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TÍTULO IV
Da Prescrição e da Decadência
CAPÍTULO I
Da Prescrição
Seção I
Disposições Gerais
Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por acordo das
partes.
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela
parte a quem aproveita.
Art. 196. A prescrição iniciada contra uma pessoa continua a correr contra o
seu sucessor.
MUITA ATENÇÃO! A prescrição passa sim de pai pra filho, e não há aqui
causa de suspensão ou interrupção da prescrição, ou seja, quando o pai
morre faltando 3 anos para se concluir um prazo prescricional, o prazo
passa para os seus herdeiros com o mesmo prazo remanescente.
Seção II
Das Causas que Impedem ou Suspendem a Prescrição
São todas situações onde o prazo prescricional fica em “Stand By”, ou seja,
estas são as hipóteses de suspensão do prazo prescricional.
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo
criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Lembrando que o art. 315 do CPC manda suspender o processo quando isso
acontece. E aqui existe um mandamento material, ou seja, não correrá
prescrição enquanto o fato não se apurar na esfera criminal, nada mais
justo.
Seção III
Das Causas que Interrompem a Prescrição
Exceções:
Seção IV
Dos Prazos da Prescrição
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado
prazo menor.
^^^^^^^^^^^^^REGRA^^^^^^^^^^^^^^
1 ano - dono de lugar que hospede gente e/ou venda comida pra eles;
- contratos de seguro (segurado contra o segurador e vice-versa);
- emolumentos, custas e honorários daqueles que cooperam com a
Justiça;
- contra os peritos na avaliação de bens que entram para a formação do
capital de S/A;
- credores da sociedade que foi liquidada.
2 anos Credores alimentícios.
3 anos - Alugueres;
- Prestações vencidas de rendas temporárias ou vitalícias;
- Juros, dividendos ou quaisquer prestações acessórias, pagáveis, em
períodos não maiores de um ano, com capitalização ou sem ela;
- A pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa;
- Reparação civil;
- Violação à lei ou estatuto de S/A´s;
- Títulos de crédito (quando a lei especial não impõe um outro prazo);
- Seguro de responsabilidade civil obrigatório;
4 anos - Relativo a tutela, a contar da data de aprovação das contas.
5 anos - Dívida líquida em instrumento público ou particular;
- Profissionais liberais e procuradores judiciais;
- Do vencedor reaver o que gastou e juízo contra o perdedor.
Enunciado 419: O prazo prescricional de três anos para a pretensão de
reparação civil aplica-se tanto à responsabilidade contratual quanto à
responsabilidade extracontratual.
Enunciado 580: É de três anos, pelo art. 206, § 3º, V, do CC, o prazo
prescricional para a pretensão indenizatória da seguradora contra o
causador de dano ao segurado, pois a seguradora sub-roga-se em seus
direitos.
CAPÍTULO II
Da Decadência
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 179. Quando a lei dispuser que determinado ato é anulável, sem
estabelecer prazo para pleitear-se a anulação, será este de dois anos, a
contar da data da conclusão do ato.
Sobre o tema, o Enunciado 545 do CJF afirma que o prazo de dois anos é
contado da ciência do ato, a qual é presumida na data do registro da
transmissão do imóvel. Tal tese, registra-se, é doutrinária, isto porque o
prazo na ótica da legislação do Código Civil deve ser contado da conclusão do
ato.
FONTE:
https://noticias.cers.com.br/noticia/artigo-venda-de-ascendente-para-desc
endente/
O prazo de decadência para atos realizados sob erro, dolo, coação, estado
de perigo, fraude contra credores e contra incapazes é de 4 ANOS.
Demais casos em que a lei não fixar prazo próprio pra anular ato jurídico,
será de 2 ANOS.
Macete: