forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em
julgado na data da sua homologação judicial. (ex-OJ nº 104 - DJ
29.04.2003).

VI - Na hipótese de colusão das partes, o prazo decadencial da ação


rescisória somente começa a fluir para o Ministério Público, que não
interveio no processo principal, a partir do momento em que tem ciência da
fraude. (ex-OJ nº 122 - DJ 11.08.2003).

VII - Não ofende o princípio do duplo grau de jurisdição a decisão do TST


que, após afastar a decadência em sede de recurso ordinário, aprecia
desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e
estiver em condições de imediato julgamento. (ex-OJ nº 79 - inserida em
13.03.2002).

VIII - A exceção de incompetência, ainda que oposta no prazo recursal, sem


ter sido aviado o recurso próprio, não tem o condão de afastar a
consumação da coisa julgada e, assim, postergar o termo inicial do prazo
decadencial para a ação rescisória. (ex-OJ nº 16 - inserida em
20.09.2000).

IX - Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subseqüente, o prazo


decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira em férias
forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não houver

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expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. (ex-OJ nº 13 - inserida


em 20.09.2000).

X - Conta-se o prazo decadencial da ação rescisória, após o decurso do


prazo legal previsto para a interposição do recurso extraordinário, apenas
quando esgotadas todas as vias recursais ordinárias. (ex-OJ nº 145 - DJ
10.11.2004).

II. HIPOTESES DE PRESCRIÇÃO TRABALHISTA

A prescrição é instituto largamente utilizado nos sítios do direito do trabalho,


razão pela qual citaremos os verbetes jurisprudenciais mais importantes pelo TST:

156 - Prescrição. Prazo (RA 102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982)


Da extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito
de ação em que se objetiva a soma de períodos descontínuos de trabalho.
Ex-prejulgado nº 31.

199 - Bancário. Pré-contratação de horas extras. (Res. 5/1985, DJ


10.05.1985. Redação alterada pela Res 41/1995, DJ 17.02.1995. Nova
redação em decorrência da incorporação das Orientações J“risprudenciais
nºs 48 e 63 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005)
I - A contratação do serviço suplementar, quando da admissão do
trabalhador bancário, é nula. Os valores assim ajustados apenas remuneram
a jornada normal, sendo devidas as horas extras com o adicional de, no
mínimo, 50% (cinqüenta por cento), as quais não configuram pré-
contratação, se pactuadas após a admissão do bancário. (ex-Súmula nº
199, Res 41/1995, DJ 17.02.1995 e ex-OJ 48 - Inserida em 25.11.1996)
II - Em se tratando de horas extras pré-contratadas, opera-se a prescrição
total se a ação não for ajuizada no prazo de cinco anos, a partir da data em
que foram suprimidas. (ex-OJ nº 63 – Inserida em 14.03.1994)

206 - FGTS. Incidência sobre parcelas prescritas (Res. 12/1985, DJ


11.07.1985. Nova redação - Res. 121/2003, DJ 19.11.2003)
A prescrição da pretensão relativa às parcelas remuneratórias alcança o
respectivo recolhimento da contribuição para o FGTS.

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268 - Prescrição. Interrupção. Ação trabalhista arquivada (Res. 1/1988, DJ


01.03.1988. Nova redação - Res. 121/2003, DJ 19.11.2003)
A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em
relação aos pedidos idênticos.

275 - Prescrição. Desvio de função e reenquadramento. (Res. 8/1988, DJ


01.03.1988. Redação alterada - Res 121/2003, DJ 19.11.2003. Nova
redação em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº
144 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005)
I - Na ação que objetive corrigir desvio funcional, a prescrição só alcança as
diferenças salariais vencidas no período de 5 (cinco) anos que precedeu o
ajuizamento. (ex-Súmula nº 275 – Res 121/2003, DJ 19.11.2003)
II - Em se tratando de pedido de reenquadramento, a prescrição é total,
contada da data do enquadramento do empregado. (ex- OJ nº 144 -
Inserida em 27.11.1998)

294 - Prescrição. Alteração contratual. Trabalhador urbano (Cancela


as Súmulas nºs 168 e 198 - Res. 4/1989, DJ 14.04.1989)
Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas
decorrente de alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o
direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.

308 - Prescrição qüinqüenal (Res 6/1992, DJ 05.11.1992. Nova redação


em decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial nº 204 da
SDI-1 - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005)
I. Respeitado o biênio subseqüente à cessação contratual, a prescrição da
ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco
anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores
ao qüinqüênio da data da extinção do contrato. (ex-OJ nº 204 - Inserida
em 08.11.2000)
II. A norma constitucional que ampliou o prazo de prescrição da ação
trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge
pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da
CF/1988. (ex-Súmula nº 308 - Res 6/1992, DJ 05.11.1992)

326 - Complementação de aposentadoria. Prescrição total. (Res. 18/1993,


DJ 21.12.1993. Nova redação - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011)

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A pretensão à complementação de aposentadoria jamais recebida prescreve


em 2 (dois) anos contados da cessação do contrato de trabalho.

327 - Complementação de aposentadoria. Diferenças. Prescrição parcial.


(Res. 19/1993, DJ 21.12.1993. Nova redação - Res. 121/2003, DJ
19.11.2003. Nova redação - Res. 174/2011 - DeJT 27/05/2011)
A pretensão a diferenças de complementação de aposentadoria sujeita-se à
prescrição parcial e quinquenal, salvo se o pretenso direito decorrer de
verbas não recebidas no curso da relação de emprego e já alcançadas pela
prescrição, à época da propositura da ação.

350 - Prescrição. Termo inicial. Ação de cumprimento. Sentença


normativa (Res. 62/1996, DJ 04.10.1996)
O prazo de prescrição com relação à ação de cumprimento de decisão
normativa flui apenas da data de seu trânsito em julgado.

362. FGTS. Prescrição. (Res. 90/1999, DJ 03.09.1999. Nova redação - Res.


121/2003, DJ 19.11.2003 - Redação alterada na sessão do Tribunal Pleno
realizada em 09.06.2015 pela Resolução nº 198/2015, DeJT 11.06.2015 -
Republicada no DeJT de 12.06.2015 em razão de erro material)
I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de
13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-
recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos
após o término do contrato;
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em
13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta
anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-
ARE-709212/DF).

373 - Gratificação semestral. Congelamento. Prescrição parcial. (Conversão


da Orientação Jurisprudencial nº 46 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ
20.04.2005)
Tratando-se de pedido de diferença de gratificação semestral que teve seu
valor congelado, a prescrição aplicável é a parcial. (ex-OJ nº 46 - Inserida
em 29.03.1996)

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382 - Mudança de regime celetista para estatutário. Extinção do contrato.


Prescrição bienal. (Conversão da Orientação Jurisprudencial nº 128 da
SDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005)
A transferência do regime jurídico de celetista para estatutário implica
extinção do contrato de trabalho, fluindo o prazo da prescrição bienal a partir
da mudança de regime. (ex-OJ nº 128 - Inserida em 20.04.1998)

38. Empregado que exerce atividade rural. Empresa de reflorestamento.


Prescrição própria do rurícola. (Lei nº 5.889, de 08.06.1973, art. 10, e
Decreto nº 73.626, de 12.02.1974, art. 2º, § 4º). (Inserida em 29.03.1996 -
Inserção de ementa a sua redação - DeJT de 16/11/2010)
O empregado que trabalha em empresa de reflorestamento, cuja atividade
está diretamente ligada ao manuseio da terra e de matéria -prima, é rurícola
e não industriário, nos termos do Decreto nº 73.626, de 12.02.1974, art. 2º,
§ 4º, pouco importando que o fruto de seu trabalho seja destinado à
indústria. Assim, aplica-se a prescrição própria dos rurícolas aos direitos
desses empregados.

76 - Substituição dos avanços trienais por quinquênios. Alteração do contrato


de trabalho. Prescrição total. CEEE. (Inserida em 14.03.1994. Nova redação
- Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005)
A alteração contratual consubstanciada na substituição dos avanços trienais
por quinquênios decorre de ato único do empregador, momento em que
começa a fluir o prazo fatal de prescrição.

83 - Aviso prévio. Indenizado. Prescrição. (Inserida em 28.04.1997)


A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio. Art.
487, § 1º, CLT.

129 - Prescrição. Complementação da pensão e auxílio funeral. (Inserida em


20.04.1998)
A prescrição extintiva para pleitear judicialmente o pagamento da
complementação de pensão e do auxílio-funeral é de 2 anos, contados a
partir do óbito do empregado.

175 - Comissões. Alteração ou supressão. Prescrição total. (Inserida em


08.11.2000. Nova redação em decorrência da incorporação da Orientação
Jurisprudencial nº 248 da SBDI-1, DJ 22.11.2005)

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A supressão das comissões, ou a alteração quanto à forma ou ao


percentual, em prejuízo do empregado, é suscetível de operar a prescrição
total da ação, nos termos da Súmula nº 294 do TST, em virtude de cuidar-
se de parcela não assegurada por preceito de lei.

242 - Prescrição total. Horas extras. Adicional. Incorporação. (Inserida em


20.06.2001)
Embora haja previsão legal para o direito à hora extra, inexiste previsão para
a incorporação ao salário do respectivo adicional, razão pela qual deve
incidir a prescrição total.

243 - Prescrição total. Planos econômicos. (Inserida em 20.06.2001)


Aplicável a prescrição total sobre o direito de reclamar diferenças salariais
resultantes de planos econômicos.

271 - Rurícola. Prescrição. Contrato de emprego extinto. Emenda


constitucional nº 28/2000. Inaplicabilidade. (Inserida em 27.09.2002. Nova
redação, DJ 22.11.2005)
O prazo prescricional da pretensão do rurícola, cujo contrato de emprego já
se extinguira ao sobrevir a Emenda Constitucional nº 28, de 26/05/2000,
tenha sido ou não ajuizada a ação trabalhista, prossegue regido pela lei
vigente ao tempo da extinção do contrato de emprego.

344 - FGTS. Multa de 40%. Diferenças decorrentes dos expurgos


inflacionários. Prescrição. Termo Inicial. (DJ 10.11.2004. Alterada em
decorrência do julgamento do processo TST IUJ-RR
1577/2003-019-03-00.8, DJ 22.11.2005. Mantida - Res. 175/2011 -
DeJT 27/05/2011)
O termo inicial do prazo prescricional para o empregado pleitear em juízo
diferenças da multa do FGTS, decorrentes dos expurgos inflacionários, deu-
se com a vigência da Lei Complementar nº 110, em 30.06.01, salvo
comprovado trânsito em julgado de decisão proferida em ação proposta
anteriormente na Justiça Federal, que reconheça o direito à atualização do
saldo da conta vinculada.

359. Substituição processual. Sindicato. Legitimidade. Prescrição. Interrupção.


(DJ 14.03.2008)

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A ação movida por sindicato, na qualidade de substituto processual,


interrompe a prescrição, ainda que tenha sido considerado parte ilegítima
"ad causam".

370. FGTS. Multa de 40%. Diferenças dos expurgos inflacionários. Prescrição.


Interrupção decorrente de protestos judiciais. (DeJT 03.12.2008)
O ajuizamento de protesto judicial dentro do biênio posterior à Lei
Complementar nº 110, de 29.06.2001, interrompe a prescrição, sendo
irrelevante o transcurso de mais de dois anos da propositura de outra
medida acautelatória, com o mesmo objetivo, ocorrida antes da vigência da
referida lei, pois ainda não iniciado o prazo prescricional, conforme disposto
na Orientação Jurisprudencial nº 344 da SBDI-1.

375. Auxílio-doença. Aposentadoria por invalidez. Suspensão do contrato de


trabalho. Prescrição. Contagem. (Divulgada em 19/04/2010 e publicada DeJT
20.04.2010)
A suspensão do contrato de trabalho, em virtude da percepção do auxílio-
doença ou da aposentadoria por invalidez, não impede a fluência da
prescrição quinquenal, ressalvada a hipótese de absoluta impossibilidade de
acesso ao Judiciário.

392. Prescrição. Interrupção. Ajuizamento de protesto judicial. Marco


inicial. (DeJT 09/06/2010)
O protesto judicial é medida aplicável no processo do trabalho, por força do
art. 769 da CLT, sendo que o seu ajuizamento, por si só, interrompe o prazo
prescricional, em razão da inaplicabilidade do § 2º do art. 219 do CPC, que
impõe ao autor da ação o ônus de promover a citação do réu, por ser ele
incompatível com o disposto no art. 841 da CLT.

404. Diferenças salariais. Plano de cargos e salários. Descumprimento.


Critérios de promoção não observados. Prescrição parcial. (DeJT
16/09/2010) (cancelada em decorrência da sua conversão na Súmula nº
452 - Res. 194/2014, DJ 21.05.2014)
Tratando-se de pedido de pagamento de diferenças salariais decorrentes da
inobservância dos critérios de promoção estabelecidos em Plano de Cargos
e Salários criado pela empresa, a prescrição aplicável é a parcial, pois a
lesão é sucessiva e se renova mês a mês.

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417. Prescrição. Rurícola. Emenda Constitucional nº 28, de 26.05.2000.


Contrato de trabalho em curso. (Divulgada no DeJT 14/02/2012)
Não há prescrição total ou parcial da pretensão do trabalhador rural que
reclama direitos relativos a contrato de trabalho que se encontrava em curso
à época da promulgação da Emenda Constitucional nº 28, de 26.05.2000,
desde que ajuizada a demanda no prazo de cinco anos de sua publicação,
observada a prescrição bienal.

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